A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), autarquia vinculada à
Secretaria de Agricultura, realizou uma grande operação na fiscalização de
propriedades rurais nos municípios de Acajutiba, Crisópolis, Aporá e Olindina.
No decorrer da semana passada, entre os dias 6 e 10 de maio, quatro equipes
formadas por médicos veterinários, auxiliares de fiscalização e policiais
militares averiguaram denúncias no fornecimento de rações que possam conter
proteína de origem animal ou resíduos de avicultura e suinocultura, proibidos na
alimentação de ruminantes (bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos). Ficou
constatado nas fiscalizações que estes criadores estão conscientes e respeitam
as legislações vigentes (federais e estaduais) não oferecendo a “cama aviária”
na alimentação dos animais, como medida preventiva para o Mal da Vaca
louca.
Entre os subprodutos proibidos na composição da
“cama de frango”, nome popular dado a este resíduo da criação de aves, está a
farinha de carne e ossos. Antes de ser proibido o uso no Brasil, a “cama
aviária” era uma opção mais barata na complementação alimentar de ruminantes,
porém oferece risco de transmitir a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB),
mais conhecida como Mal da Vaca Louca. A doença pode ser transmitida ao homem
por meio da ingestão de carnes contaminadas e tem importância econômica e de
saúde pública.
“Estes subprodutos só devem ser utilizados, de
maneira geral, como adubo na agricultura e sua incorporação deverá ser imediata
no solo para evitar a proliferação de moscas, com especial atenção a “mosca do
estábulo” que pode causar irritação no animal e perda de produtividade nos
rebanhos vizinhos das propriedades que utilizam a cama de frango como adubo”,
orienta o coordenador do Programa de Raiva dos Herbívoros e fiscal estadual
agropecuário, José Neder.

“O importante neste momento é que o criador
está cada vez mais consciente de sua responsabilidade e seja nosso parceiro,
seguindo as orientais técnicas, pautadas na legislação sanitária da Adab. Só
assim manteremos o rebanho sadio e a população livre do risco desta doença”,
esclarece o diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal, ressaltando que não há
registros de ocorrência da EEB no país, pois o sistema de alimentação do rebanho
brasileiro utiliza, majoritariamente, capim.
Reuniões com pecuaristas da região foram
realizadas como forma de salientar sobre o alcance exitoso das ações de
fiscalização, além de enfatizar o envolvimento e a consciência do criador no que
diz respeito ao combate das enfermidades que acometem o rebanho.
Fonte:Ascom/Adab
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