Em determinados momentos precisamos recordar algumas
lições básicas ,quase que o beabá de determinadas ações e manejos de uma fazenda de pecuária.
Uma delas refere-se ao sal mineral e todas as variantes
que envolvem a correta pratica do uso desta ferramenta que pode influir e muito
na produtividade de um rebanho.Primeiramente qual a finalidade da mineralização .
A fisiologia dos animais exige um correto balanço dos minerais no seu organismo; minerais estes que nem sempre estão disponíveis na dieta do animal, seja ële alimentado exclusivamente a pasto ou suplementado via rações, silagens etc...
Desta forma para que o bovino, caprino,ovino, suino possa exprimir todo o seu potencial de crescimento é preciso que os minerais estejam em perfeito equilíbrio no seu organismo.
E quando falamos em equilíbrio estamos falando não só da correta quantidade como da qualidade de cada um deles.
De uma forma bem simples este é o motivo porque devemos mineralizar o nosso rebanho todos os dias, cada dia do ano.
Quando falamos em quantidade e qualidade estamos chamando atenção que a economia na compra do sal mineral pode estar sendo um engano aos nossos bolsos, já que nestes tempos bicudos para a pecuária estmos constantemente a procura de diminuir os custos das nossas propriedades.
É preciso no caso analisar friamente o custo x benefÍcio de cada produto ou marca pois podemos estar enviando simplesmente nada para o rumen de nossos animais ou pior alimentando-os com produtos de baixa qualidade tais como farinha de osso ( acreditem que há quem ainda use), fosfato de rocha,metais pesados etc...
Dito e posto que não podemos deixar de mineralizar. e com
qualidade. temos que pensar como mineralizar bem o rebanho.
A moderna mineralização preconiza que cada categoria animal deve receber um mineral específico para suas necessidades nutricionais . Sendo assim o mais correto é que tenhamos a mineralização categorizada a partir dos bezerros. No entanto nem sempre o manejo da fazenda, instalações etc... permite o uso desta avançada técnica além de poder ela se tornar onerosa para o custo final de produção. É a hora de analisarmos o tal custo benefício e tomarmos a decisão se usaremos um só tipo de produto ou categorizarmos o uso do suplemento
Se a opção for a primeira é perfeitamente possível encontrar no mercado este produto que atende a todas as fase da criação. É o que costumo chamar de suplemento mineral coringa.
A nossa atenção deve se prender a comprarmos produto de empresas idöneas e que não se utilizem de insumos de baixa qualidade ou até de uso proibido pelo MAPA ou Minist. da Saúde.
Para mineralizarmos bem, um equipamento é de suma importância na fazenda. OS COCHOS.
Como se trata de equipamento de custo mais elevado no seu investimento inicial, temos uma grande tendência a economizar nas chamadas casas de sal.
Esta economia tem que ser no sentido da escolha de materiais mais em conta, reaproveitamento de madeiras telhas etc... nunca no tipo de cocho. Cochos de troncos de árvores, pneus e outros se por um lado custam barato se transformam num ralo de desperdício do mineral.
Portanto tente confeccionar bons cochos com cobertura, altura e tamanho adequados pois assim estará sempre oferecendo um mineral que conserva suas qualidades sem perda de nutrientes por ação da chuva por exemplo.
Vide fotos
Cocho mal localizado e sem manutenção |
A localização do cocho e também fator fundamental para uma
correta mineralização. De preferência evite cochos em divisões de cerca, locais
de dificil acesso ou em cantos da
pastagem.
Determinadas teorias foram postas por água abaixo pelos
próprios animais quando passou a melhor se estudar o seu comportamento.O cocho deve estar preferencialmente nos locais onde o gado gosta de malhar proporcionando que todos tenham acesso ao sal sem que a hiearquia que existe nos rebanhos faça com que este ou aquele animal não lamba o sal.
Estes são alguns pricípios básicos da boa mineralização.
A partir daí já entramos em seara mais técnica como por exemplo o uso de sais proteínados ou energéticos que são hoje ferramentas de planejamento estratégico fundamentais para evitarmos por exemplo o boi sanfona.
O cocho ideal |
Também com intuito de esclarecer o pecuarista sobre este aspecto veja abaixo como podemos chegar a obter ortofosfato bicálcico que é a fonte nobre de fósforo para alimentação animal. E observe que nem estamos comentando das fontes alternativas que foram utilizadas tais como : farinha de osso, fosfato de rocha. MAP etc...
São três as formas de chegarmos ao ortofosfato bicálcico:
Biodisponibilidade
95 a 98 %
Fluor Baixo
Ausência de
metais pesados
Relação
Cálcio/Fósforo = 1,39
Reação quente levando mais ou menos 2 dd para estar pronta para uso ( Método
com custo mais elevado)
Menor Biodisponibilidade
Resíduo de 10% de Fosfato Monoamônico (MAP)
Quantidade
residual de cálcio livre
Relação
Cálcio/Fósforo muito aberta
Menor Biodisponibilidade
Resíduo de 15% de Fosfato Monoamônico (MAP)
Maior Quantidade
residual de cálcio livre
Relação
Cálcio/Fósforo alta
Como vimos estas três formas levam a obtenção de
ortofosfato bicálcico, mas perceba que as três são diferentes no resultado de
teores de ortofosfato biodisponível, e o mais importante diferem nos resíduos
deixados como sub-produtos.
Além disso algumas empresas estão se utilizando do cálcio
como veículo o que não é material inerte, fazendo com o balanceamento do
produto seja inadequado para a fisiologia dos bovinos.Verifique no suplemento mineral que você está usando a relação cálcio / fósforo . Se está acima de 1:3 e é produto para gado de corte algo está errado.
Nos suplementos para gado de leite esta relação deverá ser maior pois as matrizes leiteiras precisam de repor cálcio pois perdem muito deste elemento no período de lactação.
Se quiser mais esclarecimento sobre a mineralização do seu rebanho entre em contacto com a GEPECORTE. Estaremos prontos para tirar as suas dúvidas.
José Luiz Pedreira
Fonte: Gepecorte / Tortuga
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