A
presidente Dilma Rousseff anunciou na terça, dia 2, em Fortaleza (CE), durante
a 17ª reunião ordinária do Conselho Deliberativo da Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a ampliação de medidas emergenciais para
reduzir os impactos negativos causados pela estiagem, considerada a pior dos
últimos 50 anos. Entre as iniciativas está o aumento da oferta de água por meio
de carros-pipa e a construção de cisternas. Segundo ela, as medidas
emergenciais apresentadas pelo governo desde o início da seca devem chegar a R$
9 bilhões.
Segundo a presidente, a frota responsável pela distribuição de água, operação
coordenada pelo Exército que atualmente conta com 4.746 carros-pipa em 777
municípios, será ampliada e chegará a 6.170 carros-pipa.
– Ao mesmo tempo, daremos condições para o Exército melhorar toda sua estrutura
logística aqui na região Nordeste, nas suas bases operacionais, tendo em vista
não só uma maior capacitação para furar poços, com novas perfuratrizes, mas
também ampliando a capacidade de extensão – afirmou.
Em relação à construção de cisternas, Dilma disse que já foram entregues
270.611 novos poços para consumo humano e que o governo assume o compromisso de
acelerar a entrega de 130 mil até julho e mais 110 mil até o fim do ano. Quanto
às cisternas usadas na produção agrícola e pecuária, a presidenta disse que
foram entregues 12.369. A meta de construir mais 27 mil, até 2014, foi ampliado
para 67 mil.
– Consideramos que as cisternas de produção são estratégicas neste momento que
vamos ter de iniciar dois processos, que é salvar os rebanhos existentes e se
preparar para ter, de fato, uma estrutura mais robusta para não ter, a cada
seca, uma perda de rebanhos como houve desta vez – disse Dilma.
A presidenta disse que os governos federal e estaduais precisam se preparar
para o fato de a estiagem ainda durar algum tempo e as chuvas não voltarem a
cair na intensidade necessária para a recuperação da atividade produtiva na
região afetada. Por isso, ela determinou à Agência Nacional de Águas (ANA) a
construção de uma proposta para todos os municípios em situação crítica com
recomendações emergenciais e estruturantes para a oferta e o uso de água.
Fonte:Canal
Rural – 02/04/2013
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