quinta-feira, 14 de julho de 2011

Cenário Para a Pecuária

"O cenário de médio-longo para a pecuária brasileira é muito promissor. Demanda crescente e poucos países aptos a atender essa demanda. No curto prazo, a perspectiva também é boa, mas vale reforçar a necessidade de se atentar a uma nova realidade de custos e preços mais altos, onde a diferença de rentabilidade do produtor eficiente para o ineficiente é muito grande. Se torna cada vez mais importante o profissionalismo, gestão, produtividade e saber vender e comprar bem".
Em recente artigo no BeefPoint, Miguel Cavalcante, concluiu o ref. artigo, resumindo sob sua ótica, como vê o cenário para a pecuária brasileira.
Creio que o pensamento dele, se aproxima bastante do que imaginamos e como vemos as perspectivas para os criadores.
Foco basicamente em quatro vetores:
1.  Tendência de manutenção de rentabilidade positiva para a pecuária fundamentada no aumento da demanda tanto externa quanto interna com melhoria de níveis salariais.
2. Gerenciamento eficaz do controle de custeio e investimentos, tornando possível melhor rentabilidade.
3. Gestão profissional da empresa pecuária.
4. Conhecimento de mercado.



Arroba do boi volta a fechar a R$ 100 em São Paulo

Segundo notícia e dados divulgados pelo CEPEA, a @ do boi voltou a bater na casa dos R$ 100,00 para pagamento a prazo e menos impostos. Este preço não era paraticado há alguns meses.
As escalas continuam curtas com dificuldades dos frigoríficos de se abastecerem por conta daqueles pecuaristas que têm boi gordos criados a pasto resitirem em vender seus animais aguardando novos reajustes nos preços.
A semana passada comentei no nosso twitter (@gepecorte)  e neste blog, sobre a possibilidade da entre-safra e os preços reajustados estarem se antecipando nas regiões sudeste e centro-oeste que são as maiores produtoras do país.
Hoje a minha pergunta é se estaríamos passando por uma "bolha" (para usar termo da moda) nos preços praticados?
A dúvida fica por conta de o quanto os bois de confinamento irão influenciar estes preços mais adiante, bem como caso haja uma antecipação das chuvas nestas regiões, proporcionando a chegada dos bois de pasto mais cedo que o habitual.
No nosso caso em particular, do Estado da Bahia, o cenário se mostra um pouco diferente pois o clima seco em muitas das regiões produtoras tem forçado ao pecuarista vender os bois que estão gordos "ou quase gordos" criando uma oferta maior que a demanda. Lógicamente fazendo com que o preço da @ do boi em nosso estado tenha se estabilizado por volta de R$ 95,00 já abatidas as despesas.
Como sempre digo é preciso que o pecuarista esteja sempre ligado aos movimentos do mercado, clima,etc. além da sua situação particular da porteira para dentro.
Não podemos mais fazer pecuária somente olhando nossos bois e nossos pastos. O resultado econômico-financeiro do empreendimento depende cada vez mais de fatores externos e na maioria das vezes, sem influência direta de nossa ações.

Balança do agronegócio registra saldo de US$ 34 bi no primeiro semestre

Café, complexo soja, carnes, complexo sucroalcooleiro e produtos florestais foram os setores que mais contribuíram para o resultado. O valor representa acréscimo de 20,5% em relação ao registrado em 2010
A balança comercial do agronegócio brasileiro registrou superávit de US$ 34,7 bilhões de janeiro a junho de 2011. O valor representa um crescimento de 20,5% no saldo de negócios externos do setor em relação ao mesmo período de 2010, quando o total foi de US$ 28,8 bilhões. As exportações totalizaram US$ 43,1 bilhões, o que representa elevação de 23,4% em relação ao mesmo período de 2010. As importações apresentaram variação positiva de 36,8%, no mesmo período, totalizando US$ 8,3 bilhões.
O incremento das exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo), carnes, complexo sucroalcooleiro (etanol e açúcar), produtos florestais e café – que juntos responderam por 82,4% do total das exportações – foi o principal responsável pelo resultado positivo da balança. O valor embarcado dos cinco produtos foi de US$ 35,5 bilhões.
“Tivemos um expressivo aumento das exportações de soja em grão tanto em quantidade quanto em valor. O destaque negativo foi a queda do volume exportado de óleo de soja, produto com maior renda agregada”, analisa o diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio (DPI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcelo Junqueira Ferraz.
Fonte: Agrolink/MAPA

terça-feira, 12 de julho de 2011

Alta de matéria-prima pode elevar preços do leite longa vida no país

A alta dos preços do leite aos produtores em decorrência do clima adverso - seca prolongada no Sudeste e Centro-Oeste e frio excessivo no Sul - e dos maiores custos de produção deve levar as indústrias de leite longa vida a reajustarem seus preços.

Em junho (pagamento referente ao produto entregue em maio), o leite ao produtor alcançou um preço médio de R$ 0,814 por litro no país. No pagamento anterior, ficara em R$ 0,799 por litro, conforme levantamento da Scot Consultoria.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa (ABLV), Laércio Barbosa, os preços do leite longa vida no mercado subiram cerca de 10% do início do ano - período de safra - até maio. Então, ficaram os dois últimos meses estáveis, negociados por R$ 1,70 a R$ 1,80, em média, no atacado do país.
Com a elevação do preço da matéria-prima por conta da menor captação de leite pelas indústrias, a tendência é de nova alta, na casa dos 10% até setembro quando se inicia a safra nas principais bacias leiteiras do país, prevê Barbosa.
Citando o índice de captação de leite Cepea/Esalq, o dirigente lembra que em maio a produção nacional caiu 2% em comparação com mês anterior.
Além de a produção no Sul do país - que está em período de safra - ter ficado abaixo do esperado, Barbosa observa que o consumo de lácteos de uma maneira geral segue firme.
Fonte: Seagri
O preço do leite in natura alcançou níveis históricos neste ano e deve provocar o aumento dos preços praticados pela indústria já nos próximos dias, tendendo a permanecer em aceleração, mesmo que moderada, até setembro, quando começa a safra nas principais bacias leiteiras do País.




"Estamos observando uma valorização contínua da matéria-prima em todas as regiões do País, o que obriga a indústria a rever suas previsões e repassar esses custos ao comércio, para que o negócio continue viável", afirma Laércio Barbosa, presidente da ABLV. "O que motiva tal valorização é o período de entressafra particularmente severa pelo qual atravessamos, com forte queda na temperatura e o aumento dos custos de produção. Esses fatores, aliados ao maior consumo dos produtos lácteos em geral, deverão sustentar o preço do Leite Longa Vida em níveis mais altos até o fim de setembro", completa.
Fonte: MilkPoint

Mercado reage

Nesta semana o mercado do boi gordo trabalhou em ambiente mais firme e o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 97,55/@, acumulando valorização de 1,08%. O indicador a prazo registrou alta de 1,32% nos últimos 7 dias, sendo cotado a R$ 98,85/@.


Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio
Segundo o Cepea, como a oferta de animais de pasto é bastante limitada e a de bois confinados ainda é pequena, frigoríficos têm encontrado dificuldade para preencher as escalas. Mesmo assim muitos frigoríficos tem evitado negociar a preços mais altos na tentativa de conter um movimento de alta, mas a pressão baixista já começa a perder força.
Fonte: BeefPoint por André Camargo

Caem as exportações de gado em pé. 35% no primeiro semestre

Com recuo para 190 mil animais as exportações de gado vivo pelo Brasil recuaram 35%. Em valores o recuo é de 27% com números absolutos atingindo os U$ 198 milhões segundo dados da Ministério do Desenvolvimento.
Este volume menor se deveu principalmente a queda nas exportações para a Venezuela que reduziu suas compras de 256 mil para 152 mil animais vivos.
Já as importações do Líbano, o segundo maior mercado brasileiro, mantiveram evolução neste ano. As empresas brasileiras colocaram 39 mil animais no país de janeiro a junho, com aumento de 47% em relação a igual período do ano anterior. As receitas com as compras libanesas subiram de US$ 17,4 milhões no primeiro semestre do ano passado para US$ 32 milhões neste ano.
Segundo Gastão Carvalho Filho da Boi Branco esta situação deve se inverter em breve pois a Venezuela deverá voltar a comprar, até por uma questão de abastecimento.
Além da queda nas importações da Venezuela, o Brasil enfrentou a concorrência esporádica de exportações do Uruguai, da Colômbia e da Austrália, afirma o dono da Boi Branco, empresa líder nas vendas para o Líbano.
Fonte:  Mauro Zafalon, publicada na Folha de S.Paulo

Logística ! Gargalo para o Agronegócio

Está cada vez mais evidente, como as deficiências de infra-estrutura serão o maior entrave para o crescimento do país. Armazenamento, Estradas, Portos etc... vêm se mostrando cada vez mais deficitários para a necessidade do volume e tamanho da agro pecuária brasileira.
Em recente audiência no Congresso Nacional o assessor da CNA , Luiz Antonio Fayet comentou o assunto e especificamente em relação a estrutura portuária citou dados e números que demonstram esta realidade.
Segundo Fayet, na última safra, alguns Estados das Regiões Norte e Nordeste deixaram de produzir três milhões de toneladas de soja e milho por não haver portos marítimos próximos com capacidade para escoar a produção. Em razão disso, acrescentou Fayet, cerca de 50 mil empregos permanentes não foram gerados. "Com este apagão portuário que está aí, nós estamos condenados a não crescer", afirmou o consultor da CNA.
Segundo Fayet, são necessários investimentos da ordem de U$ 30 bilhões até 2020 para superar o gargalo dos portos marítimos no Brasil. "O Governo não tem esse dinheiro, até porque teve de cortar R$ 50 bilhões do orçamento deste ano", disse durante audiência pública na Câmara dos Deputados.

As informações são da Assessoria de Comunicação da CNA adaptadas pela Equipe Gepecorte






quinta-feira, 7 de julho de 2011

Defesa agropecuária terá conferência

Difundir o conceito de defesa agropecuária, divulgar seu caráter estratégico e promover a integração do conhecimento, unindo as áreas científica, social e de produção.




Esses são objetivos da III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária lançada ontem, no auditório da Secretaria da Agricultura (Seagri), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O evento será realizado em Salvador, no período de 23 a 27 de Abril de 2012, com o tema ‘Responsabilidade Compartilhada’.
Na solenidade, o secretário da Agricultura do Estado, Eduardo Salles, afirmou que o Brasil é celeiro do mundo e a Bahia tem grande participação na produção agrícola. Para o diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Paulo Emílio Torres, “o País tem qualidade produtiva, por isso a defesa agropecuária precisa ser discutida como questão de soberania nacional”.
Nos últimos dois anos, segundo Torres, grandes conquistas foram alcançadas pela Seagri, por meio da Adab, a exemplo da extinção da Zona Tampão, a criação do primeiro Mestrado Profissional em Defesa Agropecuária no Brasil, a implantação do Sisbi e da Central de Laboratórios. “Tudo isso é resultado de um esforço em conjunto, de ações compartilhadas, de comprometimento e dedicação de profissionais, entidades do setor em prol do bem comum”.
Fonte: Seagri/Ba

Alta do Milho

Apesar de no início do ano os preços do milho terem sinalizado que teríamos melhores margens para que o pecuarista usasse o grão nas suas dietas de confinamento e semi-confinamento esta tendência reverteu nos últimos dois meses por conta de fatores que não se apresentavam àquela época.
Como importante insumo para as dietas de terminação da boiada, esta alta já cria problemas para aqueles que pretendiam usar a estratégia da suplementação a pasto, como  ferramenta de estratégia produtiva e econômica.
Na safra a queda dos preços do milho chegaram a 11%. De Maio para cá o mercado se firmou e neste momento a relação de troca, milho x @boi gordo caiu 20% em relação aos últimos treze meses.
Como esta estratégia alimentar, em função dos preços da @ do boi gordo se mostrou extremamente compensadora em 2010 para o engordador, vai ser preciso que este engordador faça direitinho suas contas de custo de produção da @ para este ano, e não correr riscos.
Olho no boi, nos pastos e no mercado. A nossa atividade não se restringe mais a somente da porteira para dentro.

Preço da arroba do boi gordo sobe com menor oferta, aponta Cepea

Indicador Esalq/BM&FBovespa acumulou alta de 1,08%, nos últimos sete dias

Os preços da arroba de boi gordo subiram nos últimos dias em todas as regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), devido à baixa disponibilidade de animais para abate.

Em sete dias, o Indicador do boi gordo Esalq/BM&FBovespa, à vista, CDI – São Paulo, com Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), acumulou alta de 1,08%, fechando a R$ 97,55 nessa quarta, dia 6.
Fonte: CEPEA
Como citamos no comentário de ontem neste mesmo blog é clara a tendencia momentânea de inflexão da curva de preços da @ do boi gordo para alta.
Resta sabermos se este movimento se manterá, tornando-se firme e duradouro até o auge da entre-safra. Devemos ter um hiato deste movimento por ocasião da chegada ao mercado dos bois de confinamento que ainda não estão sendo ofertados.
Para bois de pasto é clara  a pouca oferta neste momento.


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Mercado se Move

Nos últimos dias o mercado do boi gordo no centro-oeste e sudeste teve comportamento diferente daquele que vinha ocorrendo.
As escalas ficaram curtas e demanda e oferta caminharam em sentido contrário.
Frigoríficos só estão conseguindo bois para até a sexta -feira na sua escala de abate, e o índice CEPEA já teve pequena reação.
Precisamos ver se este movimento e tendência se mantém ao longo do mês indicando uma mudança na curva de preços.
Será que estamos iniciando a entre-safra?
Aguardar para ver!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Custo no Confinamento

Uma continha rápida postada por Caio Junqueira Neto no site BeefPoint.
Atenção confinadores.# Boi magro R$1.250,00 * 5,50 (diaria)* 85 dias = R$1.717,50 / 18,5 @ =R$92,83 de custo engordado
Será que os confinamentos irão aumentar este ano provocando automaticamente maior oferta de boi gordo no período de entresafra?
E o que isto representa em relação ao preço da @ para o mesmo período?
O leitor que faça sua análise!

O Agronegócio e o Sucesso do Brasil no Mercado de Carnes

A Senador Kátia Abreu apresentou uma das palestras do Congresso Internacional da Carne, realizado em Campo Grande/MS, em junho passado. Segundo a senadora e presidente da CNA é preciso dar a devida importância da Agricultura e da Pecuária brasileira. "Nos últimos 10 anos, se não fosse o Agronegócio, a balança comercial brasileira seria negativa. Sem o Agronegócio teríamos um déficit de R$ 40 bilhões em 2010".

Kátia Abreu ressaltou que 90% das reservas cambiais responsáveis por manter a economia equilibrada e longe da crise vieram das exportações do Agronegócio. "O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e de aves, mesmo viando ao exterior apenas 19% da nossa produção, e seguimos abrindo novos mercados devido a nossa mobilidade no sistema de produção e capacidade de atender as exigências dos compradores", comentou.
André Camargo por BeefPoint

Custos de produção devem reduzir confinamentos em Goiás

No sudoeste de Goiás os confinamentos estão praticamente lotados de animais. Apesar de muitos acreditarem que haveria um aumento no volume de gado confinado, esta expectativa não deve se cumprir, por causa dos altos custos de produção.
Goiás é responsável por quase 50% dos confinamentos do Brasil. Na região, a arroba do boi está sendo vendida a R$ 89 em média. Preço melhor do que no ano passado.

Em 2010 mais de um milhão de animais foram confinados. Em abril deste ano a Associação Nacional dos Confinadores acreditava que haveria um aumento de 31% no volume. Mas para o analista Fábio Paiva, esta expectativa não deve se confirmar. Ele conta que deve se manter o mesmo patamar do ano passado, mas não acredita em falta e sim em redução.
Fonte: Canal Rural

segunda-feira, 4 de julho de 2011

IBGE: abate de fêmeas aumentou 11,5% em relação ao 1º trimestre de 2010

Segundo a pesquisa trimestral de abates, no 1º trimestre de 2011 foram abatidas 7,097 milhões de cabeças de bovinos, representando queda de 1,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior e aumento de 0,2% em relação ao mesmo período de 2010.
Houve aumento de 19,4% na participação das fêmeas (vacas e novilhas) no abate total. Em relação mesmo período do ano passado, o abate de fêmeas cresceu 11,57%.

O peso acumulado de carcaças de bovinos (1,640 milhão de tonelada) no 1º trimestre de 2011 foi inferior ao registrado no 4º trimestre de 2010 (-2,6%) e no 1º trimestre de 2010 (-3,1%). A variação do peso acumulado foi mais negativa que a do número de cabeças abatidas, significando que os animais abatidos no 1º trimestre de 2011 eram mais leves.



 A persistência de forte estiagem iniciada no 3º trimestre de 2010 nas principais regiões produtoras, reduzindo o crescimento das pastagens, pode ter contribuído para a redução do peso e da oferta de animais.
Fonte: BeefPoint

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Embargo russo à carne brasileira deve terminar na próxima semana, diz Rossi

Equipe de técnicos brasileiros estará na Rússia para ajustar acordo entre os países

O embargo russo à carne brasileira deverá terminar na próxima semana. A notícia foi anunciada pelo ministro de Agricultura, Wagner Rossi, que esteve nesta sexta, dia 1º, em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul.

O ministro participou de uma audiência sobre o desenvolvimento regional. Ele anunciou que a exportação de carne suína para a Rússia deve ser normalizada na próxima semana. Uma equipe de técnicos brasileiros estará no país para ajustar o acordo entre os países.
Rossi participou de um encontro do G-20 em Paris e conversou com ministros russos e responsáveis pela questão sanitária ambiental naquele país. Para restabelecer a exportação de carne suína, Rossi afirmou que os laboratórios brasileiros receberão investimentos.
Fonte: Canal Rural