segunda-feira, 4 de março de 2013

Pressão baixista continuará em 2013

O aumento da oferta de boi gordo, que frustrou as expectativas de muitos pecuaristas que apostavam na reação da arroba em 2012, deve se manter em 2013, apesar das perspectivas de redução de plantel. Segundo previsão feita pela Scot Consultoria, depois do aumento de 8% na quantidade de bovinos abatidos em 2012, em relação a 2011, os abates gerais (incluindo o gado não inspecionado) subirão mais 4,4% este ano, para 47,5 milhões de cabeças.
“Além da perspectiva de elevação ainda maior na oferta de fêmeas, ainda há muitos machos remanescentes da safra de 2010, período marcado pela forte retenção de matrizes”, aponta o analista Hyberville Neto.
“Todos os fatores levam a crer que teremos mais um ano de preços frouxos no mercado interno”, prevê José Vicente Ferraz, diretor técnico da Informa Economics FNP, de São Paulo.
A maior disponibilidade de gado só não está sendo ruim para a indústria frigorífica, que depois de dois anos seguidos enfrentando escassez de oferta, teve, no ano passado, maior poder de barganha na negociação do boi gordo, elevando suas escalas de abate e a margens de lucro.
Do lado da demanda, analistas acreditam que os consumidores, tanto interno quanto externo, terão condições de absorver, com certa tranquilidade, este aumento esperado de oferta de boi gordo.
A Scot prevê um consumo interno de 8,7 milhões de toneladas equivalente-carcaça de carne bovina em 2013, o que significaria um aumento de 4% sobre a demanda de 2012. Em relação ao mercado externo, a consultoria prevê exportações de 1,8 milhão de toneladas equivalente carcaça, com elevação de 5% sobre 2012.
Fonte: Anuário DBO 2013

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