segunda-feira, 24 de março de 2014

PLANEJAMENTO SANITÁRIO – UMA NECESSIDADE


Conforme o Léxico, dicionário de Português on- line, necessidade é a essência daquilo que realmente se precisa; designação do que é imprescindível, imperioso ou essencial. E é exatamente dessa forma que o produtor rural, o pecuarista, precisa ver o planejamento sanitário – como uma necessidade.
Vaz Pires,2010 traz uma abordagem muito interessante que divide o estudo sobre a necessidade do planejamento sanitário na pecuária, em relação aos resultados, em dois segmentos: um macro e outro microeconômico.

Para ele a importância sanitária para o alcance de mercados externos é inquestionável. As comunidades estão cada vez mais atentas a saúde dos rebanhos e garantias de procedência e não irão baixar a guarda em nenhuma hipótese, até por que não haveria motivos para isso, pois trata-se de uma questão de segurança alimentar.
Se o consumidor exige, a industria não tem alternativa que não seja cumprir, visto que do contrário não conseguirá ampliar seu portfolio de clientes, terá vendas reduzidas e prejuízos incalculáveis. Simples assim!
Não se pode deixar de argumentar que existem mercados menos exigentes e que hoje de certa forma suprem essa oferta de boi que o Brasil tem, porém são mercados que pagam menos, bem menos. E se o Brasil puder ter como clientes permanentes países como Canadá, Coreia do Sul, México, EUA e Japão as receitas serão bem mais elevadas.
Pois bem, aí vai aparecer algum produtor para argumentar que ele não exporta e que portanto o custo de tanto cuidado com a sanidade não será recompensado com os preços pagos no Brasil e ainda mais na Bahia. Para estes o argumento vem através da microeconomia. Precisa-se ver resultados dentro da fazenda.
Os gastos com medicamentos veterinários para curar doenças, são identificados pelos produtores como um dos custos mais elevados na propriedade. Estudos da Scot consultoria negam essa afirmativa e comprovam que uma propriedade que planeja seu calandario sanitário anual, esses custos não ultrapassarão 3%.
Custos de prevenção de doenças são muito mais baixos que os custos implicados na cura.Quando a cura de um animal doente é estabelecida, os custos desse animal se elevam e a lucratividade tente a ser menor.Se a cura não acontece e o animal vem a óbito, pior ainda o problema, pois houve gasto com a tentativa de cura e não há animal para suprir esse custo.
O produtor precisa entender que produtividade só se alcança com qualidade, portanto aqueles que buscam aumentar a produtividade das suas propriedades, devem investir na genética bovina, na qualidade das pastagens, da mineralização, no manejo e no planejamento sanitário.
Montar um Programa Sanitário Anual é simples, mas precisa que haja observação, conhecimento e sensibilidade das rotinas da propriedade, do clima, das normas sanitárias vigentes e do manejo da propriedade.
Estabelecer essa rotina e introduzí-la no dia a dia da propriedade, incorporando os hábitos sanitários ao manejo diário faz parte de ambas as disciplinas que envolvem a produção de bovinos: as disciplinas de ampliação da produção e as de garantia de produção.
Consulte a Gepecorte para um planejamento sanitário anual adequado à sua propriedade.
 
Adriana Calmon de Brito Pedreira
MSc. em Administração Estratégica
 
Bibliografia:
Pires, Alexandre Vaz. Bovinocultura de Corte. Vol II. Piracicaba. FEALQ.2010
 

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