sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE EM PASTAGENS – PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Planejamento estratégico é uma prática que nos últimos 30 anos passou a fazer, ou deveria fazer, parte do dia a dia dos gestores das organizações. O PE, como intimamente é chamado, tem uma função específica de orientar a organização nas suas ações presentes e futuras, baseadas no contexto da concorrência, dos recursos disponíveis, das necessidades dos clientes, das características do macro ambiente.
Os autores divergem um pouco sobre o conceito de PE no que se refere a ênfase dada aos aspectos que orientam a formulação, mas na essência todos entendem e convergem para as palavras de Steiner (1979) que afirmam: “ planejar envolve lidar com o futuro das decisões correntes, significa analisar a cadeia de causa e efeito (consequências) ao longo do tempo, de uma decisão atual ou intencional que um gestor vai tomar, e verificar os cursos de ação alternativos abertos no futuro; é a identificação sistemática de oportunidades e ameaças futuras; significa desenhar o futuro desejado e identificar formas de o tornar realidade”.
Dessa forma, aprender a planejar estrategicamente as ações para alcançar os resultados esperados, não é só importante, mas fundamental para o processo de continuidade das organizações rurais, que por motivos diversos e que não vale a pena detalhar aqui, viveram de forma amadora até os idos da década de 70.
Elaborar um planejamento estratégico depende basicamente de conhecer o ambiente em que a empresa está inserida e as suas características particulares. Além disso é necessário ter acesso a órgãos de pesquisa que tragam informações do mercado. A partir daí, junto com a equipe de trabalho é sentar e formalizar o PE.
Junto com a equipe é um ponto crucial na formulação do PE, pois a equipe será responsável pela operacionalização dos processos. Sendo assim o entendimento, aceitação e fé nas metas e objetivos implantados, assim como na forma como serão desempenhadas as ações é vital para o sucesso do PE.
Outro aspecto importante no PE que muitos gestores esquecem, é que planejamento não é estático afinal o ambiente não é estático e as organizações devem ser flexíveis e adaptáveis às situações que vão surgindo ao longo dos dias de operacionalização. O que torna o cliente fiel a uma organização, não é só o produto, mas a missão, as políticas e os valores que ela institui, como norteadores de TODAS as suas ações.
Portanto o PE não pode ficar na gaveta, ele precisa estar no quadro do escritório, no bolso do gerente, no balcão do curral, na farmácia, no deposito e em todas as partes devemos ter uma cópia dele para que seja efetivamente incorporado pelos gestores e funcionários.
Os grandes entraves do PE estão na formulação adequada, fidedigna à realidade da empresa e do ambiente em que está inserida e na sequência a um acompanhamento permanente das ações executadas no sentido de alcançar os objetivos estabelecidos.
Formular um PE não oferece 100% de garantia ao sucesso empresarial, visto que gestão é uma atividade sistêmica, na qual cada ação gera uma outra ação, que gera outra, e assim por diante. Portanto desenvolver o PE é um passo muito importante, pois abre a perspectiva de direcionar essas ações para os nossos objetivos produtivos, financeiros, pessoais e coletivos.

Adriana Calmon de Brito Pedreira
MSc. em Administração Estratégica

 

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