segunda-feira, 30 de julho de 2012

Falta de forragem é o maior desafio para nutrição do rebanho leiteiro

Nos dias 21 e 22 de agosto de 2012 acontecerá o Encontro da Pecuária Leiteira da Scot Consultoria, em Ribeirão Preto (SP). Um dos palestrantes será Flávio Portela, engenheiro agrônomo formado pela ESALQ/USP e professor doutor do Departamento de Produção Animal da ESALQ/USP.
A palestra abordará as estratégias para a nutrição de vacas leiteiras. Para saber um pouco sobre os assuntos que serão discutidos na apresentação de Flávio, leia a entrevista que ele concedeu à Pamela Alves, analista da Scot Consultoria.
Scot Consultoria: A suplementação com cana-de-açúcar é mais vantajosa em relação à silagem?
Flávio Portela: Não existe recomendação geral que vale para todos os casos. A cana-de-açúcar, quando trabalhada de forma correta, permite produzir forragem mais barata que a silagem de milho, seja por unidade de matéria seca ou de energia. Sua produção por área é normalmente maior que a da silagem de milho, o que pode ser vantajoso para pequenas propriedades.
As desvantagens da cana são o menor valor nutritivo e a necessidade de dose maior de concentrado para a mesma produção de leite, em comparação com a silagem de milho. Quando o custo do concentrado está elevado, a vantagem do menor custo da matéria seca ou da energia da cana pode ser anulada em relação à silagem de milho, em virtude da maior dose de concentrado para a mesma produção de leite.
Scot Consultoria: Como está a conversão alimentar média do rebanho brasileiro, em quilos de matéria seca por litro de leite?
Flávio Portela: A vaca média brasileira produz ao redor de 5 litros de leite por dia. Apenas o gasto da vaca para manutenção já resulta em conversão ruim. Esse número na verdade ninguém sabe o quanto é, mas com certeza é muito ruim quando se pensa na média de produção da vaca brasileira.
Scot Consultoria: Qual o gargalo, em termos de nutrição, que existe na pecuária leiteira nacional?
Flávio Portela: Infelizmente ainda é a falta de forragem em quantidade e qualidade adequada durante boa parte do ano. Algo extremamente básico.
Scot Consultoria: A suplementação proteica/mineral tem sido utilizada no ano todo, em maior proporção? O produtor está consciente da necessidade de utilização destes produtos para aumentar a produtividade?
Flávio Portela: Os poucos levantamentos disponíveis indicam que grande parte das vacas leiteiras no Brasil recebe algum tipo de suplementação. O problema é que ainda é comum o produtor fazer uso de concentrado para tentar sanar a falta de qualidade e de quantidade adequada de forragem no sistema de produção.
O nível e fonte de suplementação recomendada dependem de vários fatores, como potencial genético do animal, nível de produção, qualidade da forragem, disponibilidade e preço dos suplementos e valor pago pelo leite.
Scot Consultoria: Devido ao preço e tendência, principalmente da soja, quais os alimentos que aparecem como principais opções para suplementação este ano?
Flávio Portela: As opções de suplementos proteicos são limitadas no Brasil. Fora o farelo de soja, fonte principal, há oferta regional de farelo de algodão e farelo de amendoim. Ingredientes médios em proteína, como o caroço de algodão, o refinazil, o promill, o resíduo de cervejaria e o farelo de girassol, quando incluídos na dieta, reduzem a necessidade de farelo de soja.
Fonte:Globo Rural – 22/07/2012
COMENTANDO
Não há como produzir proteína animal, seja ela carne ou leite, sem um bom planejamento nutricional para a propriedade rural. A oferta de volumoso em qualidade e quantidade adequada para engorda, reprodução e produção de leite é fundamental na attividade pecuária. O uso de ferramentas de suplementação nas ocasiões de estiagem normal ou prolongada e atípica são também técnicas que devem ser incorporadas ao sistema produtivo visando não haver perda de rentabilidade da atividade.
O pecuarista tem que se convencer urgente de algumas coisas:
1.Tornar-se um agricultor de suas pastagens
2.Planejar seu estoque nutricional para épocas de escassez
3.Entender sua fazenda como um complexo indústria/ comércio onde a gestão é ponto capital para um bom desempenho.
GEPECORTE

Inteconf: discussão sobre a relação entre indústria e criadores é uma constante

O boi é a matéria-prima da indústria. De um lado, os frigoríficos precisam do produto e, portanto, têm interesse no confinamento, que traz maior produtividade em menos tempo. De outro, os confinadores precisam da indústria para vender o gado. Apesar de um suprir a necessidade do outro, a discussão entre pecuaristas e indústrias é constante, uma vez que os altos custos de produção e os baixos preços recebidos pela indústria são reclamações constantes dos criadores. Todas essas questões serão discutidas durante a realização da Conferência Internacional de Confinadores 2012 (Interconf), que acontece nos dias 11, 12 e 13 de setembro, em Goiânia (GO).
Uma fazenda em São Paulo tem 42 anos e há 25 pratica o confinamento e o semi-confinamento de gado. Deste modo, os bezerros desmamam nos meses de maio e agosto e já são selecionados para irem para o cocho, no ano seguinte, onde deverão permanecer por até 100 dias. Existe um plano de rotação para o confinamento e, neste ano, serão cerca de duas mil cabeças confinadas. Aos 20 meses, o boi já está pronto para o abate a um custo médio de R$ 74,00 a arroba.
De acordo com o pecuarista Rodrigo Odilon, a técnica foi a forma encontrada pelos produtores paulistas para enfrentar um problema desta região do país.
– Em São Paulo, onde o preço da terra é mais alto que em outros Estados, como Mato Grosso, Goiás, Tocantins, não é possível criar o boi solto. À medida que a zona urbana cresce, a zona do boi se afasta para as zonas rurais, mais distantes, o que incentiva a prática do confinamento na região – explica.
De acordo com os pecuaristas, com o alto custo de produção e o preço da arroba baixo, é preciso uma equação muito acertada para não ter prejuízo. Além disso, os frigoríficos, que também confinam, acabam representando concorrência aos produtores.
– Os frigoríficos querem controlar, eles tem o mercado interno e o mercado exportador, e querem estabelecer um preço do boi acabado, de boi gordo, muito baixo, inferior a R$ 100,00, enquanto que os insumos e o custo de mão-de-obra crescem todo ano de 5% a 10%. Isso traz um problema financeiro para o produtor – argumenta.
Para o consultor de mercado Elio Micheloni, a lei da oferta e da procura é um dos fatores que interferem no preço do boi. Segundo o especialista, a maior preocupação de quem vai confinar é em relação à concentração de oferta dentro de um curto período
– Quando o meu boi estiver pronto, o do vizinho também vai estar, e então você passa a ter uma concentração de oferta muito grande em um determinado espaço de tempo. Isso é uma pressão negativa no mercado e, por isso, nós induzimos para que haja uma trava de preço porque a atividade demanda muito investimento – explica o consultor.
Já o consultor José Vicente Ferraz alega que o conflito com a indústria acontece com o pecuarista tradicional, que ainda confina apenas como forma de driblar a temporada de inverno. Mesmo assim, ele acredita que esse cenário esteja com os dias contados.
– Vai continuar uma situação incerta, mas muito mais administrada, mais inteligente, onde serão buscadas parcerias e a divisão de riscos e lucros. O mercado está mudando, não apenas no Brasil, mas principalmente lá fora, em que isso vai ser uma necessidade. Quando é necessário, as coisas acontecem – enfatiza.
Na opinião de Micheloni, a própria indústria tem interesse que haja o confinamento de modo a suprir a demanda. O especialista salienta que, no entanto, quem está confinando quer ter retorno e garantias, o que leva à necessidade de contratos que sejam bons para ambas as partes, o que deve aproximar as cadeias.
Fonte: Canal Rural – 17/07/2012
COMENTANDO
Esta é uma briga que já perdura por muito e muito tempo. Já lido com pecuária há mais de 20 anos e especificamente na empresa GEPECORTE há quase 15 anos.
Em todo este tempo a luta do pecuarista por ver melhor remunerado seu produto e consequentemente um bom retorno do seu investimento é de certa forma desigual.
Por outro lado os frigoríficos reclamam da incerteza da oferta (por isso têm se dedicado a atividade do confinamento ) da qualidade do produto oferecido (o boi), e das baixas margens de rentabilidade da atividade.
No meu entender o que falta é a modernização da pecuária, com instrumentos de gestão eficientes que permitam ao fazendeiro gerir seu negócio dentro dos padrões acadêmicos de gerenciamento,  aliado a sua capacidade criativa para adaptar-se e produzir um boi de qualidade no menor tempo possível. No entanto é preciso que a indústria reconheça quando receber nos seus currais de abate um produto diferenciado, e resolva pagar por êle também um preço diferenciado.
Por sua vez a rede varejista (supermercados especialmente ), elo importante desta  cadeia, tem que participar dando tb sua contribuição.
Ou seja a situação pode ser resumida em aplicar-se uma nova regra de mercado onde a relação correta entre fornecedor e consumidor deve ser o ganha-ganha, onde todos os participantes são bem remunerados e o consumidor final terá na mesa de sua casa, nas churrasqueiras de fim de semana um bom produto.
GEPECORTE

Mapa lança Comitê Estratégico do Agronegócio

O ministro da Agricultura (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, lançou na manhã desta segunda-feira,23, o Comitê Estratégico do Agronegócio. Em seguida, o ministro coordena a primeira reunião do Comitê Estratégico, onde será discutido o Plano de Ações Estratégicas do Mapa de 2012 a 2014. “Estamos criando, a partir de hoje, muito mais do que uma nova instância consultiva junto ao ministério. Estamos cuidando da administração pública para o bem de todos os brasileiros”, ressaltou. A iniciativa integra a programação de aniversário de 152 anos do ministério, comemorado em 28 de julho.
O comitê será composto por 15 membros já divulgados no Diário Oficial da União do dia 20 de julho, mais dois integrantes que serão indicados pelo Senado Federal, com limite de até 20 representantes. Coordenado pelo ministro da Agricultura, o comitê pretende definir prioridades a serem estabelecidas na formulação das políticas agrícolas, contribuir na fixação de diretrizes, indicadores e metas de desempenho do agronegócio e suas respectivas cadeias produtivas, e ainda avaliar e acompanhar as ações governamentais aplicadas ao desenvolvimento e sustentabilidade do agronegócio nacional.
“Este comitê nos ajudará no aferimento dos resultados, na implementação do Plano Agrícola e Pecuário ou mesmo na condução de programas estratégicos para o ministério e para o governo. Além de ampliar o diálogo do ministério com as cadeias produtivas, e produtores e construir uma agenda estratégica para o desenvolvimento do nosso agronegócio”, destacou Mendes Ribeiro.
Pelo menos duas vezes ao ano, nos meses de abril e novembro, o grupo se reunirá, em Brasília. No entanto, poderão ocorrer encontros extraordinários por convocação do seu presidente ou por solicitação subscrita de dois terços dos integrantes.
Fonte:Portal DBO – 23/07/2012

Produção de leite no país pode crescer 4%

A produção formal de leite no país poderá crescer de 3% a 4% em 2012, segundo projeção divulgada pela Scot Consultoria a partir da análise de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2011, conforme o IBGE, foram 21,8 bilhões de litros. Considerada também a participação do leite informal, que não passa por laticínios e cooperativas, o volume alcançou cerca de 31 bilhões de litros.
No primeiro trimestre deste ano, o IBGE registrou a captação "formal" de 5,7 bilhões de litros, 4,4% mais que em igual intervalo de 2011. A região Sul, que lidera a produção nacional, puxou o incremento verificado, com alta de 15,7%.
Apesar dos índices negativos registrados em abril (queda de 5,5% na captação nacional) e em maio (3%) e da ligeira alta em junho (aumento "preliminar" de 1,4%), a expectativa é que a produção leiteira retome sua força no segundo semestre, quando termina a entressafra e as pastagens tornam-se de melhor qualidade.
A projeção não descarta as pressões que podem influenciar os resultados. Entre elas estão o aumento dos custos causado pela alta dos preços dos farelos - consequência das cotações elevadas dos grãos - e a interferência do clima, cuja estiagem causou graves danos em algumas regiões do país.
Fonte:O Leite – 17/07/2012

Preço da arroba do boi registra valor mais baixo dos últimos quatro anos

A falta de reação do preço do boi gordo nesta entressafra é uma situação pouco comum para os pecuaristas do Centro-Oeste e do Sudeste. A arroba do boi, que em julho de 2008 atingiu o pico de R$ 114, está sendo negociada por R$ 91.
A entressafra deste ano está sendo bem diferente do que o produtor está acostumado. O pasto, que deveria estar amarelado e seco, continua verde por causa das chuvas dos últimos meses. O frio do inverno também atrasou e ainda não houve geada. O resultado é a economia na alimentação do gado.
Cerca de 800 animais estão no campo nos 500 hectares da propriedade do pecuarista Edi Ruiz. O produtor, que esperava a seca, preparou-se para colocar parte do rebanho no confinamento. Como ela não veio, o pasto foi a alternativa para engordar o gado e reduzir os custos.
Apesar do bom pasto, o produtor vive um momento complicado. O preço da arroba está no valor mais baixo dos últimos quatro anos. Em julho de 2008, a arroba em São Paulo atingiu o pico de R$ 114. Depois, entrou em queda e subiu um pouquinho no ano passado para R$ 104. Agora, está em R$ 91.
O criador, que resolveu não segurar o gado no pasto para esperar a reação no preço, pretende negociar nos próximos dias 72 animais que já estão preparados para o abate.
Os frigoríficos dizem que um dos principais motivos para o preço baixo é a boa oferta de gado no mercado. Os currais nos abatedouros estão cheios. No primeiro semestre deste ano, a exportação brasileira de carne bovina cresceu 2%, mas diminuiu 3% em receita por causa da queda de preço da carne no mercado internacional.
Fonte:Beef World – 23/07/2012

Pecuária de corte apresenta ligeira alta nos custos de produção em julho, aponta consultoria

Os custos de produção da pecuária de corte de baixa e alta tecnologia tiveram aumento de 1,8% e 1,2%, respectivamente, em julho, segundo a Scot Consultoria. A alta acumulada nos primeiros sete meses deste ano, conforme levantamento da empresa, foi de 4,7% para os sistemas de baixa tecnologia e 5,3% para os de alta.
Os técnicos da Scot apontam que até meados de julho a cotação da arroba do boi gordo em São Paulo caiu 7,1%. Portanto, além dos custos em alta, o pecuarista se depara com um preço menor do produto. Isto retrata o encurtamento de margens da atividade. O destaque entre os componentes do custo foi para o item alimentos concentrados proteicos, cuja alta, em média, foi de 3,7%.
Fonte:Canal Rural – 23/07/2012




Seca estimula uso de proteína animal

O abate de animais por consumo de proteína animal na Bahia no primeiro semestre de 2012 já é 68% superior ao registrado em todo o ano de 2011, quando 44 bovinos foram sacrificados. Neste ano, o número chegou a 74 animais. A morte dos animais é praxe para evitar casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), ou mal da vaca louca. Os dados são da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).
O uso de cama de frango ou produto de origem animal para alimentar os bovinos foi identificado em duas propriedades em Feira de Santana, uma de Vitória da Conquista e outras duas de Ribeira do Pombal. "A redução do uso destes produtos é notória desde que intensificamos as ações para mitigação de risco de EEB em 2010. Contudo, o Estado passa por uma seca rigorosa e os produtores optam por esse tipo de alimento porque a situação está caótica", relata o coordenador estadual do Programa de Controle de Raiva e Outras Doenças Transmissíveis da Adab, José Neder Moreira Alves.
Ele explica que os pecuaristas da região são orientados a buscar alternativas de alimentação e a evitar o uso de proteína animal. Recentemente, o governo liberou a venda de milho a balcão por preços abaixo do mercado para atender os criadores. "Se usar, o produtor resolve um problema a curto prazo, mas prejudica a si mesmo e ao País", pondera Alves.
Ele também atribui o uso de proteína animal na alimentação de bovinos a uma questão cultural. "É difícil mudar um comportamento. Na década de 80 isso foi difundido por ser alimento barato e com valor nutricional razoável", argumenta.
A secretaria atuará de forma intensiva nas áreas de maior risco para evitar que mias produtores solucionem a falta de alimentos na seca desta forma. "Nossa expectativa é que o produtor entenda e colabore", salienta Alves.
Fonte:Boi Pesado – 20/07/2012
COMENTANDO
Boa parte do território baiano sofre neste momento uma estiagem prolongada e em algumas regiões poderíamos afirmar atípica. No entanto este fato não deve ser desculpa para que produtores se utilizem irresponsavelmente de proteína animal na alimentação do seu rebanho, que sabemos está neste momento sem pasto para ingerir e em alguns casos até sem água para beber.
O uso da proteína animal comprovadamente provoca doenças sérias e com consequências muito graves tanto de natureza econômica quanto sanitária. Inclusive para o ser humano. Vide caso da Vaca Louca.
Existem alternativas viáveis tanto do aspecto produtivo quanto de custos para se suplemnetar um rebanho que esteja sofrendo com a seca. Já citamos várias delas aqui neste blog quanto na nossa fanpage (https://www.facebook.com/#!/GepecorteGerenciaDePecuaria). É de responsabilidade do pecuarista fazer sua parte e não jogar por terra todo um trabalho de sanidade animal que o estado e o país vem fazendo no intuito de atingirmos o mercado mundial de carnes e não sofrermos restrições sanitárias, já que as econômicas , aqui e acolá sempre aparecem.
É uma pena que ainda existam pecuaristas com uma visão tão pequena da importância da sua atividade.
GEPECORTE

Governo autoriza medicamento genérico e similar para uso veterinário

O governo federal decidiu autorizar o registro, a prescrição e o uso de medicamentos genéricos e similares por animais no país. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (20).
A lei 12.689, de 19 de julho, vale para substâncias químicas, biológicas ou geneticamente modificadas encontradas em remédios, vacinas, antissépticos, aditivos, produtos para embelezamento e itens de aplicação ambiental, como pesticidas e desinfetantes.
A nova medida diz que essas drogas veterinárias podem ser usadas individual ou coletivamente, de forma direta ou misturada a alimentos, para prevenir, diagnosticar, tratar ou curar doenças.
Todos os produtos farmacêuticos genéricos ou similares devem ter sua eficácia, segurança e qualidade comprovadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que deverá coletar amostras desses compostos e também vai se encarregar da fiscalização.
Os medicamentos genéricos são representados por seu princípio ativo e custam menos que os chamados "de referência", pois não têm marca. Os similares também são mais baratos, mas informam um nome fantasia e o composto ativo, após o vencimento da patente do laboratório que a detém. Ao contrário do genérico, o similar pode não ser "bioequivalente" ao produto de referência, ou seja, igual quanto a efeitos, segurança e eficácia.
Ambos os remédios, porém, devem ter os mesmos princípios ativos, indicação terapêutica, concentração, forma, via de administração (oral, injetável ou para passar na pele) e dosagem que os de marca. Mas podem se distinguir em características como tamanho, formato, embalagem, rotulagem, prazo de validade e substâncias usadas na fórmula para "ligar" ou dissolver outras.
Além da comercialização de medicamentos genéricos por animais, a resolução federal fala sobre a promoção de programas técnico-científicos para melhorar a qualidade e a eficácia dos remédios veterinários no Brasil.
Fonte:Beef World – 20/07/2012
COMENTANDO
Da mesma forma que ocorreu nos medicamentos para humanos, a autorização (pelo MAPA) para que os remédios veterinários possam passar a ter fórmulas genéricas, o importante é que esta autorização, traga preços menores e diminuição de custos para os pecuaristas e criadores de animais em geral já que a autorização tb se estende a linha pet.
Caberá ao produtor, junto a comunidade veterinária, utilizar-se dos filtros para uma boa escolha entre genérico e de marca sem perder a eficácia da droga.
Aliando-se a isto a economia de custos no trato sanitário do rebanho, certamente os resultados serão muito interessantes para a pecuária.
GEPECORTE

terça-feira, 17 de julho de 2012

Os frigoríficos pretendem alterar a cadeia da carne para ganhar novos mercado

Os frigoríficos pretendem alterar a cadeia da carne para ganhar novos mercados e aumentar o faturamento.
Em vez de sair à procura de clientes após abater o gado, pretendem vender o produto antes mesmo de adquiri-lo.
Hoje, a indústria compra o gado, abate os animais e vende a carne. A nova proposta é primeiro vender a carne, para só depois abater o animal que se enquadre exatamente nas exigências do comprador.
Antônio Camardelli, presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), espera que, com isso, os frigoríficos atendam melhor o mercado e fidelizem o cliente, além de otimizar a produção.
"Hoje, se o boi tem 20% de gordura e o cliente quer apenas 10%, a indústria tem que retirar o excesso. Com a mudança, vamos procurar o produtor que faça boi com 10% para esse mercado", afirm"Tem que do mercado partir para o boi, e não fatiar o boi e ir atrás do mercado."
Com o modelo atual, afirma Camardelli, o Brasil faz carne "ingrediente", vendida sem valor agregado. Mudando a cadeia, diz, pode chegar à carne "culinária", um pouco mais valorizada, e daí à "gourmet", com alto valor agregado --e com chances de entrar em mercados nobres, como Estados Unidos, Canadá, Coreia do Sul e Japão.
PRODUTOR
Na disputa com frigoríficos pelo preço do boi, os produtores esperam ser remunerados para produzir aquilo que o mercado deseja.
"O Brasil tem como produzir o boi que o consumidor quiser. Mas tem que ser pago por essa qualidade", defende Luciano Vaccari, presidente da Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso).
Para Vaccari, produto diferenciado implica custos mais altos. "Se o cliente quiser boi com cupim vermelho, a gente pinta. Mas alguém tem que pagar o cara que vai pintar o boi e a tinta usada."
Ele usa como exemplo as carnes de grife, que já existem no Brasil: têm mais qualidade, mas são mais caras. "Não há como fazer isso sem remuneração."
O preço da arroba bovina caiu 3% em julho, para R$ 93, contrariando a expectativa de recuperação. No início do ano, a arroba valia R$ 100.
Site Carne – 13/07/2012
COMENTANDO
Se por um lado esta notícia traz um aspecto muito positivo, quando demosntra que um dos elos da cadeia produtiva da carne, está preocupada em atender o consumidor naquilo que êle deseja, assumindo posições modernas de estratégia de gestão e marketing, proporciona que o elo fornecedor (pecuaristas) desta carne diferenciada possa se posicionar perante os outros elos de forma possível pró ativa e positiva. Também êle fazendeiro deve estar interessado que o consumidor esteja na ponta final da cadeia satisfeito com o produto que chega até a sua mesa. Isto é criar mercado cativo e sustentável. No entanto não podem indústria e varejo quere agregar valor aos seus produtos sem também remunerar o produtor com parte deste ganho marginal.O moderno posicionamento de uma cadeia produtiva é o famoso ganha-ganha onde todos os elos saem satisfeitos e justamente remunerados. Não é mais tempo do pecuarista transferir parte de sua renda para frigoríficos e supermercados, com estes capitalizando sozinhos os ganhos e  trunfos de oferecer produto diferenciado ao consumidor.
GEPECORTE

Nova regra para uso de embriões em receptoras zebuínas gera polêmica entre pecuaristas

Criadores de raças zebuínas que usam fertilização in vitro (FIV) e transferência de embriões (TE) como técnicas de reprodução só poderão usar como receptoras vacas zebuínas a partir de 2014. A mudança gera polêmica entre pecuaristas. Alguns alegam que a alteração aumentará o custo, enquanto a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) acredita que valorizará as raças puras.
Alguns pecuaristas já estão se preparando. Aos poucos, no meio das receptoras mestiças, vão surgindo as zebuínas. Na chácara Naviraí, no município de Uberaba, no Triângulo Mineiro, alguns vacas da raça brahmam e guzerá já são usadas como receptoras para bezerros nelore. Ao todo, a fazenda tem cerca de 150 receptoras de raças zebuínas.
A determinação da ABCZ vale para as raças nelore, brahman, cangaian e indubrasil. As associações das outras raças, como gir leiteiro e guzerá, não aceitaram a nova regra.
De acordo com dados da associação, em 2011, somando as técnicas de FIV e TE foram implantados quase 280 mil embriões de raças zebuínas em todo o país. Poderão ser usadas como receptoras zebuínas as fêmeas PO, LA, fruto de cruzamento de zebu com zebu e também aquelas consideradas, pelo fenótipo, como 100% zebuínas, mas estas últimas só durante dois anos.
A mudança trará efeito direto nos bancos de receptoras, que atualmente usam somente animais mestiços de gado europeu. Atualmente, uma fêmea para ser trabalhada como receptora custa cerca de R$ 1,05 mil. A estimativa é que com a medida uma receptora zebuína ultrapasse o valor de R$ 1,5 mil.
Fonte:Canal Rural – 11/07/2012
COMENTANDO
Esta mudança realmente traz inúmeras consequências ao mercado de elite em particular, e ao mercado de fêmeas como um todo. Sempre fui partidário da corrente que acha que o uso de recptoras com sangue europeu e especialmente de característica leiteira, deformava a criação/desmama dos bezerros das raças com sangue estritamente zebuíno. Creio que a correção se faz agora com a norma implantada pela ABCZ, quando bezerros zebus só poderão ser criados por fêmeas zebu.
Por outro lado o mercado de recptoras sofrerá uma grande transformação pois haverá valorização de fêmeas zebú, principalmente para raças com caracteristicas leiteiras(gir e guzerá por exemplo) e deverá ocorrer uma sobre oferta de fêmeas européias.
Vamos aguardar como se comportará o mercado já que a norma valerá a partir de 2014.
GEPECORTE

SP: Baixa remuneração desacelera novamente produção de leite

Assim como em maio e junho, julho deve ter nova queda no volume produzido
A produção de leite no estado de São Paulo deve apresentar nova redução em julho, segundo estimativas da Associação dos Produtores de Leite B do estado. Desde maio, os pecuaristas leiteiros vêm reduzindo a produção em função da baixa remuneração que estão tendo com a venda do produto.
Segundo o presidente da entidade, Jorge Rubez, os produtores têm recebido quase 5% a menos no valor do litro do leite em pleno período de entressafra, mas os custos de produção se mantêm elevados. "Em alguns estados, como em São Paulo, o litro do leite caiu de cerca de R$ 0,90 para aproximadamente R$ 0,85", afirma.
Em maio, o índice do Custo Operacional Efetivo (COE), calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) Esalq/USP, registrou o maior patamar desde o início da série, em janeiro de 2008. Em relação a maio do ano anterior, a alta no COE foi de 8%.
O Brasil produz cerca de 31 bilhões de litros de leite ao ano. Toda a produção é destinada ao mercado interno, que é complementado pela importação de leite no Mercosul - principalmente Argentina e Uruguai.
O consumo per capita de leite está chegando aos níveis esperados pela indústria, que seria de 200 litros/percapita/ano. Nos últimos 15 anos, o consumo da bebida quase dobrou, passando de 90 litros/percapita/ano aos atuais 170 litros/percapita/ano.
Fonte: O Leite – 16/07/2012





Aumenta o uso de fertilizantes em pastagens no país

Incentivada pela necessidade de renovação de pastagens e maior produtividade na pecuária, aumentou o uso de fertilizantes nessas áreas nos últimos anos, de acordo com representantes do mercado. Mas como está intimamente ligada à situação econômica da atividade em função do alto custo para aumentar a adubação nos pastos, a demanda pode diminuir se os preços pagos pela arroba continuarem a recuar.
Segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), as pastagens representaram 405 mil de um total de 28,3 milhões de toneladas de fertilizantes entregues pelas misturadoras às revendas em 2011, ou 1,4% do total. A fatia recuou em relação a 2010 (1,5%) e 2009 (1,6%), mas o volume aumentou: foram 357 mil toneladas em 2010 e 344 mil em 2009. Soja, milho, cana e algodão representaram 78,6% da demanda no ano passado.
A Heringer, uma das três maiores empresas do segmento no país, registrou aumento de 40% nas vendas anuais de fertilizantes para pastagens nos últimos três anos. A companhia investe no desenvolvimento de tecnologias para esse tipo de adubação e estima que haverá mais crescimento em função dos bons resultados obtidos pelos pecuaristas.
Daniel Latorraca, gestor do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), diz que esse movimento pode ser observado nos últimos três anos, quando o pecuarista enxergou a possibilidade de fazer investimentos para aumentar a produtividade. O IMEA acredita que a seca severa em 2011 em Mato Grosso, que tem 25 milhões de hectares de pastagens no total, também contribuiu para a renovação dos pastos.
Além disso, existe a demanda para manutenção e também para a conversão de pastos em cultivo de soja, processo que exige altas doses de adubo para uma boa fertilização do solo - em torno de 6 toneladas de calcário por hectare, ante 2 toneladas a cada quatro anos numa área em produção, segundo Latorraca. O IMEA estima que, em 2012/13, 300 mil hectares de pastos serão incorporados ao plantio de soja em Mato Grosso. Em 2011/12, o grão ocupou 7 milhões de hectares no estado.
A área com intensa adubação ainda é pequena e quase sem impacto no consumo global de fertilizantes, de acordo com o pesquisador da Embrapa Solos, José Carlos Polidoro. Ele observa que existe também uma grande área de pasto com resíduos de fertilizantes usados nas culturas de grãos no processo de integração lavoura e pecuária.
O maior uso de adubos pode elevar a produtividade da pecuária de uma média de um animal (um boi de 15 arrobas de peso vivo) por hectare ao ano para entre 2,5 e 3 animais, sem a necessidade de uso das chamadas "forragens conservadas", como silagem, cana ou feno. Patricia Anchão, pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste, estima que a intensificação da adubação, principalmente com maior cobertura de nitrogênio, pode trazer médias maiores - até 12 animais por hectare nas estações chuvosas de regiões como Sudeste e Centro-Oeste. A Embrapa disponibiliza a técnicos e produtores um sistema de computador que calcula a necessidade adequada de aplicação de adubos a partir do tipo de solo e quantidade de animais.
Fonte:Boi Pesado – 16/07/2012
COMENTANDO
A maioria dos pecuaristas vive este dilema em aumentar os custos de produção utilizando-se da adubação de pastagens, e com isso obter melhores rendimentos e ganhos de peso expressivos no seu rebanho, ou ser conservador e não conseguir produzir mais carne, leite ou bezerros por ha/ano.
Evidente que a decisão irá primeiramente passar pela capacidade de investimento (caixa) deste fazendeiro . Partindo do pressuposto que existe esta disponibilidade, não temos receio em afirmar que o aumento de custeio e investimento  no uso de adubação das pastagens traz retorno e ganhos expressivos ao desempenho econômico financeiro do empreendimento. O que também é preciso cultivar é o hábito que não está presente na cultura de gestão do fazendeiro de tratar o seu pasto como agricultura. Talvez este seja o primeiro passo a ser dado. Mudar a forma de cuidar das nossas  pastagens, nos tornando eficientes agricultores de capim.
GEPECORTE




Médias da arroba do boi gordo registram quedas diárias em São Paulo, segundo o Cepea

O ritmo de negociações no mercado pecuário continua lento, desde a reposição até o atacado, de acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Operadores de todos os segmentos da cadeia se mostram receosos para fechar novos negócios, participando do mercado apenas quando necessário.
Com a liquidez baixa, segundo a entidade, as médias da arroba têm registrado quedas diárias, mesmo com a oferta de animais relativamente restrita. Nessa quarta, dia 11, o Indicador do boi gordo Esalq/BM&FBovespa fechou a R$ 91,22 (à vista, São Paulo) recuo de 1,46% entre 4 e 11 de julho.
Fonte:Canal Rural – 12/07/2012









Contêiner ganha chip para agilizar exportação de carne

O rastreamento das exportações brasileiras de carne passará a ser eletrônico. Contêineres sairão das empresas com um chip, que substituirá pilhas de papéis e promete conferir mais agilidade aos processos nos portos.
A partir do mês que vem começa um período de 90 dias de testes em Santa Catarina. A expectativa é que em um ano todos os carregamentos de carne do país destinados ao mercado internacional saiam das agroindústrias com as etiquetas eletrônicas.
O sistema é resultado de parceria entre Fapesc (Federação de Amparo à Pesquisa e Inovação de SC), Sindicarne (Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de SC) e Acav (Associação Catarinense de Avicultura), que já investiram R$ 500 mil.
Segundo o presidente do Sindicarne e da Acav, Clever Avila, o objetivo é reduzir em até 30% o tempo gasto desde a saída do contêiner da agroindústria até a liberação nos portos.
"Com as informações on-line sobre o carregamento, esperamos que o despacho dos contêineres seja até 18 horas mais rápido."
A mudança começa quando os contêineres são inspecionados por fiscais do Ministério da Agricultura, na saída das indústrias.
Nesse momento os lacres receberão um chip com as informações sobre a carga (como origem, tipo de produto e destino), certificados sanitários e documentos fiscais.
Radiofrequência
Segundo o presidente da Fapesc, Sergio Gargioni, ao entrar no porto, o contêiner passará por um portal que emitirá um sinal de radiofrequência e lerá o chip. Nessa fase de testes, apenas o porto de Navegantes (SC) contará com o leitor.
Ou seja, antes mesmo de o carregamento chegar ao local de embarque, despachantes aduaneiros poderão analisar os documentos e fazer a liberação das cargas.
Fonte:Boi Pesado – 12/07/2012





Mercado do boi gordo recua após mais de um mês de estabilidade

O mercado do boi gordo está em queda, segundo a Scot Consultoria. Após 36 dias de estabilidade, houve mudança no preço referência do boi gordo em São Paulo, e os negócios ocorrem em R$92,00 por arroba à vista.
A oferta de animais terminados está boa e a demanda não acompanha, segundo os especialistas. Com isto, boa parte dos frigoríficos diminuiu o volume dos abates, o que gera menor necessidade por animais e maior poder de pressão sobre as cotações.
As escalas em São Paulo atendem cerca de seis dias úteis. Nos últimos 30 dias, houve recuo para o boi gordo em 22 das 31 praças pesquisadas. Em quatro delas, as cotações se mantiveram e em cinco houve valorizações.
Considerando todas as praças, a desvalorização média no período foi de 1,1%. Desde o início do ano o recuo médio foi de 6,2%, ante 4,2% no mesmo intervalo em 2011.
Para as próximas semanas a oferta de animais confinados tende a aumentar, devido ao período do ano. Por outro lado, pode ser que parte do gado que iria para o cocho tenha outro destino, devido às incertezas no mercado. Há relatos de confinadores que diminuíram o volume ou desistiram do confinamento nas últimas semanas.
Fonte:Canal Rural – 13/07/2012

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Necessidade de aumentar produção de carne incentiva adoção do confinamento, dizem especialistas

A Conferência Internacional de Confinadores (Interconf) será realizada em Goiânia entre os dias 11 e 13 de setembro. Em sua quinta edição, a Interconf discutirá a relação entre produtores, indústria e varejo. Segundo especialistas, apesar da elevação dos custos, a necessidade de aumentar a produção incentiva a atividade e faz com ela cresça.
De acordo com o segmento, o confinamento começou a ser praticado no Brasil em 1980, com uma tecnologia ainda rudimentar. No início, o sistema surgiu como solução para abastecer a indústria na fase da entressafra, mas não demorou muito para que se tornasse uma estratégia para produtores e para a indústria.
O consultor José Vicente Ferraz explica que, primeiramente, a indústria frigorífica cresceu em Mato Grosso. Por necessitar de abastecimento na entressafra, essas indústrias criaram grandes confinamentos. Segundo Ferraz, Goiás se desenvolveu muito porque houve uma proliferação da agroindústria no Estado, provocando o desenvolvimento no confinamento.
Nessa fase inicial, o Brasil tinha apenas cinco mil cabeças de gado confinadas. Atualmente, o número se aproxima dos cinco milhões. Conforme a Associação Nacional dos Confinadores, apenas em 2012 a produção de gado confinado deve crescer até 15%.
Segundo o presidente da Associação Nacional dos Confinadores, Eduardo Moura, um censo realizado pelo setor entrevistou 800 produtores, os quais pretendem confinar em 2013 em torno de quatro milhões de cabeças. As pesquisas feitas por especialistas na área confirmam a previsão. Para Ferraz, o aumento deve ser de 14, 8% no confinamento. Segundo o consultor, serão cerca de 3, 87 milhões de animais confinados em 2012.
– Nós tivermos um período de crescimento acelerado do confinamento no inicio dos anos 2000, depois uma fase de estagnação, e até de pequenos recuos, pois os custos se tornaram muito altos – explica, destacando que embora os custos ainda não sejam baratos, as necessidades do mercado vão induzir um crescimento importante da atividade do confinamento nos próximos anos.
Para o diretor de produção Fernando Flores, apesar da tecnologia no setor, ainda é preciso que a cadeia da carne como um todo avance muito mais.
– Falta ainda no Brasil um fundo como existe nos Estados Unidos, onde pecuaristas, frigoríficos e varejo contribuem para um grande fundo, que se foca em pesquisa e marketing – ressalta.
Fonte:Canal Rural – 11/07/2012

Varejo acusa pecuaristas e frigoríficos pelo enfraquecimento do setor

A decadência da pecuária, cuja responsabilidade sempre foi atribuída a diferença incoerente da margem de lucro dos elos da cadeia, principalmente do varejo, ganhou força de um vilão já conhecido: os impostos. Segundo os supermercadistas, que tinham a fama de absorver toda redução de preço da arroba e não repassar aos consumidores, a culpa é do governo federal que não isentou a atividade do Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) .
Durante o 2º Encontro Nacional da Pecuária de Corte, realizada nessa segunda-feira (9) em Cuiabá, o diretor da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Alexandre Seabra, afirmou que a desunião do setor, ao solicitar isenção do imposto excluindo o varejo do benefício, está resultando na falência da cadeia da carne no Brasil. "Fomos traídos. Os produtores e indústrias conquistaram a isenção e deixaram os supermercadistas de lado. Foi um tiro no próprio pé porque contribuíram para o enfraquecimento da cadeia", desabafou.
Conforme ele, a solução é exigir o equilíbrio dos impostos para que ganhos e perdas sejam divididas igualmente entre os elos da cadeia. Ele aponta que, desde que isenção do PIS/Cofins passou a valer, em 2009, houve um aumento de 40% nos abates clandestinos do país.
O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José Bernandes, ressalta que um levantamento deverá ser feito para saber, realmente, quem são os responsáveis pelo enfraquecimento da cadeia da carne. "Se for identificado que o varejo está sendo prejudicado com a tributação iremos nos mobilizar para que este elo seja também beneficiado com a isenção". Atualmente o imposto que seria pago pelo pecuarista é repassado às indústrias com valores diferenciados.
O vice-presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindfrigo), Paulo Belincanta, acredita que o estudo para identificar os problemas da cadeia deveria atingir todas as atividades. "Precisamos saber como está a nossa produção e beneficiamento da carne para que possamos traçar medidas que destravem as atividades".
De acordo com o presidente nacional da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, no próximo encontro da pecuária de corte, que será em agosto em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, os setores terão oportunidade de apresentar os estudos técnicos que mostrem o custo e comprovem os entraves de cada atividade. "Até então houve discussão e apontamentos, mas o que precisamos é de números que comprovem os problemas e soluções".
O assunto também será discutido na Câmara dos Deputados. Pelo menos é o que garantiu o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Homero Pereira (PSD). Conforme ele, outros temas relacionados ao setor também serão levado para Brasília.
Fonte:Boi Pesado – 11/07/2012

Rebanho bovino mundial apresenta queda nos últimos 10 anos, segundo USDA

O rebanho bovino mundial reduziu 0,9% nos últimos 10 anos, com 1,01 bilhão de cabeças em 2011, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Conforme o órgão, o número de abates aumentou 2,2% no período, passando de 225,01 milhões para 229,88 milhões. Análise da Scot Consultoria aponta que o cenário ocorre em função do aumento de abates em relação ao rebanho (desfrute), que passou de 22% para 22,7%.
A produção de carne também registrou alta. No ano passado, chegou a 56,89 milhões de toneladas equivalente carcaça, ante 56,66 milhões em 2001. A ampliação é de 8%. O incremento em proporção maior do que os abates, segundo a Scot, se deve ao aumento de peso médio de carcaça, que passou de 15,6 arrobas em 2001 para 16,5 arrobas em 2011.
Fonte:Canal Rural – 10/07/2012

Governo fortalece a pecuária

Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013 inclui linhas de crédito para aquisição de matrizes e reprodutores


Pecuaristas terão tratamento diferenciado durante a safra 2012/2013. O Plano Agrícola e Pecuário lançado nessa quinta-feira, dia 28 de junho, inclui linha de crédito específica para a compra de matrizes e reprodutores bovinos e bubalinos.
Cada criador poderá contratar até R$ 750 mil para aquisição dos reprodutores, valor que estimulará a ampliação da atividade e a qualidade genética do rebanho. Outra medida que beneficia os criadores é o aumento de limite de comercialização às agroindústrias beneficiadoras e processadoras de leite de R$ 40 milhões para R$ 50 milhões e do prazo para pagamento de 180 dias para 240 dias. Esse limite engloba também a pecuária de corte, leiteira.
No caso específico da suinocultura, os produtores independentes terão à disposição uma linha de crédito específica para a retenção de matrizes, com limite por produtor de até R$ 1,2 milhão, prazo de pagamento de até dois anos e juros de 5,5% ao ano. Com a medida, o governo apoia os produtores tendo em vista as dificuldades enfrentadas pelo setor. "Estamos atentos às dificuldades do setor e essas medidas são uma maneira de amenizar os prejuízos do produtor. Esse Plano foi cuidadosamente construído pelo Governo, por isso digo sem sobra de dúvidas que é o mais democrático e auspicioso de todos os tempos", disse o ministro.
Os produtores de caprinos e ovinos também terão mais acesso à crédito para aquisição e retenção de matrizes e reprodutores, com limite de até 600 mil, prazo de cinco anos para pagamento e três anos de carência, a juros de 5,5% ao ano.
O Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro), que financia a pecuária de leite e a criação de ovinos, caprinos, suínos e aves, também mereceu um aporte do governo. O limite de crédito por aumentou em R$ 100 milhões, passando de R$ 850 milhões para R$ 950 milhões. O prazo de pagamento foi ampliado para até 12 anos com até três de carência.
Fonte:Boi Pesado

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Jornal do Brasil - Sociedade Aberta - A galinha dos ovos de ouro 

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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Carnes: União Europeia reconhece controle de resíduos do Brasil

O Ministério da Agricultura informou nesta quinta-feira que a União Europeia confirmou a equivalência do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC/Animal) do Brasil. Segundo a nota, a decisão publicada no diário oficial da União Europeia de quarta-feira (13) mantém a equivalência para o PNCRC bovinos, aves, equinos, aquicultura (peixe e camarão) e mel.
O Ministério explica que o anúncio significa que o Brasil tem plena vigilância dos resíduos de medicamentos veterinários em sua produção, podendo assim exportar produtos de origem animal provenientes das espécies aprovadas para o bloco. A avaliação dos programas de monitoramento dos países terceiros é feita anualmente pelo Escritório Veterinário e de Alimentos (FVO, sigla em inglês) da UE desde 1996. Os resultados definem a admissão, manutenção ou suspensão na lista de nações autorizadas a comercializar com o continente.
O coordenador de Resíduos e Contaminantes do Ministério da Agricultura, Leandro Feijó, diz que a aprovação é muito importante para o Brasil, pois a União Europeia é tida como modelo no que se refere a controle de resíduos em produtos de origem animal. "Muitos mercados levam isso em consideração, o que pode facilitar o país na hora de firmar e manter acordos sanitários internacionais", destaca Feijó.
O próximo desafio do Ministério da Agricultura será concluir as ações para solicitação de equivalência para suínos, ovos, leite e avestruz. O PNCRC suínos está em estágio avançado e deverá ser concluído este ano, mas ainda depende de algumas adequações em relação à produção de carnes sem ractopamina (aditivo promotor do crescimento de animais vivos). O Plano também deverá ser estendido futuramente para as cadeias de caprinos e ovinos.
Fonte:Beef World – 15/06/2012

Pecuária pode reduzir 88% do total de gases do efeito estufa, diz APPS

Para a Scot Consultoria e a Associação dos Profissionais da Pecuária Sustentável (APPS), a pecuária não é tão maléfica para o meio ambiente como os números usados por campanhas e organizações anticarne mostram. Durante a 18ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), as duas instituições convidaram jornalistas para debater o assunto na palestra "Pecuária: uma questão de amor e ódio". Segundo eles, o fenômeno "negócio de fronteiras" - no qual terras são desmatadas e vendidas mais caras por conta da especulação imobiliária - é um dos grandes responsáveis pelo aumento do desmatamento. "A pecuária é consequência do desmatamento e não a causa", diz Rodrigo Paniago, diretor da Boviplan Consultoria.

Dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação mostram que, em 2010, a mudança do uso da terra e florestas, ação que pode estar ligada à pecuária, foi responsável por 55,6% das emissões de gases de efeito estufas (GEE), no Brasil. Destes, a pecuária foi responsável por 25%. A maior parcela dessas emissões, 69,5%, veio da fermentação entérica dos animais, isto é, do pum e do arroto. Para a APPS, o número dos GEE da agropecuária pode ser facilmente reduzido com o uso de tecnologias e com mudanças no modo de produção, como por meio dos sistemas de confinamento e de integração lavoura-pecuária.
Na Conferência da ONU Sobre Mudanças Climáticas (COP 15) realizada em 2009, o governo brasileiro apresentou suas metas para reduzir o impacto no meio ambiente. A diminuição do desmatamento da Amazônia seria a grande responsável pela queda da emissão de gases de efeito estufa, reduzindo 564 milhões de toneladas. Apesar da agropecuária não ser a única responsável por esse ponto, Paniago defende que o setor teria grande influência para conclusão da meta. No encontro, outros pontos foram colocados na conta da agropecuária: recuperação de áreas degradadas, plantio direto, fixação biológica de nitrogênio, aumento do uso de biocombustíveis e crescimento das siderúrgicas com uso de carvão de florestas cultivadas. No total, o setor seria responsável por 88% de toda redução dos gases de efeito estufa no país.
Fonte:Beef World – 18/06/2012

Municípios podem ter linha de crédito específica para adequação de mercados de carne

A pedido da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, o Banco do Nordeste e a Desenbahia vão analisar a criação de uma linha de crédito específica voltada à adequação dos mercados de carne municipais em todo o território baiano. A iniciativa foi discutida na quinta-feira (28), na sede da Adab, em Salvador, e visa fortalecer o Projeto de Entrepostos Frigoríficos Modulares, proporcionando acesso ao financiamento para a aquisição de equipamentos, balcões frigoríficos, e toda a infraestrutura necessária à venda de carne segura e saudável para a população.

“Os mercados, cuja gestão pertence aos municípios e associações de açougueiros locais, funcionam como estruturas complementares de apoio às unidades do entreposto frigorífico modular”, explica o diretor-geral da Adab, Paulo Emílio Torres, “Ao oferecer uma linha de crédito específica para este segmento, a Seagri, a Desenbahia e o Banco do Nordeste estão cumprindo com um importante papel social, dando condições para que os açougueiros vendam a carne que é armazenada nos entrepostos sem riscos de contaminação para o consumidor”.
Pioneiro no País, o Projeto de Entrepostos Frigoríficos tem como objetivo verticalizar a produção de carne no Estado, considerando os aspectos culturais, reduzir o impacto ambiental nos municípios e diminuir o abate clandestino na Bahia.
Fonte:Ascom/Adab

Carrossel para vacas facilita ordenha, manejo e limpeza

Computadores, carrossel, portões automáticos, adesivos e spray com tinta orgânica. Tudo isso faz parte do dia-a-dia dos fazendeiros da Nova Zelândia, país localizado na Oceania e bastante conhecido pela atividade pecuária leiteira. E agora, as próprias vacas neo-zelandesas é quem já estão se habituando a tanta tecnologia. "Elas aprendem rápido. Com duas ou três vezes no carrossel, elas já sabem a hora que devem entrar e a hora que devem sair", explica o fazendeiro Murray Shaw, que tem uma propriedade rural no norte de Auckland e há alguns meses utiliza um carrossel de vacas para trabalhar.
Com a engenhoca, Shaw consegue manejar diariamente suas 500 vacas Holandesas e isso inclui ordenha-las quatro vezes por dia, insemina-las no período planejado e tratá-las. "Elas vão entrando no carrossel, uma a uma, e quando concluem o trabalho, saem por um corredor com portões automáticos. Então, se eu notei que há algo errado com algum animal, aciono o portão e ele vai para um curral separado", explica. "É tudo muito organizado, e não há estresse para as vacas".
Murray diz que os animais aprendem rápido como se comportar no equipamento. "Elas se acostumam e aprendem. Esta educação é feita com jatos de água. Então, ela sabe que se está chegando perto do jato de água, é hora de dar ré e sair".
O fazendeiro consegue controlar todas as vacas que estão no carrossel, 60 no total, ao mesmo tempo. Diariamente, ele lida com 450 animais. Quando as vacas sobem no carrossel, automaticamente já tem o seu peso medido e recebem um jato de solução desinfectante no úbere. As balanças embutidas
no carrossel apontam o peso da vaca e os sensores dos equipamentos de ordenha vão mostrando, em um painel digital, quantos litros são retirados por segundos. "Tudo vai para este computador. Aqui eu sei qual é a temperatura do leite, a quantidade de sólidos, de litros, tudo", explica Shaw. "Se houver algum problema de desequilíbrio desses números, o computador acusa. Se for à noite, eu sou acionado pelo telefone celular e venho correndo aqui", diz.
A cada hora, Shaw imprime um papel no seu computador com todas as informações referentes à produção daqueles 60 minutos. No extrato, há a quantidade exata de leite, gordura, proteína, caseína, água e outros componentes.
Fonte:Canal Rural – 17/06/2012

Leite com o maior custo de produção desde 2008

Os custos de produção da atividade pecuária de leite atingiram, em maio, o maior nível desde janeiro de 2008. De fevereiro deste ano para cá, o Custo Operacional Efetivo (COE), composto pelos gastos correntes e da propriedade leiteira, e o Custo Operacional Total (COT), que considera também as depreciações e o pró-labore do produtor, registram altas consecutivas. De abril a maio deste ano, tanto o COE quanto o COT subiram 2%. No período acumulado entre maio do ano passado e maio de 2012, a elevação foi de 8% (COE) e 7% (COT).
A pesquisa foi realizada nos Estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e os dados estão no Boletim Ativos da Pecuária de Leite, elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com o estudo, o único Estado que registrou queda nos custos de produção, no mês de maio, foi Santa Catarina, devido à queda de 4% da alimentação concentrada, que representa 34% dos gastos correntes da propriedade leiteira.
Fonte: A granja – 03/07/2012

Projeto de erradicação de brucelose e tuberculose bovina testado no RS deve ser adotado em todo o país

O Projeto Piloto de Erradicação da Brucelose e Tuberculose, realizado na comarca do município de Arroio do Meio (RS), deverá servir de modelo para todo o país em breve, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A iniciativa as cidades de Arroio do Meio, Capitão, Coqueiro Baixo, Nova Bréscia, Pouso Novo e Travesseiro, além de Dois Irmãos, contabilizando 1.146 propriedades certificadas pelo órgão. A estimativa do rebanho na área levantada é de 36 mil cabeças.
A partir do projeto, realizado desde 2008 e coordenado pelo Mapa e pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa-RS), foi criado o Programa Estadual de Controle e Erradicação da Tuberculose e Brucelose Bovídea (Procetube), em 2011. A iniciativa se encontra em fase de elaboração de legislação complementar para possibilitar intervenções sanitárias mais efetivas. O ministério afirma acompanhar o projeto desde a sua concepção e ter doado insumos para a primeira certificação das propriedades. Aponta ainda que indeniza um quarto do valor dos animais reagentes para tuberculose.
O certificado de propriedade livre das duas doenças oferece vantagens para o produtor, como participação irrestrita do rebanho em eventos, fim da exigência de testes para trânsito animal interestadual, maior credibilidade para a comercialização e diferenciação do leite oriundo desses estabelecimentos, o que possibilita acesso ao mercado externo. Inicialmente, 18 veterinários habilitados pelo Ministério da Agricultura participaram da iniciativa, bem como técnicos do serviço oficial encarregados da coordenação.
– Além de sanear uma região para duas enfermidades, que apresentam impacto na saúde pública, pois são doenças transmissíveis aos humanos, o programa qualifica a produção de um grande número de pequenos produtores rurais, agregando valor ao seu produto e fixando-os no meio rural – destaca o coordenador estadual de combate a doenças da Superintendência Federal de Agricultura (SFA/RS), Jorge Meana de Almeida.
Fonte:Canal Rural

Brasil vai ter primeira carne bovina certificada do mundo

O Brasil é o primeiro País do mundo a ter carne bovina certificada. Parceria entre Carrefour e Marfrig vai permitir o comércio do produto certificado a partir do 2º semestre deste ano, segundo o secretário-geral do Imaflora, Mauricio Voivodic, organização responsável pela concessão do "selo verde" FSC no Brasil.
A certificação garante aos consumidores que a carne e outros produtos de origem bovina vindo de fazendas certificadas foram produzidos com responsabilidade socioambiental, contribuindo com o bem-estar dos trabalhadores e proteção ao meio ambiente.
Voivodic alega que é a primeira vez que toda cadeia pecuária mostra interesse na sustentabilidade. "É a primeira vez no mundo que um produto proveniente de fazendas que cumprem critérios ambientais será disponibilizado e ele será, no primeiro momento, para o consumo brasileiro, não para exportação", diz o secretário-geral do Imaflora.
Atualmente os animais são provenientes das quatro fazendas do grupo Fazendas São Marcelo, localizadas em Tangará da Serra, Mato Grosso. Além destas quatro, mais uma está sendo avaliada também no Mato Grosso. Voidovic afirma que este número deve aumentar até o final do ano.
"A previsão é de produção de cerca de 20 mil cabeças certificadas pelas fazendas até o final do ano, mas como a Marfrig é patrocinadora da Copa do Mundo e há o interesse de outros setores, como o de restaurantes, na carne sustentável, o número certamente vai aumentar", diz o dirigente do Imaflora.
Fonte:Beef World




Abate humanitário em foco

No dia 1º de janeiro de 2013, a União Europeia lançará novo regulamento para a importação de carne bovina brasileira. O foco principal, agora, é o bem-estar do animal durante o processo do abate nos frigoríficos. A nova lei exigirá que cada empresa tenha um veterinário responsável que garanta a qualidade de vida dos bovinos mesmo a poucos momentos de serem abatidos. Esses cuidados influenciam no sabor da carne, na comercialização e também no lucro do criador. "Se o animal estiver muito estressado, o PH da carne se eleva diminuindo os dias de conservação nas prateleiras e podem ser destinadas aos alimentos embutidos", explica o médico veterinário Douglas Andreolla.
A retirada do animal do pasto até a viagem aos abatedouros deve ser realizada com cuidado para evitar hematomas no rebanho. As contusões são identificadas em três graus: o que afeta apenas a gordura, que fere a carne e o que atinge o osso. "No último caso, se a carcaça tiver essa lesão, o frigorífico retira a parte danificada da carne, que dá uma quebra ao produtor", comenta. Segundo Andreolla, os hematomas mais frequentes são os de primeiro e segundo grau. Já existem regras no Brasil que exigem o abate de forma humanitária. Atualmente, ainda não existe nenhum selo ou protocolo que identifica esse tipo de tratamento.
"O que existe é os selos de identificam o bem estar dos animais durante a produção e não no período de pré-abate", destaca o médico veterinário. Frigoríficos brasileiros estão cientes da nova norma e buscam a adequação. O entrevistado enfatiza ainda que a capacitação da mão-de-obra é essencial para o avanço do abate humanitário no estado, abrangendo empresários, criadores e até os motoristas que fazem o transporte dos bovinos.
Os animais não devem ser tratados com crueldade, não podem ser estressados desnecessariamente, a sangria precisa ser a mais rápida e completa possível, as contusões na carcaça devem ser mínimas, e o método de abate deve ser higiênico, econômico e seguro para os operadores. Esses são alguns dos conceitos do abate humanitário.
Mato Grosso possui frigoríficos desde os anos 70, mas essa nova prática de abate é aplicada desde o início dos anos 2000. "É algo recente comparado com a cultura do consumo de carne bovina provinda de abatedouros", diz o médico veterinário Welito Lacerda. Com a responsabilidade de difundir o abate humanitário, o setor de Desenvolvimento Econômico da Associação Mato-grossense dos Municípios, AMM, pretende criar frigoríficos de baixa produção, que gera emprego e renda, assegura a qualidade do produto a ser consumido e se torna uma opção de mercado para o produtor.
Fonte:Site da Carne