O
presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho da Silva,
afirmou que a pecuária atravessa um momento difícil, "com rentabilidade
aquém do razoável".
– O setor tem mantido padrão de produção, mas está defasado na correção de preços – disse.
Na sexta, dia 1º, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a pecuária teve impacto significativo na queda de 2,3% do PIB da agropecuária em 2012. O presidente da SRB acrescenta que a pecuária tem cedido área para a agricultura.
– Vamos colher recorde de 180 milhões de toneladas de grãos este ano, em parte como resultado da dificuldade da pecuária.
Ele cita que a criação de gado está inserida no contexto de alta tecnologia e larga escala, que exige recursos para investimentos e é desenvolvida principalmente no Centro-Oeste. Para ele, os pequenos e médios produtores, como os paulistas, com média de 80 cabeças de gado por propriedade, teriam menos acesso aos recursos.
Com relação à produção agrícola em 2012, Ramalho da Silva destaca que o país perdeu cerca de 10 milhões de toneladas de grãos em 2012, principalmente soja, por causa da estiagem, que atingiu desde o oeste de São Paulo até o Sul.
Em contrapartida, o saldo foi positivo na produção de milho e café, segundo o IBGE. O presidente da SRB ressalta que o Brasil teve avanço extraordinário no cultivo de milho, por meio de novas tecnologias de plantio e variedades mais produtivas. De acordo com ele, o Brasil se tornou, em 2012, importante player no mercado internacional do cereal, com o volume de exportação saltando de 10 milhões de toneladas em 2011 para cerca de 22 milhões de toneladas no ano passado.
Quanto ao café, Ramalho da Silva diz que, apesar do aumento na produção em 2012, as cotações do grão caíram.
– Mesmo assim, o Brasil tem conseguido bons resultados na exportação, mantendo sua participação no mercado – observa.
Com relação ao quarto trimestre de 2012, quando a agropecuária apresentou queda de 7,5% em relação a igual período de 2011, o presidente da SRB diz que "falta política governamental para o trigo, que tem sido confusa e complexa. Não há firmes incentivos". Além disso, os produtores enfrentaram a seca, que prejudicou a produção. O trigo foi o principal produto com desempenho negativo no trimestre, conforme o IBGE.
Os produtores de cana-de-açúcar também tiveram problemas provocados pela estiagem com impacto negativo no PIB do trimestre. A produção caiu, mas deve se recuperar este ano. Quanto aos citricultores, Ramalho da Silva comenta que o setor perdeu cerca de 8% da produção de cerca de 370 milhões de caixas de 40,8 kg em 2012.
– A laranja simplesmente ficou no pé por causa da falta de preço remunerador. A capacidade de estocagem também está no limite – afirma.
O fumo foi outro produto que influenciou negativamente o PIB do quarto trimestre de 2012. Conforme o presidente da SRB, os produtores do Sul têm se deparado com questões trabalhistas de difícil solução.
Fonte:Canal
Rural – 01/03/2013– O setor tem mantido padrão de produção, mas está defasado na correção de preços – disse.
Na sexta, dia 1º, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a pecuária teve impacto significativo na queda de 2,3% do PIB da agropecuária em 2012. O presidente da SRB acrescenta que a pecuária tem cedido área para a agricultura.
– Vamos colher recorde de 180 milhões de toneladas de grãos este ano, em parte como resultado da dificuldade da pecuária.
Ele cita que a criação de gado está inserida no contexto de alta tecnologia e larga escala, que exige recursos para investimentos e é desenvolvida principalmente no Centro-Oeste. Para ele, os pequenos e médios produtores, como os paulistas, com média de 80 cabeças de gado por propriedade, teriam menos acesso aos recursos.
Com relação à produção agrícola em 2012, Ramalho da Silva destaca que o país perdeu cerca de 10 milhões de toneladas de grãos em 2012, principalmente soja, por causa da estiagem, que atingiu desde o oeste de São Paulo até o Sul.
Em contrapartida, o saldo foi positivo na produção de milho e café, segundo o IBGE. O presidente da SRB ressalta que o Brasil teve avanço extraordinário no cultivo de milho, por meio de novas tecnologias de plantio e variedades mais produtivas. De acordo com ele, o Brasil se tornou, em 2012, importante player no mercado internacional do cereal, com o volume de exportação saltando de 10 milhões de toneladas em 2011 para cerca de 22 milhões de toneladas no ano passado.
Quanto ao café, Ramalho da Silva diz que, apesar do aumento na produção em 2012, as cotações do grão caíram.
– Mesmo assim, o Brasil tem conseguido bons resultados na exportação, mantendo sua participação no mercado – observa.
Com relação ao quarto trimestre de 2012, quando a agropecuária apresentou queda de 7,5% em relação a igual período de 2011, o presidente da SRB diz que "falta política governamental para o trigo, que tem sido confusa e complexa. Não há firmes incentivos". Além disso, os produtores enfrentaram a seca, que prejudicou a produção. O trigo foi o principal produto com desempenho negativo no trimestre, conforme o IBGE.
Os produtores de cana-de-açúcar também tiveram problemas provocados pela estiagem com impacto negativo no PIB do trimestre. A produção caiu, mas deve se recuperar este ano. Quanto aos citricultores, Ramalho da Silva comenta que o setor perdeu cerca de 8% da produção de cerca de 370 milhões de caixas de 40,8 kg em 2012.
– A laranja simplesmente ficou no pé por causa da falta de preço remunerador. A capacidade de estocagem também está no limite – afirma.
O fumo foi outro produto que influenciou negativamente o PIB do quarto trimestre de 2012. Conforme o presidente da SRB, os produtores do Sul têm se deparado com questões trabalhistas de difícil solução.
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