Salles disse ainda que a Bahia possui o
terceiro maior rebanho leiteiro do País, mas é o 23º no ranking estadual de
produtividade, com a marca de 560 litros/ano por vaca ordenhada, enquanto que em
estados como Pernambuco e Alagoas a produtividade é de 1.500 litros/ano por vaca
ordenhada. “É essa realidade que queremos mudar, e vamos alcançar esse objetivo
com o plano estadual do leite, que lançaremos assim que concluirmos os testes
que faremos nesse projeto piloto”, afirmou. O plano visa também promover o
desenvolvimento econômico e social da cadeia produtiva do leite no
Estado.
O secretário destacou ainda que o Plano de
Desenvolvimento da Pecuária Leiteira - Leite Bahia é uma ação transversal, com a
participação de várias secretárias estaduais, a exemplo da Seagri/Adab/EBDA;
Sema; Sedes; Sedir/Car; Infraestrutura; Ministério da Agricultura (Mapa).
Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA); movimentos sociais, Federação da
Agricultura do Estado da Bahia (Faeb) e diversos laticínios parceiros.A solenidade de implantação da Unidade Demonstrativa foi realizada na quarta-feira (10) na Fazenda Cotefave, uma comunidade terapêutica que realiza trabalhos SOCIAIS, e contou com as presenças de secretários de Agricultura de mais de 30 municípios, produtores e técnicos. No dia seguinte (11), foram realizadas atividades práticas numa fazenda do Assentamento do Mocambo onde, de acordo com Haroldo Matos, coordenador do plano, durante um mês técnicos serão capacitados e testados os pilares do plano, para que NO FUTURO seja implantado em 244 municípios baianos.
Segundo Walter Ribeiro, técnico da Embrapa especialista em leite, responsável pelo conceito e capacitação dos técnicos, “este Plano servirá para dar diretrizes para toda cadeia produtiva do leite no Estado e oferecer assistência técnica, infra-estrutura e tecnologia para os produtores de toda a Bahia".
Lembrando que a Bahia vem há três anos sofrendo com a seca, Eduardo Salles disse que “esse é o momento de nos preparamos para o pós-seca, trabalhando para recuperar as pastagens e os rebanhos com ações estruturantes. Ele destacou que “nós estamos construindo um plano operacional da cadeia do leite, elaborado de baixo para cima, prevendo ações imediatas, de médio e longo prazo, com a cumplicidade de todos os segmentos da cadeia, concebido no seio da Câmara Setorial do Leite, colocando as responsabilidades de cada um, como já fizemos com a cadeia da borracha natural e estamos buscando fazer em breve com as cadeia
s do cacau, ovinocaprinocultura e mel".
Informando que cerca de 50% da pecuária baiana é desenvolvida pela agricultura familiar, Salles explicou que “vamos trabalhar inicialmente com 18 mil pecuaristas de leite, principalmente nos assentamentos que possuem aptidão para produção de leite, entrando o governo com assistência técnica e infraestrutura, e instalação de laticínios onde a iniciativa privada não estiver atuando”.
Eduardo finalizou enfatizando e parabenizando toda a equipe da Seagri, em nome do superintendente de Desenvolvimento Agropecuário (SDA) Raimundo Sampaio, agradecendo a todos os parceiros e ao prefeito Oberdan Rocha, citando que Barra do Choça foi escolhida como piloto pelo exemplo de associativismo e cooperativismo com a agropecuária familiar.
Para elaborar o Plano de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira, a Câmara Setorial Estadual do Leite ampliou o projeto Caminho do leite, apresentado pela Faeb e Sindileite. A Câmara é composta por representantes dos produtores, da indústria, dos movimentos sociais, sindicatos, associações, cooperativas, Faeb e do governo, dentre outros segmentos.
Fonte:Ascom Seagri
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