Autoridades sanitárias na União Europeia (UE)
vêm retendo cargas de carnes do Brasil, Argentina, Austrália e Estados Unidos,
como resultado de maior rigidez no controle contra a bactéria E.coli, e
ampliando as incertezas entre exportadores e importadores.
O Valor apurou que três cargas de carne bovina
brasileira foram retidas recentemente no porto de Roterdã depois de os
inspetores terem identificado a bactéria E.coli em contêineres que usaram como
amostragem. Dias mais tarde, numa segunda verificação, liberaram duas cargas
após concluírem que não tinham relação com a fonte virulenta e mortal da
bactéria. No entanto, uma terceira carga permanece bloqueada, enquadrada no
Sistema de Alerta Rápido para os Gêneros Alimentícios e Alimentos para Animais
(Rasff), instrumento-chave da UE para reagir a incidentes nessa área.
Jean-Luc Meriaux, secretário-geral da União
Europeia do Comércio de Gado e de Carnes, que representa importadores europeus,
disse que o atual tipo de controle, com a retenção da carne, "perturba bastante
a programação" dos compradores.
Ele disse que o controle contra E.coli sempre
existiu, mas que a surpresa agora é que se constata uma elevação "abrupta" de
casos positivos da bactéria nas cargas que chegam ao Porto de Roterdã. "As
autoridades holandesas não deram até agora nenhuma explicação para isso",
acrescentou. "Pode-se sempre encontrar E.coli, porque há enorme variedades da
bactéria, mas o nível de perigo é também muito variável", afirmou.Fonte: Seagri/Valor Econômico
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