Segundo
analistas, porém, setor brasileiro não deve ser tão impactado em função da
pequena representatividade da União Europeia entre os mercados importadores.
Uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha mostrou que quase um terço dos adultos parou de comer refeições prontas e que 7% dos entrevistados suspendeu completamente o consumo de carne após o escândalo causado pela presença de DNA equino em produtos que supostamente seriam feitos apenas com carne bovina.
O escândalo da carne de cavalo disfarçada de carne bovina começou na Irlanda no mês passado e foi sendo disseminado por vários países da Europa. Supermercados do Reino Unido, França, Alemanha e Suíça já retiraram produtos como lasanhas congeladas, hambúrgueres e massas à bolonhesa de suas prateleiras. Análises comprovaram que o produto vendido como carne bovina continha carne de cavalo. Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), o caso, que pode não ser isolado, está ligado às barreiras impostas à importação de matéria prima pelos países que compõem o bloco.
- Passa a haver necessidade da matéria prima, quando se busca o material internamente. Se você vê que o seu negócio está inviabilizado, a alternativa normal é passar para uma composição que seja viável financeiramente. A explicação está aí , faz parte do bloqueio estabelecido desde 2005, onde a Europa conseguiu bloquear o acesso que tínhamos até então - explica Antônio Jorge Camardelli.
O caso, que repercutiu em todo o mundo, pode respingar nos negócios dos exportadores brasileiros, e alguns analistas de mercado esperam uma redução nas vendas para União Europeia já a partir do próximo mês. A boa notícia é que, mesmo que isso aconteça, o setor não deve ter grandes prejuízos.
- A União Europeia tem uma representação pequena dentro da pauta de exportação do Brasil. Mesmo que o mercado caia, os efeitos sobre as exportações brasileiras devem ser pequenos. Com o tempo, a percepção do consumidor sobre o produto vai se recuperando. Foi assim com a vaca louca e a gripe aviária. Normalmente, o sistema volta a ter credibilidade - afirma o analista José Carlos Hausknecht.
No Brasil, situações como a registrada na Inglaterra podem ocorrer, afirma Luis Carlo Colella Ferro, especialista em rastreabilidade. Para ele, os instrumentos disponíveis para rastrear o gado são muito eficientes até o momento do abate. A partir daí, faltaria controle.
- Todas essas tecnologias e informações não são repassadas ao processo de controle após o abate. Acabamos perdendo todo o investimento em rastreabilidade feito em campo que não conseguimos levar até o nível do consumidor.
O presidente da Abiec, porém, considera satisfatório o processo de controle realizado atualmente no país. Segundo Camardelli, o Brasil deve utilizar de maneira positiva o episódio da Inglaterra e mostrar todo o trabalho realizado pelo setor daqui.
- Nós já temos o boi verde, não usamos promotor de crescimento, temos preços competitivos, não temos histórico de fraude. O Brasil passa a ser visto como mais um item de exportação para o resto do mundo.
Uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha mostrou que quase um terço dos adultos parou de comer refeições prontas e que 7% dos entrevistados suspendeu completamente o consumo de carne após o escândalo causado pela presença de DNA equino em produtos que supostamente seriam feitos apenas com carne bovina.
O escândalo da carne de cavalo disfarçada de carne bovina começou na Irlanda no mês passado e foi sendo disseminado por vários países da Europa. Supermercados do Reino Unido, França, Alemanha e Suíça já retiraram produtos como lasanhas congeladas, hambúrgueres e massas à bolonhesa de suas prateleiras. Análises comprovaram que o produto vendido como carne bovina continha carne de cavalo. Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), o caso, que pode não ser isolado, está ligado às barreiras impostas à importação de matéria prima pelos países que compõem o bloco.
- Passa a haver necessidade da matéria prima, quando se busca o material internamente. Se você vê que o seu negócio está inviabilizado, a alternativa normal é passar para uma composição que seja viável financeiramente. A explicação está aí , faz parte do bloqueio estabelecido desde 2005, onde a Europa conseguiu bloquear o acesso que tínhamos até então - explica Antônio Jorge Camardelli.
O caso, que repercutiu em todo o mundo, pode respingar nos negócios dos exportadores brasileiros, e alguns analistas de mercado esperam uma redução nas vendas para União Europeia já a partir do próximo mês. A boa notícia é que, mesmo que isso aconteça, o setor não deve ter grandes prejuízos.
- A União Europeia tem uma representação pequena dentro da pauta de exportação do Brasil. Mesmo que o mercado caia, os efeitos sobre as exportações brasileiras devem ser pequenos. Com o tempo, a percepção do consumidor sobre o produto vai se recuperando. Foi assim com a vaca louca e a gripe aviária. Normalmente, o sistema volta a ter credibilidade - afirma o analista José Carlos Hausknecht.
No Brasil, situações como a registrada na Inglaterra podem ocorrer, afirma Luis Carlo Colella Ferro, especialista em rastreabilidade. Para ele, os instrumentos disponíveis para rastrear o gado são muito eficientes até o momento do abate. A partir daí, faltaria controle.
- Todas essas tecnologias e informações não são repassadas ao processo de controle após o abate. Acabamos perdendo todo o investimento em rastreabilidade feito em campo que não conseguimos levar até o nível do consumidor.
O presidente da Abiec, porém, considera satisfatório o processo de controle realizado atualmente no país. Segundo Camardelli, o Brasil deve utilizar de maneira positiva o episódio da Inglaterra e mostrar todo o trabalho realizado pelo setor daqui.
- Nós já temos o boi verde, não usamos promotor de crescimento, temos preços competitivos, não temos histórico de fraude. O Brasil passa a ser visto como mais um item de exportação para o resto do mundo.
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