O presidente da Federação da Agricultura do
Estado da Bahia, João Martins, aproveitou a presença do secretário estadual da
Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, para discutir a proposta com o
governo. “Esta é uma reunião apartidária, não foi uma reunião de críticas, mas
de propostas. Estamos diante da maior catástrofe climática que a Bahia já teve
em todos os tempos, e queremos a formação de um comitê para monitorar e cobrar
ações efetivas”, disse João Martins, informando que enviará documento final
sobre o evento, para a presidente Dilma Rousseff.
Eduardo Salles ressaltou que há três anos os
índices pluviométricos estão abaixo do esperado e a dimensão desta seca é maior
do que se imagina. “Por mais que os governos municipal, estadual e federal,
nunca será o suficiente. Na Bahia foi instituído o Comitê Estadual para Ações de
Convivência com a Seca, órgão colegiado estabelecido por decreto, que reúne sete
secretarias de estado, e seus órgãos vinculados, e é responsável pela
coordenação das atividades e do planejamento das ações do Governo do Estado para
dar assistência imediata à população afetada e, neste momento, para minimizar o
sofrimento do homem do campo, estão sendo constantemente contratados carros-pipa
e distribuídas cesta básica”, explicou.
Salles informa que o Estado tem trabalhado com
duas frentes, a reserva alimentar e água para dessedentação animal. Deste modo,
já foi autorizada a implantação de três biofábricas para produção de mudas de
palma forrageira e a compra de raquetes de palma, no valor de R$ 7 milhões, que
serão multiplicadas no semiárido. O objetivo é que cada agricultor tenha, pelo
menos, meia tarefa plantada com palma adensada, o que seria suficiente para
alimentar 10 cabras durante 6 meses.
Outra medida estruturante do governo estadual
citada pelo secretário é a construção de mais de 2 mil barragens subterrâneas
que serão feitas na Bahia com recursos da ordem de 22,1 milhões, obtidos com o
governo federal para agilizar a construção destas barragens. Salles disse que o
governo vai entregar retroescavadeiras aos municípios que, em contrapartida,
farão as barragens.
Fonte:Imprensa – Seagri
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