Conforme o Léxico, dicionário de
Português on- line, necessidade é a essência
daquilo que realmente se precisa; designação do que é imprescindível, imperioso
ou essencial. E é exatamente dessa forma que o produtor rural, o pecuarista,
precisa ver o planejamento sanitário – como uma necessidade.
Vaz Pires,2010
traz uma abordagem muito interessante que divide o estudo sobre a necessidade
do planejamento sanitário na pecuária, em relação aos resultados, em dois
segmentos: um macro e outro microeconômico.
Para ele a
importância sanitária para o alcance de mercados externos é inquestionável. As
comunidades estão cada vez mais atentas a saúde dos rebanhos e garantias de
procedência e não irão baixar a guarda em nenhuma hipótese, até por que não
haveria motivos para isso, pois trata-se de uma questão de segurança alimentar.
Se o
consumidor exige, a industria não tem alternativa que não seja cumprir, visto
que do contrário não conseguirá ampliar seu portfolio de clientes, terá vendas
reduzidas e prejuízos incalculáveis. Simples assim!
Não se pode
deixar de argumentar que existem mercados menos exigentes e que hoje de certa
forma suprem essa oferta de boi que o Brasil tem, porém são mercados que pagam
menos, bem menos. E se o Brasil puder ter como clientes permanentes países como
Canadá, Coreia do Sul, México, EUA e Japão as receitas serão bem mais elevadas.
Pois bem, aí
vai aparecer algum produtor para argumentar que ele não exporta e que portanto
o custo de tanto cuidado com a sanidade não será recompensado com os preços pagos
no Brasil e ainda mais na Bahia. Para estes o argumento vem através da
microeconomia. Precisa-se ver resultados dentro da fazenda.
Os gastos
com medicamentos veterinários para curar doenças, são identificados pelos
produtores como um dos custos mais elevados na propriedade. Estudos da Scot
consultoria negam essa afirmativa e comprovam que uma propriedade que planeja
seu calandario sanitário anual, esses custos não ultrapassarão 3%.
Custos de
prevenção de doenças são muito mais baixos que os custos implicados na
cura.Quando a cura de um animal doente é estabelecida, os custos desse animal
se elevam e a lucratividade tente a ser menor.Se a cura não acontece e o animal
vem a óbito, pior ainda o problema, pois houve gasto com a tentativa de cura e
não há animal para suprir esse custo.
O produtor
precisa entender que produtividade só se alcança com qualidade, portanto
aqueles que buscam aumentar a produtividade das suas propriedades, devem
investir na genética bovina, na qualidade das pastagens, da mineralização, no
manejo e no planejamento sanitário.
Montar um Programa
Sanitário Anual é simples, mas precisa que haja observação, conhecimento e
sensibilidade das rotinas da propriedade, do clima, das normas sanitárias
vigentes e do manejo da propriedade.
Estabelecer
essa rotina e introduzí-la no dia a dia da propriedade, incorporando os hábitos
sanitários ao manejo diário faz parte de ambas as disciplinas que envolvem a
produção de bovinos: as disciplinas de ampliação da produção e as de garantia
de produção.
Consulte a
Gepecorte para um planejamento sanitário anual adequado à sua propriedade.
Adriana Calmon de Brito Pedreira
MSc.
em Administração Estratégica
Bibliografia:
Pires, Alexandre Vaz.
Bovinocultura de Corte. Vol II. Piracicaba. FEALQ.2010
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