segunda-feira, 30 de julho de 2012

Seca estimula uso de proteína animal

O abate de animais por consumo de proteína animal na Bahia no primeiro semestre de 2012 já é 68% superior ao registrado em todo o ano de 2011, quando 44 bovinos foram sacrificados. Neste ano, o número chegou a 74 animais. A morte dos animais é praxe para evitar casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), ou mal da vaca louca. Os dados são da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).
O uso de cama de frango ou produto de origem animal para alimentar os bovinos foi identificado em duas propriedades em Feira de Santana, uma de Vitória da Conquista e outras duas de Ribeira do Pombal. "A redução do uso destes produtos é notória desde que intensificamos as ações para mitigação de risco de EEB em 2010. Contudo, o Estado passa por uma seca rigorosa e os produtores optam por esse tipo de alimento porque a situação está caótica", relata o coordenador estadual do Programa de Controle de Raiva e Outras Doenças Transmissíveis da Adab, José Neder Moreira Alves.
Ele explica que os pecuaristas da região são orientados a buscar alternativas de alimentação e a evitar o uso de proteína animal. Recentemente, o governo liberou a venda de milho a balcão por preços abaixo do mercado para atender os criadores. "Se usar, o produtor resolve um problema a curto prazo, mas prejudica a si mesmo e ao País", pondera Alves.
Ele também atribui o uso de proteína animal na alimentação de bovinos a uma questão cultural. "É difícil mudar um comportamento. Na década de 80 isso foi difundido por ser alimento barato e com valor nutricional razoável", argumenta.
A secretaria atuará de forma intensiva nas áreas de maior risco para evitar que mias produtores solucionem a falta de alimentos na seca desta forma. "Nossa expectativa é que o produtor entenda e colabore", salienta Alves.
Fonte:Boi Pesado – 20/07/2012
COMENTANDO
Boa parte do território baiano sofre neste momento uma estiagem prolongada e em algumas regiões poderíamos afirmar atípica. No entanto este fato não deve ser desculpa para que produtores se utilizem irresponsavelmente de proteína animal na alimentação do seu rebanho, que sabemos está neste momento sem pasto para ingerir e em alguns casos até sem água para beber.
O uso da proteína animal comprovadamente provoca doenças sérias e com consequências muito graves tanto de natureza econômica quanto sanitária. Inclusive para o ser humano. Vide caso da Vaca Louca.
Existem alternativas viáveis tanto do aspecto produtivo quanto de custos para se suplemnetar um rebanho que esteja sofrendo com a seca. Já citamos várias delas aqui neste blog quanto na nossa fanpage (https://www.facebook.com/#!/GepecorteGerenciaDePecuaria). É de responsabilidade do pecuarista fazer sua parte e não jogar por terra todo um trabalho de sanidade animal que o estado e o país vem fazendo no intuito de atingirmos o mercado mundial de carnes e não sofrermos restrições sanitárias, já que as econômicas , aqui e acolá sempre aparecem.
É uma pena que ainda existam pecuaristas com uma visão tão pequena da importância da sua atividade.
GEPECORTE

Nenhum comentário:

Postar um comentário