sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Bahia inaugura o maior confinamento bovino do Norte-Nordeste

O Oeste da Bahia segue em constante crescimento no País e mostrou mais uma vez o potencial da região. Representando o governador Jaques Wagner, o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, inaugurou neste sábado (22), em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste do Estado, o maior confinamento bovino do Norte/Nordeste, com cerca de 40 mil cabeças de gado e expectativa de crescimento do rebanho para 60 mil bovinos até 2013. A Fazenda Captar, de propriedade do empresário Almir Moraes, tem área de 200 hectares. O complexo é composto por uma fábrica de adubos orgânicos e uma fábrica de ração animal. Um cuidado especial é reservado na alimentação do rebanho confinado, com dieta balanceada e rica em proteínas garantindo o suporte necessário para engordar os animais de forma saudável.

"Este é um grande empreendimento, o primeiro de muitos que virão para a Bahia. Com este marco, o governo abre as portas para a pecuária mundial. Vamos mostrar para o mundo o que é transformar grãos em proteína animal" afirmou o secretário Eduardo Salles, citando ainda o impacto socioeconômico do confinamento na região, onde está gerando cerca de 500 empregos diretos e indiretos.
Falando para centenas de pecuaristas, Salles lembrou conquistas do governo relacionadas à pecuária, citando o fim da Zona Tampão, que prejudicava oito municípios; a instituição da segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa, em novembro, para apenas animais com até 24 meses, gerando economia de cerca de R$ 11 milhões para os pecuaristas, que deixam assim de vacinar seis milhões de animais na segunda etapa; a ampliação do número de frigoríficos abatedouros, e a implantação da GTA online, sistema através do qual o próprio pecuarista emite a Guia de Transporte de Animais, dentre outras.
Para o diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres, a GTA online é uma ferramenta que favorece os pecuaristas do Estado. "A Bahia é pioneira nesta iniciativa, que irá facilitar em muito a vida do pecuarista. A Fazenda Captar, por exemplo, já emitiu mais de 200 Guias de Trânsito Online entre julho e setembro deste ano, movimentando cerca de seis mil animais. E tudo isso foi feito dentro da própria fazenda, sem precisar se deslocar até o escritório da Adab", explicou ele.
O proprietário da Fazenda Captar, Almir Moraes, destacou a importância do empreendimento, e explicou que Luis Eduardo Magalhães tem as condições favoráveis para o sucesso do confinamento. "Nossos frigoríficos precisam de bois e os animais precisam de grãos para uma dieta balanceada. O oeste é um grande produtor de grãos na Bahia e poderá nos dar este suporte" avaliou Almir. Ele disse que as atividades do confinamento foram iniciadas no final de 2011, com 12,5 mil bois, passando para 25 mil em dezembro do mesmo ano e 40 mil em setembro deste ano. Até o final de 2013, o número de animais deverá chegar a 60 mil.
Para armazenar os grãos, o Complexo conta com dois silos com capacidade para 75 mil sacas, e outros três com capacidade para 210 mil. A fazenda possui ainda um sistema de drenagem e reutiliza toda água usada nos cochos para irrigação da área plantada com capim.
A inauguração oficial do confinamento contou com a presença do diretor do Frigorífico Agro Industrial de Alimentos (Fribarreiras), Edilson Cruz; gerente regional da empresa Tortuga, Carlos Portela; presidente do Grupo Coringa, José Alexandre; presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Luis Eduardo Magalhães, Vanír Kolln, e representantes dos Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Bradesco.
Fonte:Boi Pesado 25/09/2012

Salles parabeniza Senado pela aprovação da MP do Código Florestal

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Agricultura (Conseagri), engenheiro agrônomo Eduardo Salles, titular da pasta na Bahia, enviou ofício ao Senado Nacional, parabenizando pela aprovação da Medida Provisória (MP) do Código Florestal. Ele afirma que esse é um momento muito importante para a agropecuária brasileira, porque traz segurança jurídica para o campo.


Salles está em São Paulo, participando como convidado do Fórum Global de Agropecuária, discutindo, com mais de 500 representantes do Brasil e do exterior, questões relativas à agropecuária mundial, visando a necessidade de aumento da produção de alimentos com sustentabilidade e segurança alimentar do planeta.
Fonte:Ascom Seagri – 26 de setembro de 2012

Certificada mais uma propriedade baiana livre de brucelose e tuberculose

Mais uma propriedade baiana obteve certificação ‘Livre de Brucelose e Tuberculose’, totalizando 17 fazendas sem ocorrência dessas enfermidades no estado. Outras três estão em processo de certificação, colocando a Bahia em quarto lugar no ranking nacional de propriedades certificadas. A medida foi adotada pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri).

A certificação representa importante estratégia de atuação do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) e se caracteriza por ser de ação voluntária e envolver um médico-veterinário, credenciado e habilitado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em todo o processo.

Garantia

Para a coordenadora do programa na Adab, Luciana Ávila, "a certificação de mais uma propriedade no estado, localizada no município de Irecê, representa a garantia de mais um rebanho (159 cabeças) livre dessas enfermidades e a segurança na oferta de seus subprodutos ao consumidor".
Iniciado em 2008, o processo de certificação envolve ações de educação sanitária – reuniões, palestras e seminários, em conjunto com entidades parceiras. Entre os colaboradores do programa estão o Mapa, por meio da Superintendência Federal da Agricultura na Bahia (SFA), e a Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), além de prefeituras.
"O apoio da iniciativa pública e privada auxilia o trabalho da defesa agropecuária, na medida em que informa aos criadores procedimentos para a certificação e desperta o interesse em aderir ao processo", afirmou o diretor-geral da Adab, Paulo Emílio Torres.
Fonte: Seagri

Exportações de carnes têm ritmo acelerado neste mês e superam em 66% as de agosto

As exportações de carnes começaram o mês em ritmo acelerado. As receitas obtidas pelos exportadores somaram US$92,5 milhões por dia útil na primeira semana do mês.

O valor superou em 66% o de agosto e em 50% o de igual período de 2011. A carne suína é o destaque, com as vendas de 3.600 toneladas por dia útil na primeira semana.
Esse volume supera em 75% o de agosto e em 89% o de setembro de 2011. Pedro Camargo Neto, presidente da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria de Produtos e Exportação de Carne Suína), diz que esse aumento de venda vem de uma pulverização maior das vendas nacionais.
Enquanto as vendas para a China não deslancham, as pendências com a Rússia não são resolvidas e a relação comercial com a Argentina ainda apresenta problemas, os exportadores brasileiros encontraram outros mercados, como Ucrânia e Hong Kong, diz Camargo.
O setor avícola também iniciou o mês com boa aceleração nas vendas. As indústrias colocaram 20 mil toneladas de frango por dia útil para fora do país na primeira semana do mês, 63% mais do que em agosto. Em relação a 2011, a alta é de 52%.
O setor de carne bovina também teve bom desempenho, mas em ritmo menor do que o das carnes suínas e de frango. Os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) indicaram vendas diárias de 6.200 toneladas, 57% mais do que as de agosto.
Essa aceleração de vendas pode não ocorrer no mesmo ritmo nas próximas semanas. O país está conseguindo novos mercados, mas parte das exportações ficou retida no mês passado, o que pode ter elevado o volume de setembro. Esses números consideram apenas as exportações de carnes "in natura".
Fonte:Boi Pesado 26/09/2012

Diferencial de preços entre machos e fêmeas está maior este ano, avalia Scot Consultoria

Boi gordo tem sido negociado em setembro por valor 10,5% maior que a fêmea

O preço médio do boi gordo em setembro está em R$98,20 por arroba a prazo em São Paulo, de acordo com levantamento da Scot Consultoria. Este valor é 0,5% menor que no mesmo período de 2011, mas 6,3% acima do observado em agosto.
Já o preço médio da vaca gorda em setembro está em R$88,83 por arroba, nas mesmas condições. Em relação ao observado no mesmo mês do ano passado, houve queda de 4,7%. A maior oferta de fêmeas ao longo do ano colabora com este diferencial maior em relação aos machos.
Na comparação com a cotação média de agosto, o preço em setembro está 5,3% maior. O boi gordo tem sido negociado em setembro por valor 10,5% maior que a fêmea. Em relação ao mesmo período do ano passado o diferencial está 4,7 pontos percentuais maior. Na média de janeiro a setembro a diferença nas cotações está em 9,4%, ante 8,7% no mesmo intervalo em 2011.
Canal Rural 25/09/2012

Escalas de abate mais apertadas marcam fechamento da semana para o boi gordo

Frigoríficos diminuíram a pressão de baixa sobre os animais no Rio grande do Sul

Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo a referência para o boi gordo fechou a última semana em R$ 97,00 a arroba à vista e R$ 98,50 a prazo. Preços acima da referência apareceram com menor frequência do que nos dias anteriores.
Boa parte das indústrias no Estado conseguiu alongar as escalas de abate, que atendem, em média, cinco dias úteis. Havia frigoríficos fora dos negócios, o que diminuiu o ritmo das compras.
No Triângulo Mineiro, as indústrias que possuem animais a termo estão com as escalas confortáveis. Para as que não utilizam esta estratégia, houve pouca evolução nas programações.
As condições ruins das pastagens no Norte do país sustentam os valores da arroba em algumas praças, como Rondônia, sul do Tocantins e Marabá (PA).
Fonte:Canal Rural 24/09/2012

Congresso Internacional da Carne 2013 é lançado na capital paulista

Com o tema A Melhor Carne para Alimentar o Mundo, o Congresso Internacional da Carne, que será realizado em junho de 2013, no Brasil, terá como temas principais sanidade e qualidade da carne produzida no País.

A programação e o formato do evento foram apresentados pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), na manhã desta quarta-feira (19), em São Paulo, a empresas e entidades ligadas ao segmento de pecuária de corte.
Goiânia, capital do estado de Goiás, será a sede do Congresso, que está sob a coordenação da Faeg e do International Meat Secretariat (IMS-Opic). Dentro dos macro-temas do evento, assuntos como volume de produção versus qualidade da carne e tipificação de carcaça serão obrigatórios, de acordo com o coordenador do evento no Brasil e vice-presidente da Faeg, José Manoel Caixeta.
Para ele não se justifica produção de carne com alto custo por preços pouco remuneradores e larga escala de produção sem parâmetros de qualidade. "A produção de carne no País evoluiu em muito, a ponto de nos tornarmos grandes players no mercado internacional. Porém, precisamos avançar no quesito qualidade e, para isso, temos todas as credenciais", explicou Caixeta aos presentes no evento de apresentação.
Credenciais ressaltadas pelo presidente do Fórum Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira. À frente, também, da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa-GO), ele explicou que Goiás possui diversas qualidades que fazem com que o estado seja local propício para sediar o evento.
"O estado é abriga o quarto maior rebanho bovino do país, é o terceiro maior abatedor do Brasil e primeiro no ranking nacional de cabeças confinadas. Desde de 1995, Goiás tem o status de zona livre de aftosa com vacinação e já caminha, em breve, para zona livre sem vacinação", detalhou Antenor Nogueira.
O Governo do Estado de Goiás, apoiador do evento, foi representado na apresentação pelo secretário de Agricultura, Pecuária e Irrigação, Antônio Flávio Camilo de Lima, que explicou aos presentes as oportunidades de o Brasil ser sede de evento de tamanha importância internacional.
O Congresso Internacional da Carne de 2013, que será realizado entre os dias 25 a 27 de junho, no Centro de Cultura e Convenções, em Goiânia, pretende destacar as vocações de Goiás para a produção agropecuária, que é sua principal atividade econômica.
Fonte:Site da Carne 20/09/2012



Bem-estar animal: cuidado que gera rendimento

Evitar estresse, sofrimento e maus tratos, garantir conforto térmico, alimentação de qualidade e saúde, desde o nascimento até o abate. Esses são alguns dos preceitos defendidos pela teoria do bem-estar animal e que estão cada vez mais presentes na produção de alimentos. Além da preocupação ética, o manejo feito de acordo com as exigências do bem-estar animal garante maior produtividade e qualidade do produto final.

Pastos Sombreados
Cada país impõe regras próprias dentro do conceito de bem-estar e no Brasil o Ministério da Agricultura é responsável pelo fomento dessas ações, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC). O Programa Nacional de Abate Humanitário (Steps), desenvolvido em parceria com a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), defende o conhecimento do comportamento animal para o uso de estratégias de manejo consciente.
Entre os cuidados previstos ainda durante o período de produção estão dieta balanceada, condições higiênicas, instalações adequadas e sanidade. O transporte costuma ser um dos pontos mais delicados, pois exige investimento em veículos adaptados e capacitação dos funcionários responsáveis pelo trato dos animais. No manejo pré-abate, os cuidados são intensificados para diminuir o estresse e seguem até o momento de insensibilização que antecipa o abate. O manejo inadequado afeta a qualidade da carne em fatores como cor, pH, consistência e durabilidade, além disso, eventuais hematomas e contusões podem reduzir o rendimento das carcaças.
Fonte:Beef World 17/09/2012

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Indústrias testam o mercado com valores menores que a referência

Os aumentos nas ofertas de compra nos últimos dias alongaram as escalas de abate e algumas indústrias voltaram a testar o mercado em valores menores que a referência, mas os negócios não ocorrem

A especulação cresceu. Em São Paulo existem tentativas de compra que variam de R$93,00/@ a R$98,00/@, à vista.
Nas demais praças são comuns as tentativas de compra de até R$2,00 abaixo da referência.
Por enquanto, não há espaços para redução nos preços. A oferta está restrita.
No Mato Grosso do Sul os negócios a R$92,00/@, à vista, tem sido mais frequentes.
Além da disponibilidade de animais terminados não ser abundante, o comportamento da demanda tem ajudado as indústrias.
A margem entre o Equivalente Scot Desossa e o preço da arroba está entre as melhores já registradas.
Fonte:Boi Pesado 14/09/201

Criadores de gado reduzem número de animais nos confinamentos

Aumento no preço do milho e da soja afetou os custos. Como alternativa, muita gente está mudando a dieta do rebanho.

Em um confinamento em Goiânia estão fechados para engorda seis mil bois, dois mil a menos que o programado.
Com a disparada nos preços do milho e da soja, o pecuarista teve de rever os planos até na dieta do gado. Nem farelo de soja, nem milho. O gado agora come sorgo, torta de algodão e até bagaço de tomate, ingredientes mais em conta, que ajudam a reduzir o custo na alimentação do gado.
O gerente da fazenda, Divino Oliveira, explica que há um mês o milho e a soja foram substituídos porque encareceram muito o custo da ração dos animais.
O número de bois confinados este ano não deve crescer no Brasil de acordo com dados da Assocon, Associação Nacional dos Confinadores.
Os desafios para quem quer confinar gado este ano são discutidos na quinta edição da Interconf, a Conferência Internacional de Confinadores, que acontece em Goiânia.
Além de reduzir custos, os criadores entendem que é preciso aumentar o consumo de carne de boi, que vem perdendo espaço para outras fontes de proteína animal como o frango e o peixe.
Uma das propostas apresentadas na conferência é a criação de um fundo para financiar o marketing do boi. O setor está preocupado e quer garantir os lucros com a propaganda do negócio.
Fonte:Beef World 12/09/2012

Expoinel recebe cem expositores em Uberaba

A Expoinel finaliza o calendário do Ranking Nacional Nelore e divulga os nomes dos grandes campeões da raça

Entre os dias 13 e 23 de setembro, o Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG) recebe a 41ª edição da Exposição Internacional do Nelore (Expoinel). O evento se destaca por finalizar o calendário anual do Ranking Nacional Nelore e divulgar os nomes dos grandes campeões da raça, valorizando criadores e incentivando a produção. A expectativa é de que mais de mil animais de cem expositores passem pela pista de julgamento da exposição. Na Expoinel, também haverá leilões de bois e cavalos, venda de produtos, cursos, apresentações e entrega de prêmios.
Esta será a primeira edição da Expoinel com leilões de cavalos, com vendas de animais das raças mangalarga e mangalarga marchador. Durante a exposição, o público também poderá comprar produtos como cochos, balanças, currais, sêmen e rações, dentre outros.
O evento também terá outras atividades, como cursos de culinária, a 2ª Mostra Científica Expoinel, os projetos Nelore Solidário e Saúde Brasil e a entrega do Prêmio Nelore de Jornalismo. Mais informações no site da Expoinel.
Fonte:Globo Rural 13/09/2012

Esalq promove Encontro sobre bovinocultura de corte - Intensificação de gestão

O uso das técnicas mais atuais relacionadas à intensificação do sistema de produção e gestão da cadeia pecuária como forma de aumentar a receita do produtor é o tema que será discutido no 'Encontro sobre bovinocultura de corte - Intensificação de gestão', que acontecerá na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (USP/Esalq). A atividade é destinada a produtores, engenheiros, técnicos, empresas públicas e privadas, administradores e estudantes do setor agropecuário.

Durante o evento serão apresentadas e discutidas as tecnologias mais atuais relacionadas à produção de pastagens, suplementação alimentar no período seco e no das águas, além das vantagens relacionadas ao investimento em melhoramento genético animal. Também serão abordados assuntos relacionados à administração da empresa rural e recursos humanos, o marketing possível de ser explorado face ao sistema de produção predominante no País, mecanismos de comercialização e opções de crédito disponível ao pecuarista.
Os interessados em participar do Encontro, que acontece dia 24 de setembro, no Anfiteatro do Pavilhão de Engenharia da ESALQ, devem fazer suas inscrições e obter mais informações pelos telefones (19) 3417-6604 ou (19) 3417-6601, pelo site www.fealq.org.br ou pelo e-mail cft@fealq.org.br .
A realização é do Grupo de Estudos "Luiz de Queiroz" (Gelq) 2013, sob coordenação do professor Sergio de Zen, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq).
Fonte: Boi Pesado 14/09/2012

UE faz pressão por carne sem aditivos

O governo brasileiro prometeu à União Europeia (UE) que vai propor "o mais rápido possível" garantias de que a carne bovina exportada para os 27 países membros do bloco não terá a adição de duas substâncias de engorda para o gado proibidas na Europa (zilpaterol e ractopamina) para afastar a ameaça de veto aos embarques. A França foi um dos países que se pronunciaram sobre o reforço no controle da entrada do produto nacional depois que o Ministério da Agricultura brasileiro aprovou o uso dessas substâncias no país.

Em reunião bilateral realizada na semana passada, em Bruxelas, representantes da União Europeia reafirmaram que se houver pelo menos a identificação de traços de um dos aditivos, certamente ocorrerá o veto à entrada de toda a cadeia bovina nacional, desde produtos ou subprodutos in natura e processados. A delegação brasileira afirmou que está em negociação com o setor privado para que haja a implantação do protocolo de garantia de segregação da produção entre a carne com os aditivos e a que está livre das substância destinada à exportação.
Na sexta-feira, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) previu que a criação desse sistema de segregação deverá estar concluída em, no máximo, duas semanas.
"O Brasil confirmou que a ractopamina e o zilpaterol não serão colocados em circulação antes da aprovação formal da Comissão Europeia sobre o sistema de segregação", afirmou Frédéric Vincent, porta-voz do comissário de Saúde e Política de Consumidores da UE. Além disso, "o Brasil informou à Comissão que o "split system" [sistema de segregação] ainda não está pronto, mas que vai submetê-lo a uma avaliação", disse Vincent.
Conforme já informou o Valor, o ministério fechou um acordo com as duas farmacêuticas responsáveis pela fabricação dos aditivos - as americanas MSD Saúde Animal e a Elanco - para iniciarem as vendas dos dois produtos somente após a Comissão de Saúde do Consumidor da UE (DG Sanco, na sigla em inglês) receber as garantias de que o Brasil possui o "split system". Pelos termos do acordo, o setor privado ficou responsável pela criação do programa, que será auditado e certificado pelo Ministério da Agricultura. Só depois é que o "split system" será enviado para apreciação das autoridades europeias.
Além de exigir a inexistência de aditivos na carne, a União Europeia quer a garantia de que o rebanho não manteve contato com as substâncias. O mercado europeu sustenta sua posição baseado na segurança alimentar e na preferência dos consumidores. Por outro lado, certos negociadores avaliaram durante a reunião que os produtores brasileiros não vão poder abrir mão dos aditivos para não perder competitividade em relação a vários exportadores que fazem uso das substâncias.
Em todo caso, a posição nacional levada a Bruxelas foi considerada positiva por importadores europeus. "Estamos satisfeitos que as autoridades brasileiras deram garantias necessárias para manter os fluxos comerciais", afirmou Jean-Luc Meriaux, secretário-geral da União Europeia do Comércio de Gado e de Carnes.
O Brasil não se comprometeu com prazos, mas os frigoríficos nacionais podem sentir a pressão europeia crescer se for feita uma aliança com a Rússia, outro grande comprador de carne bovina. O governo russo também ameaçou com a suspensão de importações se a ractopamina for usada pelos pecuaristas.
O Brasil apresentou também durante a reunião em Bruxelas, um sistema modificado de segregação específico para a carne suína, que está proibida de entrar no mercado europeu por conter ractopamina. O país espera, agora, pavimentar o terreno para voltar a exportar para a UE, depois de ter recebido o sinal verde do Japão, um dos mercados mais exigentes do mundo.
O porta-voz da União Europeia confirmou que o Brasil apresentou verbalmente novas informações sobre esse sistema e prometeu submeter posteriormente os dados por escrito. "Não é possível dizer no momento se a tecnologia será aceita. Provavelmente, uma nova auditoria será necessária para avaliar as informações", disse Frédéric Vincent.
Fonte:Boi Pesado – 04/09/2012

Leite de São Paulo é um dos mais baratos do mundo

O estudo da Leite Brasil comparou os preços do leite fluido (longa vida e pasteurizado) consumido no país com outras importantes cidades do mundo. O maior valor para um litro de leite foi encontrado em Pequim, na China, que atingiu US$ 3,76. O segundo lugar é ocupado por Tóquio, no Japão, com US$ 2,70, e o terceiro foi ocupado por Sydney, na Austrália, com US$ 1,83 o litro.

Enquanto na cidade de São Paulo se paga mais caro em quase tudo - aluguel, transporte, etc. -, o leite consumido é um dos mais baratos do planeta, em média US$ 1. Esse valor está na contramão do alto custo de vida dos paulistanos, que hoje vivem na 10ª cidade mais cara do mundo. A conclusão é da Associação Leite Brasil, com dados da consultoria Mercer e do Instituto de Economia Agrícola (IEA).
O estudo da Leite Brasil comparou os preços do leite fluido (longa vida e pasteurizado) consumido no país com outras importantes cidades do mundo. O maior valor para um litro de leite foi encontrado em Pequim, na China, que atingiu US$ 3,76. O segundo lugar é ocupado por Tóquio, no Japão, com US$ 2,70, e o terceiro foi ocupado por Sydney, na Austrália, com US$ 1,83 o litro.
Em uma amostragem focando 16 cidades importantes dos EUA, 11 delas possuem o litro de leite mais caro que em São Paulo. O preço mais barato foi encontrado em St. Louis e Cleveland, com US$ 0,91 por litro, e o maior em Honolulu, com US$ 1,90.
Também para efeito de comparação, no Brasil, o leite longa vida (UHT) representa cerca de 76% do consumo de leite líquido, diferentemente da Bélgica (97%), Espanha (96%), França (96%) e Portugal (93%).
O resultado deste levantamento é corroborado com os dados divulgados pela RC Consultores que mostram que, em uma cesta de 29 produtos, o Brasil cobra mais caro que EUA, França, Reino Unido, Austrália e África do Sul. O leite é um dos oito produtos que ficaram abaixo da média dos preços destes países.

Motivos
"Existe uma série de fatores que influenciam o preço do leite e que mudam a cada temporada, explica Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil. A associação que representa os produtores de leite ouviu um grupo de executivos do setor sobre este assunto.
Segundo o executivo, os fatores considerados mais poderosos na formação dos preços deste alimento são a redução na oferta de matéria-prima, as margens dos supermercados, o custo de produção de leite e derivados e a renda do consumidor. A soma desses fatores representa 84% das forças que influenciam a variação dos preços. Outras variantes citadas foram estoques, importações, preços internacionais de lácteos e de commodities.
"Em cada país, os fatores que pesam no nível de preços do leite vêm de forças diferentes, mas os impactos exercidos pelas distorções nas políticas internas e comerciais são muito fortes. Mesmo assim, eles acabam praticando preços superiores aos do Brasil", finaliza Rubez.
Fonte: O Leite – 10/09/2012

Carne do Brasil tem desafio para ter fatia maior na Europa

O Brasil enfrenta alguns obstáculos para conseguir uma fatia maior no mercado de carne bovina da União Europeia, enquanto aguarda a avaliação do bloco para o pedido de mudanças nas regras da cota Hilton, que garante melhor remuneração para o produto exportado, disse o diretor-executivo da associação brasileira que reúne os exportadores.

Enquanto negocia a cota Hilton, o Brasil vê surgir uma nova ameaça aos embarques para o mercado europeu no futuro. A Europa proíbe importação de carne de gado que tenha sido alimentado, ao final da engorda, com um aditivo promotor de crescimento recentemente aprovado no Brasil.
De outro lado, os exportadores brasileiros negociam uma flexibilização das exigências da UE que dificultam muito o cumprimento das vendas de 10 mil toneladas de carne permitidas pela cota. E não descartam a abertura de um contencioso na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o bloco, caso o impasse não seja resolvido.
"O assunto está atravancado. Estamos esperando, mas em caso negativo (de recusa da proposta brasileira) não descartamos pedir uma retomada do processo para abertura de um painel", disse Fernando Sampaio, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne Bovina (Abiec).
Problemas relacionados à cota Hilton, que inclui cortes especiais cujos preços atingem valores mais elevados no mercado internacional, já levaram o Brasil a avaliar no início de 2010 a abertura de um contencioso na OMC.
Após a sinalização de um contencioso, o Brasil foi chamado para renegociar a questão da cota e apresentou proposta que inclui novas regras, como a inclusão de carnes de animais terminados em confinamento.
O documento foi entregue ao bloco em abril deste ano, mas segue em análise desde então pelo DGAgri, órgão agropecuário da UE.
As regras atuais da UE para a cota Hilton preveem que a carne brasileira só pode vir de animais criados exclusivamente a pasto.
Ocorre que a maior parte da produção brasileira migrou para o Centro-Oeste do país, onde a estiagem nos meses de inverno leva produtores a alimentar os animais com ração e suplementos, uma vez que o pasto seco é insuficiente para garantir o peso do animal.
Segundo a Abiec, o Brasil deixou de ganhar cerca de 250 milhões de dólares entre 2007 e 2011 por não obter os benefícios da venda dentro da cota Hilton --o produto vendido fora da cota paga tarifa de importação de 3 mil euros por tonelada.
A União Europeia já foi o principal mercado para a carne brasileira até meados da década passada, mas a descoberta de casos de aftosa e medidas restritivas ao produto fizeram as vendas ao bloco despencarem. A UE voltou a ganhar participação recentemente. Hoje ela aparece como o terceiro principal destino, considerando o faturamento.
Fonte:Beef World – 06/09/2012

Por descumprir regras trabalhistas, frigorífico deve doar carne a entidades filantrópicas por 8 anos

Por descumprir regras trabalhistas por dois anos, o frigorífico JBS, unidade de Campo Grande (MS), terá de destinar R$5 milhões em bens e doações mensais de carne a 22 entidades públicas e filantrópicas a partir de outubro deste ano até 2020.
O acordo, firmado nesta terça-feira (28/8) e anunciado ontem (30/8), entre a empresa e o Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul foi feito por meio de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). O compromisso era tratado desde abril deste ano.
A assessoria de imprensa do MPT-MS informou que os valores foram calculados em um comparativo de multas aplicadas contra a empresa por descumprimento de obrigações relacionadas à jornada e à concessão de intervalos em duas unidades frigoríficas.
O acordo determina que o frigorífico entregue oito caminhonetes que serão usadas como carros da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Rodoviária Estadual, Polícia Militar Ambiental e Exército. Quatro viaturas devem ser destinadas à Secretaria Regional do Trabalho e Emprego, que deve ocupar os veículos em fiscalizações de combate ao trabalho escravo.
Pelo combinado com o MPT, o frigorífico não deve doar dinheiro, apenas disponibilizar os veículos, suprimentos de informática, e distribuir carne no valor de R$3 milhões a entidades indicadas pelo órgão.
Fonte:Boi Pesado – 31/08/2012

Custo do milho no Brasil e no exterior pressiona mercado de carnes

O custo do milho nos mercados nacional e internacional, com a forte alta provocada pela quebra de safra nas principais regiões produtoras do grão que sofreram com a seca este ano, como os Estados Unidos e o Sul do Brasil, tem pressionado fortemente o mercado de carnes. Ao lado da soja [farelo de soja], o produto é a principal matéria-prima para a produção de carne bovina, suína e de aves nos Estados Unidos e de aves e suínos no Brasil.
O preço da saca de milho chegou a quase R$ 35 e o da soja a R$ 85, em média. O preço mínimo, usado como referência de mercado para garantia de aquisição pelo governo federal, foi R$ 13,02 para a saca de 60 quilos de milho e R$ 22,87 para a saca de soja
No Brasil, onde a produção de aves e suínos é mais sensível ao problema, o governo tem usado o estoque regulador para amenizar os impactos. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), 1,2 milhão de toneladas de milho estão disponíveis para regulação. Parte desse estoque tem sido disponibilizada no mercado a preços subsidiados em relação aos atuais.
As regiões Nordeste e Sul do país, que mais sofreram com a estiagem e que têm sentido mais fortemente os impactos dos preços de grãos na produção de carne, são prioridade.
Com a modalidade denominada Venda Balcão, voltada para pequenos produtores, o governo se compromete com a entrega das sacas comercializadas. "Mas estamos com problemas [nessa modalidade] porque a Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] tem feito leilões de frete. Com o superaquecimento do mercado de frete, a Conab não está conseguindo contratar caminhões", explicou Edilson Guimarães, diretor do Departamento de Comercialização e de Abastecimento Agrícola e Pecuário do Mapa.
Guimarães acrescentou que pela modalidade de Venda de Estoques Públicos [VEP], os produtores compram e levam o produto a preços mais baixos. "Na última quinta-feira (30), das 30 mil toneladas de milho que disponibilizamos, vendemos 18 mil para o Nordeste e Norte do país. Na próxima quinta-feira (6), vamos ofertar mais 30 mil toneladas e aí poderão entrar os produtores de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul", disse.
As operações serão realizadas até o fim de dezembro, de acordo com a portaria que viabilizou as medidas. Para os produtores nordestinos, estão reservadas 400 mil toneladas de milho, e para os produtores do Sul, 200 mil toneladas. Guimarães explicou que esse volume ainda pode aumentar e que o governo vai manter as medidas de regulação depois do período previsto pela portaria.
Ainda assim, o próprio governo admite que o apoio não é suficiente para regularizar o mercado como um todo. O volume estocado e disponibilizado a baixo custo é residual frente à histórica quebra da safra norte-americana, estimada em mais de 130 milhões de toneladas de soja e milho.
"Não há como suprir o mercado todo. O preço de carnes ainda vai se manter e é o mercado que vai ajustar esse preço. Não temos condições de abastecer todo o mercado brasileiro com preço mais baixo e não é questão de ter ou não estoque", explicou Guimarães.
Ainda que as medidas sejam voltadas prioritariamente para os produtores nordestinos e sulistas, agricultores do Centro-Oeste também têm conseguido adquirir milho e soja a preços mais baixos do que os praticados no mercado.
Na unidade da Conab do Distrito Federal, a saca de milho tem sido comercializada a R$ 22. Do ponto de vista de produtores que têm conseguido se beneficiar das medidas de regulação, como Arnaldo Figueiredo, a atual crise de desabastecimento pode ser uma oportunidade estratégica para outros segmentos da cadeia.
"Sendo uma crise global, torna-se uma oportunidade para nós, que praticamos bovinocultura de leite e corte com menos dependências desses insumos. É uma oportunidade de retomar mercados perdidos", avaliou.
Figueiredo ainda destacou que os frigoríficos tendem a adotar uma estratégia com prioridade às exportações, "em detrimento do próprio mercado interno". A principal explicação é a queda do mercado bovino norte-americano, maior dependente de insumos como milho e soja e, por isso, com custo de produção mais onerado.
Fonte:Site da Carne – 05/09/2012