Segundo Mendes Ribeiro Filho, nos últimos 50 anos, a produção de grãos cresceu 290% e o rebanho de gado 250%, com o acréscimo de área de apenas 39%. “Somos líderes na produção de alimentos, mas também somos líderes em áreas de preservação ambiental. Isso é possível porque estamos na dianteira da tecnologia de produção em áreas tropicais”, afirmou o ministro.
A qualidade dos alimentos saudáveis é tratada no documento como fator primordial para a saúde e alimentação das pessoas, bem como a segurança alimentar e nutricional com atenção à produção.
De acordo com o Mapa, a produção de alimentos deve estar focada na adoção de práticas sustentáveis. Além disso, ressalta que o setor agropecuário deve utilizar métodos de irrigação que diminuam o desperdício de água, além de reforçar a gestão agroclimática de culturas, produzir sementes e mudas melhoradas, ampliar investimentos para desenvolver tecnologias aplicáveis a biomassa (fonte renovável de energia que utiliza organismos vivos) e priorize a diversificação de culturas.
O documento ainda salienta a necessidade de promover o acesso aos produtores das inovações
tecnológicas agrícolas e o desenvolvimento de soluções que viabilizem a elevação do desempenho e a inserção econômica dos pequenos agricultores. Para tanto, o Brasil deverá enfrentar o desafio de melhorar as condições de infraestrutura, logística, assistência técnica e extensão rural, expandindo os investimentos públicos e ampliando a parceria com o setor privado.
A importância da liberalização dos mercados agrícolas e outro aspecto enfatizado, com o objetivo de favorecer seu pleno funcionamento e estímulo à oferta de alimentos de qualidade, fibras e biocombustíveis pelos países em desenvolvimento.
Foram também apresentadas propostas para o desenvolvimento da economia sustentável mundial. Uma das recomendações é quanto à criação de um ambiente favorável ao aumento dos investimentos públicos e privados na agropecuária, com melhoria na qualidade e transparência das informações sobre os mercados, estimulando a oferta global de alimentos nutricionalmente seguros.
O papel da agricultura para sustentabilidade da matriz energética e a utilização de práticas como a produção orgânica e os sistemas agroflorestais (como o cabruca) também são destacados.
Fonte:Beef World – 12/06/2012
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