Em
2013, o setor da carne bovina vem contrariando regras básicas do mercado que,
tradicionalmente, não são alteradas nesta época. O início de ano costuma ser
marcado pelo enfraquecimento da demanda e uma queda leve nas exportações, mas o
primeiro trimestre tem registrado exatamente o contrário.
Mesmo com o volume de abates superior ao ano passado, os preços da carne bovina vêm se mantendo estáveis. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a arroba do boi gordo segue praticamente estável. No começo do ano, era negociada a R$ 97,73. Em fevereiro, caiu um pouco, chegando a R$ 97,50 e, em março, voltou subir, passando de R$ 98,00.
– A justificativa é que houve um atraso na engorda destes bois pela seca. Agora, os pastos estão numa situação excepcional e o pecuarista aproveita para engordar este boi mais barato, colocar uma arroba nele para ir vendendo aos poucos. O que entendemos é isso, você tem uma oferta de boi adequada à demanda atual, ou seja, a oferta não é suficiente para pressionar negativamente o mercado – explica o analista de mercado Élio Micheloni Jr.
Outra explicação é o preço das carnes concorrentes. A carne de frango, por exemplo, está mais cara, fazendo com que o consumidor acabe comendo mais carne bovina e mantendo o preço estável.
– A preferência do consumidor é pela carne bovina, mas ela é mais cara. Como nós tivemos uma alta significativa no preço do frango, justificada pela alta do milho, o consumidor percebe que a diferença não é tão grande como era no ano passado e acaba consumindo mais carne bovina. A carne de frango tem um impacto muito direto na carne bovina – afirma Micheloni.
O analista da MBAgro César de Castro Alves aponta as exportações como um fator decisivo para a estabilidade do preço da carne. Até o final do ano, o Brasil pode atingir um milhão de toneladas exportadas, marca que não é registrada desde 2008.
– Este ano foi um pouco diferente porque as exportações brilharam nos primeiros dois meses do ano. Foi um crescimento de 40% em volume em relação a janeiro e fevereiro do ano passado, realmente muito expressivo.
A previsão é de que o mercado se mantenha estável ao longo do ano.
– A tendência é de queda leve até o pico da safra, que será em abril, mas dependendo do clima. Como as expectativas estão muito boas e não temos expectativa de distúrbio no mercado interno, tudo indica que vai ser relativamente firme para o boi – projeta Alves.
Um fator que ainda pode interferir no mercado, segundo o analista, é a seca na Austrália, que acelerou o processo de abates no país.
– Já se percebeu uma alta muito grande nos números de abates de janeiro, tanto para macho, quanto pra fêmea. A implicação disto é que o excedente de carne vai ser exportado e vai competir com o Brasil em alguns mercados. Isso pode fazer com que nosso ritmo de crescimento das exportações seja influenciado pela participação inesperada da Austrália.
Mesmo com o volume de abates superior ao ano passado, os preços da carne bovina vêm se mantendo estáveis. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a arroba do boi gordo segue praticamente estável. No começo do ano, era negociada a R$ 97,73. Em fevereiro, caiu um pouco, chegando a R$ 97,50 e, em março, voltou subir, passando de R$ 98,00.
– A justificativa é que houve um atraso na engorda destes bois pela seca. Agora, os pastos estão numa situação excepcional e o pecuarista aproveita para engordar este boi mais barato, colocar uma arroba nele para ir vendendo aos poucos. O que entendemos é isso, você tem uma oferta de boi adequada à demanda atual, ou seja, a oferta não é suficiente para pressionar negativamente o mercado – explica o analista de mercado Élio Micheloni Jr.
Outra explicação é o preço das carnes concorrentes. A carne de frango, por exemplo, está mais cara, fazendo com que o consumidor acabe comendo mais carne bovina e mantendo o preço estável.
– A preferência do consumidor é pela carne bovina, mas ela é mais cara. Como nós tivemos uma alta significativa no preço do frango, justificada pela alta do milho, o consumidor percebe que a diferença não é tão grande como era no ano passado e acaba consumindo mais carne bovina. A carne de frango tem um impacto muito direto na carne bovina – afirma Micheloni.
O analista da MBAgro César de Castro Alves aponta as exportações como um fator decisivo para a estabilidade do preço da carne. Até o final do ano, o Brasil pode atingir um milhão de toneladas exportadas, marca que não é registrada desde 2008.
– Este ano foi um pouco diferente porque as exportações brilharam nos primeiros dois meses do ano. Foi um crescimento de 40% em volume em relação a janeiro e fevereiro do ano passado, realmente muito expressivo.
A previsão é de que o mercado se mantenha estável ao longo do ano.
– A tendência é de queda leve até o pico da safra, que será em abril, mas dependendo do clima. Como as expectativas estão muito boas e não temos expectativa de distúrbio no mercado interno, tudo indica que vai ser relativamente firme para o boi – projeta Alves.
Um fator que ainda pode interferir no mercado, segundo o analista, é a seca na Austrália, que acelerou o processo de abates no país.
– Já se percebeu uma alta muito grande nos números de abates de janeiro, tanto para macho, quanto pra fêmea. A implicação disto é que o excedente de carne vai ser exportado e vai competir com o Brasil em alguns mercados. Isso pode fazer com que nosso ritmo de crescimento das exportações seja influenciado pela participação inesperada da Austrália.
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