No Dia Mundial da Água, a Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos - SP) lança um guia de boas práticas para orientar produtores, técnicos extensionistas e gestores a produzir leite, conservando os recursos hídricos em quantidade e qualidade. O comunicado técnico Boas práticas hídricas na produção leiteira possui sete páginas com orientações para o mnejo ambiental e hídrico da propriedade.
A publicação é de autorida dos pesquisadores da Embrapa Júlio Cesar Palhares e Luiz Francisco Zafalon, além do professor da Esalq/USP Fernando Campos Mendonça. O lançamento ocorre na manhã desta sexta, dia 22, durante o seminário Recursos hídricos – problemas e perspectivas, promovido pela Coordenadora do Meio Ambiente da Prefeitura de
São Carlos.
De acordo com Júlio Palhares, faltam informações para produtores e extensionistas sobre o manejo ambiental e hídrico adequado nas propriedades de leite. Para suprir essa lacuna, o guia lista ações para que o público selecione o que é mais adequado à sua realidade.
As boas práticas de produção são um instrumento voluntário ou legal utilizado por vários países do mundo. Segundo Palhares, a cultura de boas práticas no setor agropecuário no Brasil é recente.
– Sua utilização é mais comum em cadeias produtivas que têm intensa relação com o mercado externo e, portanto, devem seguir princípios e normas produtivas dos mercados de destino.
A utilização de boas práticas hídricas é o caminho para um produto que considere os valores de segurança dos alimentos e respeito ao meio ambiente, bem como a saúde de humanos e animais. Também permite ao produtor entender a água em suas três dimensões: alimento, insumo produtivo e recurso natural.
O guia tem recomendações como: avaliar a qualidade da água que os animais bebem com frequência mínima anual; não permitir o consumo da água de rios, córregos, lagos e lagoas de forma direta; atentar para a redução no consumo de água pelos animais, o que pode indicar problemas com a sua qualidade; formular corretamente as dietas para evitar excesso de nutrientes, com consequente excreção excessiva de compostos potencialmente poluentes, como nitrogênio e fósforo; lavar com água potável os equipamentos e utensílios de ordenha, bem como as mãos dos responsáveis; cercar todas as fontes de água e os sistemas de tratamento de resíduos (esterqueiras, lagoas, biodigestores, composteiras) para impedir o acesso de humanos e animais; e conhecer todas as fontes de água da propriedade, além de possuir a licença ambiental e a outorga de uso da água.
Fonte:EMBRAPA
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