A produção nacional das três principais carnes (aves, bovinos e suínos) deve atingir neste ano 25,109 milhões de toneladas, volume 1,77% (436,3 mil toneladas) acima do produzido no ano passado. A projeção é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As exportações devem crescer 0,89% (52,3 mil toneladas), para 5,905 milhões de toneladas. No consumo interno a previsão é de crescimento de 2,03% (mais 383,8 mil toneladas), para 19,246 milhões de toneladas.
Wander Sousa, analista de carnes da Conab, explica que os dados são preliminares, pois levam em conta o desempenho das exportações e do consumo interno no início deste ano. Ele diz que ainda é prematuro prever qual será o desempenho no segundo semestre, quando normalmente a produção cresce, em função da maior demanda interna, impulsionada pelas festas de fim de ano.
Segundo o analista, o aumento da massa salarial dos trabalhadores tem contribuído para sustentar a demanda interna, compensando em parte o fraco crescimento das exportações, que está sendo limitado pelo desaquecimento do consumo provocado pela crise financeira nos países da zona do euro, além da manutenção de barreiras aos produtos brasileiros.
O destaque no estudo da Conab é o crescimento da produção de carne de frango, que deve atingir mais um novo recorde, agora de 13,249 milhões de toneladas. O volume é 3% (385,9 mil toneladas) superior ao produzido no ano passado. A projeção para a carne bovina é de aumento de 0,2% (16,8 mil toneladas) na produção, para 8,465 milhões de toneladas. A produção de carne suína deve crescer 1% (33,6 mil toneladas), para 3,395 milhões de toneladas.
O estudo mostra que a produção de carne bovina se recuperou em relação ao ano passado, mas ainda se mantém muito abaixo das 10 milhões de toneladas produzidas em 2007. Souza comenta que aquele ano foi ápice do período de descarte de matrizes, motivado pela queda de preços do boi gordo. Como o ciclo de recuperação da pecuária dura, em média, cinco anos (entre a reposição da matriz até o bezerro estar pronto para abate), o aumento da oferta só deve se normalizar a partir do próximo ano.
Fonte:Globo Rural – 11/06/2012
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