Adriana Calmon de Brito Pedreira
Msc.
em Administração Estratégica
A necessidade de contribuir tanto
para a sobrevivência do homem, como afirmam Oliveira e Melo, 2010, mas também
para legar às gerações futuras um meio ambiente saudável, sem poluição, capaz
de produzir alimentos impõem o uso racional dos recursos como agua, solo e
animal.
O artigo anterior aqui publicado,
cujo título é Produção de gado de corte – desafios para toda a cadeia,
finalizou com a abordagem do trinômio genótipo - ambiente – mercado defendida
por Euclides Filho, 2010 como responsável pelo sucesso dos empreendimentos
pecuários modernos.
É importante reforçar os
conceitos de cada um dos elementos acima para que seja possível discorrer sobre
a importância de cada um deles no contexto da produtividade. Portanto
entende-se por genótipo, o tipo de animal a ser utilizado para formar o
plantel - vincula-se portanto à raça ou mesmo a grupos genéticos*¹. Escolher a
raça mais adaptada e os animais que mais se adequam às condições climáticas, a
oferta de forragem e principalmente aos objetivos organizacionais é ponto de
partida para uma produção eficiente e capaz de competir no mercado globalizado.
Pautado nessa escolha o produtor
rural deverá focar ou debruçar-se no melhoramento genético através da seleção e
do cruzamento dos animais para obter os exemplares e plantel que respondam da
melhor forma aos investimentos aplicados. Deve-se entender como seleção a
escolha dos animais que serão os pais da próxima geração, e por cruzamento o
acasalamento entre animais de raças ou linhagens diferentes.
A seleção e o cruzamento então,
precisam produzir animais que estejam e sejam capazes de promover as mudanças
desejadas na intenção de responder às demandas do mercado - o outro elemento do
trinômio em evidência.
Em falando de mercado
portanto, deve estar atento não apenas a preço e a rede de distribuição, mas
principalmente às características da carne desde as propriedades organolépticas
até as garantias nutricionais e sanitárias exigidas pelos consumidores. Vemos
aí portanto o primeiro vínculo do trinômio, no qual o genótipo e o mercado se
relacionam compondo uma dependência mutua através de três elementos básicos:
precocidade reprodutiva, precocidade no acabamento e desempenho nutricional.
Para que o trinômio seja bem
equacionado é fundamental que o genótipo e o mercado estejam em harmonia com o
ambiente e quando se fala em ambiente, deve-se compreender que o termo
vai muito mais além de características climáticas e de relevo e solo. O
ambiente abrange condições sócio econômicas e culturais incluindo obviamente a
capacidade da mão de obra local e a própria infraestrutura instalada.
Esses itens supra mencionados são
decisivos na adequação às imposições externas que exigirão mudanças nos
processos produtivos de forma a torna-los eficazes na entrega do produto ao
consumidor final.
Esses três elementos portanto,
serão a base para uma produção sustentável, competitiva e dentro de uma
perspectiva global de produção de carne bovina que se baseia numa oferta de
produtos de qualidade, com constância de oferta e a preços adequados.
Fontes de consulta:
EUCLIDES FILHO, K. INTERAÇÃO
GENÓTIPO-AMBIENTE-MERCADO NA PRODUÇÃO DE CARNE BOVINO NOS TRÓÍCOS. Disponível em
http://simcorte.com/index/Palestras/s_simcorte/07_kepler.PDF . Visitado em 11/08/2015
PIRES, A.V. Bovinocultura de
Corte. Piracicaba: FEALQ, 2010. 1510p.
LAZZAROTO, J.; SCHMITT,R.;
ROESSING,A. A competitividade da cadeia
produtiva da carne bovina. Universidade Federal de Viçosa.
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