terça-feira, 9 de abril de 2013

Assocon defende revolução tecnológica na pecuária


O diretor presidente da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), Eduardo Alves de Moura, disse na segunda, dia 8, que a pecuária nacional está em crise no momento e é necessário que haja uma "revolução tecnológica" na cadeia.
– A pecuária cresceu com expansão de terras, pouca tecnologia e margens pequenas. Hoje, a expansão deixou de ocorrer e muita gente deixou a atividade. Temos de fazer na pecuária o que a agricultura fez – declarou na 1ª Conferência do Agronegócio.
Para ele, a pecuária evoluiu em aspecto da genética, mas ainda não tanto em produtividade. Moura também comentou que o pecuarista precisa entender que ele produz carne e não somente engorda boi.
– Precisamos criar no Brasil fundos com os quais todos os elos da cadeia contribuam, para que seja investido em marketing e em pesquisa, inclusive de produto – falou.
Para ele, pela falta da remuneração correta de todas as etapas da pecuária, principalmente da cria, pode ser que o rebanho brasileiro diminua ante a uma oportunidade de aumento da demanda pela carne no mundo. 
Já o diretor executivo de vendas da empresa de alimentos JBS, André Skirmunt, disse que a cadeia tem evoluído em trabalhar conjuntamente.
– Do lado da indústria, temos intensificado a conversa com produtores para buscarmos as melhores práticas. E estamos vendo um movimento do varejo em trabalhar em conjunto com a cadeia – disse.
Para ele, o setor de carne ainda tem muita dependência de alguns mercados consumidores, que são também produtores.
– Acredito que o grande desafio para o mercado nacional da pecuária brasileira é o mercado externo. Temos que ter acesso a mercados como Japão, Coreia, Estados Unidos, Canadá e México. E como fazemos? Com rastreabilidade e credibilidade do serviço sanitário brasileiro – ressaltou.
Fonte:Canal Rural – 08/04/2013

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