segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Piora perfil das exportações de carne bovina

Em dez anos, a União Europeia saiu da posição de principal mercado para a carne bovina brasileira para um posto mais modesto, apenas o terceiro lugar. Nesse período, a emergente Rússia, que nem aparecia no ranking dos principais mercados tornou-se a primeira compradora de carne bovina do país sem considerar a região do Oriente Médio e Norte da África. O saldo dessa mudança é negativo: o país perdeu um mercado de preços mais altos e cortes mais nobres e avançou num mais instável e que demanda produtos de menor valor.
No já longínquo ano 2000, o Brasil exportou US$ 511 milhões em carne bovina para a União Europeia, uma fatia de 61% das exportações totais daquele ano, de US$ 837,2 milhões. No último ano, a participação foi bem menor, apesar do valor ter crescido: US$ 712 milhões, ou 14,5% de um total de US$ 4,886 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carnes (Abiec).
A derrocada das vendas para a União Europeia começou em 2008, quando o bloco determinou que compraria carne bovina apenas proveniente de animais rastreados de uma lista restrita de fazendas do Brasil. Na época, havia 15,5 mil fazendas aptas a fornecer animais. Com as restrições, caiu a 2,2 mil atualmente o número de propriedades habilitadas, segundo Antônio Camardelli, presidente da Abiec.
Para ele, ao restringir as fazendas a UE criou um mecanismo para reduzir os volumes exportados pelo Brasil, numa tentativa de atender ao clamor de produtores locais. Segundo a Abiec, o bloco comprou 125,3 mil toneladas de carne bovina do Brasil no ano passado, bem abaixo das 308,4 mil toneladas de 2007, antes das restrições. "O Brasil depende da União Europeia porque não tem alternativa [de mercados] para vender aos preços que a UE paga", admite Camardelli. Segundo ele, os mesmos cortes que a UE compra têm preços 50% inferiores em mercados do Oriente Médio, por exemplo.
Reportagem do Jornal Valor adaptada pela Equipe Gepecorte.








quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Balança do Produtor

Em ótima iniciativa da Associação do Novilho Precoce do Mato Grosso do Sul, está sendo instalada em uma das unidades do JBS naquele estado a "Balança do Produtor".
Agora as pesagens das boiadas dos produtores daquele estado têm maior precisão e transparência.
É muito comum recebermos queixas de clientes e amigos pecuaristas da quebra de peso em relação as pesagens no frigorífico e as realizadas nas fazendas.
Embora seja necessário que o produtor realize a pesagem na fazenda com a boiada passando por jejum tanto de pasto quanto de água, não permitindo assim que haja distorções na pesagem, é fato que alguns matadouros são tidos com extremamente vorazes na limpeza da carcaça do boi no abate.
Será ótimo que esta iniciativa também chegasse até aqui a Bahia  moralizando desta forma o peso nos frigoríficos.

CNA vai propor a Mendes Ribeiro crédito para confinamento de boi

O presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte, Antenor Nogueira, disse hoje que a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) irá propor ao novo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, a criação de uma linha de crédito específica para atender aos criadores que investem no confinamento de gado. Ele observou que a atividade é responsável pelo abastecimento do mercado durante a entressafra, evitando altas expressivas de preços das carnes.
Nogueira elogiou o ex-ministro Wagner Rossi pela inclusão da pecuária de corte no Plano de Safra, pois o setor não contava com crédito significativo para investimento desde 1986. Ele afirmou que a criação da linha de crédito para a aquisição de matrizes, implantada no Plano de Safra deste ano, atendeu a um pedido do setor.
O líder rural, que também é presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária, afirmou que o embargo russo às carnes é uma questão comercial e não se deve a problemas técnicos. Nogueira observou que o embargo não atingiu Goiás, que responde por 60% do confinamento no Brasil. O gado do confinamento vai abastecer o mercado russo nos próximos meses, durante a entressafra da pecuária brasileira, diz ele.
As informações são da Agência Estado.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Comissão aprova suspensão de pagamento do Funrural para produtores rurais

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou na quarta-feira (17) o Projeto de Lei 848/11, do deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), que suspende a retenção e o recolhimento da Contribuição Social Rural (o Funrural) incidente sobre a receita bruta referente à comercialização da produção rural e de fornecedores de bovinos para abate. A suspensão do pagamento valerá também para o recolhimento por sub-rogação (quando a empresa compradora recolhe a contribuição no lugar do produtor rural, pessoa física).

O relator da proposta, deputado Onofre Santo Agostini (DEM-SC), apresentou parecer favorável. Ele lembrou que a Justiça vem entendendo que a cobrança do Funrural no ato da comercialização é inconstitucional, tanto no caso da pessoa física quanto no recolhimento pela empresa compradora.
"A tributação, ainda que inafastável, não deverá ser exigível antes do término do exercício tributável", disse. "A retenção imediata do tributo após a efetivação do negócio jurídico impõe ao produtor ônus que interfere no retorno da produção, com reflexos diretos no novo investimento", complementou.Agostini ressaltou também que, no caso das cooperativas, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) hoje exige a retenção e o recolhimento do Funrural (2,1%) sobre o valor das mercadorias remetidas pelos seus associados para posterior venda. "A exigência sofrida pelas cooperativas é indevida. As cooperativas são associações sem fins lucrativos e têm como objetivo representar seus associados."
Inconstitucionalidade
O autor da proposta informou que o Funrural foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 3 de fevereiro de 2010. A contribuição, que incide sobre a receita bruta dos produtores rurais e de frigoríferos, é revertida para o pagamento de benefícios a trabalhadores do campo. O STF tomou a decisão ao julgar recurso extraordinário do frigorífico Mataboi S/A, de Mato Grosso do Sul.
Já o deputado Marcon (PT-RS) apresentou voto em separado à Comissão de Agricultura, no qual destaca que a decisão do STF refere-se a um caso específico, sem reconhecimento de repercussão geral, de forma que alcança somente os autores da ação.
Fonte: MilkPoint

Deve intensificar a exportação de carnes no Brasil

O Brasil tem atualmente 2.095 fazendas pecuaristas habilitadas a exportar carne para a União Européia. São propriedades que se submeteram a um processo burocrático, lento e sujeito a auditorias de seis em seis meses. Nos bons tempos no continente europeu, fazendas que se sujeitaram ao protocolo e foram aprovadas na cobiçada lista receberam até R$ 10 a mais por arroba. Atualmente, porém, o prêmio fica entre R$ 3 e R$ 4 por arroba. Adicione-se a isso a crise na Europa para que o criador se pergunte se compensa continuar exportando.
Para economista Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Cepea/Esalq/USP, o mercado exportador continua interessante para o produtor, mas é preciso ficar atento à crise. "O pecuarista deve buscar a excelência na produção de carne não só de olho no mercado externo, mas pensando no consumidor interno, que, no futuro, vai passar a exigir carne cada vez de melhor qualidade."
Já o consultor Hyberville Neto, da Scot Consultoria, também chama atenção para o consumo crescente de carne no Brasil pelas classes C e D. "O mercado interno aquecido acaba competindo com as exportações. Se o câmbio também não está favorável e o ágio sobre o "boi-Europa" não está compensador, o pecuarista tem que avaliar o que é melhor", diz. O diretor da Praterra Agropecuária, Caio Augusto Arroyo Barbosa, concorda. "Mesmo habilitado, o produtor deve colocar tudo na ponta do lápis. Este ano, com o confinamento 30% mais caro, foi mais negócio vender os animais antes, aproveitando os picos da arroba."
Na pecuária há 40 anos, Edson Crochiquia, com rebanhos em Agudos (SP) e em Pedra Preta e Paranatinga (MT) - em Agudos, são 5.200 cabeças, entre recria e confinamento. Já as de Mato Grosso são de cria, com 25 mil animais -, garante que o esforço compensa. "Além de a fazenda se profissionalizar, a qualidade dos animais aumenta significativamente." E arremata: "A pecuária brasileira não é de excelência, mas as fazendas que cumprem o protocolo de exportação podem ser consideradas de excelência."
Para o ciclo 2011/2012, a cota brasileira é de 10 mil toneladas. Crochiquia diz que dos 4 mil animais abatidos este ano, 2.200 cabeças vão para a Cota Hilton. "O prêmio para quem exporta para a União Européia varia de 2% a 4% a mais sobre o valor da arroba; na Cota Hilton, a premiação é de 4% a 7%", diz, satisfeito, o criador.
Fonte: Acrissul





Mendes Ribeiro é o novo ministro da Agricultura

O Palácio do Planalto anunciou na quinta-feira (18) a escolha do deputado Mendes Ribeiro como novo ministro da Agricultura. O nome do líder do governo no Congresso era o mais cotado para assumir o cargo deixado por Wagner Rossi, e a decisão ocorreu em conversa entre o parlamentar e a presidente Dilma Rousseff. Mendes Ribeiro tem 56 anos e está no quinto mandato de deputado federal.
 Fonte Portal DBO

EUA rejeita carne da JBS por excesso de vermífugo

Atenção para a notícia abaixo:
"O Ministério da Agricultura convocou reuniões com representantes da indústria de carne bovina e das companhias farmacêuticas de produtos veterinários, em Brasília, após os Estados Unidos (EUA) rejeitarem um carregamento de carne processada de uma unidade do frigorífico JBS de Barretos (SP). O secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Francisco Jardim, afirmou que uma carga da companhia foi refugada após o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar norte-americano detectar níveis do vermífugo ivermectina acima do permitido.

Os altos níveis de ivermectina na carne bovina processada já causaram o embargo do produto pelos Estados Unidos durante sete meses em 2010. O governo e as companhias foram obrigados a adotar uma nova revisão de avaliação do nível do vermífugo, reduzido de 100 partes por bilhão para 10 partes por bilhão, como exigido pelos norte-americanos. Com isso, em 24 de dezembro do ano passado, o embargo ao produto foi suspenso. A assessoria da JBS também confirmou o refugo e informou que iria encaminhar um posicionamento oficial ainda hoje sobre o caso. A companhia teria ainda outras cargas em análise por parte da autoridade sanitária norte-americana".
Fonte: Site da Carne – 17/08/2011
Já há algum tempo, temos preconizado o uso da vermifugação estratégica como a melhor forma de combater os parasitas internos e externos dos bovinos. O uso indiscriminado e constante da ivermectina como princípio ativo de vermifugação trouxe durante muito tempo grande benefícios aos pecuaristas, principalmente pela possibilidade que este vermífugo abre de combate tanto a parasitas internos quanto externos.
No entanto como nos últimos anos foi praticamente o único vermífugo usado em nossa fazendas passamos a correr risco de criar resistência a tal princípio ativo.
Agora mais um problema. Ou por dosagens excessivas ou por falta de escrúpulo do fazendeiro em não observar carência no abate dos animais, estamos sujeitos a imposição de mais uma barreira sanitária por parte dos importadores, o que acaba trazendo dificuldades para toda a cadeia produtiva da carne.
Preconizamos o uso alternado de princípios ativos na vermifugaçãoo do gado e como exemplo podemos citar o levamisol e o albendazole além da própria abamectina que muito próxima na sua composição molecular da ivermectina
Para melhor entender a vermifugação estratégica observe a tabela abaixo. Tire suas dúvidas também pelos nossos telefones 71 9965 6881 / 71 3353 3713 / 71 9934 9919 ou ainda pelo nosso e-mail:
http://www.gepecorte.com.br/





sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Wolf Seeds / Naterra . A melhor Genética

Se você vai recuperar ou refromar pastagens tenha muito cuidado com a qualidade da semente que adquire.
Atualmente sementes são dos insumos de maior custo na formação das pastagens.
Depois da terra pronta plantar semente que não nascem potencializa o seu prejuízo.
Pense nisso ao adquirir sementes
http://www.facebook.com/video/video.php?v=251938384827155

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Produtividade da Pecuária Brasileira


Impressiona o ganho de produtividade da Pecuária Brasileira nos últimos dez anos. Impressiona mais ainda quando se compara com o ocorrido no resto do mundo.
A tabela abaixo desmistifica a lenda que o campo é causador de desmatamento, e provoca danos ambientais para o país.
Na verdade é o contrário. Diminuímos as áreas de pastagem em 2,21% e aumentamos o rebanho em 26,5%
Do campo vem boa parte dos ganhos da economia brasileira e ele responde por mais de 30% do PIB nacional.
#souagro.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Código Florestal deve ser votado na CCJ até dia 31, diz relator

O relator do projeto de lei que atualiza o Código Florestal Brasileiro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Luiz Henrique (PMDB-SC), disse ontem (10) à Agência Brasil que pretende apresentar seu parecer até o dia 24 e, se não houver pedido de vista, votá-lo até dia 31.

Luiz Henrique, que também foi indicado para relatar a matéria nas comissões de Agricultura e de Ciência e Tecnologia, disse que tem conversado "frequentemente" com o senador Jorge Viana (PT-AC), relator do Código Florestal na Comissão de Meio Ambiente, para organizar um calendário semelhante de apreciação e votação da proposta nas comissões. Uma vez aprovado o mérito do projeto na CCJ, Luiz Henrique garantiu que apresentará um só relatório nas outras duas comissões.
Já Jorge Viana disse que pretende convidar o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que relatou o Código Florestal na Câmara, para detalhar seu relatório aos senadores. "Vou seguir o que feito pelo Aldo, por isso acho importante que ele, como autor do relatório aprovado pelos deputados, participe da discussão no Senado", argumentou o senador petista.
A matéria é de Ivan Richard e Marcos Chagas, da Agência Brasil

Deputados aprovam prazo para laticínio informar preço do leite.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou na última terça-feira (2) proposta que obriga o laticínio a informar ao produtor de leite o preço pago pelo litro do produto até o dia 25 do mês anterior à entrega. A proposta tramita em caráter conclusivo e seguirá para o Senado, a menos que haja recurso para ser votada pelo Plenário.
O texto foi aprovado na forma de substitutivo da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural ao Projeto de Lei 547/03, do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). Pela proposta, caso descumpra a determinação, o laticínio terá de pagar ao produtor o maior preço praticado no mercado.
O relator na CCJ, deputado João Magalhães (PMDB-MG), recomendou a aprovação. A comissão analisou o texto apenas quanto aos seus aspectos de admissibilidade, ou seja, se estava de acordo com a Constituição e com as normas gerais do Direito.




EUA voltam a barrar carne exportada pela JBS

As autoridades sanitárias norte-americanas voltaram a encontrar a presença do vermífugo ivermectina acima do permitido pelas regras dos EUA em uma carga de carne industrializada da JBS.

A carne, industrializada na unidade da companhia em Barretos (SP), foi devolvida pelo FSIS (Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar), após análises laboratoriais. A empresa foi informada na sexta-feira passada.
O órgão manterá análises laboratoriais em mais 15 carregamentos da unidade de Barretos e, caso problemas semelhantes sejam registrados, essa fábrica pode ser excluída da lista de frigoríficos habilitados a exportar carne industrializada para os EUA.
Essa não é a primeira vez que a JBS tem carregamento devolvido pelos americanos. No ano passado, os EUA encontraram a presença do vermífugo acima do permitido em uma carga de Lins (SP).
O episódio acabou em prejuízo para todo o setor. Os embarques de carne foram suspensos logo após a devolução da carga da JBS, no final de maio de 2010, e retomados apenas em dezembro.
A assessoria de imprensa da JBS informou que a devolução do contêiner de Barretos é um caso isolado, pois a empresa tem adotado todas as recomendações do acordo entre Brasil e EUA. Entre elas está o cuidado dos produtores em respeitar o prazo de carência da aplicação do ivermectina nos animais até o abate.
A matéria é de Mauro Zafalon, publicada na Folha de S.Paulo

Emergentes se consolidam como principais clientes da carne brasileira

Mesmo diante do inevitável reflexo da crise no consumo de carne da UE, que importa cortes nobres e paga bem por isso, a pecuária nacional tem, nos países emergentes, um amplo mercado a ser explorado. "A crise de 2008 quebrou frigoríficos que dependiam das exportações. De 2006 a 2010, a UE caiu do primeiro para o quinto lugar na lista dos principais destinos da carne brasileira", diz o economista Thiago Bernardino de Carvalho, do Cepea. No caminho inverso, vêm os mercados "emergentes", como Irã, Hong Kong e Egito.

Segundo a Abiec, as exportações brasileiras de carne bovina para o Irã cresceram 325% entre 2006 e 2010; para Hong Kong, o salto foi de 141%. "A carne que vai para a China entra por Hong Kong", diz o diretor executivo da Abiec, Fernando Sampaio. "Assim como a Europa, EUA e Japão também estão em dificuldades", diz Carvalho, do Cepea.
"Quem tem dinheiro e está comprando carne são os países emergentes". Conforme Carvalho, a UE compra principalmente cortes de primeira, como filé mignon, contrafilé e alcatra. Já os emergentes preferem cortes dianteiros, mais baratos. Com a atual crise, a China pode ser alternativa: "Embora ainda seja um mercado obscuro, pois cada província tem regras próprias de importação". Para Sampaio, "o desafio do frigorífico é desmontar o boi e ter um corte para cada mercado". A previsão da Abiec é a de que as exportações de carne bovina fechem este ano em US$ 5 bilhões. Em 2010, foram US$ 4,8 bilhões.
A matéria é de Fernanda Yoneya, publicada no jornal O Estado de S.Paulo

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Mendonça de Barros: crise não muda cenário para agronegócio

A crise internacional não muda o quadro desenhado para o agronegócio e para a demanda por alimentos nos próximos anos, avalia o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados. Para ele, caso os Estados Unidos e alguns países europeus entrem em recessão, pode haver uma freada nas economias do mundo emergente. Mas esses países continuarão puxando a demanda por comida.

"A renda e o consumo devem seguir aumentando nesses países. O mercado chinês e asiático tem um bocado para avançar". Ele também avalia que o dólar deve continuar fraco, o que beneficia os preços dos produtos negociados nessa moeda, caso das commodities agrícolas. "A evolução da gestão da crise sugere que o dólar permanecerá frágil. E a fraqueza do dólar ajuda a dar piso para as commodities."
No médio e longo prazos, Mendonça de Barros prevê que as mudanças estruturais no mercado de alimentos, como a adoção de biocombustíveis pelo mundo, também serão fatores de sustentação das cotações agrícolas. "Os preços se alteraram no século 21 porque a demanda passou a mandar no mercado."
Ele disse que o cenário de consumo forte de alimentos deve continuar por mais dez anos a 15 anos, a depender do crescimento da China e outros asiáticos e da demanda por energia. "As condições de demanda são de tal natureza que, para alterar isso, teríamos que desmontar o cenário asiático", diz.
A matéria é de Ana Conceição e Eduardo Magossi, publicada na Agência Estado

Pressão se confirma e commodities recuam

A esperada pressão dos tremores irradiados dos Estados Unidos e da Europa sobre as cotações das commodities se confirmou e os principais produtos agrícolas negociados nas bolsas de Chicago e Nova York registraram forte queda ontem. Foi o primeiro dia de negociações após o rebaixamento da nota dos papéis da dívida americana pela agência de avaliação de risco Standard & Poor's.

Especificamente no caso dos grãos, transacionados em Chicago e com maior liquidez entre as agrícolas, as previsões de clima favorável às lavouras dos EUA também não ajudaram a conter a sangria, o que reduz os temores inflacionários globais mas prejudica países exportadores de alimentos como os próprios EUA e o Brasil.
Fonte: Beef Point



Brasil segue negociando com a Rússia, mas embargo parece impactar pouco a carne bovina

A indústria de carne suína cobra uma ação mais ágil do governo para a recuperação do mercado russo. O embargo do país a frigoríficos brasileiros, que vigora desde junho, é apontado como principal responsável pela queda nas exportações em julho. Na carne bovina, a cobrança é a mesma. Mas a indústria frigorífica destaca que o impacto do embargo russo no setor é bem menor.

Acrimat aponta desafios para a pecuária

Hoje o Brasil é o maior produtor comercial de proteína vermelha do mundo. Mas, para a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) muitos desafios precisam ser enfrentados dentro e fora do Brasil, apesar dessa colocação. "O Brasil está sendo observado e cobrado pelo mundo, pois é daqui que sairá o alimento que o planeta precisa", disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Ele aponta três grandes desafios e as ações que são necessárias para que o país continue produzindo alimento: mostrar que o Brasil não tem passivo e sim ativo ambiental, melhorar a renda do produtor e erradicar a febre aftosa.
Fonte: Beef Point 

Indicadores Econômicos x Produtos Agrícolas.1º Semestre 2011

Produto

Unidade

Jan/11

Jun/11

Variação

Milho Grão

R$/saca

R$ 30,00

R$ 31,00

3,33%

Soja Grão

R$/saca

R$ 51,00

R$ 45,00

-11,76%

Boi Gordo

R$/@

R$ 101,20

R$ 96,85

-4,30%

Leite

R$/litro

R$ 0,72

R$ 0,85

11,97%

Couro Verde

R$/Kg

R$ 1,35

R$ 1,70

25,93%

Dólar

R$

R$ 1,67

R$ 1,58

-5,39%

Ouro

R$/g

R$ 74,30

R$ 80,49

8,33%

Bovespa

Pontos

68.494

62.403

-8,89%

Poupança

Acumulado jan/11 a jun/11

3,63%

Fonte: Scot Consultoria / BM&F BOVESPA WWW.scotconsultoria.com.br

Vendas de leite têm alta de 3% no país no primeiro semestre

Apesar da recente desaceleração do ritmo de crescimento da economia do país, a tendência de aumento da renda da população nos últimos anos continua a puxar para cima as vendas de leite no mercado doméstico.

Dados compilados pela Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV) mostram que, no total, as vendas alcançaram 5,105 bilhões de litros no primeiro semestre de 2011, 3,2% mais que em igual período do ano passado.
Carro-chefe dessa comercialização, o leite longa vida registrou incremento de 4% na mesma comparação e o volume vendido somou 2,86 bilhões de litros de janeiro a junho. As vendas de leite em pó subiram 7,4%, para o equivalente a 1,45 bilhões de litros, e houve queda de 6% do caso do leite pasteurizado, para 795 milhões de litros.
"Há consumo de leite em 99% dos lares brasileiros. Mesmo com a economia crescendo menos, o aumento da renda mantém as vendas em alta", afirma Laércio Barbosa, presidente da ABLV.
Como historicamente as vendas de leite no Brasil são mais fortes no segundo semestre do que no primeiro, diz Barbosa, é possível que o aumento no acumulado de 2011 alcance 5%. Em 2010, as vendas totalizaram 5,5 bilhões de litros.
Apesar da boa fase da demanda interna, notadamente no Nordeste, a ABLV continua a chamar a atenção para a alta das importações de leite em pó. "Nesse momento de entressafra no país está tudo calmo, mas se as importações seguirem aquecidas na safra os produtores terão problemas".
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, o período de safra começa entre os meses de setembro e outubro. E na atual entressafra, desde junho, houve mais problemas na oferta do que o normal em consequência de adversidades climáticas.
O presidente da ABLV destaca que o acordo que limitou as importações desde a Argentina a 3,3 mil toneladas por mês, prorrogado até o último dia 31 de julho, será rediscutido pelos dois países na semana que vem. Se o volume acordado crescer, a pressão sobre os produtores brasileiros certamente vai aumentar.
Apesar das incertezas de curto prazo nas economias internacional e doméstica, Barbosa reitera que o segmento de lácteos deverá registrar em 2011 seu maior déficit comercial em uma década, com importações equivalentes a mais de 1 bilhão de litros.

As informações são do Valor Econômico,adpatadas pela Milk Point .