O número de abate de fêmeas cresceu em torno de 44% durante os meses de janeiro a setembro de 2012
O mesmo percentual registrado no ano de 2006. Segundo o analista de mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, se os números estiverem certos a situação é mais agravante do que em 2006 haja vista que esse ano em função da crise da aftosa houve uma aceleração de abate das matrizes.
Essa situação deve impactar segundo sinaliza o analista, nos preços dos bezerros e, consequentemente, em cotações menores para o boi terminado. A pecuária brasileira passa por um momento difícil, o que faz com que muitos produtores diminuam os seus rebanhos, segundo explica Junqueira.
"Isso é ruim para a cadeia como um todo, mas quem dá conta de sobreviver, provavelmente, irá colher bons frutos. E na época que o boi faltar no mercado e os preços estiverem melhores quem estiver com rebanho mais organizado vai poder ofertar e sair bem na curva do ciclo", disse o analista.
A tendência é que os pecuaristas que deixarem a atividade passem a ser arrendatários para as culturas de soja ou cana de açúcar conforme a região. "No entanto, essa situação abre uma luz no fim do túnel, uma vez que com menos pessoas confinando, há um investimento menor de intensificação de pastagens e abre uma porteira para uma possível alta", ressalta o analista.
Fonte: Boi Pesado – 30/01/2013
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