sexta-feira, 22 de março de 2013

Vale a pena segurar o gado no pasto ?


Quando as pastagens estão em boas condições de produção e nutritivas, existe a possibilidade de retenção dos animais. Essa estratégia é adotada quando o preço de compra ofertado não é estimulante ou para agregar peso à boiada. No entanto, a retenção, a opção por não vender, implica assumir o risco de uma possível queda das cotações, com a desvantagem de se arcar com o custo de manter o gado no pasto. Em função dessas variáveis, até que ponto é interessante manter os animais em pastejo? Vamos a alguns números.
Alcides Torres e Hyberville Neto.
Em primeiro lugar, vamos estimar os custos de acordo com parâmetros correntes, para um rebanho de 1.000 animais, mantidos em pastagem arrendada, com suplementação mineral. Em vez de ser vendida num momento normal, com o boi pesando 520 kg, por exemplo, essa boiada foi mantida por mais 30 dias no pasto, com ganho de peso de 400 gramas/dia (peso final de 532 kg), consumindo 80 g de sal mineral. Considerando um aluguel de pasto no valor de R$ 20,00/cabeça/mês, mais R$ 2,87 pela suplementação e R$ 1,83 com mão de obra, teremos um custo mensal adicional de R$ 24,70/cabeça.         A retenção da boiada tem a vantagem de dar tempo ao mercado, com o gado ganhando peso. Se o custo da arroba engordada for menor do que o valor de mercado, há agregação de lucro apenas com o ganho de peso. Se o custo for igual ao preço, a retenção servirá apenas para dar mais tempo para a venda e indiretamente manter o mercado enxuto e os preços estáveis. Quando o custo for maior que o preço de venda, a retenção é desvantajosa, a menos que o mercado seja promissor à frente e compense a agregação de custo e a espera.
Fonte:Portal DBO – 21/03/2013

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