Novembro é mês de vacinação contra a febre aftosa na maioria dos estados brasileiros. Em Minas Gerais, os criadores levaram um susto na hora de comprar as doses. O preço subiu muito em relação à primeira etapa da campanha, realizada em maio.
Quando recebeu a carta do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) autorizando a compra das vacinas contra aftosa o criador Joaquim de Souza foi à loja da Cooperativa Agropecuária de Patos de Minas (Coopatos) para comprar o produto, mas o preço do remédio assustou o produtor.
De acordo com o vice-presidente da cooperativa, houve aumento de 56% em relação à primeira etapa da campanha, realizada em maio. O valor passou de R$ 0,87 para R$ 1,20. Ele explicou que agora a quantidade de animais a ser imunizados é menor e que também há menos laboratórios oferecendo o produto.
“A gente atribui esse aumento principalmente ao fato de dois laboratórios terem parado a produção no segundo semestre em função de maiores exigências de biossegurança do Ministério da Agricultura. Com a menor oferta do produto no mercado, os preços subiram”, explica Ricardo Cézar Machado, vice-presidente da Coopatos.
A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa dura todo o mês de novembro. Nessa etapa é obrigatória a vacinação apenas em animais com até 24 meses de vida. Em Minas Gerais, o rebanha nessa faixa de idade é de aproximadamente 9,5 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos.
O aumento nos preços também foi registrado em São Paulo, Goiás e Paraná e Bahia. Segundo o Ministério da Agricultura, o preço da vacina não tem relação com a falta de oferta do produto. Mesmo com a paralisação de dois dos seis laboratórios fabricantes, a quantidade de doses disponível no mercado supera as necessidades para essa campanha. O sindicato que representa a indústria produtora de vacinas disse que não comentará os motivos que levaram ao aumento nos preços.
Fonte: Beef World 08/11/2012 / Adaptada GEPENEWSGEPECORTE COMENTA
A cada etapa de vacinação, são sempre as mesmas queixas dos pecuaristas em relação ao preço da dose da vacina de aftosa. O natural seria que o preço viesse sendo reduzido pois os investimentos na produção da vacina já se diluíram ao longo dos anos de campanhas de vacinação. Esta ano no caso particular da Bahia, o produtor está sofrendo em muitas regiões dos efeitos da seca tanto em termos econômicos, quanto no estado corporal dos animais que se encontram debilitados. Por conta disso o governo poderá nos municípios com decreto de estado de emergência prorrogar a data da vacinação.
Em média os preços na Bahia estão por volta de R$ 1,30 /dose.
Os laboratórios que no caso específico impõem uma situação cartelizada, acabam se aproveitando da obrigatoriedade da vacina para praticar o preço com majoração campanha a campanha.
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