Planejamento estratégico é uma prática que nos
últimos 30 anos passou a fazer, ou deveria fazer, parte do dia a dia dos
gestores das organizações. O PE, como intimamente é chamado, tem uma função
específica de orientar a organização nas suas ações presentes e futuras,
baseadas no contexto da concorrência, dos recursos disponíveis, das
necessidades dos clientes, das características do macro ambiente.
Os autores
divergem um pouco sobre o conceito de PE no que se refere a ênfase dada aos
aspectos que orientam a formulação, mas na essência todos entendem e convergem
para as palavras de Steiner (1979) que afirmam: “ planejar envolve lidar com o
futuro das decisões correntes, significa analisar a cadeia de causa e efeito
(consequências) ao longo do tempo, de uma decisão atual ou intencional que um
gestor vai tomar, e verificar os cursos de ação alternativos abertos no futuro;
é a identificação sistemática de oportunidades e ameaças futuras; significa
desenhar o futuro desejado e identificar formas de o tornar realidade”.
Dessa forma,
aprender a planejar estrategicamente as ações para alcançar os resultados
esperados, não é só importante, mas fundamental para o processo de continuidade
das organizações rurais, que por motivos diversos e que não vale a pena
detalhar aqui, viveram de forma amadora até os idos da década de 70.
Elaborar um
planejamento estratégico depende basicamente de conhecer o ambiente em que a
empresa está inserida e as suas características particulares. Além disso é
necessário ter acesso a órgãos de pesquisa que tragam informações do mercado. A
partir daí, junto com a equipe de trabalho é sentar e formalizar o PE.
Junto com a
equipe é um ponto crucial na formulação do PE, pois a equipe será responsável
pela operacionalização dos processos. Sendo assim o entendimento, aceitação e
fé nas metas e objetivos implantados, assim como na forma como serão
desempenhadas as ações é vital para o sucesso do PE.
Outro
aspecto importante no PE que muitos gestores esquecem, é que planejamento não é
estático afinal o ambiente não é estático e as organizações devem ser flexíveis
e adaptáveis às situações que vão surgindo ao longo dos dias de
operacionalização. O que torna o cliente fiel a uma organização, não é só o
produto, mas a missão, as políticas e os valores que ela institui, como
norteadores de TODAS as suas ações.
Portanto o
PE não pode ficar na gaveta, ele precisa estar no quadro do escritório, no
bolso do gerente, no balcão do curral, na farmácia, no deposito e em todas as
partes devemos ter uma cópia dele para que seja efetivamente incorporado pelos
gestores e funcionários.
Os grandes
entraves do PE estão na formulação adequada, fidedigna à realidade da empresa e
do ambiente em que está inserida e na sequência a um acompanhamento permanente
das ações executadas no sentido de alcançar os objetivos estabelecidos.
Formular um
PE não oferece 100% de garantia ao sucesso empresarial, visto que gestão é uma
atividade sistêmica, na qual cada ação gera uma outra ação, que gera outra, e
assim por diante. Portanto desenvolver o PE é um passo muito importante, pois
abre a perspectiva de direcionar essas ações para os nossos objetivos
produtivos, financeiros, pessoais e coletivos.
Adriana Calmon de Brito Pedreira
MSc. em Administração Estratégica
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