Nos Estados Unidos, a pesquisadora Lea Chapaval irá estudar a infestação de mosquitos da malária por Wolbachia, foco do trabalho de sua orientadora, a cientista Sara Lustigman, Ph.D. em parasitologia molecular. Segundo Lea, o objetivo é trazer as técnicas utilizadas lá e adaptá-las para carrapatos e moscas no Brasil. Com essa caracterização inicial será possível identificar no futuro linhagens promissoras de Wolbachia para o controle de parasitas na pecuária e definir novas estratégias de controle integrado.
Durante três meses, a partir de fevereiro, a pesquisadora será orientada por Sara em uma parceira entre o The Johns Hopkins Hospital e o New York Blood Center (Centro de Sangue de Nova York). Fundado em 1889, o Johns Hopkins é um dos hospitais mais renomados nos EUA, e foi pioneiro na combinação de atendimento a pacientes, pesquisa e ensino.
A identificação da relação entre a Wolbachia e o parasita pode contribuir para o desenvolvimento de novas estratégias de controle parasitário que minimizem a utilização de pesticidas nos sistemas pecuários de produção. Garantindo, assim, alimentos mais seguros para a população, com menos resíduos, e diminuindo as barreiras sanitárias determinadas pela presença de contaminantes pesticidas nos alimentos de origem animal.
Apesar de possuir o maior rebanho comercial do mundo, com mais de 200 milhões de cabeças de gado, o Brasil enfrenta problemas de aceitação de sua carne em outros países, principalmente por fatores ligados à sanidade dos animais. "A presença de endo e ectoparasitas está ligada ao menor ganho ou à perda de peso, além da predisposição a outras doenças. Tudo isso gera perdas econômicas, que podem ser evitados com o controle de verminoses", afirma Lea.
Fonte: Boi Pesado – 29/01/2013
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