quarta-feira, 27 de março de 2013

Redução no custo de produção da pecuária em março

Os custos de produção da pecuária, segundo o Índice Scot, tiveram recuo em março para as pecuárias de corte de alta tecnologia e leiteira.
Considerando os itens que compõem o índice, os preços dos alimentos concentrados proteicos e energéticos caíram, respectivamente, 4,5% e 3,7%, e foram os principais elementos responsáveis pela queda dos custos.
Para a pecuária de corte, houve redução mensal de 0,4% para o custo do sistema de produção de alta tecnologia.
Já para a pecuária leiteira, a queda em março foi de 1,8%, reflexo da maior dependência da alimentação concentrada.
Porém, mesmo com a queda mensal, na comparação com março do ano passado, os índices de custos da pecuária de corte de alta tecnologia e da pecuária leiteira subiram 9,1% e 11,2%, respectivamente.
Fonte: Scot Consultoria

Produtores querem que governo crie comitê oficial da agropecuária baiana

A formação de um comitê da agropecuária baiana para discutir questões relativas à seca foi a reivindicação de produtores rurais que participaram do Encontro de Produtores e Lideranças Rurais do Semiárido, realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), na manhã desta terça-feira (26) no auditório da Faeb, em Salvador.
O presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia, João Martins, aproveitou a presença do secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, para discutir a proposta com o governo. “Esta é uma reunião apartidária, não foi uma reunião de críticas, mas de propostas. Estamos diante da maior catástrofe climática que a Bahia já teve em todos os tempos, e queremos a formação de um comitê para monitorar e cobrar ações efetivas”, disse João Martins, informando que enviará documento final sobre o evento, para a presidente Dilma Rousseff.

Eduardo Salles ressaltou que há três anos os índices pluviométricos estão abaixo do esperado e a dimensão desta seca é maior do que se imagina. “Por mais que os governos municipal, estadual e federal, nunca será o suficiente. Na Bahia foi instituído o Comitê Estadual para Ações de Convivência com a Seca, órgão colegiado estabelecido por decreto, que reúne sete secretarias de estado, e seus órgãos vinculados, e é responsável pela coordenação das atividades e do planejamento das ações do Governo do Estado para dar assistência imediata à população afetada e, neste momento, para minimizar o sofrimento do homem do campo, estão sendo constantemente contratados carros-pipa e distribuídas cesta básica”, explicou.

Salles informa que o Estado tem trabalhado com duas frentes, a reserva alimentar e água para dessedentação animal. Deste modo, já foi autorizada a implantação de três biofábricas para produção de mudas de palma forrageira e a compra de raquetes de palma, no valor de R$ 7 milhões, que serão multiplicadas no semiárido. O objetivo é que cada agricultor tenha, pelo menos, meia tarefa plantada com palma adensada, o que seria suficiente para alimentar 10 cabras durante 6 meses.

Outra medida estruturante do governo estadual citada pelo secretário é a construção de mais de 2 mil barragens subterrâneas que serão feitas na Bahia com recursos da ordem de 22,1 milhões, obtidos com o governo federal para agilizar a construção destas barragens. Salles disse que o governo vai entregar retroescavadeiras aos municípios que, em contrapartida, farão as barragens.
Fonte:Imprensa – Seagri

Supermercados brasileiros barram carne de desmatamento


Na Amazônia brasileira, a maior causa de desmatamento é a atividade pecuária, neste país que possui o maior rebanho comercial bovino do mundo
Supermercados brasileiros assinaram nesta segunda-feira um termo de compromisso com a procuradoria da República contra a comercialização de carne bovina procedente de fazendas que desmataram a Amazônia ou adotaram outras práticas ilegais, como o trabalho escravo.
O principal objetivo do compromisso firmado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) é evitar que eles comprem carne bovina procedente de áreas que são desmatadas na Amazônia ou provenientes de fazendas com irregularidades ambientais ou sociais, como o uso de mão-de-obra escrava, informou a procuradoria.
"Esperamos que em pouco tempo, principalmente as grandes redes de supermercado de todo o país, adotem iniciativas, como certificação e um controle de seus fornecedores, que garantam que não aceitam os que desmataram, praticam trabalho escravo ou ações que prejudicam comunidades indígenas", disse à AFP o promotor Daniel Azeredo, do grupo de trabalho Amazônia Legal.
Na Amazônia brasileira, a maior causa de desmatamento é a atividade pecuária, neste país que possui o maior rebanho comercial bovino do mundo - com mais de 200 milhões de cabeças de gado - e que também é o maior exportador de carne do planeta.
O trabalho dos promotores contra a carne procedente de áreas e produtores que desmataram para dar lugar à criação de gado começou em 2009, quando foram denunciados 13 grandes frigoríficos e 22 fazendas do estado do Pará, na Amazônia.
A ONG ambientalista Greenpeace divulgou na ocasião um relatório, fruto de três anos de pesquisas, que denunciava que carne e couro procedentes de fazendas que desmataram ilegalmente conseguiam se infiltrar nas grandes processadoras do sul do Brasil e abastecer marcas mundiais de calçados, moda, carros e alimentos.
Desde então, a procuradoria firmou termos de compromisso, principalmente com frigoríficos. O acordo de agora com os supermercados "talvez seja o principal ponto da cadeia, porque eles têm um poder de controle muito grande sobre os produtos que são comercializados em um momento em que temos um consumidor cada vez mais consciente e exigente", disse Azeredo.
Fonte: Boi Pesado – 26/03/2013

terça-feira, 26 de março de 2013

Exportação de carne também é afetada por caos nos portos

O vice-presidente de Assuntos Corporativos da empresa de alimentos BRF, Wilson de Mello Neto, disse nesta sexta-feira (22) que a situação adversa nos portos brasileiros afeta também a cadeia de carnes, como perdas de vendas, faturamento em  todas as companhias do setor. Esse gargalo em logística precisa de um foco maior de atenção do governo.
De acordo com Mello Neto, no caso da BRF, os embarques realizados pelo Porto de Santos, onde a situação está mais crítica, representam, aproximadamente, 5% do volume total dos itens escoados para o exterior pela companhia. 
Nas últimas semanas, a Rodovia Cônego Rangoni, que dá acesso aos principais terminais de grãos do Porto de Santos, tem ficado constantemente congestionada, com filas quilométricas. Enquanto os motoristas ficam horas estacionados na rodovia sem conseguir chegar ao terminal, os navios não podem atracar por falta de mercadoria.

Fonte: Site da Carne – 25/03/2013

Frigoríficos: a Inspeção vai dar conta do recado?


O Brasil é dono do segundo maior rebanho efetivo mundial, com cerca de 200 milhões de cabeças. É também líder, desde 2008, nas exportações de carne bovina. É responsável por um quinto da carne comercializada no mundo, com vendas em mais de 180 países e, além disso, apresenta perspectivas de crescimento para o rebanho bovino e para a produção de carne nos próximos anos.
O segmento é um dos destaques do agronegócio brasileiro no cenário mundial, com valor bruto de produção (VPB) para 2013 estimado pelo Esalq /CEPEA em R$58,513 bilhões. Um crescimento de 6,3% em relação a 2012. Para o cálculo do VPB somente é levado em consideração à produção de carne bovina (tec). A atividade está presente em todos os estados brasileiros, o que evidencia a sua importância econômica e social para o país.
Contudo, é estimado que 30% da produção de carne bovina no Brasil seja produzida informalmente. Dois terços dos estabelecimentos que abatem, sendo responsáveis pela produção de um terço da carne que é consumida no país, não são fiscalizados de maneira adequada ou operam de forma irregular. A situação de um abatedouro sem um veterinário é comparável a um hospital sem médicos.
Outro fator complicador para melhora da situação higiênico sanitária dos alimentos de origem animal no país é a questão cultural. Existe ainda disseminado o pensamento de que o leite que acabou de sair da vaca é de melhor qualidade e que o frango caipira criado no fundo de quintal é mais saboroso, quando comparados a um produto que passou por um processo industrial inspecionado.
É preconizado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), que somente sejam consumidas as carnes que apresentem o selo de aprovação do Serviço de Inspeção (Federal, Municipal ou Estadual), já que este produto tem maiores garantias de qualidade.
A maior parcela de carne bovina produzida no Brasil é absorvida pelo mercado interno, em 2012 o consumo nacional representou aproximadamente 75,0% da produção. O restante, 25,0%, foi destinado ao mercado externo. Para isso, o Mapa, deverá lidar com uma crescente demanda de inspeção.
Fonte:Scot Consultoria – 25/03/2013

segunda-feira, 25 de março de 2013

Analistas projetam que mercado do boi gordo deve se manter estável em 2013


Em 2013, o setor da carne bovina vem contrariando regras básicas do mercado que, tradicionalmente, não são alteradas nesta época. O início de ano costuma ser marcado pelo enfraquecimento da demanda e uma queda leve nas exportações, mas o primeiro trimestre tem registrado exatamente o contrário.
Mesmo com o volume de abates superior ao ano passado, os preços da carne bovina vêm se mantendo estáveis. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a arroba do boi gordo segue praticamente estável. No começo do ano, era negociada a R$ 97,73. Em fevereiro, caiu um pouco, chegando a R$ 97,50 e, em março, voltou subir, passando de R$ 98,00.
– A justificativa é que houve um atraso na engorda destes bois pela seca. Agora, os pastos estão numa situação excepcional e o pecuarista aproveita para engordar este boi mais barato, colocar uma arroba nele para ir vendendo aos poucos. O que entendemos é isso, você tem uma oferta de boi adequada à demanda atual, ou seja, a oferta não é suficiente para pressionar negativamente o mercado – explica o analista de mercado Élio Micheloni Jr.
Outra explicação é o preço das carnes concorrentes. A carne de frango, por exemplo, está mais cara, fazendo com que o consumidor acabe comendo mais carne bovina e mantendo o preço estável.
– A preferência do consumidor é pela carne bovina, mas ela é mais cara. Como nós tivemos uma alta significativa no preço do frango, justificada pela alta do milho, o consumidor percebe que a diferença não é tão grande como era no ano passado e acaba consumindo mais carne bovina. A carne de frango tem um impacto muito direto na carne bovina – afirma Micheloni.
O analista da MBAgro César de Castro Alves aponta as exportações como um fator decisivo para a estabilidade do preço da carne. Até o final do ano, o Brasil pode atingir um milhão de toneladas exportadas, marca que não é registrada desde 2008.
– Este ano foi um pouco diferente porque as exportações brilharam nos primeiros dois meses do ano. Foi um crescimento de 40% em volume em relação a janeiro e fevereiro do ano passado, realmente muito expressivo.

A previsão é de que o mercado se mantenha estável ao longo do ano.
– A tendência é de queda leve até o pico da safra, que será em abril, mas dependendo do clima. Como as expectativas estão muito boas e não temos expectativa de distúrbio no mercado interno, tudo indica que vai ser relativamente firme para o boi – projeta Alves.
Um fator que ainda pode interferir no mercado, segundo o analista, é a seca na Austrália, que acelerou o processo de abates no país.
– Já se percebeu uma alta muito grande nos números de abates de janeiro, tanto para macho, quanto pra fêmea. A implicação disto é que o excedente de carne vai ser exportado e vai competir com o Brasil em alguns mercados. Isso pode fazer com que nosso ritmo de crescimento das exportações seja influenciado pela participação inesperada da Austrália.

Fonte: Canal Rural – 22/03/2013

Boi gordo vs farelo de soja: em março a relação de troca melhorou



Click no link abaixo e veja como anda a relação de troca.
Boi gordo vs farelo de soja: em março a relação de troca melhorou

Morre Marcos Bassi

Um dos maiores especialistas em carnes no país, Marcos Bassi morreu no domingo (24/3) no começo da tarde no Hospital Sírio Libanês. Ele lutava contra um câncer de pulmão e esteve internado várias vezes recentemente. O velório será na Rua São Carlos do Pinhal, 376. Dali o corpo será levado segunda-feira (25/3), às 14h para o Cemitério do Araçá.
Marcos Guardabassi era dono do restaurante Templo da Carne, no Bixiga. Tinha 64 anos. Filho de italianos, nasceu e cresceu no bairro do Brás. Começou como ambulante, vendendo dobradinha, aos oito anos de idade. Na juventude, com a ajuda da mãe, D. Mafalda, conseguiu um espaço no Mercadão onde abriu o primeiro açougue.
Autodidata, aprendeu tudo sobre a carne. Mas descobriu a vocação de churasqueiro depois de transferir seu açougue para a Rua Humaitá, no Bixiga e instalar ali uma churrasqueira. Não chamou o lugar de açougue, mas de Casa de Carnes Bassi.
Foi ali que começou a estudar as técnicas de preparo, experimentar diferentes alturas da grelha, testar maneiras distintas de assar, cortes, temperaturas. Inaugurou seu primeiro restaurante, o Bassi, em 1978, na rua 13 de Maio. Num projeto de expansão, teve problema com sócios, acabou em dificuldades e vendeu sua marca para conseguir dinheiro para refazer os negócios. E foi assim que o Bassi virou Templo da Carne.
Criador do corte bom-bom de alcatra, foi Bassi quem deu valor à fraldinha, peça considerada de segunda por muito tempo e hoje apreciadíssima pela maciez e pela pouca quantidade de gordura.
Divertido, falante, Bassi circulava pelo restaurante e adorava esticar a conversa com os clientes, explicar detalhes do corte. Só não achava muita graça quando alguém insistia em pedir a carne bem passada.
Animado, circulava pelos eventos de gastronomia, mesmo nos períodos em que esteve doente. Nas festas do Paladar estava sempre acompanhado pela mulher Rosa, e pelas filhas Tatiana e Fabiana, que o ajudavam no restaurante.
Além do DVD A Magia do Churrasco, Marcos Bassi é autor do livro Carnes e Churrasco, lançado no fim do ano passado.
Bassi costumava receber os amigos em uma sala reservada do restaurante. De pé, em frente à churrasqueira ia assando a carne e contando histórias. Vai fazer falta.
Fonte: Estadão.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Seagri divulga políticas públicas para agropecuária

Secretários de Agricultura dos municípios baianos participam, hoje, no Hotel Pestana, em Salvador, do III Encontro de Secretários Municipais de Agricultura do Estado da Bahia, promovido pela Secretaria da Agricultura do Estado (Seagri).
O secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, afirma que o encontro será uma importante reunião de trabalho, quando serão apresentadas aos gestores municipais todas as políticas públicas disponíveis nos governos estadual e federal para fortalecer e desenvolver a agropecuária dos seus municípios.
O evento deve reunir mais de 800 participantes, será iniciado às 7h e encerrado às 19h, com a presença do governador Jaques Wagner. Paralelamente ao encontro, acontecerá a III Conferência Estadual das câmaras setoriais da agropecuária, instâncias criadas pela Seagri, com a participação de todos os elos das cadeias produtivas.
Na cerimônia de encerramento, será entregue o prêmio ‘Destaque Agronegócio 2012’ aos produtores indicados pelas câmaras setoriais. Os contemplados foram selecionados em função do desempenho e resultados alcançados em 2012, ano castigado pela seca.
Fonte: Seagri

Embrapa desenvolve tecnologias para produção sustentável do couro


Diante do avanço da China no mercado mundial de couros, investir em sustentabilidade é a alternativa para o Brasil manter-se competitivo e conquistar os mercados exigentes. Este é o foco dos trabalhos de pesquisa em couro de bovinos e ovinos na Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP): produzir de forma cada vez mais sustentável.
A indústria do couro foi responsável por 6,86% da balança comercial brasileira em 2011 e emprega mais de 50 mil trabalhadores. As exportações do setor cresceram de US$ 700 milhões em 2000 para US$ 2,045 bilhões em 2011, mostrando que existe grande demanda para o produto brasileiro.
No processo de curtimento, em vez do poluente sulfato de cromo, largamente utilizado pela indústria há décadas, a Embrapa aposta em taninos vegetais como curtentes, tais como acácia e castanheiro, além de sintéticos. São substâncias pouco impactantes e biodegradáveis.
O sulfato de cromo foi uma revolução nos curtumes no início do século passado, por ser barato e facilmente encontrado na natureza, além de imprimir características inigualáveis ao couro. Porém, pelo fato de ser considerado perigoso, é poluente e deixa resíduos sólidos após o curtimento. Esses resíduos não podem ser queimados, pois a combustão transforma o sulfato de cromo trivalente em sua forma hexavalente, considerada substância cancerígena, necessitando de um tratamento adequado antes da deposição em aterros controlados.
A fiscalização de órgãos ambientais obrigou a indústria a encontrar alternativas à queima e ao processo de enterrar os resíduos cromados. Hoje, eles passam por um "descurtimento", em que o colágeno é hidrolisado para ser usado como "enchimento" no próprio couro. No entanto, mesmo esse processo gera efluentes com cromo, que precisam ser tratados. O que se faz é precipitar o cromo que, transformado em lodo, volta a ser sulfato de cromo, após tratamento ácido.
Fonte:Site da Carne – 21/03/2013

Vale a pena segurar o gado no pasto ?


Quando as pastagens estão em boas condições de produção e nutritivas, existe a possibilidade de retenção dos animais. Essa estratégia é adotada quando o preço de compra ofertado não é estimulante ou para agregar peso à boiada. No entanto, a retenção, a opção por não vender, implica assumir o risco de uma possível queda das cotações, com a desvantagem de se arcar com o custo de manter o gado no pasto. Em função dessas variáveis, até que ponto é interessante manter os animais em pastejo? Vamos a alguns números.
Alcides Torres e Hyberville Neto.
Em primeiro lugar, vamos estimar os custos de acordo com parâmetros correntes, para um rebanho de 1.000 animais, mantidos em pastagem arrendada, com suplementação mineral. Em vez de ser vendida num momento normal, com o boi pesando 520 kg, por exemplo, essa boiada foi mantida por mais 30 dias no pasto, com ganho de peso de 400 gramas/dia (peso final de 532 kg), consumindo 80 g de sal mineral. Considerando um aluguel de pasto no valor de R$ 20,00/cabeça/mês, mais R$ 2,87 pela suplementação e R$ 1,83 com mão de obra, teremos um custo mensal adicional de R$ 24,70/cabeça.         A retenção da boiada tem a vantagem de dar tempo ao mercado, com o gado ganhando peso. Se o custo da arroba engordada for menor do que o valor de mercado, há agregação de lucro apenas com o ganho de peso. Se o custo for igual ao preço, a retenção servirá apenas para dar mais tempo para a venda e indiretamente manter o mercado enxuto e os preços estáveis. Quando o custo for maior que o preço de venda, a retenção é desvantajosa, a menos que o mercado seja promissor à frente e compense a agregação de custo e a espera.
Fonte:Portal DBO – 21/03/2013

Maior competitividade da carne bovina aquece exportações

Uma maior competitividade da carne bovina do Brasil favoreceu as vendas externas do país no início de 2013, elevando perspectivas para o ano, apontou o Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea) na quarta-feira.
Segundo o Cepea, a desvalorização do real frente ao dólar, o crescimento de economias de países emergentes e o preço mais elevado dos exportadores concorrentes explicam a competitividade brasileira neste início de ano, reafirmando a força exportadora do país no decorrer do ano.
As exportações brasileiras de carne bovina congelada, fresca ou resfriada representaram 2,41 por cento da pauta de exportações do país no acumulado de janeiro/fevereiro, uma alta em relação ao 1,67 por cento registrado no mesmo período do ano passado, acrescentou o Cepea.
No bimestre, foram exportadas 165,27 mil toneladas do produto in natura e 30,59 mil toneladas da industrializada. Tais embarques representam aumentos de 40,78 e 0,25 por cento, respectivamente, em relação ao início de 2012.
O indicador do boi gordo Esalq/BM&FBovespa apresentou uma ligeira variação positiva na última semana, avançando 0,28 por cento, fechando cotado a 97,94 reais por arroba.
Fonte:Site da Carne – 21/03/2013

Escalas de abate bovino evoluem de forma lenta


A referência para o boi gordo ficou em R$ 97,50/@, à vista, e R$ 99,00/@, a prazo, na terça, dia 19, segundo levantamento da Scot Consultoria divulgado nesta quarta, dia 20. Boa parte das indústrias paulistas buscava animais para sexta, dia 22, e segunda, dia 25.
A desova de animais em função da seca continua a pressionar o mercado no oeste da Bahia. Desde o início deste mês, o preço do boi gordo recuou 5,1%. As cotações no atacado de carne com osso estão estáveis. A demanda não tem dado sinais de melhora e os estoques de carne estão relativamente abastecidos.
O boi casado de animais castrados está cotado em R$ 6,22 o quilo. Na comparação com o mesmo período do mês anterior, a queda é de 2,1%.
Mercado de reposição tem queda em MG
Segundo dados da Scot, os preços dos animais de reposição em Minas Gerais continuam em queda. O boi magro (12@) e o garrote (9,5@) desvalorizaram 1,0% e 1,1%, respectivamente, na comparação com a semana anterior. Estes estão cotados em R$ 1.040,00 e R$ 860,00 por cabeça, nesta ordem.
As categorias mais jovens, bezerro de ano (7,0@) e bezerro desmamado (5,5@) também tiveram reduções de 1,5% e 1,8% nos preços, estão cotados em R$660,00 e R$540,00/cabeça, respectivamente.
Fonte: Canal Rural – 20/03/2013

Novo ministro da Agricultura vai investir no produtor de leite

O novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, disse na segunda-feira (18) que é possível expandir a produção agropecuária brasileira de maneira sustentável.
"[O Brasil] é um dos poucos países onde dá para expandir a área plantada e a produção de forma sustentável. Conto com o apoio atuante do cooperativismo, da pesquisa e de toda a equipe de gestores e técnicos do Ministério da Agricultura [para conseguir]", afirmou. Ele recebeu o cargo do ex-ministro Mendes Ribeiro Filho.
O peemedebista foi prefeito de Vazante (MG), deputado estadual três vezes e está no segundo mandato de deputado federal. Ao falar de políticas do ministério sob sua gestão, Antônio Andrade deu destaque à cadeia produtiva do leite na qual atua como produtor. "Uma das preocupações do ministério será investir no pequeno produtor de leite. É uma forma de fixar o homem no campo. O homem no campo custa muito menos para o poder público do que o homem da cidade", disse.
O antecessor Mendes Ribeiro Filho destacou que continuará defendendo o setor agropecuário na Câmara dos Deputados, onde reassume mandato de deputado federal pelo PMDB do Rio Grande do Sul. "Espero continuar a trabalhar pelo setor, agora como deputado", disse Ribeiro, que chegou a ser cogitado para assumir a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), mas preferiu deixar o governo para cuidar de problemas de saúde. "Agora é contigo. Tudo que eu tinha de fazer, fiz", disse ao novo ministro.

Fonte:O Leite – 19/03/2013


Raiva bovina provoca morte de mais de cem animais no Acre

O governo do Acre confirmou nesta terça, dia 19, que a morte de mais de cem animais em propriedades do município de Porto Walter, no oeste do Estado, foram por raiva bovina.
Segundo o gerente regional do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF), foi recomendada a vacinação contra a raiva num raio de 12 km de distância das propriedades atingidas, que ficam nas comunidades Estirão de Buenos Aires, Novo Horizonte e Califórnia, todas situadas às margens do Rio Juruá e todas acima da sede municipal de Porto Walter. O IDAF também proibiu o consumo da carne das regiões afetadas no município.
Há menos de dois anos a doença foi identificada em no municípios de Feijó, Tarauacá  e Mâncio Lima, e em outubro do ano passado em Guajará (cidade do Amazonas, situada a 18 km de Cruzeiro do Sul).

Fonte: Canal Rural – 19/03/2013

Embrapa lança guia sobre sobre boas práticas para uso da água na produção de leite

No Dia Mundial da Água, a Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos - SP) lança um guia de boas práticas para orientar produtores, técnicos extensionistas e gestores a produzir leite, conservando os recursos hídricos em quantidade e qualidade. O comunicado técnico Boas práticas hídricas na produção leiteira possui sete páginas com orientações para o mnejo ambiental e hídrico da propriedade.
A publicação é de autorida dos pesquisadores da Embrapa Júlio Cesar Palhares e Luiz Francisco Zafalon, além do professor da Esalq/USP Fernando Campos Mendonça. O lançamento ocorre na manhã desta sexta, dia 22, durante o seminário Recursos hídricos – problemas e perspectivas, promovido pela Coordenadora do Meio Ambiente da Prefeitura de
São Carlos.
De acordo com Júlio Palhares, faltam informações para produtores e extensionistas sobre o manejo ambiental e hídrico adequado nas propriedades de leite. Para suprir essa lacuna, o guia lista ações para que o público selecione o que é mais adequado à sua realidade.
As boas práticas de produção são um instrumento voluntário ou legal utilizado por vários países do mundo. Segundo Palhares, a cultura de boas práticas no setor agropecuário no Brasil é recente.

– Sua utilização é mais comum em cadeias produtivas que têm intensa relação com o mercado externo e, portanto, devem seguir princípios e normas produtivas dos mercados de destino.

A utilização de boas práticas hídricas é o caminho para um produto que considere os valores de segurança dos alimentos e respeito ao meio ambiente, bem como a saúde de humanos e animais. Também permite ao produtor entender a água em suas três dimensões: alimento, insumo produtivo e recurso natural.
O guia tem recomendações como: avaliar a qualidade da água que os animais bebem com frequência mínima anual; não permitir o consumo da água de rios, córregos, lagos e lagoas de forma direta; atentar para a redução no consumo de água pelos animais, o que pode indicar problemas com a sua qualidade; formular corretamente as dietas para evitar excesso de nutrientes, com consequente excreção excessiva de compostos potencialmente poluentes, como nitrogênio e fósforo; lavar com água potável os equipamentos e utensílios de ordenha, bem como as mãos dos responsáveis; cercar todas as fontes de água e os sistemas de tratamento de resíduos (esterqueiras, lagoas, biodigestores, composteiras) para impedir o acesso de humanos e animais; e conhecer todas as fontes de água da propriedade, além de possuir a licença ambiental e a outorga de uso da água.
Fonte:EMBRAPA

terça-feira, 19 de março de 2013

Preços recuam em oito praças


Veja a análise do mercado por Sidnei Maschio, no Terraviva DBO na TV

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fonte:Portal DBO – 18/03/2013

Novos rumos para os lácteos



O Brasil vai investir R$ 2,3 milhões até o próximo ano para promover a exportação do leite nacional. A meta é exportar até o final de 2014 mais de US$ 82 milhões de leite e derivados. Para alcançar o resultado, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) firmaram no último dia 21, um convênio.
Desde 2008, o país deixou de ser exportador de leite e passou à condição de importador de leite. A crise internacional provocou recuo nas compras e aumentou o protecionismo no mercado mundial. A expectativa do governo é que, em uma década, a exportação de leite, queijos, manteiga e demais derivados chegue a R$ 1 bilhão, superando os valores de 2008.
O governo vai disponibilizar montante de R$ 1,9 milhão e a OCB arcará com R$ 372 mil. Após dois anos, poderão ser investidos novos valores. Por meio do convênio, deverá ser concedido crédito subsidiado aos produtores para aquisição de 3.600 itens, como tratores, ordenhadeiras e resfriadores. O crédito será disponibilizado dentro do Programa Pronaf Mais Alimentos, com cobrança de juros de 2% ao ano.
Caberá à OCB estimular a adesão do setor, que é muito capilarizado, e à Apex-Brasil promover os produtos no exterior, colocando frente a frente vendedor e comprador. Serão convidados a visitar o Brasil importadores, jornalistas e formadores de opinião estrangeiros para conhecer o trabalho do setor e fazer negócios. Os mercados mais visados são: Angola, Arábia Saudita, Argélia, China, Egito, Emirados Árabes, Iraque e Venezuela. O governo deverá ampliar a assistência técnica aos produtores.
Walmor Vanz, presidente da Associação dos Médicos Veterinários do Alto Uruguai, que promove anualmente na cidade de Erechim o Simpósio do Leite e Fórum Nacional dos Lácteos, comenta que o investimento permanente em novas tecnologias é essencial para uma boa colocação do leite produzido na região no mercado.
Segundo ele, na região Alto Uruguai todo o setor leiteiro está crescendo gradativamente. Todos os anos percebe-se grandes investimentos em assistência técnica e novas tecnologias que estão chegando na região. "Nós observamos que há um futuro muito bom e com bons níveis de crescimento. Desde o primeiro simpósio, até este do ano de 2013, que será o décimo, os produtores e técnicos estão tendo acesso a informações para aprimorar seus conhecimentos e levar para as propriedades" comentou ele.
Para Vanz, em uma década foi possível perceber um grande salto de tecnologia, pois há um processo de profissionalização desta área. A tendência do leite para se tornar viável, é que todos os envolvidos na cadeia tenham o máximo de profissionalismo. "Quem quiser competir no mercado vai precisar estar muito atendo a todas as tecnologias. Muitas vezes com o mesmo número de animais será necessário aumentar a produção e baixando o custo da alimentação que hoje é o gargalo" enfatizou Vanz.
Segundo ele eventos como o Simpósio, que vai acontecer entre os dias 18 e 19 de junho, têm como maior objetivo levar para produtores e técnicos as principais tecnologias disponíveis no mercado. As informações não são oriundas somente das palestras e do fórum, mas também das empresas que utilizam o evento para expor novos produtos e tecnologias.
Fonte:O Leite – 18/03/2013

segunda-feira, 18 de março de 2013

Respeito às regras de bem-estar geram maior rentabilidade

Respeito às regras de bem-estar geram maior rentabilidade

 
Mato Grosso tem bons exemplos e é referência para o resto do Brasil
Respeito às regras de bem-estar geram maior rentabilidade
Conhecer o comportamento do animal e usar estratégias de manejo racional podem garantir o bem-estar do rebanho e gerar ganhos diretos e indiretos na produtividade e na qualidade do produto final. No outro extremo, quando o manejo é inadequado, além de causar estresse e sofrimento desnecessário, afeta diretamente a qualidade da carne e reduz significativamente o rendimento de carcaça, devido à incidência de hematomas e contusões.

Outros cuidados como dieta, condições higiênicas e instalações adequadas também devem ser observados e praticados pelo produtor. Quando não está bem, o animal se alimenta menos e consequentemente engorda menos. Além disso, há um risco maior de contrair doenças infecciosas e parasitárias. "Numa situação extrema pode chegar à morte. O animal pode morrer de estresse, de calor, de sede ou de fome. É claro que estas situações extremas são mais difíceis de acontecer, mas acontecem", explica o zootecnista Mateus Paranhos, especializado em bem-estar animal.
Em Mato Grosso, assim como no resto do Brasil, ainda existem animais que passam fome durante o período de seca. Muitos perdem peso, há um índice elevado de mortalidade de animais jovens. "Há muito que melhorar, mas também podemos dizer que Mato Grosso tem bons exemplos e que tem sido referência para o resto do Brasil". Mateus aconselha o pecuarista a dar mais atenção tanto para o rebanho, quanto para equipe de profissionais que manejam os animais. "A agressividade ainda é um grande problema na pecuária de corte. Por isso é preciso qualificar os profissionais para ter um manejo menos agressivo".
Segundo Mateus metade dos bois que vai para o frigorífico tem um hematoma e cada um causa a perda de mais ou menos 500 gramas de carne. "É preciso saber a origem deste hematoma e fazer as contas". Qualificação da equipe é a receita para reduzir hematomas.

Ação sinérgica de fiscalização da Adab apreende 40 toneladas de produtos

Uma grande mobilização de fiscalização de trânsito nas rodovias federais baianas 242/020/116/101, apreendeu aproximadamente 40 toneladas de produtos impróprios para consumo, incluindo lácteos, carnes in natura, pescado e frutas. A ação, realizada pela coordenação de Barreiras Sanitárias da Agência de Defesa Agropecuária (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), teve início no dia 04 de março e se estendeu até o dia 15, em quatro dos municípios da Zona de Proteção, focada em coibir o trânsito de produtos com origem desconhecida.
Com o apoio das coordenadorias regionais da Agência em Itaberaba, Feira de Santana, Barreiras e Santa Maria da Vitória, a Adab reforçou a atividade de fiscalização buscando garantir a segurança da agropecuária baiana e, principalmente, a seguridade do alimento consumido pela população. Foram apreendidas 4 toneladas de carnes sem rótulo e selo de inspeção, ausência de refrigeração e, a maioria, transportada sem a mínima condição de higiene. Para o responsável da força tarefa, o coordenador das Barreiras Sanitárias, Roberto Gama Pacheco, estas e outras ações são frequentes em todo o território baiano e a nossa maior preocupação é com a saúde pública. “Uma vez que as condições dos alimentos, nesses casos, não atendem às exigências higiênico-sanitárias, oferecendo graves riscos aos consumidores”, afirma Pacheco.
Até o momento foram interpelados aproximadamente 4 mil veículos e, durante a fiscalização, sempre é realizado trabalho de Educação Sanitária. Segundo o coordenador regional da Adab de Feira de Santana, Aurino Soares, a técnica de abordagem é o diferencial na atividade, na qual os profissionais buscam o esclarecimento dos condutores e a conscientização da população sobre o perigo de consumir carne de origem desconhecida, ou culturalmente denominada de “carne quente”. “A coordenadoria regional contribui com barreiras móveis distribuídas na BR 101, ampliando ainda mais a ação”, completa Soares, lembrando que também foram apreendidas 1,6 toneladas de produtos lácteos (queijo, requeijão, manteiga).
Todas as cargas apreendidas foram encaminhadas aos Aterros Sanitários, onde foram devidamente destruídas. “Ao apreender esse material, estamos prestando um serviço ao consumidor, impedindo que um produto em desacordo com a legislação sanitária chegue à sua mesa”, finaliza o Coordenador Regional da Adab de Santa Maria da Vitória José Gregório Neto.
Fonte:Ascom/Adab

Secretários de agricultura querem audiência com Dilma Rousseff para discutir a agropecuária brasileira

(Ipameri - Goiás) - O Conselho Nacional de Secretários de Agricultura (Conseagri) vai solicitar audiência à presidente Dilma Rousseff, para debater temas estratégicos e fundamentais para a agropecuária brasileira, setor importantíssimo da economia, responsável por 27% do PIB nacional, 42,5% das exportações e pela geração de 17 milhões de empregos. Essa foi uma das decisões da reunião do Conseagri, realizada em Goiás e encerrada nesta quinta-feira com a participação dos secretários no Dia do Campo sobre Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF),na Fazenda Santa Brígida, no município goiano de Ipameri.
A pesquisa e extensão rural, política de abastecimento, defesa da biossegurança nacional, e o PAC Semiárido e sustentação hídrica da agropecuária brasileira fazem parte da agenda proposta pelo Conseagri, dentre os assuntos prioritários, De acordo o presidente do Conseagri e secretário da Agricultura da Bahia, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, “os 27 secretários estaduais vivem o dia-a-dia do setor e conhecem melhor do que ninguém as necessidades e dificuldades do setor. Queremos levar à presidente Dilma as demandas técnicas e estruturantes para a agropecuária brasileira”.
Fonte:
Ascom Seagri[

Grão não é semente!


Grão não é semente! Embora se pareça com grãos da mesma espécie, a semente é diferenciada, precisando ter certas qualidades para ser reconhecida como tal.
Muitos agricultores optam por semear o grão comum, no lugar da semente, e pensam estar levando vantagem, porque não gastaram com a aquisição da semente de produtores credenciados. Da mesma forma, semear sementes clandestinas ou piratas, que não têm a qualidade exigida para ser semeada, pode resultar numa lavoura com falhas de germinação, em plantas com menor vigor, maturação desuniforme e, no final das contas, baixa produtividade da lavoura.
E há outra consequência importante: se ninguém paga pela semente, que banca os custos do desenvolvimento de novas variedades, a indústria de sementes desaparecerá. Sem ela, não haverá novas variedades e essa atitude do agricultor resultará em tiro no próprio pé.
A semente vale pela sua genética e pela qualidade do seu grão, resultado de um processo diferenciado de produção. A economia que o produtor faz plantando sementes piratas, ao invés de sementes de qualidade comprovada no estabelecimento da lavoura é, certamente, menor do que o prejuízo que ele terá com a queda na produção, cujo montante ele dificilmente perceberá. É um prejuízo oculto, dissimulado. Resultados de pesquisas demonstram que a utilização de sementes de elevado vigor propicia produtividades 10% a 30% superiores às sementes piratas, que, via de regra, apresentam vigor mais baixo. Mas o produtor não percebe isto porque ele não tem como comparar. Como saber quanto mais ele teria produzido, se tivesse semeado sementes de qualidade, se ele só usou semente pirata?
Outro alerta para o agricultor: mesmo a semente de qualidade pode conter aditivos de utilidade duvidosa - até de nenhuma utilidade! A indústria química, que cada vez mais se confunde com a indústria da semente, está transformando a semente em burro de carga dos seus produtos químicos e, dessa forma, repassa ao produtor, junto com a semente, fungicidas, inseticidas, nematicidas, bioestimulantes, fertilizantes, enraizantes, entre outros, que ele não pediu, não deseja, mas vê-se forçado a aceitá-los – e pagar por eles - para ter acesso à variedade que ele escolheu.
A lógica do mercado é cruel. Como o lucro é a única meta, o negócio da indústria é vender e faturar, enquanto que o produtor quer produzir e gostaria de, também, faturar. Mas o seu lucro pode ficar pelo caminho, com custos de produção desnecessários. Portanto, já que comprar pacote fechado é o mesmo que comprar gato ensacado, do qual não se conhece nem a cor, fique, também, esperto, porque gastar dinheiro em troca de nada, é frustrante.
Caro produtor, comece bem a próxima safra, plantando sementes de qualidade. Elas são a chave que abre a porta do sucesso no campo.
Amélio Dall Agnol
Fonte Wolf Seeds/ Naterra
Wolf Seeds/Naterra é marca de qualidade representada pela Gepecorte.
Consulte-nos para formação da sua pastagem. 71 33533713
 

Oferta de boiadas não deixa crescer programações dos frigoríficos


A oferta de boiadas não permite a ampliação significativa das programações dos frigoríficos, além do preço da carne não estimular o alongamento das escalas de abate neste momento
Com isto, o mercado não apresenta grandes alterações e aguarda alguma interferência no equilíbrio entre oferta e demanda.
Em São Paulo, a referência a prazo está em R$ 99 por arroba. A margem do Equivalente Scot Desossa caiu a patamares abaixo de 20%, fato que não ocorria desde abril do ano passado, revelando o encolhimento das margens da indústria neste momento.
Cotações estáveis no mercado atacadista de carne bovina com osso, com o boi casado de animais castrados cotado em R$ 6,22 kg.
Fonte:Boi Pesado – 15/03/2013

Asiáticos vão importar mais carne e Brasil pode ser beneficiado


Até o ano de 2020 o mercado asiático deverá aumentar em 53% as importações de carne vermelha, segundo dados apresentados por Luciano Roppa, da Roppa Consultoria, de São Paulo, durante palestra sobre o panorama mundial da produção de carne, nesta quarta-feira (13), na etapa Cuiabá do Circuito Feicorte 2013.
Roppa analisa que o Brasil precisa melhorar a eficiência produtiva para garantir boa participação junto a esse crescimento de demanda nos países da Ásia. O continente deve chegar aos 3,3 milhões de toneladas de carne importadas ao ano, enquanto os países da comunidade europeia devem sofrer retração no mercado e importar apenas 350 mil toneladas ao ano.
Para conseguir uma boa fatia desse mercado promissor, o grande desafio para a pecuária nacional  é "produzir mais, melhor, com menos recursos, por um custo menor e com mais tecnologia", diz o consultor.
Esse resultado conta com prós e contras pelo caminho. Os pontos positivos do mercado brasileiro de produção de proteína vermelha, segundo Luciano Roppa, são a variedade genética - que atende exigências de diversos mercados-, a engorda a pasto e a qualidade dos rebanhos. Em contrapartida, o grande ponto negativo é a logística, que atrapalha a chegada da carne aos portos e encarece o processo.
O Circuito Feicorte 2013 - etapa Cuiabá, acontece nos dias 13 e 14 de março, no Centro de Eventos do Pantanal, e traz palestras, workshops e debates com o tema "Eficiência na produção e comercialização na carne".
Fonte:Site da Carne – 15/03/2013

quinta-feira, 14 de março de 2013

Fiscais culpam Mapa sobre denúncia de irregularidades em abatedouros



No último domingo (10/3), o programa de televisão Fantástico mostrou uma série de irregularidades cometidas por abatedouros sem fiscalização no país. A reportagem, que apresenta um caso de ameaça à saúde pública, causou polêmica e levantou discussões entre representantes da sociedade e autoridades do setor.
Fiscais Federais Agropecuários, em nota à imprensa nesta terça-feira (13/3), disseram que as denúncias são “extramente graves” e que as péssimas condições de abate, armazenamento e transporte da carne bovina apontam o estado de ameaça a que consumidores estão sujeitos.
Segundo os agentes, a principal causa da situação apresentada na reportagem é a “omissão e o desinteresse do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em se posicionar e agir para resolver os problemas”. O Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) afirma que há muito alerta para as condições deste cenário, mas os dirigentes da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa não tomam iniciativa.
Eles explicam que a responsabilidade de inspeção dos produtos de origem animal e vegetal está dividida nas instâncias administrativas federal, estadual e municipal. “Os fiscais federais respondem pela verificação da qualidade dos produtos comercializados entre Estados e com o exterior; os estaduais, entre os municípios do Estado; e os municipais, dentro dos municípios”, comenta a categoria em nota. De acordo com os fiscais agropecuários, “as três esferas administrativas atuam sem hierarquização definida e falta uma comunicação técnica condizente com a complexidade dos processos de fiscalização, o que também prejudica a atuação do fiscal de forma regular, profissional e padronizada”. Um fiscal federal não pode, por exemplo, autuar um estabelecimento cuja fiscalização seja de responsabilidade do município, mesmo que flagre uma irregularidade.
A categoria aponta caminhos e soluções para melhorar o sistema de fiscalização, como o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), criado em 2006. Mas, segundo os fiscais, o sistema nunca foi colocado em prática. “A gestão adotada pelo Mapa enfraquece deliberadamente o Suasa, o que não permite a integração das três esferas – federal, estadual e municipal – de forma harmônica e organizada. As soluções propostas pela Anffa Sindical para a melhoria da fiscalização e combate às irregularidades sanitárias em abatedouros clandestinos não foram autorizadas pelo Ministério”, diz a nota.
A nota diz, ainda, que a postura do Mapa “deixa a população vulnerável, pois permite que os consumidores comam alimentos que não passaram por nenhum controle de qualidade”. Para a Anffa Sindical, o Ministério “precisa assumir o papel de regente nesse processo e garantir a eficiência das ações de defesa agropecuária, em benefício da sociedade brasileira”.
Globo Rural entrou em contato com o Ministério da Agricultura para que o órgão pudesse comentar as afirmações da Anffa Sindical, mas até o momento de fechamento desta nota o órgão n: ão respondeu.
 
Fonte:Globo Rural – 13/03/2013

Preço da arroba do boi gordo recuou 6,1% no Oeste da Bahia

Segundo levantamento da Scot Consultoria, a arroba do boi gordo no Oeste da Bahia está cotada em R$90,00, à vista, e R$92,00, a prazo.
Na comparação com a cotação de trinta dias atrás houve recuo de 6,1%. É a maior queda entre as praças pesquisadas durante este período. Observe a figura 1.





A estiagem tem sido um problema para os pecuaristas da região.
Com a perda da qualidade das pastagens, a oferta de animais para abate cresceu nos últimos dias, o que pressionou

Embrapa trabalha em validação e transferência de tecnologia sobre a síndrome da morte do braquiarão no MT

No Link abaixo leiam artigo sobre a morte do capim Brachiária Marandu , mais conhecido como braquiarão.
Este fenômeno também ocorre nas pastagens do nosso estado.
Boi a Pasto | www.boiapasto.com.br – Embrapa trabalha em validação e transferência de tecnologia sobre a síndrome da morte do braquiarão no MT

quarta-feira, 13 de março de 2013

Governo formula programa para recompor rebanhos de pequenos produtores atingidos pela seca

A presidente Dilma Rousseff afirmou na última terça, dia 12, em Água Branca-AL, que o governo federal está formulando um programa para recompor as perdas de rebanhos de pequenos produtores rurais causadas pela estiagem no Nordeste e preparar a região para enfrentar as próximas secas.

"É um programa de retomada para quando a seca passar, porque não basta chover. A gente vai ter que recuperar o rebanho. O governo federal está atento a isso. Só não posso recuperar o rebanho quando ainda tem seca, senão vai morrer outra vez. Mas eu quero assegurar ao agricultor, ao pequeno proprietário, àquele que teve sua cabrinha morta, o seu bodinho, o seu boizinho, que o governo federal vai recompor isto", disse a presidente.
A presidente disse que o programa de distribuição de sementes selecionadas pela Embrapa, que já tinha sido iniciado quando a seca se intensificou, será retomado após a seca. Os pequenos produtores também serão estimulados a armazenar alimentos para suas criações, com um programa para construção de silos.

"Nós vamos ser capazes de enfrentar a seca aqui no Nordeste garantindo as mesmas oportunidades que tem no Sul e no Sudeste na área da educação universitária, formação técnica e educacional e tudo o que é mais moderno na área de agricultura", disse Dilma em visita para conhecer os dois primeiros trechos do Canal do Sertão Alagoano, considerada a maior obra de infraestrutura hídrica do estado.
De acordo com o governo, mais de um milhão de pessoas serão beneficiadas pela obra, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Já foram investidos R$1,00 bilhão no canal, que leva água do Rio São Francisco para consumo humano e animal, e para agricultura aos municípios de Delmiro Gouveia, Pariconha e Água Branca. O projeto prevê que, quando a obra estiver pronta, 42 cidades serão beneficiadas. A primeira etapa já tem 65 quilômetros concluídos. O canal, localizado a 304 quilômetros de Maceió, terá 250 quilômetros de extensão, divididos em sete trechos.
Fonte: Rural BR

terça-feira, 12 de março de 2013

Mapa e MMA firmam parceria para incentivar regularização ambiental

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, assinaram Acordo de Cooperação Técnica para regularização ambiental de imóveis rurais, por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Entre as ações do Ministério da Agricultura, a divulgação da importância do CAR para o produtor rural, o apoio à mobilização de proprietários e posseiros rurais para a inscrição no Cadastro e para a adesão ao Programa de Regularização Ambiental, no âmbito do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono. A assinatura ocorreu na manhã desta segunda-feira, dia 11 de março, em São Paulo.
Fonte: MAPA

Mapa promove ações para o bem-estar animal

Coibir os maus tratos a animais durante o abate é uma preocupação permanente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Pensando nisso, o Ministério da Agricultura por meio de uma parceria com a WSPA (World Society for the Protection of Animals – Sociedade Mundial de Proteção Animal), promove cursos pelo Brasil de capacitação em bem-estar animal e abate humanitário de bovinos, suínos e aves.
O treinamento é resultado de um acordo firmando entre o Mapa e WSPA, em 2008, para a elaboração do Programa Nacional de Abate Humanitário. Por meio de capacitações e treinamentos de profissionais que atuam em fazendas, granjas ou frigoríficos, o programa tem como objetivo melhorar o manejo pré-abate, bem como o abate dos animais. Entre julho de 2009 e junho de 2012, o programa capacitou cerca de 4.550 profissionais de frigorífico, fiscalização e docentes de instituições, incluindo as capacitações nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Pará, Bahia e Rondônia. Em 2012, foram treinados 678 técnicos profissionais em bem-estar animal.

O bem-estar animal no transporte rodoviário e a garantia da procedência da carne brasileira são desafios perseguidos pelo Mapa para garantir um produto de qualidade na mesa do brasileiro. As ações de fiscalização já começam no transporte, onde o animal sofre forte stress. Atento, o ministério é o responsável por propor normas e recomendações técnicas de boas práticas para o bem-estar do animal de produção.
As ações prosseguem no próprio estabelecimento, onde o animal repousa (durante 6 a 24 horas), antes de ser abatido. É o momento de repor as energias, se adaptar ao novo local e para a observação de seu comportamento por médico veterinário especializado, que tomará as medidas cabíveis caso haja alguma alteração. Em um estabelecimento de abate de bovinos, certificado pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF), o animal é submetido a uma série de análises e exames, antes e após o abate, para garantir ao consumidor final um produto de qualidade. A constatação de alterações nos animais antes do abate determina sua separação do lote e evita a entrada de animais portadores de doenças infecto-contagiosas na sala de abate, que além de atentar contra a saúde pública, contaminam as instalações e equipamentos. Enquadram-se neste tipo de doenças: a raiva, o tétano, o carbúnculo, entre outras.

O Ministério está trabalhando na normatização do transporte de animais de produção com foco no bem-estar animal.
As fiscalizações do Ministério da Agricultura se referem às produções que circulam entre estados e para exportação, cabendo por Lei aos estados (fiscalização de circulação intermunicipal) e municípios (apenas no município).
Importante ressaltar que é obrigatória a prévia fiscalização, sob o ponto de vista industrial e sanitário, de todos os produtos de origem animal, e conforme estabelecido pela Lei nº 7.889 de 23/11/1989. A referida fiscalização de estabelecimentos devidamente registrados em órgão município/estado que aderiram ao SISBI/POA de forma voluntária prioritariamente promovem a proteção à saúde da população, pois existe a necessidade de promoção de atividades que objetivem a redução da produção e comercialização de produtos de origem animal sem inspeção oficial. Tal fato agrega valor aos produtos elaborados no município em decorrência da garantia da qualidade regulamentar e, por conseguinte, a inocuidade daqueles que são entregues ao consumo, além de promover o recolhimento de impostos e incentivo ao emprego formal com qualificação de mão de obra.

Fonte: A granja – 11/03/2013

Preço da carne deve recuar até 12%, diz Abrafrigo


A desoneração do pagamento de impostos federais na produção de carne deve reduzir entre 10% e 12% o preço do carne bovina para os consumidores brasileiros. A projeção foi feita pelo presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar, em entrevista á Agência Estado.
Na última sexta-feira, 8, a presidente Dilma Roussef anunciou a desoneração de 16 produtos da cesta básica, entre os quais, estão as carnes bovina, suína, de aves, além do leite integral. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é estadual, continuará a ser cobrado.
A redução foi formalizada pela medida provisória 609, publicada também na sexta-feira.
No caso das carnes, deixa de incidir a alíquota de 9,25% do Pis/Cofins. Segundo Salazar, os frigoríficos já tinham a isenção do tributo para a carne bovina desde 2010 e para a carne suína e de aves desde 2011. Agora, o governo estendeu o benefício ao varejo e reafirmou a isenção que tinha caráter provisório como definitiva.
Em nota, a União Nacional da Indústria da Carne (Uniec) projeta a redução de pelo menos 7% dos preços das carnes. "É de se esperar, portanto, que o maior consumo de carnes pelos brasileiros aqueça a demanda por carne nas indústrias e, por sua vez, pelo boi gordo dos pecuaristas, melhorando a rentabilidade desses importantes elos da cadeia produtiva."
Fonte: Portal DBO – 11/03/2013

Controle do carrapato bovino deve ser prática constante para o pecuarista


O período de chuvas já está quase terminando, mas os pecuaristas não devem descuidar do controle adequado dos parasitas, principalmente do carrapato bovino.
Para quem fazer o controle estratégico é necessário manter a vigilância e adotar outras medidas além do uso dos carrapaticidas, como o descanso de piquetes.
Segundo a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste Márcia Cristina de Sena Oliveira, se os animais ainda apresentarem infestação muito alta, o produtor deve pensar em alternativas para obter melhores resultados no futuro. Por exemplo, a escolha adequada do carrapaticida, métodos corretos de aplicação, manejo das pastagens, etc.
A escolha do carrapaticida deve ser rigorosa. Antes de fazer a aplicação, o produtor deve fazer um teste de bioensaio, em laboratório.
Escolhido o medicamento, é fundamental seguir a dose recomendada. "Se não fizer mais efeito, não adianta modificar a dose. O produtor deve fazer outro teste para escolher  um carrapaticida novo", explica Márcia. Alterar a dose sem critério é um dos motivos para que a infestação por carrapatos aumente.
A forma de aplicar também é importante. De acordo com Márcia, o banheiro de aspersão é o melhor método. Trata-se de uma espécie de túnel com canos que liberam a solução com o medicamento em várias direções, molhando as áreas mais difíceis do corpo do animal.
O líquido volta então para uma caixa. Esse sistema permite que o carrapaticida seja tratado antes do descarte, para que não contamine o meio ambiente.
O método de imersão não é mais usado, justamente porque pode provocar a contaminação dos lençóis freáticos.
Fonte: Boi Pesado – 08/03/2013

Cotações do boi gordo seguem estáveis, mesmo com retenção da oferta


Apesar da oferta modesta, os preços não sobem no mercado do boi gordo, segundo levantamento da Scot Consultoria. A margem de comercialização dos frigoríficos está mais curta e gera pressão de baixa.
A retenção de gado mantém o cenário de preços equilibrado em São Paulo e as escalas não estão confortáveis, atendendo em torno de três dias.
O preço de referência está em R$ 97,50/arroba, à vista, e R$ 98,50/arroba, a prazo. Nas demais praças, a demanda fraca por carne tem pressionado as cotações, mesmo sem excesso de oferta de boiadas.
No mercado atacadista de carne sem osso houve valorização sutil, que interrompeu cinco semanas de quedas. Ainda assim, a margem de comercialização está menor que nos últimos meses.
Mercado de reposição
Situações bastante heterogêneas marcaram o mercado de reposição nas praças pesquisadas nesta semana pela Scot Consultoria. Na Bahia, a estiagem que atinge boa parte do nordeste do Estado causou aumento na oferta de animais devido à falta de pasto, o que fez com que as cotações ficassem pressionadas.
Em São Paulo, mais uma semana de preços firmes, apenas com ajustes pontuais. O boi magro de 12 arrobas está cotado no Estado a R$ 1.210,00/cabeça, alta 4,3% em relação ao final de janeiro (R$ 1.160,00/cabeça).
A tendência é de demanda firme para este tipo de animal nas próximas semanas, já que março costuma registrar o começo da procura por animais para terminação em confinamento.
Fonte:Canal Rural – 08/03/2013

Gestão e Estratégia na Pecuária


A gestão das empresas, busca na sua essência o desempenho superior.
No caso da bovinocultura, pelo fato de se trabalhar num mercado de concorrência quase perfeita, este desempenho superior não se efetiva em relação aos concorrentes necessariamente, já que estes não são ameaças efetivas, mas sim em relação ao seu próprio desempenho anterior, ou seja, comparado com anos e resultados passados. É a chamada competitividade.
A competitividade das organizações passa por alguns fatores determinantes, conforme o modelo sugerido por Coutinho e Ferraz, 1995, que se dividem em fatores internos à empresa, fatores estruturais (setoriais) e fatores sistêmicos.
Este artigo abordará os fatores internos que envolvem decisões, modelos e planos no âmbito interno das organizações. São as efetivas ações que dependem única e exclusivamente dos gestores. São eles:

·         Estratégias e gestão

·         Capacidade para inovação

·         Capacidade produtiva

·         Recursos Humanos

A estratégia deve ser sempre uma opção inteligente, econômica e viável, pois ela é quem define como os recursos serão utilizados para que se obtenha desempenho superior ao longo dos anos.
Gerir empresas rurais difere um pouco de empresas urbanas a partir do momento que as rurais possuem peculiaridades que limitam algumas ações comuns na gestão de empresas urbanas. Determinar objetivos qualitativos e quantitativos, definir os caminhos a serem seguidos e avaliar os resultados é a fórmula perfeita para se alcançar desempenhos satisfatórios ao longo do trajeto. Essas ações permitem obter informações que serão indispensáveis para a tomada de decisão futura.
Com objetivos bem definidos e gestão efetiva, as empresas saberão, sempre o que priorizar e do que se pode abrir mão, quais custos são menos impactantes, quais categorias são mais rentáveis, quais categorias são mais comerciais, qual a rentabilidade da atividade, qual o ponto de equilíbrio do sistema produtivo, qual o tamanho da capacidade de investimento e qual o volume do capital de giro, por exemplo. Tudo isso é gestão e se a estratégia esta definida, a partir dessas informações o resultado será próspero.
A capacidade de inovação no contexto da bovinocultura foi tratada ao longo das duas décadas passadas como investimentos em tecnologias de reprodução, tecnologias em alimentação, mas muito pouco em inovação nos modelos de gestão ou nos formatos dos negócios pecuários. Pensar em planejamento estratégico, pensar em comercialização via BM&F, pensar em índices financeiros, pensar também em capacitação de mão de obra, em clima organizacional eram ações inexpressiva e quando aconteciam eram de forma bastante isoladas, por grandes empreendimentos. Hoje, as empresas que adotam algumas dessas inovações são líderes e mantêm seu “cash flow” em dia.
A capacidade produtiva das organizações voltadas para produção de bovinos, sempre foi a principal preocupação dos empresários, como já havia afirmado acima. Afinal produzir mais e melhor sempre foi o foco do produtor. Mas o que é mesmo produzir melhor? Não devemos entender somente como um produto mais bonito e/ou mais comercial, mas sim num produto mais rentável dentro das condições de mercado e principalmente adaptado às condições internas da propriedade, das características do setor e das ações sistêmicas do ambiente como previram Coutinho e Ferraz, 1995. Avaliar custo de produção e preço de venda é fundamental para a saúde financeira da empresa e esta intrínsecamente ligadaà produção da mercadoria final.Não se pode esquecer que a carne é uma comodity e que o produtor é um “price taker”.
Nessa mesma perspectiva de produzir o que o mercado quer e adaptado às condições operacionais da organização, a particularidade da capacidade técnica, humana e criativa das pessoas que compõem o quadro funcional, pode ser o pulo do gato.
Vaqueiro é vaqueiro, gestor é gestor e cada qual tem seu valor.Nesse contexto pensar estrategicamente, avaliar desempenho, acompanhar dados é função do gestor e não do vaqueiro que precisa de tempo para observar o gado, as pastagens, os minerais, as doenças, as causas “mortis” , o cio, o peso etc.
Assim, entende-se que os fatores internos estão totalmente ao alcance do produtor, independente do tamanho da propriedade, do total do rebanho, das condições financeiras.Quanto mais precisas se tornarem as ações, as decisões, os investimentos melhor desempenho terão as propriedades. 

Adriana Calmon de B. Pedreira
Administradora de Empresas
Pós Graduação em Adm Rural. Univ. Federal de Lavras
Mestranda em Administração Estratégica. Unifacs
               

sexta-feira, 8 de março de 2013

Governo vai construir três novas barragens na região central da Bahia

Na quinta reunião itinerante do Comitê Estadual para Ações de Convivência com a Seca realizada ontem, no auditório do campus da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Itaberaba, o secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, anunciou três novos projetos de barragens – de Baraúnas, Campinhos e do Rio Cachoeirinha –, que beneficiarão a população dos territórios de identidade Chapada Diamantina e Piemonte do Paraguaçu, na região centro norte da Bahia.
O investimento na barragem de Baraúnas soma R$ 45 milhões e vai atender a cerca de 60 mil pessoas no município de Seabra. A previsão de conclusão do projeto é em abril deste ano. A barragem de Campinhos beneficiará 10 mil pessoas em Abaíra e Mucugê.
O projeto tem previsão de ser concluído em agosto próximo e o investimento será da ordem de R$ 24,4 milhões. A barragem do Rio Cachoeirinha terá um investimento de R$ 9,17 milhões, com finalização do projeto prevista para setembro deste ano. Ela beneficiará cerca de 10 mil pessoas na cidade de Wagner.
Segundo Rui Costa, as obras são fundamentais para o abastecimento de água em longo prazo. "Não combatemos a seca, pois não se combate a natureza e suas condições climáticas. Falamos em convivência com a seca e traçamos estratégias, realizamos obras estruturantes. Essa é a nossa prioridade."
Participaram do encontro também o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, e 31 dos 37 prefeitos de municípios dos dois territórios de identidade.
Poços – O número de poços já perfurados na Chapada Diamantina atinge 315 e mais 72 ainda serão executados. No Piemonte do Paraguaçu, são 69 poços perfurados e 51 a perfurar. Para isso, foi solicitado aos prefeitos que enviem mapeamento dos poços que ainda precisam ser implantados. "Contanto que não sejam para uso privado, instalaremos todos."
Fonte: Seagri