São 49 segmentos industriais que dependem dos subprodutos bovinos. Os subprodutos do gado são classificados em não comestíveis e comestíveis. Determinados produtos, dependendo da preparação, podem ser enquadrados em ambas as categorias.
Dentre os subprodutos comestíveis, o fígado é o mais consumido. Outros órgãos também são apreciados e fazem parte da culinária, como língua, miolo, rabo, bucho e coração.
Os não comestíveis, aqueles que não podem ser consumidos, são desmembrados em diferentes subprodutos. A bílis tratada é usada em produtos farmacêuticos para problemas digestivos e cálculo biliar, quando encontrado, é seco e vendido para países do Oriente.Pele
A pele depois de tratada, chamada de couro, é utilizada na fabricação de bolsas, calçados, revestimentos (bancos de avião, carros, sofás, etc.), material esportivo (como bolas, tênis, chuteiras e luvas de goleiro) e até em roupas de luxo. Da pele do boi extrai-se o colágeno, substância poderosa utilizada em cosméticos (cremes e esmaltes), e ainda uma gelatina, usada na fabricação de medicamentos, filmes radiológicos e chicletes.
Pelos, sebo, gordura, sangue, glândulas, tudo é aproveitável
Das glândulas do boi, como as suprarrenais, tireoide, pâncreas, etc., são extraídas substâncias usadas em medicamentos e perfumaria. A insulina para diabéticos, por exemplo, é extraída a partir do pâncreas. Do intestino produzem-se fios usados em cirurgias; a gordura é aproveitada para fazer sorvetes e produtos de confeitaria. Já o sebo, que não é comestível, serve para produção de velas, sabão e sabonetes perfumados. Dos pelos do boi são fabricados pincéis, escovas de cabelo, de roupa e de limpeza – todos extraídos da cauda. Dos pelos de dentro da orelha do boi se produz pincéis de pintura finíssimos.
Muitos já ouviram falar que a gelatina que se come vem do boi. Na verdade, os tendões e ligamentos é que são transformados em gelatina.
Dos chifres são extraídos componentes usados no pó do extintor e fazem-se, também, pentes e botões. Os ossos, fonte de cálcio e fósforo, são usados na produção de farinhas utilizadas na alimentação de animais e aves. Uma vez calcinados, são usados na fabricação de porcelana, cerâmica, refinação de prata e fusão do cobre. Em usina de açúcar, utiliza-se o carvão de osso para alvejar e refinar o açúcar.
Até o sangue dos bovinos é aproveitado para produção de plasma, soro e farinha de sangue ou sangue solúvel. O plasma é usado na fabricação de embutidos; do soro, confeccionam-se vacinas; a farinha de sangue é aplicada como fertilizante, por causa do alto teor de nitrogênio; e o sangue solúvel é desidratado e aplicado em ração animal e na cola de madeira compensada. A mucosa do bicho vai para a indústria de laticínios, para a fabricação do coalho.
Desfeito esse mito, o boi se firma como um dos poucos animais no mundo com 100% de aproveitamento. Agora conheça seu bife, pedaço por pedaço.Fonte: Embrapa
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