Conferência nacional traça objetivos para aperfeiçoar a produção em todo o país. Menos custos e melhor logística para os produtores, mais alimentos de qualidade a preços justos na mesa do consumidor. Estas metas estão sendo buscadas pelos participantes da 1ª Conferência Nacional do Leite, que terminou nesta quinta, dia 8, em Brasília.
Um documento propondo uma política brasileira para o setor, que movimenta R$ 50 bilhões por ano, foi apresentado ao final do evento. Relator da Subcomissão Permanente do Leite na Câmara Federal, o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS) diz que o embrião da conferência deve ser a criação do Conselho Nacional do Leite.
Os 1,3 milhão de produtores do país querem melhor estrutura, como energia elétrica potente para resfriar o leite cru e elaborar ração para as vacas com máquinas. Também reivindicam estradas e escolas para evitar que os filho migrem às cidades.
Moreira diz que outra preocupação são os custos. No Brasil, o leite é tributado já na produção, desde o momento da compra da ração e dos insumos. O deputado entende que o Uruguai e a Argentina, que cobram os impostos sobre o lucro, levam vantagem na disputa de mercados:
- Aqui, ao olhar para uma vaca, o produtor sabe que 30% do animal pertence ao governo.
Depois de um dia marcado por debates internos, na quarta, dia 7, foram alinhavadas as propostas para a política nacional. Integrante do Conselho Estadual do Leite (Conseleite-RS), Carlos Feijó diz que os produtores exigem, antes de tudo, melhor logística.
Uma das reivindicações é por uma escola técnica especializada, nos moldes das que existem em Minas Gerais. Feijó ressalta que é necessário formar ordenhador, inseminador e também funcionários da indústria, como pasteurizadores e controladores de qualidade:
- Com melhorias na produção, os primeiros resultados serão produtos de qualidade para o consumidor.
O Leite 09/11/2012
GEPECORTE COMENTA
Em todos os setores da atividade nacional o "custo Brasil" cresce a cada ano sem que se perceba por parte do governo uma real vontade política de promover uma reforma tributária que contemple a produção. Ao contrário: os impostos, encargos sociais e sobre carga fiscal nas folhas de trabalho mensal só desestimulam a produção. Sem contar como citado acima, nos gargalos da logística.
O setor pecuário sofre ainda mais com esta política em função das características muito próprias que regem a tividade no campo.
A organização dos pecuaristas em busca das soluções é o melhor caminho de reinvindicar do governo uma plítica justa para o setor leiteiro.
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