Os impactos das regras do novo Código Florestal em vigor para a pecuária de corte foram analisados pelos pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). Eles avaliam que, devido à obrigatoriedade de retirar parcela de terra e recompor a área com espécies nativas, o produtor deve manter seus rebanhos numa área menor. Neste caso, eles precisam intensificar o uso das pastagens com o objetivo de, num primeiro momento, evitar a diminuição do rebanho.
O levantamento mostra que a intensificação de pastagem, além de gerar um melhor aproveitamento da área da propriedade, pode elevar em 42% a taxa de lotação e em 62% a receita bruta do pecuarista.
O boletim Ativos da Pecuária de Corte, elaborado pelo Cepea em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) analisa, ainda, o custo para recuperação de florestas nativas e os custos de produção da atividade.
Entre os insumos usados na pecuária de corte, os preços dos adubos e dos corretivos foram os que mais subiram nos últimos meses. No acumulado até junho, a alta do grupo adubos e corretivos para pastagens foi de 5,13%, resultado influenciado pela demanda aquecida para a cultura da soja, a valorização do dólar e a recente compra de grandes quantidades de uréia pelos norte-americanos. O estímulo para se ampliar a produção de soja decorre das quebras de safra na América do Sul e nos Estados Unidos, situação que impulsionou os preços para níveis recordes.
Fonte:Boi Pesado – 24/08/2012
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