terça-feira, 26 de março de 2013

Frigoríficos: a Inspeção vai dar conta do recado?


O Brasil é dono do segundo maior rebanho efetivo mundial, com cerca de 200 milhões de cabeças. É também líder, desde 2008, nas exportações de carne bovina. É responsável por um quinto da carne comercializada no mundo, com vendas em mais de 180 países e, além disso, apresenta perspectivas de crescimento para o rebanho bovino e para a produção de carne nos próximos anos.
O segmento é um dos destaques do agronegócio brasileiro no cenário mundial, com valor bruto de produção (VPB) para 2013 estimado pelo Esalq /CEPEA em R$58,513 bilhões. Um crescimento de 6,3% em relação a 2012. Para o cálculo do VPB somente é levado em consideração à produção de carne bovina (tec). A atividade está presente em todos os estados brasileiros, o que evidencia a sua importância econômica e social para o país.
Contudo, é estimado que 30% da produção de carne bovina no Brasil seja produzida informalmente. Dois terços dos estabelecimentos que abatem, sendo responsáveis pela produção de um terço da carne que é consumida no país, não são fiscalizados de maneira adequada ou operam de forma irregular. A situação de um abatedouro sem um veterinário é comparável a um hospital sem médicos.
Outro fator complicador para melhora da situação higiênico sanitária dos alimentos de origem animal no país é a questão cultural. Existe ainda disseminado o pensamento de que o leite que acabou de sair da vaca é de melhor qualidade e que o frango caipira criado no fundo de quintal é mais saboroso, quando comparados a um produto que passou por um processo industrial inspecionado.
É preconizado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), que somente sejam consumidas as carnes que apresentem o selo de aprovação do Serviço de Inspeção (Federal, Municipal ou Estadual), já que este produto tem maiores garantias de qualidade.
A maior parcela de carne bovina produzida no Brasil é absorvida pelo mercado interno, em 2012 o consumo nacional representou aproximadamente 75,0% da produção. O restante, 25,0%, foi destinado ao mercado externo. Para isso, o Mapa, deverá lidar com uma crescente demanda de inspeção.
Fonte:Scot Consultoria – 25/03/2013

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