Sempre a agropecuária.
Mas os xiitas ecológicos, ambientalistas, trabalhadores ditos sem terra, ongs etc.. nos qualificam como causadores de todos os males desta terra e planeta.
Segundo divulgado hoje pelo Caged, alta foi de 1,51%, com 24.465 novos postos de trabalhos; a cultura da laranja liderou as contratações
A agroindústria é o único setor da economia brasileira que está com saldo positivo na geração de emprego. É o que mostra os dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes a julho, divulgados nessa sexta-feira (21/8) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foram novos 24.465 postos de trabalho, crescimento de 1,51%.
O bom resultado se mantém pelo quarto mês seguido e o melhor quoeficiente do período desde 2010. No acumulado do ano, a soma já chega a 7,11%.
O cultivo de laranja (+7.110 postos), as atividades de apoio à agricultura (+5.259 postos), o cultivo de plantas de lavoura temporárias não especificadas (+4.867 postos) e cultivo de soja (+3.067 postos) puxaram os números positivos.
"No conjunto de todos os setores foram perdidos em julho 157.905 postos de trabalho, equivalente ao declínio de 0,39% em relação ao estoque do mês anterior, resultado de 1.397.393 admissões contra 1.555.298 desligamentos. No ano, a redução alcançou 1,20%, corresponden
do à perda de 494.386 postos de trabalho", divulgou o Caged na nota.
Fonte: Globo Rural
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO E PECUÁRIA
Adriana Calmon de Brito Pedreira
Msc.
em Administração Estratégica
Considerando que nos moldes da
economia moderna a competitividade é uma das bases para a sustentabilidade do
negócio, a mensuração de desempenho torna-se uma prática relevante no
planejamento das empresas rurais. Isso vale tanto para as empresas individuais
como também para a concepção de competitividade da cadeia produtiva.
Definir o que deve ser mensurado
é uma das tarefas mais importantes no contexto da gestão, pois as medidas
escolhidas dependerão basicamente da complexidade do processo produtivo
adotado, como também da expectativa de uso posterior dos dados coletados, sem
falar nas especificidades da própria atividade econômica.
Callado,2010 apud Neely, Gregory
e Platts,2005, apresenta algumas tendências relacionadas ao que ele denomina
como eixos temáticos importantes, associados aos fatores de desempenho. São
eles:
1. Exercer
uma gestão de desempenho e não um sistema de mensuração;
2. Mensurar
o desempenho da cadeia de suprimento e das redes envolvidas e não só os índices
internos da propriedade;
3. Mensurar
ativos tangíveis e intangíveis;
4. Permitir
flexibilidade no sistema de mensuração de forma a adaptar-se as mudanças.
Deve-se compreender que
indicadores de desempenho são referências importantes na tomada de decisão, que
por sua vez, é a atividade principal na gestão das empresas. Eles quantificam a
eficiência e ou eficácia dessas decisões no futuro próximo e eventualmente
apontam a direção da readequação e correção do processo vigente de gestão.
Alguns autores e estudiosos
categorizam os indicadores e o fazem baseado em diferentes fatores. Alguns os
definem de acordo com a finalidade da informação que fornecem, por exemplo:
a) Indicadores
de visibilidade – indicam pontos fortes e pontos fracos da propriedade;
b) Indicadores
de controle – indicam a variação de desempenho em relação a padrões pré
estabelecidos;
c) Indicadores
de melhoria e motivação – apresenta o desempenho de acordo com as metas
estabelecidas.
Outros, como Harrington,1993
classificam os indicadores em dois grupos, indicadores qualitativos – de
atributos e indicadores quantitativos – de variáveis. Ainda é possível citar a
proposta de Lantelme, 1994 que sugere uma classificação em dois conceitos:
a) Indicadores
de desempenho específicos - que fornecem informações para o gerenciamento geral
e de processos individuais e que ainda podem ser subdivididos em indicadores de
desempenho gerencial e operacional.
b) Indicadores
de desempenho global – apresentam o desempenho de uma empresa ou de um setor em
relação ao ambiente em que está inserida.
Além dessas, muitas outras opções
poderiam aqui ser citadas e analisadas, mas o fato importante é que nenhuma
delas pode ou deve ser considerada como uma classificação definitiva e a
escolha deverá estar vinculada não só as especificidades da atividade assim
como com a habilidade dos profissionais envolvidos em utilizar cada uma delas.
Estando entendida a questão dos indicadores
é importante também entender a questão da mensuração que conforme Neely et al,
2005, envolve três conceitos importantes:
a) Mensuração
do desempenho – que é o processo de qualificar a eficiência e ou efetividade de
uma ação.
b) Medida
de desempenho – que é a métrica utilizada para quantificar a eficiência e ou
efetividade de uma ação
c) Sistema
de mensuração de desempenho – conjunto de métricas utilizadas para quantificar
a efetividade e a eficiência das atividades.
Bronzo e Oliveira, 2005 defendem
que implantar um sistema de mensuração de desempenho consiste em definir os
diversos indicadores que irão compor esse sistema. Não necessariamente esse
sistema precisa ser integrado, mas precisam sim estar contextualizados no
âmbito de um sistema de mensuração de desempenho.
O desempenho global da
organização agropecuária corresponde ao completo espectro de todas as
atividades desenvolvidas no âmbito da empresa e o que se sugere que seja
avaliado são números financeiros e não financeiros, sem perder a ótica das
classificações sugeridas acima.
Os principais indicadores
financeiros sugeridos são:
1. Faturamento
($)
2. Vendas
a prazo ($)
3. Rentabilidade
do patrimônio (%)
4. Margem
bruta (%)
5. Lucro
unitário (cabeça -@ – lote) ($)
Os principais indicadores não
financeiros sugeridos são:
1. Capacidade
de produção
2. Volume
de produção
3. GMD
(Ganho médio / dia )
4. @/Hectare/ano
e ou Kg Leite /Hectare /ano
5. Taxa
de desfrute
De posse de dados como os
sugeridos acima, as organizações rurais poderão analisar o desempenho das
atividades passadas, avalia-las e tomar decisões que permitam fazer melhorias
quando não alcançados os índices pré estabelecidos, reavaliar os parâmetros em
vigência e estabelecer novos padrões para futuros eventos.
Fontes de consulta:
CALLADO,
A.A.C. Agronegócio/Antônio André Cunha Callado (organizador). 3edição –
São Paulo: Atlas,2011
PIRES, A.V. Bovinocultura de Corte. Piracicaba: FEALQ, 2010. 1510p.
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
SISTEMA DE PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
Adriana Calmon de Brito Pedreira
Msc.
em Administração Estratégica
A necessidade de contribuir tanto
para a sobrevivência do homem, como afirmam Oliveira e Melo, 2010, mas também
para legar às gerações futuras um meio ambiente saudável, sem poluição, capaz
de produzir alimentos impõem o uso racional dos recursos como agua, solo e
animal.
O artigo anterior aqui publicado,
cujo título é Produção de gado de corte – desafios para toda a cadeia,
finalizou com a abordagem do trinômio genótipo - ambiente – mercado defendida
por Euclides Filho, 2010 como responsável pelo sucesso dos empreendimentos
pecuários modernos.
É importante reforçar os
conceitos de cada um dos elementos acima para que seja possível discorrer sobre
a importância de cada um deles no contexto da produtividade. Portanto
entende-se por genótipo, o tipo de animal a ser utilizado para formar o
plantel - vincula-se portanto à raça ou mesmo a grupos genéticos*¹. Escolher a
raça mais adaptada e os animais que mais se adequam às condições climáticas, a
oferta de forragem e principalmente aos objetivos organizacionais é ponto de
partida para uma produção eficiente e capaz de competir no mercado globalizado.
Pautado nessa escolha o produtor
rural deverá focar ou debruçar-se no melhoramento genético através da seleção e
do cruzamento dos animais para obter os exemplares e plantel que respondam da
melhor forma aos investimentos aplicados. Deve-se entender como seleção a
escolha dos animais que serão os pais da próxima geração, e por cruzamento o
acasalamento entre animais de raças ou linhagens diferentes.
A seleção e o cruzamento então,
precisam produzir animais que estejam e sejam capazes de promover as mudanças
desejadas na intenção de responder às demandas do mercado - o outro elemento do
trinômio em evidência.
Em falando de mercado
portanto, deve estar atento não apenas a preço e a rede de distribuição, mas
principalmente às características da carne desde as propriedades organolépticas
até as garantias nutricionais e sanitárias exigidas pelos consumidores. Vemos
aí portanto o primeiro vínculo do trinômio, no qual o genótipo e o mercado se
relacionam compondo uma dependência mutua através de três elementos básicos:
precocidade reprodutiva, precocidade no acabamento e desempenho nutricional.
Para que o trinômio seja bem
equacionado é fundamental que o genótipo e o mercado estejam em harmonia com o
ambiente e quando se fala em ambiente, deve-se compreender que o termo
vai muito mais além de características climáticas e de relevo e solo. O
ambiente abrange condições sócio econômicas e culturais incluindo obviamente a
capacidade da mão de obra local e a própria infraestrutura instalada.
Esses itens supra mencionados são
decisivos na adequação às imposições externas que exigirão mudanças nos
processos produtivos de forma a torna-los eficazes na entrega do produto ao
consumidor final.
Esses três elementos portanto,
serão a base para uma produção sustentável, competitiva e dentro de uma
perspectiva global de produção de carne bovina que se baseia numa oferta de
produtos de qualidade, com constância de oferta e a preços adequados.
Fontes de consulta:
EUCLIDES FILHO, K. INTERAÇÃO
GENÓTIPO-AMBIENTE-MERCADO NA PRODUÇÃO DE CARNE BOVINO NOS TRÓÍCOS. Disponível em
http://simcorte.com/index/Palestras/s_simcorte/07_kepler.PDF . Visitado em 11/08/2015
PIRES, A.V. Bovinocultura de
Corte. Piracicaba: FEALQ, 2010. 1510p.
LAZZAROTO, J.; SCHMITT,R.;
ROESSING,A. A competitividade da cadeia
produtiva da carne bovina. Universidade Federal de Viçosa.
Preços no mercado de reposição estão particularmente firmes na Bahia.
A movimentação está lenta e os compradores relutam em pagar os preços pedidos. Poucos negócios vêm sendo concretizados.
Ainda assim, as cotações no mercado de reposição estão particularmente firmes na Bahia. Os preços resistem em cair pela falta de oferta de animais.
Em relação ao preço médio praticado em julho, houve alta de 0,4%, considerando as categorias de machos....
A única categoria que apresentou queda foi o bezerro de ano (7,5@), com recuo de 1,4% no período. O preço do garrote (9,5@) ficou estável e o do boi magro (12@) e da desmama (6@) subiram 0,8% e 2,2%, respectivamente.
O preço do boi gordo, no entanto, teve alta de 2,2% neste intervalo, fazendo com que melhorasse ligeiramente o poder de compra do pecuarista em relação ao mês passado.
Mesmo assim as cotações dos animais de reposição subiram mais que o boi gordo no último ano: 40,8%, em média, para a reposição, contra 27,9% para a arroba do animal terminado.
Em relação a agosto do ano passado houve queda no poder de compra do pecuarista, especialmente para a desmama.
Hoje é possível adquirir 2,03 bezerros desmamados com o valor da venda de um boi gordo (16,5@). No mesmo período do ano passado a relação estava em 2,32 bezerros por um boi gordo.
Alguns pecuaristas vêm buscando animais de outros estados a preços mais competitivos, o que pode posteriormente enfraquecer as cotações dos animais de reposição na Bahia.
Ainda assim, as cotações no mercado de reposição estão particularmente firmes na Bahia. Os preços resistem em cair pela falta de oferta de animais.
Em relação ao preço médio praticado em julho, houve alta de 0,4%, considerando as categorias de machos....
A única categoria que apresentou queda foi o bezerro de ano (7,5@), com recuo de 1,4% no período. O preço do garrote (9,5@) ficou estável e o do boi magro (12@) e da desmama (6@) subiram 0,8% e 2,2%, respectivamente.
O preço do boi gordo, no entanto, teve alta de 2,2% neste intervalo, fazendo com que melhorasse ligeiramente o poder de compra do pecuarista em relação ao mês passado.
Mesmo assim as cotações dos animais de reposição subiram mais que o boi gordo no último ano: 40,8%, em média, para a reposição, contra 27,9% para a arroba do animal terminado.
Em relação a agosto do ano passado houve queda no poder de compra do pecuarista, especialmente para a desmama.
Hoje é possível adquirir 2,03 bezerros desmamados com o valor da venda de um boi gordo (16,5@). No mesmo período do ano passado a relação estava em 2,32 bezerros por um boi gordo.
Alguns pecuaristas vêm buscando animais de outros estados a preços mais competitivos, o que pode posteriormente enfraquecer as cotações dos animais de reposição na Bahia.
Fonte: Scot Consultoria
China lidera importações de produtos agropecuários do Brasil em julho
O país asiático elevou sua participação de 25,5% para 32,1%, com a aquisição de US$ 2,92 bilhões no mês passado
A China foi o País que mais comprou produtos agropecuários do Brasil em julho, elevando sua participação nas exportações do setor de 25,5% para 32,1%. Dados do Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (AgroStat) mostram que os asiáticos adquiriram US$ 2,92 bilhões n...o mês passado. Na comparação com igual mês de 2014, o incremento foi de 19,2% - aumento puxado por soja em grãos e carne bovina.
O complexo soja foi o principal setor exportador, com US$ 2,47 bilhões. Os produtos florestais ficaram em segundo, com US$ 185,26 milhões, sendo US$ 169,65 milhões de celulose, US$ 9,4 milhões de papel e US$ 6,21 milhões de madeira. Em terceiro, ficaram as carnes, com US$ 127,39 milhões, sendo US$ 69,51 milhões de carne de frango, US$ 57,27 milhões de carne bovina e US$ 610.080 de carne suína.
No acumulado do ano até julho, a China também ocupa a primeira posição, com US$ 14,67 bilhões. A lista dos cinco maiores compradores segue com Estados Unidos (com US$ 3,72 bilhões), Países Baixos (US$ 2,94 bilhões), Alemanha, (US$ 1,63 bilhão) e Rússia(US$ 1,37 bilhão).
No caso dos Estados Unidos, os produtos florestais foram destaque em julho, com US$ 200,77 milhões. No setor, a celulose ficou em primeiro lugar, com US$ 96,75 milhões, seguida pela madeira com US$ 86,69 milhões e papel, com US$ 17,33 milhões. O café ficou em segundo lugar, com US$ 113,36 milhões, sendo US$ 105,40 milhões de café em grãos e US$ 7,96 milhões de extratos de café. O complexo sucroalcooleiro foi o terceiro principal setor, com US$ 60 milhões, sendo US$ 43,80 milhões de álcool e US$ 16,20 milhões de açúcar.
Para os Países Baixos, o setor que mais exportou no mês passado foi o complexo soja, com US$ 317,77 milhões. O produto de destaque foi a soja em grãos, com US$ 160,15 milhões. Em seguida, ficou o farelo de soja, com US$ 157,59 milhões e o óleo de soja, com US$ 27,74 mil. Os produtos florestais ocuparam a segunda posição, com US$ 106,67 milhões. Deste valor, US$ 102,65 milhões foram de celulose e US$ 4,02 milhões de madeira. Em seguida ficaram as carnes, com US$ 66,96 milhões, sendo US$ 46,46 milhões de carne de frango, US$ 12,66 milhões de carne bovina, US$ 7,77 milhões de carne de peru e US$ 63.980 as demais carnes e miudezas.
A China foi o País que mais comprou produtos agropecuários do Brasil em julho, elevando sua participação nas exportações do setor de 25,5% para 32,1%. Dados do Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (AgroStat) mostram que os asiáticos adquiriram US$ 2,92 bilhões n...o mês passado. Na comparação com igual mês de 2014, o incremento foi de 19,2% - aumento puxado por soja em grãos e carne bovina.
O complexo soja foi o principal setor exportador, com US$ 2,47 bilhões. Os produtos florestais ficaram em segundo, com US$ 185,26 milhões, sendo US$ 169,65 milhões de celulose, US$ 9,4 milhões de papel e US$ 6,21 milhões de madeira. Em terceiro, ficaram as carnes, com US$ 127,39 milhões, sendo US$ 69,51 milhões de carne de frango, US$ 57,27 milhões de carne bovina e US$ 610.080 de carne suína.
No acumulado do ano até julho, a China também ocupa a primeira posição, com US$ 14,67 bilhões. A lista dos cinco maiores compradores segue com Estados Unidos (com US$ 3,72 bilhões), Países Baixos (US$ 2,94 bilhões), Alemanha, (US$ 1,63 bilhão) e Rússia(US$ 1,37 bilhão).
No caso dos Estados Unidos, os produtos florestais foram destaque em julho, com US$ 200,77 milhões. No setor, a celulose ficou em primeiro lugar, com US$ 96,75 milhões, seguida pela madeira com US$ 86,69 milhões e papel, com US$ 17,33 milhões. O café ficou em segundo lugar, com US$ 113,36 milhões, sendo US$ 105,40 milhões de café em grãos e US$ 7,96 milhões de extratos de café. O complexo sucroalcooleiro foi o terceiro principal setor, com US$ 60 milhões, sendo US$ 43,80 milhões de álcool e US$ 16,20 milhões de açúcar.
Para os Países Baixos, o setor que mais exportou no mês passado foi o complexo soja, com US$ 317,77 milhões. O produto de destaque foi a soja em grãos, com US$ 160,15 milhões. Em seguida, ficou o farelo de soja, com US$ 157,59 milhões e o óleo de soja, com US$ 27,74 mil. Os produtos florestais ocuparam a segunda posição, com US$ 106,67 milhões. Deste valor, US$ 102,65 milhões foram de celulose e US$ 4,02 milhões de madeira. Em seguida ficaram as carnes, com US$ 66,96 milhões, sendo US$ 46,46 milhões de carne de frango, US$ 12,66 milhões de carne bovina, US$ 7,77 milhões de carne de peru e US$ 63.980 as demais carnes e miudezas.
Fonte: ESTADÃO
Receita Federal libera declaração do ITR 2015
A Receita Federal liberou na segunda-feira (17/8) o preenchimento da declaração do Imposto sobre a propriedade Territorial Rural (ITR) do exercício de 2015. O programa já está disponível no site do órgão, com prazo de entrega até 30 de setembro.
Está obrigado a declarar o ITR 2015 toda Pessoa Física ou Jurídica que, em relação ao imóvel rural a ser declarado, seja titular do domínio útil, possuidora a qualquer título, inclusive a ...usufrutuária - com exceção do imune ou isento. Titulares de domínio imune ou isento que sofreu alteração cadastral também precisa fazer a declaração. São esperados 5,2 milhões de declarações.
O fato gerador do ITR é a propriedade, o domínio útil ou a posse (inclusive por usufruto) de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano. O pagamento do imposto deve ser feito até 30 de setembro. Após essa data, é acrescentada multa de 1% ao mês, além de juros Selic, calculados a partir de outubro até a data do pagamento.
O pagamento do imposto pode ser parcelado em até quatro vezes, desde que cada parcela não seja inferior a R$50,00. O imposto de valor até R$100,00 deve ser recolhido em pagamento único. O valor mínimo a ser pago é de R$10,00, independentemente do valor calculado ser menor.
Fonte: Estadão
Está obrigado a declarar o ITR 2015 toda Pessoa Física ou Jurídica que, em relação ao imóvel rural a ser declarado, seja titular do domínio útil, possuidora a qualquer título, inclusive a ...usufrutuária - com exceção do imune ou isento. Titulares de domínio imune ou isento que sofreu alteração cadastral também precisa fazer a declaração. São esperados 5,2 milhões de declarações.
O fato gerador do ITR é a propriedade, o domínio útil ou a posse (inclusive por usufruto) de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano. O pagamento do imposto deve ser feito até 30 de setembro. Após essa data, é acrescentada multa de 1% ao mês, além de juros Selic, calculados a partir de outubro até a data do pagamento.
O pagamento do imposto pode ser parcelado em até quatro vezes, desde que cada parcela não seja inferior a R$50,00. O imposto de valor até R$100,00 deve ser recolhido em pagamento único. O valor mínimo a ser pago é de R$10,00, independentemente do valor calculado ser menor.
Fonte: Estadão
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE – DESAFIOS PARA TODA A CADEIA
Transformações intensas marcaram
a pecuária de corte na última década. As mudanças econômicas e sociais do país
permitiram de fato uma maior distribuição de renda e o consumo de carne bovina.
Na mesma via de crescimento, as propriedades ampliaram a utilização de
tecnologias na área de produção o que efetivamente permitiu ganhos
representativos não só em volume, mas também em produtividade.
Entende-se por sistema de
produção de gado o conjunto de tecnologias e práticas de manejo, bem como o
tipo de animal, a raça, a eco região e o propósito da criação. A maneira escolhida para se produzir os
animais portanto, interfere diretamente na qualidade da carne que é ofertada
aos consumidores nas gôndolas dos supermercados ou nos açougues e casas de
carne dos bairros.
Torna-se evidente nesse
propósito, que a escolha pelo sistema produtivo a ser adotado não depende única
e exclusivamente da vontade do produtor, mas muito em função das condições
sócio, econômicas e culturais da região onde está estabelecida a propriedade,
da sua capacidade de promover investimentos e também, só para reforçar das
demandas do mercado consumidor.É sabido que uma série de fatores externos e internos aos quais os animais são impostos durante sua vida interferem de forma marcante na qualidade da carne bem como na aceitação dessa no mercado. Visando essa maior aceitação e exigência do mercado o varejo passou a exigir dos frigoríficos uma carne mais macia, suculenta e de cor vermelha.
Para atender a essa demanda e a essa exigência, os frigoríficos passaram a bola para os produtores, exigindo deles o fornecimento de animais mais jovens e com bom acabamento. Essa condição permite uma oferta de carne com qualidades visuais, gustativa e nutricionais adequadas àquelas solicitações além de promover segurança sanitária do alimento.
Essas condições já vêm sendo exigidas pelos consumidores internos com alguma frequência, mas como prioridade e condição necessária pelo público externo ampliando assim outros itens que passam a ser necessários que os produtores estejam atentos no que cerne a capacidade ou estar apto a comercializar para países estrangeiros. São elas: preço – precisam estar mais baixos que os praticados no mercado que se pretende atingir; embalagem - que deve proteger o produto e dar ele condições de se tornar mais atraente; atendimento ao consumidor – no caso de produtos exportados é determinante que haja um atendimento que proporcione garantias, instruções, informações além de atender eventuais reclamações.
Na tentativa de atender a essas demandas, tanto internas quanto externas, os diversos setores da cadeia produtiva estão precisando estabelecer novos paradigmas, inovando e principalmente aprendendo a empregar tecnologias em produção e em gestão nos seus diversos elos individualmente mas também precisa ter uma visão holística da cadeia em geral (as partes não podem ser vistas separas do todo, pois o todo é mais que a soma das partes).
Nesse cenário, a competitividade ganha um espaço fundamental nos processos de produção e comercialização da carne bovina. Um dos itens que intensifica essa necessidade de se tornar competitivo é a questão da oferta descontínua. Safras e entre safras precisam ser menos diferenciadas.
Somente uma integração da cadeia produtiva, envolvendo os criadores de diferentes fases da bovinocultura, os setores de logística, os frigoríficos e os pontos comerciais, além das instituições de créditos, fornecedores de insumos e governo, dentre outros, poderá ser capaz de “atingir os objetivos de disponibilizar, com regularidade, produtos de qualidade de forma competitiva e que estejam alinhados com as exigências modernas de sustentabilidade e equidade social”, como afirma Pires 2010.
O sucesso da pecuária portanto, está relacionado com a viabilidade dela ser conduzida dentro dessa perspectiva ampla de visão de cadeia e grande parte desse sucesso poderá ser alcançado através da adequação do trinômio genótipo-ambiente-mercado.
Concluindo então, vale observar que entenda-se como genótipo o tipo de animal a ser utilizado, raça ou grupo genético. Como ambiente um espaço que vai além da climatologia e solo, mas envolvendo fatores sócio culturais, capacidade de mão de obra, infraestrutura e outros. Por fim o mercado que além de preço e distribuição deve observar as características organolépticas e sanitárias da carne.
Adriana Calmon de Brito Pedreira
Msc.
em Administração Estratégica
Fontes de consulta:
EUCLIDES FILHO, K. INTERAÇÃO
GENÓTIPO-AMBIENTE-MERCADO NA PRODUÇÃO DE CARNE BOVINO NOS TRÓÍCOS. Disponível em
http://simcorte.com/index/Palestras/s_simcorte/07_kepler.PDF . Visitado em 11/08/2015
LAZZAROTO, J.; SCHMITT,R.;
ROESSING,A. A competitividade da cadeia
produtiva da carne bovina. Universidade Federal de Viçosa.
COCHOS PARA SAL MINERAL
Para ilustrar o artigo anterior vejam fotos de cochos para mineralização os mais diversos. Desde aqueles de boa qualidade para os pessimamente localizadas, estruturados ou construídos.
Como cita o artigo é importante mineralizar independente do tipo de cocho. Mas o equipamento deve ter um mínimo de condição não só para mineralizar o rebanho como evitar a perda do mineral acarretando prejuízo para o produtor.
Como cita o artigo é importante mineralizar independente do tipo de cocho. Mas o equipamento deve ter um mínimo de condição não só para mineralizar o rebanho como evitar a perda do mineral acarretando prejuízo para o produtor.
Dez mitos no uso do sal mineral para bovinos
Uma técnica usada há décadas na pecuária de corte brasileira é a mineralização do rebanho. Apesar disso, parece que algumas informações distorcidas ainda prevalecem no meio. O objetivo da lista abaixo é, ao esclarecê-las, contribuir para o melhor uso da técnica. São dez pontos que elencamos como “mitos”, ou seja, algo “que não tem existência real ou passível de ser provada”, conforme uma das definições do dicionário “Caudas Aulete”. Vamos a eles:
Mito 1: “Sal mineral é tudo igual!” – Um sal mineral é uma mistura de vários elementos, óxidos e sais à disposição no mercado. Comprá-los e misturá-los é algo dentro das possibilidades de quase qualquer terráqueo. Mas, então, por que isso é mito? O que pode diferenciar um sal mineral de outro? O primeiro ponto seria a formulação do sal (as quantidades de cada matéria prima visando determinadas concentrações finais dos nutrientes no produto). Um produto mal formulado, isto é com níveis de garantia furados e consumo mal planejado, não será eficaz. Assim, mesmo que o animal o consuma, não será atingido o objetivo de atender suas exigências minerais. Outra questão ainda muito mais comprometedora é que existem inúmeras armadilhas no mercado em termos de matéria-prima. Ainda que algumas delas possam ser evitadas com uma análise de laboratório, outras podem ter um laudo perfeito do laboratório, mas o nutriente não ser assimilável (não ser biodisponível, no jargão técnico). Outros diferencias seriam: qualidade da mistura, fontes mais nobres de matéria-prima, tipo de apresentação (granulado, floculado,,,), resistência ao empedramento e algo que tem feito muita diferença: apoio técnico da empresa ao produtor.
Mito 2: “O animal sabe que mineral precisa!” – Esse é um dos mitos mais difusos e duradouros. Já foi amplamente comprovado por pesquisas que o animal voluntariamente não seleciona minerais dos quais esteja deficiente. Exatamente por isso que precisamos colocar todos juntos, de maneira bem formulada para que eles os consumam. Como o sódio é o único mineral que efetivamente o animal mostra desejo em consumir, o cloreto de sódio virou o veículo ideal para ajudar nesta tarefa (Ver Mito 5).
Mito 3: “O mineral que importa no sal, mesmo, é o fósforo” – Segundo um extenso levantamento realizado pela Embrapa Gado de Corte, 100% das forrageiras analisadas teriam valores muito baixo de sódio (< 0,1% da matéria seca), que predisporiam deficiência. Nesta mesma pesquisa, o fósforo ficou em quarto lugar, com 72% das amostras abaixo de 0,12% da matéria seca. Zinco, com 96% das amostras menor do que 20 ppm (2º lugar), cobre com 82% menor que 4 ppm (3º lugar) e Cálcio com 38% menor que 0,2% da matéria seca (5º lugar), completam a lista. Não foram avaliados nesta pesquisa Cobalto, Iodo e Selênio, todos com histórico de deficiência e resposta a suplementação no Brasil. Fica claro, então, que o fósforo não é o único mineral que devemos nos preocupar. Como todos podem limitar a produção, devemos nos preocupar com cada um deles, bem como nos preocupar que estejam balanceados, sem grandes excessos que possam predispor a problemas de absorção (um mineral em excesso, prejudicando a absorção de outro).
Mito 4: “Quanto maior a concentração em minerais, melhor é o sal! Esse é o critério que eu uso na compra!” – Ao comparar dois produtos é comum o produtor optar por aquele que tenha valores de níveis de garantia dos nutrientes mais altos. A lógica seria que, se eles têm maiores concentrações, o animal vai ter mais desse mineral a disposição. O que “fura” essa lógica é o consumo! Se o sal tem 90 gramas de fósforo por quilograma do produto isso apenas significa qual a concentração dele e não quanto está à disposição do animal, o que vai depender da quantia que ele ingere desse sal mineral. Assim, se esse sal tem um consumo de 60 gramas/cabeça.dia, o consumo de fósforo pelo animal é de 5,4 g/cabeça.dia. Um sal com 88 de fósforo por quilograma do produto, mas com consumo de 70 gramas/cabeça.dia, suprirá com 6,16 gramas de fósforo por dia ao animal, quase 1 g a mais do que o de 90. Portanto, lembre-se: o animal não come concentração, ele come o sal!
Mito 5: “Só o sódio basta para acertar o consumo” – Esse é um mito que todo nutricionista gostaria de acreditar, pois a única forma de formular o sal é considerar que isso é verdade. Enfim, precisamos de uma referência e a melhor que temos é o teor de sódio. Esta referência até funciona bem, no sentido que ao fazermos a média de muito dados de consumo, há uma convergência para que o valor obtido se aproxime daquele que atende as exigências de sódio. Assim, para estimar a o consumo de um mineral bastar identificar qual o consumo necessário para atender as exigências de sódio. Por exemplo, considerando como 10 g de Sódio a exigência de uma unidade animal (um animal com 450 kg), se o sal fornecido a ele tem 200 g de sódio por quilograma do produto, o consumo esperado deste produto é de 50 gramas/cabeça.dia, O cálculo é uma “regra de três”: Se em 1 kg do produto temos 200 g, quantos quilos do produto preciso para ter esses 10 g ou, simplesmente, 10 g/cab.dia dividido por 200 g Sódio/kg produto = 0,05 kg produto.
Mito 6: “Regulando o consumo pelo teor de sódio, não há necessidade de monitorar o consumo” – O problema dos nutricionistas precisarem tanto desta referência é que ele passa, muitas vezes, a ser tido como uma referência absoluta. A realidade nos mostra que o consumo de minerais é muito variável e que essa variabilidade é pouco previsível. O que esta realidade nos impõe é monitorarmos o consumo, de preferência, de piquete à piquete e, na pior das hipóteses ter a média da fazenda no ano. (neste link há um exemplo deste cálculo: http://sites.beefpoint.com.br/sergioraposo/2013/12/26/cinco-dicas-basicas-para-ter-uma-producao-melhor-em-2014/)
Mito 7: “As empresas usam palatabilizantes para aumentar consumo” – O consumo de minerais interessa, sim, às empresas, pois quanto maior for o consumo, maiores serão suas vendas. Todavia, não há pior propaganda para uma empresa do que ela ter sais minerais com fama de alto consumo, pois isso é um fator altamente desestimulante para os compradores. Aliás, nunca há reclamação por consumo abaixo do valor recomendado, apenas quando ele fica acima. Ocorre que o maior prejuízo ao pecuarista, em geral, ocorre por não aproveitar todo o benefício de “zerar” as deficiências minerais. Dessa forma, é interessante que algum palatabilizante seja utilizado na formulação. Adicionalmente, resultados de pequisa mostram que ele ajuda a uniformizar o consumo, o que é muito desejável. (Mais informações sobre consumo uniforme do lote no texto: http://sites.beefpoint.com.br/sergioraposo/2013/09/17/mineralizacao-de-animais-em-pastagem-assunto-encerrado/)
Mito 8: “Mineralizar faz diferença mesmo na seca!” – As vendas de sal mineral aumentam na época que antecede a estiagem, mostrando claramente que o produtor tem aumentada sua preocupação em vista dos pastos mais pobres da seca. A crença por trás disso seria que, uma vez que a pastagem teria níveis mais baixos de minerais (o que é fato), consequentemente seria necessário dar mais minerais ao animal para compensar. Todavia, o que acontece na seca é que não adianta fornecer apenas os minerais, pois o nutriente mais limitante é a proteína. Há, inclusive, dados de pesquisa mostrando não haver diferença entre fornecer sal mineralizado e apenas sal branco aos animais na época da seca. A lógica é que a exigência dos minerais para manter ou perder peso na seca é tão baixa que o pouco que tem na pastagem já resolve. O conceito importante aqui é o seguinte: Quanto maior a produção, maior a necessidade de nutrientes (inclusive minerais). Por isso que a hora que mais se deve preocupar com a suplementação de minerais é nas águas. Na seca, também devemos, mas usando sal com ureia e proteinado, resolvendo primeiro o fator mais limitante.
Mito 9: “Se não usar cocho coberto, melhor nem mineralizar!” – Cochos cobertos, bem assentados, bem localizados, que não fiquem ilhados por acúmulo de água ajudam muito os lotes por eles atendidos a terem bom consumo e devem ser o padrão a ser atingido. Todavia, o pior cenário não é ter o sal mineral molhado pela chuva, mas a falta de espaço linear mínimo de cocho. Recomenda-se oferecer no mínimo 6 cm lineares de cocho para cada unidade animal atendida por esse cocho. Entre ter o sal preservado da chuva e dar acesso ao sal a todos os animais, mesmo que molhado, dê preferência à segunda opção. Ainda assim, ao usar cochos não cobertos, é aconselhável ter um monitoramento (e abastecimento) mais intensivo, uma vez que a umidade ajuda a empedrar o sal, o que prejudica seu consumo.
Mito 10: “Bobagem gastar com sal mineral! Um amigo parou de mineralizar e não notou diferença nenhuma!” – Esse é um mito para o qual basta o tempo para que seja derrubado. As vezes, nos deparamos com alguém que está fazendo esse “teste” e é possível que, em algum lugar no Brasil, de fertilidade natural muito alta e que o produtor se contente com índices produtivos medíocres que o “teste” funcione por um bom tempo, alongando a “vida útil” do mito. O confronto entre os níveis usualmente encontrados dos minerais nas forragens brasileiras e a exigência cada vez maior, a medida que melhoramos o manejo das pastagens e a genética dos animais, fazem com que possamos esperar que cada vez mais esses tipo de “teste” dure menos.
Um bom uso da técnica de suplementação mineral permite o aproveitamento de todo potencial produtivo da forragem. Ajudar esse aliado da produção a nos ajudar é altamente compensador. Ter esses conceitos corretos na ponta da língua ajudam a deixar o sal na ponta da língua dos animais e o azul mais vivo na conta da fazenda.
Sérgio Raposo
Pesquisador da Embrapa Gado de Corte, agrônomo com mestrado (1992) e doutorado (2002) pela ESALQ/USP, especialista em nutrição animal, atuação em pesquisa com os seguintes temas: exigência e eficiência na produção animal, qualidade de produtos animais e soluções tecnológicas para produção sustentáve
Mito 1: “Sal mineral é tudo igual!” – Um sal mineral é uma mistura de vários elementos, óxidos e sais à disposição no mercado. Comprá-los e misturá-los é algo dentro das possibilidades de quase qualquer terráqueo. Mas, então, por que isso é mito? O que pode diferenciar um sal mineral de outro? O primeiro ponto seria a formulação do sal (as quantidades de cada matéria prima visando determinadas concentrações finais dos nutrientes no produto). Um produto mal formulado, isto é com níveis de garantia furados e consumo mal planejado, não será eficaz. Assim, mesmo que o animal o consuma, não será atingido o objetivo de atender suas exigências minerais. Outra questão ainda muito mais comprometedora é que existem inúmeras armadilhas no mercado em termos de matéria-prima. Ainda que algumas delas possam ser evitadas com uma análise de laboratório, outras podem ter um laudo perfeito do laboratório, mas o nutriente não ser assimilável (não ser biodisponível, no jargão técnico). Outros diferencias seriam: qualidade da mistura, fontes mais nobres de matéria-prima, tipo de apresentação (granulado, floculado,,,), resistência ao empedramento e algo que tem feito muita diferença: apoio técnico da empresa ao produtor.
Mito 2: “O animal sabe que mineral precisa!” – Esse é um dos mitos mais difusos e duradouros. Já foi amplamente comprovado por pesquisas que o animal voluntariamente não seleciona minerais dos quais esteja deficiente. Exatamente por isso que precisamos colocar todos juntos, de maneira bem formulada para que eles os consumam. Como o sódio é o único mineral que efetivamente o animal mostra desejo em consumir, o cloreto de sódio virou o veículo ideal para ajudar nesta tarefa (Ver Mito 5).
Mito 3: “O mineral que importa no sal, mesmo, é o fósforo” – Segundo um extenso levantamento realizado pela Embrapa Gado de Corte, 100% das forrageiras analisadas teriam valores muito baixo de sódio (< 0,1% da matéria seca), que predisporiam deficiência. Nesta mesma pesquisa, o fósforo ficou em quarto lugar, com 72% das amostras abaixo de 0,12% da matéria seca. Zinco, com 96% das amostras menor do que 20 ppm (2º lugar), cobre com 82% menor que 4 ppm (3º lugar) e Cálcio com 38% menor que 0,2% da matéria seca (5º lugar), completam a lista. Não foram avaliados nesta pesquisa Cobalto, Iodo e Selênio, todos com histórico de deficiência e resposta a suplementação no Brasil. Fica claro, então, que o fósforo não é o único mineral que devemos nos preocupar. Como todos podem limitar a produção, devemos nos preocupar com cada um deles, bem como nos preocupar que estejam balanceados, sem grandes excessos que possam predispor a problemas de absorção (um mineral em excesso, prejudicando a absorção de outro).
Mito 4: “Quanto maior a concentração em minerais, melhor é o sal! Esse é o critério que eu uso na compra!” – Ao comparar dois produtos é comum o produtor optar por aquele que tenha valores de níveis de garantia dos nutrientes mais altos. A lógica seria que, se eles têm maiores concentrações, o animal vai ter mais desse mineral a disposição. O que “fura” essa lógica é o consumo! Se o sal tem 90 gramas de fósforo por quilograma do produto isso apenas significa qual a concentração dele e não quanto está à disposição do animal, o que vai depender da quantia que ele ingere desse sal mineral. Assim, se esse sal tem um consumo de 60 gramas/cabeça.dia, o consumo de fósforo pelo animal é de 5,4 g/cabeça.dia. Um sal com 88 de fósforo por quilograma do produto, mas com consumo de 70 gramas/cabeça.dia, suprirá com 6,16 gramas de fósforo por dia ao animal, quase 1 g a mais do que o de 90. Portanto, lembre-se: o animal não come concentração, ele come o sal!
Mito 5: “Só o sódio basta para acertar o consumo” – Esse é um mito que todo nutricionista gostaria de acreditar, pois a única forma de formular o sal é considerar que isso é verdade. Enfim, precisamos de uma referência e a melhor que temos é o teor de sódio. Esta referência até funciona bem, no sentido que ao fazermos a média de muito dados de consumo, há uma convergência para que o valor obtido se aproxime daquele que atende as exigências de sódio. Assim, para estimar a o consumo de um mineral bastar identificar qual o consumo necessário para atender as exigências de sódio. Por exemplo, considerando como 10 g de Sódio a exigência de uma unidade animal (um animal com 450 kg), se o sal fornecido a ele tem 200 g de sódio por quilograma do produto, o consumo esperado deste produto é de 50 gramas/cabeça.dia, O cálculo é uma “regra de três”: Se em 1 kg do produto temos 200 g, quantos quilos do produto preciso para ter esses 10 g ou, simplesmente, 10 g/cab.dia dividido por 200 g Sódio/kg produto = 0,05 kg produto.
Mito 6: “Regulando o consumo pelo teor de sódio, não há necessidade de monitorar o consumo” – O problema dos nutricionistas precisarem tanto desta referência é que ele passa, muitas vezes, a ser tido como uma referência absoluta. A realidade nos mostra que o consumo de minerais é muito variável e que essa variabilidade é pouco previsível. O que esta realidade nos impõe é monitorarmos o consumo, de preferência, de piquete à piquete e, na pior das hipóteses ter a média da fazenda no ano. (neste link há um exemplo deste cálculo: http://sites.beefpoint.com.br/sergioraposo/2013/12/26/cinco-dicas-basicas-para-ter-uma-producao-melhor-em-2014/)
Mito 7: “As empresas usam palatabilizantes para aumentar consumo” – O consumo de minerais interessa, sim, às empresas, pois quanto maior for o consumo, maiores serão suas vendas. Todavia, não há pior propaganda para uma empresa do que ela ter sais minerais com fama de alto consumo, pois isso é um fator altamente desestimulante para os compradores. Aliás, nunca há reclamação por consumo abaixo do valor recomendado, apenas quando ele fica acima. Ocorre que o maior prejuízo ao pecuarista, em geral, ocorre por não aproveitar todo o benefício de “zerar” as deficiências minerais. Dessa forma, é interessante que algum palatabilizante seja utilizado na formulação. Adicionalmente, resultados de pequisa mostram que ele ajuda a uniformizar o consumo, o que é muito desejável. (Mais informações sobre consumo uniforme do lote no texto: http://sites.beefpoint.com.br/sergioraposo/2013/09/17/mineralizacao-de-animais-em-pastagem-assunto-encerrado/)
Mito 8: “Mineralizar faz diferença mesmo na seca!” – As vendas de sal mineral aumentam na época que antecede a estiagem, mostrando claramente que o produtor tem aumentada sua preocupação em vista dos pastos mais pobres da seca. A crença por trás disso seria que, uma vez que a pastagem teria níveis mais baixos de minerais (o que é fato), consequentemente seria necessário dar mais minerais ao animal para compensar. Todavia, o que acontece na seca é que não adianta fornecer apenas os minerais, pois o nutriente mais limitante é a proteína. Há, inclusive, dados de pesquisa mostrando não haver diferença entre fornecer sal mineralizado e apenas sal branco aos animais na época da seca. A lógica é que a exigência dos minerais para manter ou perder peso na seca é tão baixa que o pouco que tem na pastagem já resolve. O conceito importante aqui é o seguinte: Quanto maior a produção, maior a necessidade de nutrientes (inclusive minerais). Por isso que a hora que mais se deve preocupar com a suplementação de minerais é nas águas. Na seca, também devemos, mas usando sal com ureia e proteinado, resolvendo primeiro o fator mais limitante.
Mito 9: “Se não usar cocho coberto, melhor nem mineralizar!” – Cochos cobertos, bem assentados, bem localizados, que não fiquem ilhados por acúmulo de água ajudam muito os lotes por eles atendidos a terem bom consumo e devem ser o padrão a ser atingido. Todavia, o pior cenário não é ter o sal mineral molhado pela chuva, mas a falta de espaço linear mínimo de cocho. Recomenda-se oferecer no mínimo 6 cm lineares de cocho para cada unidade animal atendida por esse cocho. Entre ter o sal preservado da chuva e dar acesso ao sal a todos os animais, mesmo que molhado, dê preferência à segunda opção. Ainda assim, ao usar cochos não cobertos, é aconselhável ter um monitoramento (e abastecimento) mais intensivo, uma vez que a umidade ajuda a empedrar o sal, o que prejudica seu consumo.
Mito 10: “Bobagem gastar com sal mineral! Um amigo parou de mineralizar e não notou diferença nenhuma!” – Esse é um mito para o qual basta o tempo para que seja derrubado. As vezes, nos deparamos com alguém que está fazendo esse “teste” e é possível que, em algum lugar no Brasil, de fertilidade natural muito alta e que o produtor se contente com índices produtivos medíocres que o “teste” funcione por um bom tempo, alongando a “vida útil” do mito. O confronto entre os níveis usualmente encontrados dos minerais nas forragens brasileiras e a exigência cada vez maior, a medida que melhoramos o manejo das pastagens e a genética dos animais, fazem com que possamos esperar que cada vez mais esses tipo de “teste” dure menos.
Um bom uso da técnica de suplementação mineral permite o aproveitamento de todo potencial produtivo da forragem. Ajudar esse aliado da produção a nos ajudar é altamente compensador. Ter esses conceitos corretos na ponta da língua ajudam a deixar o sal na ponta da língua dos animais e o azul mais vivo na conta da fazenda.
Sérgio Raposo
Pesquisador da Embrapa Gado de Corte, agrônomo com mestrado (1992) e doutorado (2002) pela ESALQ/USP, especialista em nutrição animal, atuação em pesquisa com os seguintes temas: exigência e eficiência na produção animal, qualidade de produtos animais e soluções tecnológicas para produção sustentáve
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
EXPORTAÇÕES DE CARNE IN NATURA
Exportações de carne in natura para os EUA podem começar em setembro, avalia Abiec
A indústria brasileira de carne bovina espera iniciar já no mês de setembro os embarques do produto in natura para os Estados Unidos.
Foi o que afirmou o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Bovina (Abiec), Fernando Sampaio. "O mercado norte-americano estava entre as nossas prioridades para este ano", diz ele.
Na segunda-feira (29/6), o Minist...ério da Agricultura (MAPA) informou que depois de 15 anos de expectativa e negociações, o mercado norte-americano está aberto para a carne bovina in natura, assim como já ocorria para o produto industrializado.
A decisão vale para 13 estados (Bahia, Espirito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins) e o Distrito Federal. O governo e os frigoríficos avaliam que o mercado potencial é de 100 mil toneladas por ano.
O próximo passo, explica Sampaio, é definir a chamada equivalência do sistema de inspeção, o que é comum no processo de liberação de exportações. A partir disso, os frigoríficos brasileiros já poderiam ser habilitados para iniciar os embarques.
"De início, todas as nossas unidades que são habilitadas para exportar industrializado poderão embarcar matéria-prima. E a gente tem várias outras plantas que podem ser habilitadas para atender. Quem faz a habilitação é o Ministério da Agricultura e os Estados Unidos vêm auditar."
Comemorada pela indústria, a liberação do mercado norte-americano para a carne bovina in natura chega em um momento de pressão para a cadeia produtiva, especialmente a indústria. A arroba do boi gordo em patamares elevados, em função da pouca oferta de animais, têm elevado os custos da indústria.
E a margem de repasse para os preços fica limitada em função da demanda mais lenta por carne e das proteínas concorrentes, como a carne suína e de frango. "A gente vai abater de qualquer jeito. O que a exportação proporciona é uma rentabilidade melhor".
Essa rentabilidade viria, segundo Sampaio, especialmente pelas vendas de cortes dianteiros, que devem concentrar o maior volume embarcado para os Estados Unidos. O diretor executivo da Abiec explica que esse tipo de produto o "Brasil tem de sobra", e os norte-americanos demandam em grande quantidade para a produção, por exemplo, de hambúrgueres.
"Dianteiro, a gente sempre exportou para a Rússia e para o Oriente Médio e agora tem os Estados Unidos. A gente pode exportar qualquer corte, mas enxerga que a oportunidade comercial maior está nesse tipo de produto. Principalmente, quando você tem uma situação em que o boi está mais caro, isso ajuda a rentabilizar a carcaça muito melhor. Vou achar o melhor mercado para cada parte e agora vou ter um mercado grande para uma parte do boi que aqui vale pouco", afirma.
Fonte: Globo Rural
A indústria brasileira de carne bovina espera iniciar já no mês de setembro os embarques do produto in natura para os Estados Unidos.
Foi o que afirmou o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Bovina (Abiec), Fernando Sampaio. "O mercado norte-americano estava entre as nossas prioridades para este ano", diz ele.
Na segunda-feira (29/6), o Minist...ério da Agricultura (MAPA) informou que depois de 15 anos de expectativa e negociações, o mercado norte-americano está aberto para a carne bovina in natura, assim como já ocorria para o produto industrializado.
A decisão vale para 13 estados (Bahia, Espirito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins) e o Distrito Federal. O governo e os frigoríficos avaliam que o mercado potencial é de 100 mil toneladas por ano.
O próximo passo, explica Sampaio, é definir a chamada equivalência do sistema de inspeção, o que é comum no processo de liberação de exportações. A partir disso, os frigoríficos brasileiros já poderiam ser habilitados para iniciar os embarques.
"De início, todas as nossas unidades que são habilitadas para exportar industrializado poderão embarcar matéria-prima. E a gente tem várias outras plantas que podem ser habilitadas para atender. Quem faz a habilitação é o Ministério da Agricultura e os Estados Unidos vêm auditar."
Comemorada pela indústria, a liberação do mercado norte-americano para a carne bovina in natura chega em um momento de pressão para a cadeia produtiva, especialmente a indústria. A arroba do boi gordo em patamares elevados, em função da pouca oferta de animais, têm elevado os custos da indústria.
E a margem de repasse para os preços fica limitada em função da demanda mais lenta por carne e das proteínas concorrentes, como a carne suína e de frango. "A gente vai abater de qualquer jeito. O que a exportação proporciona é uma rentabilidade melhor".
Essa rentabilidade viria, segundo Sampaio, especialmente pelas vendas de cortes dianteiros, que devem concentrar o maior volume embarcado para os Estados Unidos. O diretor executivo da Abiec explica que esse tipo de produto o "Brasil tem de sobra", e os norte-americanos demandam em grande quantidade para a produção, por exemplo, de hambúrgueres.
"Dianteiro, a gente sempre exportou para a Rússia e para o Oriente Médio e agora tem os Estados Unidos. A gente pode exportar qualquer corte, mas enxerga que a oportunidade comercial maior está nesse tipo de produto. Principalmente, quando você tem uma situação em que o boi está mais caro, isso ajuda a rentabilizar a carcaça muito melhor. Vou achar o melhor mercado para cada parte e agora vou ter um mercado grande para uma parte do boi que aqui vale pouco", afirma.
Fonte: Globo Rural
CONTROLES – UMA FERRAMENTA PARA TOMADA DECISÃO
Adriana Calmon de Brito Pedreira
Já abordado em textos anteriores,
a necessidade do gestor das empresas rurais pôr em prática o chamado Processo
Administrativo, que envolve as 4 funções básicas dos administradores que são
planejar, organizar dirigir e controlar, é de suma importância para as
organizações. Esse texto abordará um dos itens do processo que são os CONTROLES
- controles produtivos, administrativos, comerciais e financeiros.
Dando início ao Processo
Administrativo, a etapa de controle muitas vezes é considerada a última, porém cabe
uma ressalva no sentido que essa etapa deve acompanhar todo o processo e suas outras
etapas avaliando, comparando e trazendo dados importantes a todo momento, visto
que justamente por ser um processo, a administração precisa de ajustes
constantes.
Ajustes constantes???
Sim, a empresa é dinâmica, é
processual, é sistêmica, é holística, é integrada no ambiente e por isso
conforme a movimentação externa é necessário que ajustem sejam feitos
constantemente. Da mesma forma as movimentações internas podem exigir novas
atividades, planejamentos e metas. Um planejamento não pode ser estático nem
eterno.
O que permite aos gestores
ajustarem seus rumos, ou ajustarem suas trajetórias, são os dados colhidos no
ambiente interno e externo das suas propriedades ou das suas empresas. Esses
dados são chamados de registros, ou controles que espelham o que foi fato no
passado e que ao serem analisados podem trazer respostas sobre o que de fato
aconteceu ou possa a vir acontecer na organização.
Muitas propriedades possuem dados
registrados e datados de mais de 10 anos, porém esses dados muitas vezes são
apenas coletados e colocados em pastas e arquivados. São os autênticos arquivos
mortos. Dessa forma a energia gasta com a produção de controles está totalmente
desperdiçada e sem nenhuma função administrativa, financeira, produtiva ou
comercial.
Sendo assim, cabe observar que a
atividade de controle apresenta quatro fases distintas:
1)
Estabelecimento
de padrões: podem ser padrões determinados internamente ou coeficientes
técnicos padrões da atividade;
2)
Mensuração
do desempenho: acompanhar os fatos registrando os dados;
3)
Comparação
entre obtido e esperado: Análise. Esta é a fase mais importante do controle,
pois de nada adiante determinar padrões e mensurar resultados se não houver uma
análise dos motivos que levaram ao alcance ou não dos padrões determinados.
4)
Ação
corretiva: É a aplicação do processo administrativo, pois a ação corretiva
implica em reestruturar o planejamento e dar início a um novo ciclo baseado em
novos padrões, novos procedimentos, técnicas, pessoas, etc.
É importante estar atento aos
padrões determinados e aos coeficientes técnicos adotados, pois alguns fatores
podem interferir de forma direta no alcance ou não desses coeficientes,
causando ou uma frustração, ou uma ideia de desempenho superior irreal. Esses
fatores podem ser:
a)
Tipo de
exploração: Uma exploração intensiva tem resultados totalmente diferentes das
explorações totalmente ou semi extensivas. Lavoura irrigada, adensada também
produzem diferente de lavouras de cultivo tradicional;
b)
Local de
produção: Regiões diferentes possuem características físicas, legais,
ambientais, meteorológicas diferentes e não podem responder da mesma forma.
c)
Mercado: As
exigências do mercado interferem diretamente no modo de produção o que faz com que
os coeficientes nem sempre possam ser semelhantes.
Na atividade rural existem
controles de vários tipos, como foi dito anteriormente: os produtivos – aqueles
que registram os dados da produção da propriedade, os financeiros – que
refletem os resultados entre despesas, receitas e investimentos, os
administrativos – que demonstram dados de pessoal, de movimentação, de
logística e por fim os comerciais - que traduzem volumes e tipo de vendas, saldos,
clientes etc. Caberá ao produtor eleger os que pretende acompanhar e definir os
parâmetros adequados ao perfil do empreendimento.
Os índices financeiros podem ser:
giro de caixa, liquidez, endividamento, lucratividade. Já os índices
administrativos podem ser o volume de horas extras, a rotatividade dos funcionários,
total de despesas administrativas. Quando pensamos nos índices comercias já
focamos na comercialização dos produtos: custos relacionados a venda, volume de
venda, períodos de maior e menor comercialização, preços de venda ao longo do
ano e em índices históricos. Por fim os produtivos, que são aqueles que os
produtores têm maior familiaridade e mais gostam de apurar: taxa de natalidade,
taxa de fertilidade, taxa de desfrute, taxa de abate, rendimento de carcaça,
taxa de mortalidade, ganho de peso.
Não só analisar os controles
avaliando os resultados obtidos, como também fazendo uma comparação entre eles
é fundamental para que seja apresentado o retrato da propriedade e não uma
caricatura. Muitas os resultados produtivos são excelentes e os econômicos financeiros
são horríveis, o que indica uma necessidade de ajustar o sistema produtivo.
Outras situações podem ocorrer
como termos excelentes resultados financeiros e baixíssimos índices produtivos,
são raros esses casos, mas acontecem e normalmente indicam uma capacidade
ociosa de produção. Pode-se também observar as vezes, que os resultados
financeiros são consequência de uma má gestão comercial ou administrativa e não
produtiva.
Sendo assim, observa-se com
consistência como os controles organizacionais são fundamentais no processo
administrativo e que os produtores devem estar atentos a análise deles.
Abaixo, o leitor pode encontrar
algumas fórmulas para ajudar a calcular os índices obtidos.
Cálculo do índices:
ECONÔMICOS -
FINANCEIROS:
Lucratividade = Resultado Líquido
Receita Total
(Para cada R$100,00 vendidos,
quanto é de ganho líquido)
Liquidez = Disponível
+ contas a receber + estoques
Passivo
total
(Para cada R$100,00 em dívida,
quanto se tem para pagar)
Margem de Contribuição = Preço de venda – custos variáveis (absoluta)
Margem de Contribuição % = Preço de venda – custos variáveis
Preço de venda
(Quanto do valor de venda do
produto está comprometido com os custos)
Ponto de equilíbrio R$ = custos fixos .
(Receita total – custos variáveis)
Receita total
Ponto de equilíbrio Un = PE R$ .
Preço
de venda (Un.)
(Montante de produto a ser
comercializado para cobrir todas as despesas fixas e variáveis)
PRODUTIVOS:
Taxa de fertilidade %= Número de vacas
cheias
Total de
vacas em estação
Taxa de natalidade % = Número de bezerros nascidos
Total
de vacas em estação
Taxa de desfrute % = Número de animais excedentes
Total
do rebanho
Taxa de abate % = Número de animais
abatidos
Total
do rebanho
Rendimento de carcaça % = Peso morto (frigorífico)
Peso vivo ( vivo com 14
horas de jejum)
Produtividade do rebanho/ha = Kg de carne
disponível para o abate
Total de
hectares
Bibliografia:
Araújo, Massilon. Fundamentos do
Agronegócio. São Paulo. Atlas.2003
Corrêa, Afonso Nogueira. Gado de
Corte: o produtor pergunta. EMBRAPA SPI. Brasília, 1996
Pires, Alexandre Vaz.
Bovinocultura de Corte. Vol II. Piracicaba. FEALQ.2010
Souza et al. Administração da
Fazenda. São Paulo. Globo 1990
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