terça-feira, 15 de janeiro de 2013


A demanda atual por carne bovina está regulada, com os estoques enxutos do produto. De acordo com a Scot Consultoria, aos poucos a oferta de boiadas vem aumentando e os frigoríficos vão recompondo suas escalas de abate, elevando a produção de carne. Porém, o incremento de oferta ainda é tímido e não mexeu com o mercado na última semana.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na última sexta, dia 11, em São Paulo, a referência para o animal terminado fechou em R$97,00 por arroba à vista e R$98,00 por arroba a prazo. Como é típico para o dia, havia tentativas de baixa. Boa parte dos frigoríficos do Estado sentiu dificuldade de compra, mas aos poucos as programações de abate evoluem. As escalas estão mais heterogêneas, quando comparadas ao início da última semana e atendem, em média, quatro dias úteis.
No acumulado dos últimos sete dias, houve valorização de 2,5%, em média, com destaque para os cortes de dianteiro, que ficaram 3,4% mais caros. Segundo os pesquisadores, janeiro é um mês de população mais descapitalizada, o que gera aumento da demanda por cortes menos nobres, pela migração de consumo.
A oferta de boiadas melhorou em algumas praças, como em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Já o cenário do Rio Grande do Sul é o contrário, onde a oferta está enxuta devido à má qualidade das pastagens nativas. No atacado de carne com osso, as cotações ficaram estáveis, porém, foram verificados negócios pontuais abaixo das referências.
O movimento de alta é atípico para este período do ano. Em 2011, nas duas primeiras semanas de janeiro, houve queda de 3,5% nos preços e, em 2012, a desvalorização foi de 2,2%. A oferta menor de carne bovina gerou este comportamento. A tendência para o curto prazo é que a oferta do produto aumente. Isto ocorre paralelamente à demanda mais calma de meados de janeiro.
Fonte: Canal Rural – 14/01/2013

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