quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Com o boi na sombra


Pode parecer brincadeira, mas nunca um trocadilho fez tanto sentido. O célebre ditado “fulano colocou o burro na sombra”, tem tudo a ver com a pecuária brasileira. Mas ao invés do burro, criadores estão empenhados em colocar mesmo é o boi na sombra. Literalmente.
Isso porque um projeto da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) quer incentivar pecuaristas de todo o Brasil a investirem em áreas sombreadas nos pastos. Além de garantir bem-estar aos animais, a iniciativa pode gerar lucros extras com a comercialização de madeira, sem falar nos benefícios para a terra, evitando erosão.
Para João Gilberto Bento, superintendente de marketing da ABCZ, um projeto com este foco vai ajudar a transformar as áreas de pastagens brasileiras em verdadeiros bosques. Com isso, a pecuária brasileira quer mostrar ao mundo que é uma das atividades que mais pode contribuir para a proteção das florestas.
“E o gado vai pastar saudável embaixo dessas árvores”, diz Bento.  Ele conta que há cinco anos a ABCZ vem desenvolvendo programas voltados para a sustentabilidade e proteção do meio ambiente e agora está discutindo quais serão as melhores ações para o projeto de sombreamentoMesmo antes de se falar em preservação e desenvolvimento sustentável, há 25 anos, o pecuarista Jovelino Carvalho Mineiro faz o manejo das pastagens de sua fazenda Sant’Anna em Rancharia, (SP). Ele faz o consórcio da área com o plantio de eucaliptos na linha das cercas. O espaçamento de um metro entre uma planta e outra possibilita que a árvore cresça e que haja áreas sombreadas nos quatro cantos do piquete.
“Com isso garantimos sombra aos animais, bem estar do rebanho e madeira para comercialização”, explica o pecuarista, que a cada quatro anos retira lascas da madeira das árvores e depois de mais alguns anos, faz o corte da madeira para venda. “A cada ciclo desses fazemos a reposição das árvores e reformamos as pastagens, plantando amendoim e sorgo”, conta.
Quem também se dedica a preservar a fazenda e garantir o bem-estar dos animais desde o final dos anos 80 é Arnaldo de Souza Machado Borges. Dono da Fazenda Ipê Ouro, no triângulo mineiro, ele diz que anualmente faz o plantio de aproximadamente 500 mudas de espécies frutíferas na propriedade em forma de bosques e tem 12 quilômetros de cercas vivas com o jambolão, para proteger o pasto de uma rodovia que corta a fazenda.
“Os bosques são mais viáveis, porque protegem os animais de chuvas e vendavais e as árvores resistem por mais tempo”, explica. Borges conta que escolheu plantar as árvores frutíferas próprias da região, para contribuir na recuperação da flora.
Além disso, essas árvores, mais baixas e achatadas do que variedades como o eucalipto, por exemplo, têm pouca atratividade de raios durante tempestades. “Assim os animais ficam mais seguros. Tanto que agora, as vacas estão parindo no bosque, para proteger os bezerros de predadores também. Até a mortandade de recém-nascidos diminuiu”, diz.
Outro ponto favorável da consorciação entre pastos e floresta está no solo. “A terra fica mais úmida e a braquiária cresce mais verde e forte. Assim, os animais se alimentam melhor e engordam rapidamente.”
Juliana Ribeiro


Recorde na balança comercial do agronegócio em 2012

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compilados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), as exportações do agronegócio somaram US$95,81 bilhões em 2012, o que correspondeu a 39,5% do total exportado pelo Brasil, US$242,58 bilhões.
As importações de produtos do campo somaram US$16,41 bilhões no último ano, o equivalente a 7,4% das importações totais do país, que somaram US$223,14 bilhões.
A balança comercial do agronegócio teve superávit de US$79,41 bilhões, aumento de 2,5% frente ao resultado de 2011. No mesmo intervalo a balança comercial total teve redução de 34,8% no saldo.


Para o agronegócio foi o melhor resultado da série, iniciada em 1989.
Já para a balança comercial geral, foi o pior resultado desde 2002, quando o superávit foi de US$13,20 bilhões.
Fonte:Blog do Scot – 27/02/2013

Produtor brasileiro de carne terá um ano difícil, diz Fitch Ratings


A Fitch Ratings projetou na quarta, dia 27, que os produtores brasileiros de proteína animal terão um ano de 2013 "difícil". Em relatório, a agência de classificação de risco disse que o setor terá dificuldades em gerar lucro, fluxo de caixa e novos negócios neste ano.
– Em diferentes níveis, todos os produtores brasileiros de proteína estão expostos a riscos, incluindo volatilidade dos preços das commodities agrícolas, câmbio desfavorável, surtos de doenças e restrições à exportação – comentou Viktoria Krane, diretora da Fitch.
Os custos com ração seguem elevados para produtores de carne suína e de frango. Produtores de carne bovina, por sua vez, devem ser beneficiados por um ciclo pecuário favorável no Brasil e por preços altos da carne tanto nacional quanto internacionalmente, segundo o relatório.
Ainda de acordo com a Fitch, o ano será negativo ou neutro para o fluxo de caixa livre em razão de fatores como baixa lucratividade, capital de giro elevado e exigências de despesas de capital para sustentar o crescimento.
Produtores brasileiros de proteína captaram cerca de US$ 2 bilhões em dívida de longo prazo em janeiro de 2013. O volume, combinado com ofertas de ações no final de 2012, ajudarão as empresas a honrar os vencimentos de 2013 e melhorar o perfil de suas dívidas. Em geral, a liquidez não foi uma preocupação para as companhias de proteína em 2012, que continuarão a depender de fontes externas de financiamento em 2014 e além, concluiu o relatório da Fitch.
Fonte:Canal Rural – 27/02/2013

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

País deve manter crescimento de 3% na produção de leite em 2013


A produção total de leite no Brasil em 2012 alcançou 33,054 bilhões de litros, o que corresponde a um crescimento de 3% em relação ao ano anterior (32,091 bilhões de litros). O resultado faz parte de estudo da Leite Brasil, associação que representa os produtores nacionais, que acaba de divulgar o balanço anual do segmento no país. A expectativa é de que em 2013 o crescimento se mantenha em 3%, para 34,045 bilhões de litros.
Com esse desempenho, o país deve assegurar a terceira posição do ranking mundial, atrás dos Estados Unidos e Índia, afirma em comunicado o presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez. O estudo mostra que a produção de leite industrializado no ano passado cresceu 5% no Brasil em relação a 2011, alcançando 24,033 bilhões de litros.
Segundo a pesquisa, o consumo per capita de leite teve alta de 3%, saltando de 173 litros por habitante por ano em 2011 para 177 litros por habitante em 2012. Mantido esse ritmo, a previsão é alcançar 181 litros por habitante em 2013. Segundo Rubez, a meta para daqui cinco anos é ficar próximo do recomendado pelo Guia Alimentar do Ministério da Saúde, que é de aproximadamente 200 litros por habitante equivalente em litros de leite.
De acordo com o estudo, o aumento do leite longa vida foi de 1,8% (referência a cidade de São Paulo) em 2012, bem abaixo da inflação IPCA calculada pelo IBGE no período, que foi 5,84%. Outro número que anima o presidente da Leite Brasil é a queda no consumo de leite informal no país em 2012 e que deve se manter para 2013.
Globo Rural – 26/02/2013

Preço do boi gordo em fevereiro de 2013 é o menor em três anos, em valores reais, aponta Scot Consultoria

Mesmo com as recentes altas na cotação do boi gordo, o preço médio da arroba registrado em fevereiro ainda é o menor em três anos, em valores reais, segundo a Scot Consultoria. Até o dia 25 de fevereiro, o preço médio em São Paulo ficou em R$ 98,82/arroba, a prazo. No mesmo mês de 2012, a cotação média foi de R$ 98,92, valor 0,1% maior.
Quando deflacionados os valores pelo IGP-DI, o valor este ano está 7,5% menor que no começo de 2012. Na comparação com fevereiro de 2011, o recuo nominal é de 3,8%. Em valores reais, a queda é de 13,9%. A arroba era negociada por R$ 114,75, em valores de hoje (deflacionados).
Os aumentos nas participações de fêmeas nos abates em 2011 e 2012 corroboram com o mercado mais ofertado e os preços menores, o que caracteriza a fase de baixa do ciclo pecuário.

Fonte: Canal Rural – 26/02/2013

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Itália anuncia primeiro caso de carne de cavalo em produtos de origem bovina


A Itália encontrou seu primeiro caso de contaminação de carne de cavalo em lasanhas congeladas produzidas no país, segundo informou neste sábado a agência de notícias italiana Ansa. A carne de cavalo foi encontrada em testes realizados com 2,4 mil embalagens de "lasanha à bolonhesa" produzidas por uma empresa de Bolonha.
O relatório das autoridades identificou a empresa Primia como sendo a fabricante dos produtos e afirmou que ela usou a carne fornecida por outra companhia da cidade de Brescia, no norte da Itália. Os testes foram conduzidos como parte da operação de fiscalização da polícia italiana envolvendo 121 marcas em todo o país. Mais cedo, as autoridades afirmaram que não haviam encontrado carne de cavalo em produtos da Nestlé.
O escândalo da carne de cavalo disfarçada de carne bovina começou na Irlanda no mês passado. Autoridades encontraram carne equina em alguns produtos rotulados como hambúrgueres de carne bovina vendidos em supermercados. Desde então, episódios semelhantes ocorreram em vários países da Europa. Supermercados do Reino Unido, da França, Alemanha e Suíça retiraram produtos como lasanhas congeladas, hambúrgueres e massas à bolonhesa de suas prateleiras.
O presidente da França, François Hollande, disse neste sábado que quer ver rótulos adequados relativos à procedência de produtos congelados para evitar uma repetição do escândalo. "Eu quero que os produtos prontos tenham rótulos obrigatórios", disse ele, em visita a uma exposição agrícola em Paris.
– Até que isso ocorra, apoiarei todas as iniciativas voluntárias de colocar esses rótulos para que os consumidores saibam a origem dos produtos que estão consumindo, especialmente da carne.
Fonte:Canal Rural – 25/02/2013

Brasil quer exportar US$ 82 milhões em lácteos até 2014


O Brasil vai investir R$ 2,3 milhões até o próximo ano para promover a exportação do leite nacional. A meta é exportar até o final de 2014 mais de US$ 82 milhões de leite e derivados. Para alcançar o resultado, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) firmaram na quinta-feira (21) convênio.
Desde 2008, o país deixou de ser exportador de leite e passou à condição de importador de leite. A crise internacional provocou recuo nas compras e aumento o protecionismo no mercado mundial. A expectativa do governo é que, em uma década, a exportação de leite, queijos, manteiga e demais derivados chega a R$ 1 bilhão, superando os valores de 2008.
O governo vai disponibilizar montante de R$ 1,9 milhão e a OCB arcará com R$ 372 mil. Após dois anos, poderão ser investidos novos valores. Por meio do convênio, deverá ser concedido crédito subsidiado aos produtores para aquisição de 3.600 itens, como tratores, ordenhadeiras e resfriadores. O crédito será disponibilizado dentro do Programa Pronaf Mais Alimentos, com cobrança de juros de 2% ao ano.
Caberá à OCB estimular a adesão do setor, que é muito capilarizado, e à Apex-Brasil promover os produtos no exterior, colocando frente a frente vendedor e comprador, destaca Rogério Bellini, diretor de Negócios da agência. Serão convidados a visitar o Brasil importadores, jornalistas e formadores de opinião estrangeiros para conhecer o trabalho do setor e fazer negócios. Os mercados mais visados são: Angola, Arábia Saudita, Argélia, China, Egito, Emirados Árabes, Iraque e Venezuela. O governo deverá ampliar a assistência técnica aos produtores.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, destacou que a iniciativa beneficia a agricultura familiar, que responde por 50% da produção nacional de leite. O setor de lácteos emprega 4,7 milhões de pessoas, sendo 4,3 milhões no campo. Para o presidente da OCB, Márcio de Freitas, o sistema cooperativo "existe com a função de ajudar o empreendedor e não de atrapalhar".
Segundo Freitas, as cooperativas facilitam ao produtor fechar negócios. "A cadeia tem que estar organizada para que todos os elos da corrente estejam próximos de suas forças, envolvendo o produtor, a indústria, a cooperativa e a estrutura comercial, com a logística do mercado", completa.
Fonte: O Leite – 25/02/2013

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A seca não acabou

A seca não acabou! É o que alerta o secretário estadual da Agricultura e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Agricultura (Conseagri), engenheiro agrônomo Eduardo Salles, em sucessivos ofícios à presidente Dilma Rousseff, aos ministros da Integração, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e à presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), demonstrando o quadro preocupante dos reflexos causados pela longa estiagem. “Podemos comparar esta seca a um tremendo terremoto, cujas conseqüências serão sentidas pelo menos nos próximos dez anos, ou mais”, afirma Salles.
Entre as medidas urgentes que o presidente do Conseagri tem reivindicado ao governo federal estão a prorrogação do Programa de “Venda Balcão” de milho subsidiado pela Conab, cujo prazo para encerramento expira no próximo dia 28; prorrogação das dívidas de custeio e investimentos a vencer em 2013, e a prorrogação para até 31 de dezembro deste ano das vigências das linhas de crédito emergencial instituídas para produtores rurais afetados pela seca na área de abrangência da Sudene e pelas enchentes na região Norte, com acréscimo de R$ 1 bilhão aos recursos disponibilizados. O secretário explica que essas linhas de crédito são fundamentais e indispensáveis nesse momento em que os pastos e os rebanhos precisam ser recuperados.
Além desses itens, o Conseagri reitera ao governo federal solicitações para a implantação do PAC Semiárido; criação urgente de um programa de doação de milho para os pequenos ovinocaprinocultores do Nordeste brasileiro, e a utilização do sistema de cabotagem, via Porto de Paranaguá, para facilitar o transporte de grandes quantidades de milho para as capitais do Nordeste.
Fonte:Ascom Seagri

Exportações brasileiras podem ser prejudicadas após escândalo de adulteração de carne na Europa


Segundo analistas, porém, setor brasileiro não deve ser tão impactado em função da pequena representatividade da União Europeia entre os mercados importadores.
Uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha mostrou que quase um terço dos adultos parou de comer refeições prontas e que 7% dos entrevistados suspendeu completamente o consumo de carne após o escândalo causado pela presença de DNA equino em produtos que supostamente seriam feitos apenas com carne bovina.
O escândalo da carne de cavalo disfarçada de carne bovina começou na Irlanda no mês passado e foi sendo disseminado por vários países da Europa. Supermercados do Reino Unido, França, Alemanha e Suíça já retiraram produtos como lasanhas congeladas, hambúrgueres e massas à bolonhesa de suas prateleiras. Análises comprovaram que o produto vendido como carne bovina continha carne de cavalo. Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), o caso, que pode não ser isolado, está ligado às barreiras impostas à importação de matéria prima pelos países que compõem o bloco.
- Passa a haver necessidade da matéria prima, quando se busca o material internamente. Se você vê que o seu negócio está inviabilizado, a alternativa normal é passar para uma composição que seja viável financeiramente. A explicação está aí , faz parte do bloqueio estabelecido desde 2005, onde a Europa conseguiu bloquear o acesso que tínhamos até então - explica Antônio Jorge Camardelli.
O caso, que repercutiu em todo o mundo, pode respingar nos negócios dos exportadores brasileiros, e alguns analistas de mercado esperam uma redução nas vendas para União Europeia já a partir do próximo mês. A boa notícia é que, mesmo que isso aconteça, o setor não deve ter grandes prejuízos.
- A União Europeia tem uma representação pequena dentro da pauta de exportação do Brasil. Mesmo que o mercado caia, os efeitos sobre as exportações brasileiras devem ser pequenos. Com o tempo, a percepção do consumidor sobre o produto vai se recuperando. Foi assim com a vaca louca e a gripe aviária. Normalmente, o sistema volta a ter credibilidade - afirma o analista José Carlos Hausknecht.
No Brasil, situações como a registrada na Inglaterra podem ocorrer, afirma Luis Carlo Colella Ferro, especialista em rastreabilidade. Para ele, os instrumentos disponíveis para rastrear o gado são muito eficientes até o momento do abate. A partir daí, faltaria controle.
- Todas essas tecnologias e informações não são repassadas ao processo de controle após o abate. Acabamos perdendo todo o investimento em rastreabilidade feito em campo que não conseguimos levar até o nível do consumidor.
O presidente da Abiec, porém, considera satisfatório o processo de controle realizado atualmente no país. Segundo Camardelli, o Brasil deve utilizar de maneira positiva o episódio da Inglaterra e mostrar todo o trabalho realizado pelo setor daqui.
- Nós já temos o boi verde, não usamos promotor de crescimento, temos preços competitivos, não temos histórico de fraude. O Brasil passa a ser visto como mais um item de exportação para o resto do mundo.

Fonte:Site da Carne – 22/02/2013

Fevereiro registra alta de até 1,9% nos custos de produção da pecuária


De acordo com o Índice Scot de Custo de Produção da Pecuária de Corte, em relação a janeiro o aumento foi de 1,9% para os sistemas de produção de baixa tecnologia e de 1% para os de alta tecnologia.
Já no comparativo com o mês de fevereiro de 2012, o aumento foi ainda mais expressivo, 10,2% e 9,7% para sistemas de baixa e alta tecnologia, respectivamente.
Para o Índice Scot de Custo de Produção da Pecuária Leiteira, a alta mensal em fevereiro foi de 0,9% em relação ao mês anterior. Comparando com 2012, o aumento foi de 13%.
A pecuária de corte em mato Grosso fechou 2012 no vermelho, isto é, com os custos mais altos do que a receita. A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) encomendou um estudo que aponta que em dezembro do último ano o preço médio pago pela arroba era de R$ 84,87 e o custo operacional total - que inclui a depreciação dos ativos da propriedade - era de R$ 87,75. A diferença de aproximadamente R$ 3 por arroba pode chegar a um prejuízo de cerca de R$ 900 por carga (18 animais).
O cenário de preços da arroba do boi gordo à vista em Mato Grosso nas últimas quatro semanas foi de variações próximas da estabilidade, com uma leve melhora na última sexta feira (15). São preços firmes para a o período de safra que está acontecendo, pontua o boletim da bovinocultura, divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Conforme o instituto, para o pecuarista o mês de fevereiro vem se mostrando bom, com preços firmes e elevação nas cotações, em plena safra do boi gordo. A média da semana encerrada no dia 15 apresentou uma variação positiva com relação à última semana, sendo cotado atualmente a R$ 85,08 por arroba. "Mas existem negócios com preços acima da referência em algumas regiões do Estado, como, por exemplo, centro-Sul e Sudeste", diz o Imea.
Fonte:Boi Pesado – 22/02/2013

Prorrogado prazo de georreferenciamento para imóveis rurais com menos de 500 hectares

Os proprietários de imóveis rurais com menos de 500 hectares que precisam realizar qualquer situação de transferência da propriedade só serão obrigados a fazer o georreferenciamento do imóvel e a certificação no Incra a partir de novembro de 2013. O prazo, que conforme previsão legal venceria no último dia 20, foi prorrogado com a entrada em vigor do Decreto nº 7.620, publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira (22).
Foram incluídos no decreto prazos diferenciados de realização do serviço conforme o tamanho das propriedades. Para aquelas entre 250 e 500 hectares, a contagem é de dez anos, a partir de novembro de 2003, segundo consta em outro decreto, de nº 5.570/2005. No caso dos imóveis com área entre 100 e 250 hectares, o prazo é de 13 anos. Para as propriedades entre 25 e 100 hectares, a contagem é de 16 anos, e os imóveis com área inferior a 25 hectares, 20 anos.
Além de aumentar a segurança jurídica do imóvel para os proprietários, Torsiano ressalta, como benefício do processo de certificação de imóveis rurais a qualificação do conhecimento e da gestão da estrutura fundiária nacional.
Fonte: Incra

Tentativas de compras a preços menores no mercado do boi gordo

As tentativas de compras a preços menores apareceram com mais frequência, mas o mercado travou nos menores valores ofertados.
Algumas empresas conseguiram alongar as escalas, mas na sexta-feira os pecuaristas retraíram a oferta e o volume de negócios diminuiu.
A referência em São Paulo ficou em R$98,00/@, à vista e R$99,00/@, a prazo.
No estado, poucas indústrias estavam fora das compras, o que mostra a necessidade destas de aumentarem as escalas. As programações de abateatendiam, em média, de 3 a 4dias úteis.
No atacado com osso houve alta para as peças do dianteiro.
Já para as peças do traseiro as cotações recuaram devido à fraca demanda. Este cenário de mercado frouxo deve se manter nos próximos dias
Fonte: Scot Consultoria

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Previs�o de chuvas fortes localizadas no final-de-semana


Visite o link e veja a quantas vai andar a chuva pelo Brasil.
Previs�o de chuvas fortes localizadas no final-de-semana

Restrições à importação de leite atendem demanda do setor no país

A renovação do limite da importação do leite em pó argentino e a decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de prorrogar as tarifas antidumping para o produto importado da Nova Zelândia e da União Europeia (UE) agradaram os produtores brasileiros.
As medidas, tomadas no início do ano, eram a principal demanda do setor apresentadas durante a Primeira Conferência Nacional do Leite, em novembro do ano passado. No encontro, os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro, e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, receberam um documento com 135 reivindicações para desenvolver o setor leiteiro no Brasil.
Segundo o presidente da subcomissão da cadeia produtiva do leite da Comissão de Agricultura, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), é preciso proteger o mercado do leite brasileiro.
– Os países têm políticas de proteção a seus produtores e produtos. O Brasil também tem, mas não para o setor leiteiro. Tem usado o setor leiteiro como moeda de troca de maneira covarde – declarou.
O direito antidumping (contra exportação por valores menores que os de mercado) sobre a importação de leite em pó da Nova Zelândia e da União Europeia foi prorrogado por mais cinco anos. As compras feitas desses países têm tarifas de 3,9% para Nova Zelândia, sexto maior produtor mundial, e de 14,8% para UE, além da Tarifa Externa Comum (TEC) aplicada às importações de todos os países que não integram o Mercosul, que é de 28%.
A aplicação de tarifas antidumping foi estabelecida em 2001 pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Fonte: Canal Rural

Ligeira alta nos custos de produção da pecuária em fevereiro


Mais um mês de alta nos custos de produção da pecuária, ainda que ligeira.
Segundo o Índice Scot de Custo de Produção da Pecuária de Corte, em relação a janeiro, para os sistemas de produção de baixa e de alta tecnologias, o custo em fevereiro subiu 1,9% e 1,0%, nesta ordem.
Para o Índice Scot de Custo de Produção da Pecuária Leiteira, a alta mensal em fevereiro foi de 0,9%.
Na comparação com fevereiro do ano passado, os custos da pecuária de corte de baixa e de alta tecnologias e da pecuária leiteira, segundo o Índice Scot, subiram 10,2%, 9,7% e 13,0%, respectivamente.
O avanço dos custos vem contribuindo para o encolhimento das margens da pecuária.
Fonte: Blog do Scot – 19/02/2013
Mercado de reposição mais firme nesta semana, com a demanda um pouco melhor.
Aos poucos o ritmo dos negócios melhora, apesar da expectativa de que o maior volume de negócios com a reposição fique mesmo para os próximos meses.
Isto deve ocorrer em resposta ao aumento das vendas de animais terminados e da maior oferta de animais desmamados, que tipicamente ocorre entre abril e maio.
Outro fator é que em regiões onde a agricultura é expressiva, o atraso nas colheitas impacta a demanda por animais de reposição em função da demora na liberação das áreas para o gado.
Na média de todos os preços coletados, houve alta semanal de 0,7% neste levantamento.
O boi magro (12@) em São Paulo está cotado, em média, em R$1.180,00/cabeça, alta de 1,7% em relação ao final de janeiro.
Já o bezerro desmamado está cotado, em média, em R$710,00/cabeça, alta de 1,4% no mesmo intervalo citado anteriormente.
Fonte: Scot Consultoria

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Pecuária vive momento de pouco faturamento, reclama liderança

Ao contrário das boas notícias a respeito do aumento da produção de grãos no Brasil, o que reflete também em Uberaba, a pecuária não correspondeu e o faturamento de 2011/2012 acompanhou o crescimento registrado na agricultura.
"Precisamos de mais tecnologia e aumentar as exportações, o valor das commodities aumentou e automaticamente o preço da produção cresceu também, por isso o valor do boi está estagnado", afirma o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba, Rivaldo Machado Borges.
Outro problema que atrapalhou a lucratividade na pecuária, segundo Rivaldo, foi o boato espalhado no exterior de que as carnes brasileiras estariam contaminadas com o mal da vaca louca. "Em função disso, alguns países cancelaram a compra de carnes do Brasil e isso prejudicou as exportações e consequentemente caíram os preços no mercado.
Segundo o presidente do sindicato, o governo precisará dar mais atenção ao produtor em 2013. "Às vezes a carne cai na produção e no preço de venda, porém no varejo e no atacado o valor não abaixou; o governo precisa auxiliar para aumentar o consumo de carne e leite para que o produtor possa se restabelecer", afirma.

Fonte:Site da Carne – 18/02/2013

Escândalo sobre adulteração de carnes freia consumo de alimentos prontos no Reino Unido

Quase um terço dos adultos na Grã-Bretanha parou de consumir alimentos prontos devido ao escândalo da carne de cavalo, enquanto 7% pararam de comer qualquer tipo de carne, segundo uma pesquisa publicada no domingo, dia 17. A pesquisa da ComRes, encomendada pelos jornais Sunday Mirror e The Independent on Sunday, mostrou que 31% dos adultos pararam de consumir alimentos prontos.
De acordo com a pesquisa, 53% dos entrevistados é favorável à proibição da importação de todos os produtos de carne até que sua origem seja verificada. Cerca de 44% consideraram que o governo britânico respondeu bem à crise, enquanto 30% discordaram.
Na sexta, dia 15, a Agência de Padrões de Alimentos (FSA, na sigla em inglês) do país informou que 29 das 2.501 amostras de carne bovina testadas no Reino Unido recentemente continham DNA equino. 

Fonte:Canal Rural – 18/02/2013

Preços estáveis em várias praça


O aumento da oferta de animais prontos para abate e a retração da demanda, que se deve à redução nos gastos do consumidor nesses dois primeiros meses do ano, pressionaram os preços do boi gordo em janeiro, dizem os técnicos da CNA.
Eles destacam o fato de que o desempenho das outras carnes (aves e suínos) segue movimento contrário e apresenta maior firmeza nos preços, devido à retração da produção. Em Goiás a cotação do boi gordo atingiu R$ 87,59/arroba em janeiro, ligeira queda de 0,7% sobre o mês anterior. Em Minas Gerais, a queda foi de 0,3%, para R$ 88,96/arroba. Nas demais praças, os preços permaneceram praticamente estáveis.
Fonte:Boi Pesado – 18/02/2013

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Produtor de leite compromete 20% da receita com mão-de-obra


Segundo Ativos da Pecuária de Leite, despesas com contratação são maiores no Sudeste e Centro-Oeste
Com o aumento do salário mínimo, que passou a ser de R$ 678 desde janeiro, os produtores de leite passaram a ter maior custo com mão-de-obra, o que provocou comprometimento de parte da renda com a atividade e aumento dos custos de produção.
 Este cenário foi observado principalmente no Sudeste e Centro-Oeste, onde o peso de novas contratações foi maior e comprometeu, em média, 20% da receita. Outro fator que influenciou este desempenho foi a dificuldade de se encontrar profissionais capacitados, o que levou os proprietários a pagar salários mais elevados aos trabalhadores.
No Sul, onde há mais escala de produção, maior mecanização da ordenha e mão-de-obra familiar, este percentual caiu pela metade, chegando, em média, a 10%. Esta análise pode ser encontrada no boletim Ativos da Pecuária de Leite, elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
Fonte:O Leite – 18/02/2013

Entenda como são formados os preços do índice Cepea do boi gordo


O pecuarista Manoel Benevides, de Mato Grosso do Sul, consulta o valor do índice de boi gordo todos os dias para negociar seu gado. Ele utiliza o índice do Centro de Estduso Avançados em Economia Aplicada (Cepea) de Dourados, local mais próximo de sua propriedade.
O criador afirma que o indicador, que provém de uma coleta de dados, gera segurança na hora da venda, pois fornece uma base do preço ofertado na região, além de facilitar no momento de fechar os negócios.
– É um terceiro que vai dizer quanto vai valer a negociação. Eu tenho gado estocado no pasto, e ele [o comprador] diz quantas novilhas vai querer para aquele dia. Ele pode ir lá e apartar. A gente vai se aproximando até com isso, vai ganhando confiança – acrescenta Benevides.
Ao utilizar o serviço, o pecuarista também contribui com dados para a formação do preço. Assim como 1.750 produtores de todo o país, Benevides recebe uma ligação diária com o valor pago em sua região. O sistema com mensagem de voz foi implantado para proporcionar mais agilidade na coleta de informações e está em funcionamento há nove meses. Além dos produtores, o Cepea faz contato com frigoríficos e escritórios de compra e venda. O índice, então, é formado com a união de todos os dados.
– Temos uma metodologia que é registrada, certificada, com a função de dar garantia. A função dessa metodologia é garantir a impessoalidade. Tirar toda a subjetividade – destaca Ségio de Zen, pesquisador do Cepea.
Mesmo já sendo um sistema completo, que apura informações de toda a cadeia, o Cepea se uniu com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) para aprimorar o processo. Um método no qual cada frigorífico repassa através da internet as informações das suas notas fiscais de compra deverá ser instaurado nos próximos meses.

– Os pecuaristas nos passariam dados como o número de animais, preço, peso médio, quantidade, nome do vendedor e contato para podermos checar as informações. Este é o modelo ideal, ainda não chegamos nele – aponta o pesquisador.
Fonte: Canal Rural – 15/02/2013
Gepecorte comenta
O uso de informação, confiável, estar sempre atento aos movimentos do mercado, deveria ser uma das mais importantes ferramentas a serem usadas pelos pecuaristas na gestão de suas fazendas.
Ainda é comum que estejamos prestando mais atenção ao negócio dentro da porteira, sem prestarmos a devida atenção ao ambiente externo, que hoje influi fortemente nas decisões a serem tomadas. Utilizar-se do mercado futuro , cotações, mercado de grãos é uma forma de melhor gerir as propriedades rurais.

Com mais tecnologia, produção cresce 14%



Produção de leite em Mato Grosso cresceu 14% em dezembro de 2012, quando foi captado em média 1,357 milhão de litros por dia, contra os 1,190 milhão l/dia em novembro.
O resultado do fechamento do ano deve contribuir para que o Estado salte da 9ª colocação, que ocupou em 2011 com a captação de 743 milhões de litros,para 8ª posição no ranking nacional de produção de leite em 2012, cujo balanço final ainda não foi divulgado.
A análise do setor foi apresentada na ultima semana, (06) durante o lançamento do 1º Boletim da Pecuária Leiteira Mato-grossense, desenvolvido pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Assim como já é feito semanalmente com soja, milho, algodão e bovinocultura, todo dia 1º de cada mês, o instituto deve divulgar o boletim do leite, trazendo informações sobre volume captado e preço. "Nosso objetivo é auxiliar o produtor no que tange ao mercado. Será um referencial para comercialização", explica o gestor do Imea, Daniel Latorraca, destacando ainda que o banco de dados serve como subsídio técnico para demandas de apoio ao setor.
Regiões - A maior bacia produtora de leite de Mato Grosso fica no Oeste, que teve uma média de 487,419 mil l/dia no último mês de 2012. O Norte tem a 2ª maior captação, com a média de 292,895 mil l/dia em municípios como Terra Nova, Colíder e Alta Floresta. Também em dezembro, os municípios do Nordeste, que produziram uma
média de 162,641 mil (l) diários, "tomaram" a 3ª colocação do Sudeste, que encerrou o ano captando 106,707 mil (l) ao dia. O Sudeste foi a única região do Estado que teve redução, de 23,5% na captação média na mesma base comparativa. Em contrapartida, em 30 dias, a produção na média diária no Médio-Norte subiu 140,9%, onde o volume ainda é "tímido", chegando a 98,930 mil l/dia.
Mercado - De acordo com o analista de Pecuária do Núcleo da Famato, Carlos Augusto Zanata, a intenção é chegar ao grupo dos 5 maiores produtores do Brasil nos próximos 4 ou 5 anos, produzindo 3 bilhões de litros por ano. Para chegar a esse estágio, aponta como desafio a melhoria da nutrição animal na época de seca e aumento em dobro do rebanho e da produtividade no Estado.
Estima-se que o rebanho de vacas leiteiras em Mato Grosso seja de 1,2 milhão de cabeças. Diariamente, cerca de 55% delas são ordenhadas. O restante está na finalizando a gestação. "A pecuária leiteira é altamente rentável quando feita de forma correta", afirma ao frisar que o produtor mato-grossense em sua maioria não tem tecnologia para fazer o programa de seca.
Poder de compra - O planejamento durante a seca pode evitar perdas durante esse período crítico, quando os produtores precisam suplementar a alimentação dos animais com ração (milho e farelo de soja). Analista de Pecuária de Leite do Imea, João Henrique Buschin, lembra que até dezembro de 2011 os preços da ração estavam razoáveis, mas em meados de 2012 aumentaram devido ao crescimento da demanda externa, com a quebra da safra nos Estados Unidos. Na época, a venda de 1 litro pagava 725 gramas de ração.
Fonte: O Leite – 14/02/2013

Desempenho das carnes no "primeiro terço" de fevereiro


Nos primeiros seis dias úteis de fevereiro corrente (um terço dos 18 dias úteis do mês), as exportações brasileiras de carnes alcançaram média diária de US$73,155 milhões, por ora o melhor resultado obtido pelas carnes em todos os tempos. Esse comportamento, no entanto, pode ser efêmero, pois fortemente influenciado pelos resultados da semana inicial do mês (um dia útil), superiores a US$100 milhões - valor que sinaliza a existência de sobras do mês anterior.
Nesse contexto, a carne de frango in natura surge com pouco mais de 100 mil toneladas embarcadas, o que indica que podem ser atingidas no mês as 300 mil toneladas do produto. É preciso convir, no entanto, que o resultado desses seis primeiros dias de fevereiro está inflado pelo desempenho da primeira semana. Assim, novamente, os resultados finais podem ficar novamente aquém do volume citado, o que é absolutamente comum para um mês de fevereiro.
Vale destacar, de toda forma, que o preço médio até aqui registrado apresenta pequena valorização. Conforme a SECEX/MDIC, ficou em US$1.959,48/t em janeiro passado. Por ora se encontra em US$2.038,64/t, quase 12% a mais que o obtido em fevereiro de 2012.
Fonte: Site da Carne – 14/02/2013

Aftosa: governo prevê país livre de aftosa em 2015



Depois de descumprir a meta estipulada pelo ministro Mendes Ribeiro, de tonar o Brasil livre da febre aftosa até o fim do ano passado, o Ministério da Agricultura alterou o cronograma de combate à doença. A Pasta agora prevê que o país será reconhecido pela Organização Mundial de Animal (OIE) como um território livre de aftosa com vacinação apenas em 2015.
Atualmente, dez Estados e a porção norte do Pará ainda fazem parte das chamadas "zonas não livres" de aftosa. Juntas, as áreas que ainda não são consideradas livres - com ou sem vacinação - representam 11% do rebanho de bovinos e bubalinos do país, cerca de 25 milhões de cabeças.
Para cumprir a nova meta, o ministério pretende atuar em duas frentes, segundo o coordenador de febre aftosa da Pasta, Plínio Lopes. A primeira fase terá caráter estritamente nacional e acontecerá ao longo de 2013, segundo Lopes. Pelo novo cronograma do ministério, as chamadas "zonas não livres de aftosa de médio risco" - Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão e o norte do Pará - serão consideradas regiões "livres da doença com vacinação" no primeiro semestre deste ano.
O aguardado reconhecimento da OIE, no entanto, só acontecerá num segundo momento, afirma Lopes. Para os Estados que hoje são considerados de "médio risco", o status de livre de aftosa com vacinação está previsto para 2014. No ano seguinte, o mesmo status seria conferido pela OIE aos Estados do Amazonas, Amapá e Roraima. A chancela da instituição, que deve ser acompanhada pelos países-membro da Organização Mundial do Comércio (OMC), é fundamental para que esses Estados ampliem os mercados para os quais podem exportar carne bovina.
Apesar de não ter o mesmo impacto que o status conferido pela OIE, o reconhecimento nacional previsto para 2013 trará benefícios econômicos, garante o coordenador de aftosa do ministério. O principal deles seria a maior facilidade em transportar animais e carne das regiões "não livres" para o resto do país. Atualmente, os produtores de gado precisam seguir uma série de recomendações sanitárias, que encarecem o produto.
"O animal que está em uma zona não livre, de médio risco ou alto risco, não pode entrar na zona livre, com ou sem vacinação. Para a carne de um animal que estava em uma zona de médio risco entrar em zonas livres, existe a necessidade de diversos processos que encarecem a carne como, por exemplo, a quarentena, exames e processamento da carne", explica Lopes.
Para que um Estado atinja um novo status, o pedido deve partir dele próprio, com a apresentação de um documento que garanta a existência de medidas de segurança adotadas para evitar o contágio. "Em Santa Catarina, o governo construiu 67 postos de fiscalização para evitar trânsito indevido de animais. Na zona livre sem vacinação, o animal não pode ser vacinado. Por isso, devem existir barreiras como os postos de fiscalização", explicou Lopes. Atualmente, não existem pleitos nesse sentido, de acordo com ele.
Não é prioridade do ministério, por enquanto, expandir o número de Estados que são livres de aftosa sem vacinação, classificação exigida por relevantes importadores de carne bovina, como Japão, Coreia do Sul e Indonésia. Hoje, apenas Santa Catarina detém esse status. O governo entende que essa decisão poderia criar "ilhas" dentro do país, restringindo a movimentação de animais e criando desvantagens econômicas para Estados que fazem fronteira com vários outros, como São Paulo e Minas Gerais.
Para o diretor de saúde animal do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), Sebastião Guedes, "falta coragem" para outros Estados seguirem o exemplo dos catarinenses. "Todos querem ser livres sem vacinação, mas falta coragem. Tivemos isso em 2001, no Rio Grande do Sul, e foi um desastre", recorda Guedes. Livres sem vacinação naquele ano, os gaúchos viram um surto de aftosa se alastrar a partir da fronteira com o Uruguai.
Apesar de não avançar rumo às áreas sem vacinação, o combate à doença cresceu. Em 1998, a campanha de vacinação imunizou 83% das 158 milhões de cabeças pretendidas. Em 2011, essa taxa chegou a 97,9%, segundo o ministério.
Boi Pesado – 08/02/2013

BA: Emissão da e-GTA simplifica vida do produtor

A Secretaria da Agricultura, por meio da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), está simplificando e facilitando a vida do produtor. A partir de agora, ele poderá emitir a Guia de Trânsito Animal (e-GTA) via internet, em sua propriedade, desde que esteja com a situação sanitária de sua fazenda regularizada, seu cadastro atualizado na Adab e tenha um valor pré-pago creditado para a emissão do documento.
Para isso, receberá uma senha de acesso ao Sistema de Integração Agropecuária (Siapec) para emitir o documento, obrigatório para o trânsito de animais em todo o território baiano.
"Trata-se de mais uma ação inovadora da Seagri/Adab, visando oportunizar ao criador escolher a melhor forma de emissão da GTA e compartilhar essa responsabilidade conosco em prol do desenvolvimento da agropecuária na Bahia", afirmou o secretário Eduardo Salles. "E este é mais um passo rumo ao desenvolvimento tecnológico da agropecuária baiana."
Os criadores interessados em emitir a e-GTA em sua propriedade devem procurar as gerências da Adab, solicitar sua senha de acesso ao Siapec e recolher o Documento de Arrecadação Estadual (DAE). O recolhimento do DAE também pode ser feito pelo do site da Secretaria da Fazenda (www.sefaz.ba.gov.br), lembrando que o custo é cobrado por cada animal movimentado e reajustado anualmente, conforme decreto governamental.
Impressão do documento - Após recolher o DAE e creditar o valor pré-pago para a movimentação dos animais, o produtor pode acessar o site www.siapec.adab.ba.gov.br, preencher os dados para ter acesso à sua ficha sanitária e emitir a e-GTA em papel tipo A4, a partir de qualquer computador conectado à internet. A impressão do documento deve ser feita, preferencialmente, em impressora a laser. Documentos impressos em jato de tinta não podem estar manchados, molhados, borrados ou rasurados, pois não serão aceitos como válidos.
"A funcionalidade dessa modalidade de GTA vai beneficiar o produtor, porque ele vai acessar sua guia de qualquer lugar do mundo, bastando ter acesso à internet", disse o diretor-geral da Adab, Paulo Emílio Torres. "Mas o sistema traz também outras responsabilidades, já que a base de dados tem que estar atualizada com as informações prestadas pelo produtor."
De acordo com ele, a coparticipação dos criadores desde a emissão do documento até o acompanhamento do trânsito de animais torna o trabalho da Adab ainda mais eficiente. "A defesa agropecuária na Bahia é feita para o produtor rural e com o produtor rural."
Fonte:Boi Pesado
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De parabéns a Seagri e Adab pela modernização no sitema de emissão de guias (GTA) para trânsito de animais. Em algumas localidades e municípios os escritórios da ADAB, nem sempre funcionavam durante todo o dia e isto dificultava a emissão de guias, quando muitas vezes o pecuarista não podia programar a venda , transferência de gado, com antecedência. Nos tempos da tecnologia da informação nada mais coerente que se possa emitir o documento de qualquer parte do planeta.

Bahia solicita recursos do PAC para municípios atingidos pela estiagem

A inclusão de municípios baianos em situação de emergência devido à seca, nas obras de abastecimento de água do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi solicitada pelo secretário da Casa Civil do governo do Estado da Bahia, Rui Costa. A solicitação foi feita em reunião na quarta, dia 6, em Brasília, com representantes do governo federal, para apresentação das novas regras do programa. Segundo Rui, a Bahia precisa dos recursos do PAC para ter acesso à distribuição de água.
De acordo com as informações do secretário, atualmente grande parte dos municípios não é contemplada porque possui população inferior a 70 mil habitantes, número mínimo necessário para que seja selecionado para projetos de saneamento do PAC.
– As cidades mais necessitadas são as que viveram períodos difíceis por causa da seca. Muitas delas estão fora do critério populacional. É preciso que o governo federal reavalie este critério – disse Rui Costa.
Na oportunidade, o secretário do PAC, Maurício Muniz, prometeu levar a proposta da Bahia para apreciação do grupo do programa. Ele disse também que o Ministério do Planejamento irá colaborar para a aprovação dos projetos de interesse dos municípios baianos.
As novas normas do PAC foram apresentadas a governadores, secretários e dirigentes de companhias estaduais, pelos ministros Miriam Belchior, do Planejamento, e Aguinaldo Ribeiro, das Cidades. O objetivo do governo federal é dar mais agilidade à execução das obras do PAC.
Os recursos selecionados para o PAC 2 terão investimentos de R$ 105,8 bilhões e serão aplicados em projetos de abastecimento água no semiárido, drenagem e contenção de encostas, urbanização, equipamentos para estradas vicinais, educação, saúde, espaços culturais e esportivos.
A edição de segunda, dia 4, do Diário Oficial da União (DOU), publicou a autorização do PAC, por meio da portaria número 55 e instrução normativa número 02, para o processo de seleção de propostas nas modalidades de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Os processos seletivos vão até o dia 5 de abril. De acordo com publicação do DOU, as obras serão realizadas com recursos do orçamento geral da União, do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e de outras fontes de financiamento.
Fonte: Canal Rural

Produção de medicamentos veterinários genéricos deve reduzir valor dos produtos em até 50%

A partir de 2013 os pecuaristas de todo o país vão poder comprarmedicamentos veterinários genéricos, que prometem ter um valor até 50% menor. A lei que autoriza a fabricação e comercialização entrou em vigor em outubro do ano passado.
Eles ainda não chegaram às prateleiras das lojas agropecuárias porque a fabricação ainda nem começou. O Ministério da Agricultura será o responsável pela coleta de amostras do produto na indústria e comércio para confirmação de bioequivalência que vai garantir que o genérico tenha a mesma composição do medicamento convencional. Para os pecuaristas, a possibilidade de redução de custo é o maior atrativo.
Na fazenda Muquén, que cria gado girolando para comércio de genética, os custos com compra de medicamentos são tão altos que já atraíram até ladrões. Agora, a farmácia da fazenda é protegida por alarme. O gasto mensal é de aproximadamente R$ 5 mil. Um único remédio pode custar até R$ 400,00 a caixa.
Segundo o médico veterinário Márcio de Freitas Espinoza, o alto custo de alguns medicamentos chega a ser um obstáculo na hora de se tratar corretamente um animal, mas não esconde a preocupação com o que chama de acesso muito fácil a medicamentos importantes como os antibióticos e também com a qualidade dos produtos.
Fonte: Canal Rural
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Da mesma forma que aconteceu com os medicamentos humanos, certamente a chegada dos genéricos da linha de medicamentos veterinários irá reduzir em muito os custos com os tratos sanitários nas fazendas. O corporativismo de alguns laboratórios detentores de determinadas patentes, faz com tenhamos preços altissimos para alguns medicamentos.
Vamos aguardar ansiosamente a chegada dos genéricos veterinários ir aproveitar os benefícios que êles trarão a pecuária.

Mercado do Boi Gordo com escalas apertadas

O mercado do boi gordo está firme na maior parte das praças pesquisadas, segundo levantamento da Scot Consultoria. Em São Paulo, os preços de referência estão em R$ 97,50/arroba, à vista, e R$ 98,50/arroba, a prazo, e são verificados negócios em valores mais altos no Estado.
As escalas das indústrias não estão confortáveis e uma das causas é a retenção de animais por parte dos pecuaristas que, em geral, possuem condições de manter o gado no pasto por mais tempo. Mesmo com escalas curtas, a oferta tem sido suficiente para atender a demanda.
O Carnaval deve diminuir um ou dois dias de abates na próxima semana, o que pode reduzir os estoques, se a demanda for boa. Se o cenário se confirmar, pode haver valorizações nos próximos dias de negociação.
Situações diversas no mercado de reposição do país
Em Mato Grosso do Sul, a diminuição das chuvas e o mercado do boi gordo provocaram queda no volume negociado na última semana. Na Bahia, foi verificada melhora nas pastagens, mas há relatos de problemas com cigarrinhas, ainda de acordo com a pesquisa da Scot Consultoria.
As chuvas estão mais regulares no Maranhão, fazendo com que a oferta de animais de reposição diminua em função da maior capacidade de suporte das pastagens. Essa diminuição foi sentida, principalmente, para os animais mais erados.
Em Mato Grosso, os negócios seguem lentos, segundo os pesquisadores. Há pastagens e oferta, mas as constantes chuvas têm prejudicado os embarques. Pastagens boas também foram encontradas em Goiás, onde a demanda começa a dar sinais de melhora. A oferta de fêmeas está boa no Estado e pressiona as cotações dessas categorias.
A situação das pastagens e o mercado do boi gordo firme no Rio Grande do Sul fazem com que a oferta esteja menor que a procura, principalmente para as vacas.
No geral, há cenários bastante heterogêneos no mercado de reposição na última semana, principalmente devido às chuvas.
Fonte: Canal Rural

Leite em pó está mais caro no mercado internacional

O mercado de leite em pó na Oceania está tentando se firmar. A demanda pelo produto é boa e consistente, segundo a Scot Consultoria.
A tonelada do produto está cotada, em média, em US$ 3.375,00 ou 0,7% mais que na segunda quinzena de janeiro. Em relação ao mesmo período de 2012, porém, os preços estão 6,3% menores.
Na Europa, o leite em pó está cotado, em média, em US$ 4.075,00 por tonelada, 1,2% mais que na quinzena anterior. Na comparação com a primeira quinzena de fevereiro de 2012, os preços subiram 9,6%.
Fonte:Canal Rural – 07/02/2013

Com redução de rebanho, produtores se especializam em confinamento


Como alternativa para elevar a produtividade no campo, pecuaristas do sudeste e médio-norte de Mato Grosso estão se destacando como maiores confinadores do estado. As duas regiões, juntas, representam metade da quantidade de animais confinados em 2012 em todo o Mato Grosso.
Dados de um levantamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam que o sudeste mato-grossense é a região que mais se confina gado. Estima-se que os produtores desta região são donos de um rebanho de 205,9 mil animais. Já no médio-norte, segunda região com maior número de animais confinados, somam 194,5 mil gados criados pelo sistema de confinamento.
Nas duas regiões foi registrado crescimento médio de 4,5% no confinamento de gado em 2012 comparado com o ano anterior. Mesmo com os números expressivos, não foram suficientes para elevar a produção de gado confinado no total do estado. O Imea aponta que houve uma queda de 2,5%, passando de 813,9 mil animais para 792,7 mil animais no ano passado.
O analista de pecuária do Imea, Fábio da Silva, explica que a crise nas pastagens e o manejo inadequado das forrageiras forçaram os produtores a procurar alternativas para equilibrar o tamanho do rebanho. Ele ressalta que, mesmo assim, o rebanho total (confinado ou não) de Mato Grosso ficou 2% menor, atingindo 28,6 mil animais em 2012.
Fonte: Beef World –

Pecuária brasileira reduz área e dobra produção em 36 anos

s áreas de pastagens brasileiras diminuíram 8% entre 1975 e 2011, período em que o efetivo de bovinos dobrou, passando de 102,5 milhões para 204 milhões de cabeças. As informações são da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a partir da análise de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, em 1975 a área de pastagens naturais e plantadas era de 165,6 milhões de hectares. Em 2011 esse valor caiu para aproximadamente 152 milhões, segundo estimativa do Mapa.
O resultado auxiliou no aumento da produtividade agropecuária brasileira entre 2001 e 2009 de 4,04% – uma das mais altas do mundo junto com a China, de acordo com o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques. “Como a atividade pecuária tem um peso expressivo no produto bruto da agricultura o aumento da produção de carnes afeta os níveis de produtividade”.
Entre os fatores que explicam o crescimento produtivo nacional nos últimos anos estão os investimentos em rodovias, pesquisas, telecomunicações, irrigação e energia elétrica. Além destes, o aumento do crédito agrícola disponibilizado pelo Governo Federal e das exportações agropecuárias.
Fonte:Beef World – 06/02/2013

Brasil mantém status de risco insignificante para vaca louca

O Brasil conseguiu manter o status de "país de risco insignificante" de doença de vaca louca (encefalopatia espongiforme bovina, EEB), o que poderá facilitar a derrubada de recentes embargos de alguns países contra a carne brasileira.
O comitê científico da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) anunciou nesta segunda-feira (11/2) que manteve o status do Brasil, mas recomenda "forte monitoramento" sobre a doença.
O comitê fez uma sabatina com a delegação do Brasil na semana passada, em Paris, depois dos embargos à carne brasileira, provocados pela notificação do primeiro caso de doença da vaca louca registrado no país, no ano passado, numa fazenda no Paraná.
Após "extensiva deliberação", o comitê científico "concluiu em não retirar o status de risco insignificante no Brasil".
O comitê também afirmou que a identificação do caso único de doença da vaca louca não está colocando em risco a saúde animal ou dos consumidores dos parceiros do Brasil, especialmente porque o animal no Paraná foi abatido e nenhuma parte dele entrou na cadeia alimentar.
No entanto, o comitê da OIE notou "com preocupação que houve considerável atraso até que o Brasil enviasse as amostras clínicas para confirmação do diagnostico para um laboratório de referencia da OIE", diz o texto divulgado nesta segunda-feira em Paris.
Assim, o comitê cobra do Brasil que apresente informações mais detalhadas sobre os procedimentos adotados para processar as amostras e melhore o sistema de vigilância no país. Com isso, espera que o país faça melhor monitoramento da situação e consiga manter seu status sanitário.
A OIE diz que o comitê voltará a avaliar a situação brasileira em setembro, com base em informações adicionais que espera receber por parte do Brasil.
Em dezembro, em entrevista ao Valor, o diretor-geral da OIE, Bernard Vallat, disse que, pelas normais sanitárias atuais não era em razão de um único caso que o Brasil perderia seu status, o melhor possível em relação à doença da vaca louca.
Vallat insistiu que não havia risco de se consumir carne vermelha mesmo quando um país é atacado pela doença da vaca louca. Há outros riscos no consumo de alguns órgãos, mas não no caso do músculo.
Quanto ao debate sobre atraso do Brasil em apresentar os testes sobre o caso do Paraná, Vallat foi claro: "É verdade que o Brasil teve um problema de logística. Mas se o Brasil queria esconder alguma coisa, o problema de atraso não teve incidência. O Brasil declarou o caso e é isso que interessa".
Para o diretor da OIE, os países importadores deveriam retomar as importações da carne brasileira "o mais breve possível".
O secretário de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura, Enio Marques Pereira, já avisou que agora vai cobrar dos parceiros na Organização Mundial do Comércio (OMC) que suspendam o embargo a crise brasileira.
Ele tem insistido que o sistema de vigilância sanitária no Brasil "é muito forte". Explicou em recente passagem por Genebra que "para obter status de risco insignificante, é preciso fazer 300 mil pontos na vigilância definida pela OIE e o Brasil fez 2 milhões de pontos".
Para Enio, o fato de o país ter feito 600% a mais de pontos e o atual caso de BSE não alteram a estratégia de prevenção adotada pelo Brasil.
Em dezembro, num encontro em Genebra com representantes de vários países importadores da carne brasileira, surgiram de novo perguntas sobre a demora nos testes do caso do Paraná. Enio Marques admitiu que houve um "erro de comunicação" na notificação a OIE, que começa mencionando a data de 18 de dezembro de 2010, como se naquele momento o Brasil soubesse que se tratava de caso de vaca louca. Na verdade, diz ele, o caso foi identificado em junho deste ano.
Além disso, o ministério rastreou o pequeno rebanho da viúva proprietária da vaca morta, em Sertanópolis, e abateu os outros nove animais, depois de ter feito testes confirmando que eles não tinham a doença.
Fonte: Scot Consultoria – 11/02/2013

Volume de contratos de boi gordo negociados pela BM&F Bovespa cai 90% em cinco anos

O volume de contratos de boi gordo negociados pela BM&F Bovespa caiu 90% nos últimos cinco anos. A redução das negociações não surpreende os analistas. Duas razões influenciam na queda da movimentação do mercado futuro: a concentração de mercado e a falta de representatividade do indicador Cepea/Esalq, que serve de referência para as negociações de contratos futuros na bolsa.
Em dezembro do ano passado, foram negociados mais de 59 mil contratos. Em janeiro, o número de papéis comercializados chegou a 57,8 mil. Em cinco anos, a quantidade de contratos negociados caiu 90%, e o pouco que sobrou está concentrado entre grandes agentes, o que afasta outros investidores.
Técnicos apontam que o método utilizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) não consegue acompanhar as mudanças no mercado. A preocupação, agora, é reverter o significativo processo de queda.
Fonte: Canal Rural – 12/02/2013

Relação entre salário mínimo e preço do boi gordo registra pior nível em 19 anos, aponta consultoria

A relação entre o salário mínimo e o preço do boi gordo registrou em janeiro o pior nível desde 1994. De acordo com levantamento da Scot Consultoria, no ano de implantação do Plano Real, 2,6 arrobas pagavam um salário mínimo. Atualmente são necessárias 6,9 arrobas.
Considerando o período desde meados de 1994 a janeiro de 2013, o salário mínimo teve aumento de 946,5%, em valores nominais. No mesmo período, a arroba do boi gordo em São Paulo subiu 317,2%.
Conforme a consultoria, o componente do custo de produção (mão de obra) teve alta maior que o preço de venda, o que colabora com a pressão sobre as margens do pecuarista.
Na comparação com janeiro de 2012, o salário teve alta de 9% e a cotação do boi gordo caiu 2,1%.
Fonte: Canal Rural – 11/02/2013

Novus destaca tecnologias para melhorar desempenho de gado de corte

Especialista destaca minerais orgânicos quelatados com metionina protegida e óleo essencial para melhorar ganho de peso e eficiência alimentar
Sustentabilidade, Sistemas alternativos de alimentação, Melhora Genética, Utilização de forragem, Bem-estar animal e Função ruminal efetiva são destacados entre os maiores desafios da indústria de carne bovina por 20 lideranças da cadeia produtiva internacional durante o I Global Beef Roundtable, organizado pela Novus Internacional, nos Estados Unidos.
Em Denver, o grupo visitou a empresa Leachman Cattle of Colorado, líder em genética e também o Centro de Desenvolvimento de Pesquisa Agrícola e Centro de Educação (ARDEC) na Universidade Estadual do Colorado. No dia seguinte, o grupo visitou os escritórios da CattleFax e da Associação Nacional dos Pecuaristas para uma série de apresentações informativas sobre as tendências da indústria de carne bovina.
Com o objetivo de promover uma discussão sobre os desafios na produção de carne bovina e as necessidades para enfrentar estes desafios, a empresa reuniu, nos Estados Unidos, nutricionistas, gestores de confinamento, representantes de empresas de alimentos e fornecedores de alimentação de vários países para apresentar seus diferentes pontos de vista.
Segundo os especialistas que participaram do debate, para enfrentar estes desafios e oportunidades, o mercado precisa de melhorias na tecnologia de aplicação mineral, na digestibilidade da forragem, na eficiência do rúmen, na saúde e bem-estar dos animais, além de avaliação e compreensão dos antagonistas.
Como confraternização, o grupo participou do National Finals Rodeo que aconteceu em Las Vegas.
Desafios e oportunidades para a pecuária brasileira
O encontro foi importante não apenas para uma maior reflexão sobre o mercado mundial, como também para entendermos melhor o nosso papel neste cenário e como podemos contribuir com desafios da atividade, destacou o médico veterinário e gerente de Bovinos da Novus do Brasil, Valdecir Taffarel.
Para o mercado brasileiro, o especialista aposta no uso de tecnologias como minerais orgânicos e óleo essencial na nutrição de gado de corte para melhorar o desempenho no campo. "Uma dieta bem balanceada com uso de minerais orgânicos quelatados com metionina protegida pode ajudar a melhorar o ganho de peso. Da mesma forma, óleo essencial encapsulado tem demonstrado uma ferramenta eficaz para aumentar a eficiência alimentar".
Incrementar ganho de peso e conversão alimentar dos animais são destacado pelo especialista entre os principais desafios e também oportunidades da pecuária de corte brasileira. Para ele, este desafio pode ser superado através de melhorias em tecnologias, como aplicação mineral, eficiência do rúmen, saúde e bem-estar dos animais, além de maior avaliação e compreensão dos antagonistas. "Estas tecnologias tem o potencial de contribuir decisivamente para um avanço na produção de carnes no Brasil", disse Taffarel.
Boi Pesado – 07/02/2013
GEPECORTE COMENTA
Há pelo menos 20 anos que a TORTUGA, uma das empresas que a GEPECORTE representa, pesquisa e trabalha com os minerais orgânicos quelatados. No início houveram muitas reações do mercado, alegando inclusive que esta técnica era simples jogada de marketing comercial. Passados 15 anos só da GEPECORTE, como representante TORTUGA, o uso dos minerais orgânicos se consolidou no mercado e mais importante ainda se firmou como a melhor forma de suplementação alimentar mineral na pecuária.
Alimentar bactérias de rúmen, dieta bem balanceada, uso dos proteicos energéticos e proteínados, fazem hoje parte do dia a dia do campo. Ficamos satisfeitos em fazer parte desta história.

Boi sobe e grãos descem na BM&F em jan/13

No Brasil, os preços agrícolas oscilaram sem tendência clara no mercado futuro da BM&FBovespa em janeiro. As cotações médias do boi gordo voltaram a subir após quatro meses seguidos de queda e os contratos futuros de soja e milho perderam valor.
Na média, o preço do boi gordo subiu 1,08% na bolsa paulista em relação a dezembro, para R$ 96,70 a arroba, sustentado pela maior demanda por parte dos frigoríficos para a recomposição de estoques e pela postura retraída por parte dos vendedores. De modo geral, o mercado de boi tem se caracterizado pela estabilidade – nos últimos 12 meses, os preços futuros apresentam variação negativa de 1,66%.
Nos próximos meses, o mercado deve se voltar para o clima e o desenvolvimento das lavouras brasileiras, em busca de sinais mais claros sobre o tamanho da colheita, que começa em maio. Uma eventual valorização do real frente o dólar (um fator de desestímulo às exportações do Brasil) também pode dar sustentação às cotações.
Os contratos futuros de grãos perderam força na bolsa paulista. Os futuros de soja recuaram 2,14%, para US$ 29,84 por saca de 60 quilos – na variação anual, a commodity registrou alta de 8,8%. Já o milho desabou 6,9%, a R$ 30,07 por saca de 60 quilos. Apesar disso, o preço médio ficou 11,33% acima daquele registrado em janeiro de 2012.
De modo geral, os preços futuros dos grãos têm sido pressionados pela expectativa de uma safra recorde no Brasil. Se a previsão se confirmar, a tendência é de manutenção do viés de baixa durante os próximos meses.
Fonte: Beef Point – 03/02/2013

Contribuições ao Sisbov indicam nova formatação

Utilizado para identificação e certificação de bovinos e bubalinos a serem exportados para mercados que exigem rastreabilidade individual, o Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV) está em processo de revisão para adequá-lo à nova legislação, instaurada pela Lei 12.097/2009 e regulamentada pelo Decreto 7.623/2011.
Na última semana, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) colocou em consulta pública três projetos de Instruções Normativas (IN) que visam instituir o Sisbov em novo formato, determinar as especificações técnicas dos elementos de identificação individual dos bovinos e bubalinos pertencentes ao Sistema, além de estabelecer requisitos mínimos para protocolo de sistemas de rastreabilidade de bovinos e bubalinos de adesão voluntária.
De acordo com a Coordenação de Sistemas de Rastreabilidade (CSR/SDA), as mudanças no Sisbov vão possibilitar que protocolos privados de rastreabilidade de bovinos e bubalinos sejam acordados entre as partes, avaliados e homologados pelo Mapa e utilizados como respaldo à certificação sanitária internacional.
Além da adequação, há mudança no nome do Sistema, que passará a se chamar Sistema de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos.
Os textos foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) no dia 21 de janeiro e estão à disposição para consulta no site www.agricultura.gov.br, item legislação, subitem consultas públicas. Até o dia 19 de fevereiro, órgãos, entidades e pessoas interessadas no assunto podem enviar sugestões para as INs. A participação de todos os interessados é de vital importância para o processo de revisão das Instruções Normativas".
Fonte: Boi Pesado – 30/01/2013

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O registro do gado vale a pena?

Advogada da Cone Sul Assessoria Empresarial, Dra. Maria Isabel Montañes, explica que a maioria dos criadores marcam os animais com ferrete, mas não têm o costume de registrá-los devidamente
Estabelecer a identidade perante terceiros tem sido, desde os tempos remotos, uma meta incansável. Neste processo, o mais antigo de todos os métodos de identificação é o nome, utilizado pelo homem para reconhecer seus semelhantes e tudo o que o circunda. Posteriormente, veio o processo do ferrete, que se baseava no uso de um instrumento de ferro aquecido para marcar criminosos, escravos e animais. Na Índia, as leis de Manu costumavam aplicar o talião simbólico, marcando com ferro em brasa, a face do culpado, que ficava, para o resto da vida, com o símbolo indicativo de seu crime. Na França, até 1562, os criminosos eram marcados com um ferrete em forma de flor de lis. Desse período até 1823, as autoridades francesas imprimiam nas costas dos delinquentes as letras V, W, GAL e F, conhecidas como "letras do fogo", que significavam, respectivamente, os ladrões primários, reincidentes, criminosos condenados às galés e os falsários.
Antes da Revolução Industrial, os senhores feudais já utilizavam o ferrete para distinguir seu gado e seus escravos. No gado, a tradição do ferrete teve seu apogeu nas Américas, como os cowboys e reis do gado, e continua até hoje, com a finalidade de oferecer segurança ao comprador, uma vez que, por meio dessa marca é possível identificar o histórico, alimentação, vacinação, produção, entre outros detalhes relacionados ao animal e sua criação. De acordo com a advogada da Cone Sul Assessoria Empresarial, Dra. Maria Isabel Montañes, a marcação de gado é extremamente necessária para distinção de propriedade. "Todo criador de gado deve adotar esse procedimento. Somente dessa forma sua criação será facilmente visualizada por outro criador", explica. "É importante salientar que o ferrete é uma marca, e como toda marca, é passível de registro com exclusividade".
A Dra. Maria Isabel, especialista em marcas e patentes, comenta que o Instituto Nacional  de Propriedade Industrial concede registros de marcas com exclusividade, conforme o termo utilizado. "A definição se haverá ou não essa exclusividade depende exclusivamente da própria marca e do segmento atuante. Quanto mais a marca for descritiva ou utilizar termos técnicos da área em que atua, menos exclusividade terá, de acordo com a Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996, a qual regula os direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Por exemplo: uma fábrica de sapatos decide registrá-la como "Shoes". A palavra Shoes significa sapato em inglês, logo o INPI não pode conceder a exclusividade dessa palavra para ninguém nesse segmento", por trata-se de designação do produto fabricado, explica a Dra. Maria Isabel.
No caso do gado, a advogada, diretora da Cone Sul Assessoria Empresarial, comenta que muitos criadores marcam o boi com ferrete, mas não tem o costume de registrá-lo devidamente. "A única forma de requerer proteção é registrar a marca no INPI. Com essa ação, é possível impedir que outro criador utilize uma marca de ferrete idêntica ou semelhante, ou que faça lembrar ou parecer com a sua criação", finaliza a Dra. Maria Isabel Montañes.
Antes de realizar o depósito de qualquer marca junto ao INPI, é recomendável fazer uma análise prévia da viabilidade do pedido após uma busca de anterioridade, feito por profissional qualificado, no registro do próprio Instituto. Essa busca inicial é necessária para evitar o depósito de uma marca que mais tarde poderá ser considerada inviável por colidir com outra já depositada ou concedida.
Fonte: Boi Pesado – 31/01/2013