Respeito às regras de bem-estar geram maior rentabilidade
Mato Grosso tem bons exemplos e é referência para o resto do Brasil
Conhecer o comportamento do animal e usar estratégias de manejo racional podem garantir o bem-estar do rebanho e gerar ganhos diretos e indiretos na produtividade e na qualidade do produto final. No outro extremo, quando o manejo é inadequado, além de causar estresse e sofrimento desnecessário, afeta diretamente a qualidade da carne e reduz significativamente o rendimento de carcaça, devido à incidência de hematomas e contusões.
Outros cuidados como dieta, condições higiênicas e instalações adequadas também devem ser observados e praticados pelo produtor. Quando não está bem, o animal se alimenta menos e consequentemente engorda menos. Além disso, há um risco maior de contrair doenças infecciosas e parasitárias. "Numa situação extrema pode chegar à morte. O animal pode morrer de estresse, de calor, de sede ou de fome. É claro que estas situações extremas são mais difíceis de acontecer, mas acontecem", explica o zootecnista Mateus Paranhos, especializado em bem-estar animal.
Em Mato Grosso, assim como no resto do Brasil, ainda existem animais que passam fome durante o período de seca. Muitos perdem peso, há um índice elevado de mortalidade de animais jovens. "Há muito que melhorar, mas também podemos dizer que Mato Grosso tem bons exemplos e que tem sido referência para o resto do Brasil". Mateus aconselha o pecuarista a dar mais atenção tanto para o rebanho, quanto para equipe de profissionais que manejam os animais. "A agressividade ainda é um grande problema na pecuária de corte. Por isso é preciso qualificar os profissionais para ter um manejo menos agressivo".
Segundo Mateus metade dos bois que vai para o frigorífico tem um hematoma e cada um causa a perda de mais ou menos 500 gramas de carne. "É preciso saber a origem deste hematoma e fazer as contas". Qualificação da equipe é a receita para reduzir hematomas.
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