terça-feira, 24 de abril de 2012

Cadeia da carne bovina deve mirar mercados emergentes, diz estudo

O avanço da cadeia de carne bovina no Brasil está na conquista de mercados emergentes como Ásia, Oriente Médio e Norte da África, que devem incrementar suas compras em 5% neste ano, para 8,2 milhões de toneladas. A crise econômica que teve início nos EUA e depois chegou à Europa ajudou a acelerar a mudança do mapa do comércio mundial de alimentos. Se em 1965 os países em desenvolvimento representaram 15,4% das importações mundiais de carnes, em 2010 essa fatia chegou a 55,4%.

As perspectivas para o segmento dentro do próprio país não são menos otimistas, com a ascensão econômica da classe C, que representa 54% da população brasileira. Com renda mensal familiar média de R$ 2.900, o perfil desse consumidor mudou rapidamente, em especial na área de alimentação. Uma das mais significativas transformações está no aumento de 4,2% das compras de carne bovina de primeira, em especial filé mignon e picanha.
A avaliação sobre negócios e oportunidades dessa atividade que sempre teve papel fundamental no Brasil faz parte do estudo "Caminhos da Pecuária - Estratégias para a Cadeia Produtiva da Carne Bovina no Brasil", que foi encomendado pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e elaborado por uma tripla parceria entre USP, Centro de Pesquisa e Projetos em Marketing e Estratégia (Markestrat) e Scot Consultoria.
Segundo o levantamento, a cadeia movimentou US$ 167,8 bilhões em 2010 (ano-base do estudo), somando-se todas as vendas realizadas - como insumos utilizados nas fazendas, cercas e medicamentos e animais vendidos aos frigoríficos - até chegar nas carnes e subprodutos comercializados pelas indústrias. "É uma atividade que gera 7 milhões de empregos, US$ 16,5 bilhões de impostos agregados e faturamento de US$ 42 bilhões para os frigoríficos, dos quais 89% foram contabilizados no mercado interno e 11% com exportações", informa o autor Marcos Fava Neto, coordenador científico do Markestrat e professor da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP em Ribeirão Preto (SP).
Para ele, mesmo que o principal mercado da indústria ainda seja o interno, que absorve 91% da produção nacional estimada em 9,17 milhões de toneladas - o segmento precisa intensificar o comércio Brasil afora, não apenas em emergentes tradicionais como Rússia e China. "Há forte ascensão no Egito, Irã, Malásia, Filipinas, entre outros". Fava Neves ressalta que o Brasil é atualmente o principal exportador de carne bovina do mundo, com 20% do mercado internacional e vendas que geraram faturamento de US$ 3,9 bilhões, resultado do comércio de 953 mil toneladas.
No entanto, para que ambos os mercados - interno e externo - não corram o risco de serem mal atendidos, o estudo da Abiec projeta aumento na produção em 2017 para 14,9 milhões de toneladas, com excedente de cerca de 5,3 milhões de toneladas. Segundo Fava Neves, muitas razões podem ser atribuídas para este crescimento, incluindo crédito rural para a renovação dos rebanhos e melhoria na genética e nas pastagens que vão aumentar o tamanho das criações e permitir maior oferta de animais prontos para o abate. "Alguns frigoríficos têm feito parceria com produtores para aumentar o número de animais confinados e mantê-los prontos para o abate durante todo o ano", informa.
Fonte:Site da Carne – 23/04/2012



SECOU!

A grande maioria das regiõs agropecuárias da Bahia enfrenta prolongado período de estiagem, sem chuvas expressivas e com os institutos de pesquisa espacial avisando que o quadro não é muito animador - Não há perspectivas de chuvas de monta para os próximos dias- Já são inúmeros municípios com decreto de emergência e calamidade pela seca.
Instalou-se o caos!
E o termômetro mais eficaz que muitos institutos e previsões do tempo, é você andar pelo interior da Bahia como fiz na semana passada e vê o estado das pastagens e ouvir de fazendeiros, vaqueiros, capatazes, peões etc.. as mais diversas opiniões e boatarias: desde que estamos vivendo novo ciclo de dez anos de seca, a estórias verdadeiras ou não de venda de gado com preços e prazos os mais inusitados possíveis. Na minha região, por exemplo, virou fato que alguém que vendeu vacas com prazo de um ano (o velho conhecido prazo de égua ), ou aquele que entregou o gado para receber no futuro  a metade dos animais.
A que os fatos nos remetem mais uma vez é que infelizmente somos despreparados e pouco planejamos estratégicamente nossas propriedades pecuárias.
A seca, no meu entender, é fato não esporádico mas rotineiro aqui no Nordeste. Se passamos alguns anos mais generosos por parte de "São Pedro", já passamos também a achar que aqui chove igual a região norte  do país.
Temos que assumir que aqui chove pouco e temos seca!
O que precisamos é criar alternativas, planejamento estratégico, para enfrentar estes momentos e superar a crise.
Inúmeras ferramentas podem ser utilizadas, com antecipação é claro, para atravessarmos este período.
Já as citamos tanto neste blog quanto no nosso site em artigos anteriores.
Garanto que tem muito fazendeiro aproveitando-se das condições comerciais citadas acima para ganhar dinheiro.
Certamente estes souberam planejar seua atividade pecuária e agora vão colher os frutos deste planejamento.

Milho e boi gordo tem a melhor relação de troca para pecuaristas em 13 meses

Em São Paulo, de acordo com pesquisa da Scot Consultoria, são necessárias 4,75 arrobas de boi gordo para a compra de uma tonelada de milho grão. A relação de troca é melhor dos últimos 13 meses para os pecuaristas.

O preço do insumo caiu 8,8% em abril, na comparação com março. A retração é reflexo da maior oferta no mercado interno, com a colheita da safra de verão finalizada. A expectativa de uma maior produção na safrinha também colabora com a pressão de baixa.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção pode chegar a 29 milhões de toneladas de milho na segunda safra, 35,1% mais que o colhido na safrinha passada. Segundo levantamento da Scot Consultoria, a tonelada do grão está cotada em R$ 460,00 (preço médio) em São Paulo.
Fonte:Canal Rural – 20/04/2012

Tanto como estratégia de suplementação alimentar na seca, quanto estratégia econômica, o milho tem sido largamente usado na alimentação bovina em confinamentos e semi-confinamentos.Particularmente temos recomendado o uso deste grão junto ao núcleo mineral específico para semi-confinamento e os resultados encontrados nas propriedades que adotaram esta ferramenta têm sido bastante compensadores. No último ano de 2011 em função da alta do preço do milho estes resultados ficaram com margens mais estreitas. Neste momento de safra no oeste da Bahia voltamos a ter preços que estão compensando a adoção do semi-confinamento como estratégia bem interessante para, como dissemos, tanto reduzir o impacto da seca quanto obter resultados econômicos financeiros satisfatórios.
Consulte-nos, marque uma visita e mostraremos como se utilizar da técnica que é muito mais simples do  que pensamos nós pecuaristas.
 Gepecorte
71 3353 3713
71 9965 6881

Agronegócio participou com 36,9% das exportações brasileiras em março

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compilados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as exportações totais do Brasil foram de US$20,9 bilhões em março. Os produtos do agronegócio participaram com US$7,71 bilhões, 36,9% do total.

No mesmo mês de 2011 a participação do setor nas exportações totais do país foi de 38,2%. O agronegócio exportou US$7,37 bilhões, dos US$19,29 bilhões totais embarcados pelo país.
As importações brasileiras em março de 2012 somaram US$18,89 bilhões. Deste total, US$1,53 bilhão foi de produtos do agronegócio. Nas importações, o setor representou 8,1%.
A participação do agronegócio nas importações no último mês foi a mesma de março do ano passado. Naquele mês as importações totais foram de US$17,73 bilhões, ante US$1,43 bilhão do agronegócio.
Fonte : Beef World – 20/04/2012

Produção mundial de carne bovina terá que crescer 60%


Para atender a crescente demanda por proteína, impulsionada pelo aumento da população mundial, que deverá chegar a aproximadamente nove bilhões de pessoas em 2050 - em 2011 chegou a sete bi -, a produção de carne bovina terá que crescer cerca de 60%. Hoje, o mundo produz algo em torno de 60 milhões de toneladas do produto e este volume terá que atingir 96 milhões.
Já o volume produzido de todas as carnes, especialmente (bovina, suína e frango) deverá aumentar de 200 milhões de toneladas para 470 milhões. Foi o que destacou o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Eduardo Biagi, em coletiva de imprensa, realizada hoje (17) na capital paulista, para apresentação da Expozebu 2012.
Com base nestes números da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Biagi disse que a demanda será puxada, principalmente pelos países da Ásia e África. Segundo ele, o Brasil, que produz atualmente cerca de nove milhões de toneladas de carne bovina, poderá dobrar a produção nos próximos vinte anos. Em 2011, aproximadamente 16% da carne bovina produzida no mundo foi brasileira.
De acordo com Biagi, genética, recuperação e elevação do padrão tecnológico das pastagens são e serão os pilares da evolução da produtividade da pecuária nacional. Além disso, o presidente da ABCZ ressaltou que a pecuária brasileira, baseada no modelo extensivo - essencialmente marcado pelo boi que se alimenta de capim -, de fato, ocupa mais área, mas tem menos impacto ambiental do que o sistema de confinamento, que no cálculo geral precisa computar custos "ambientais" relacionados à fabricação de rações.
Fonte: Site da Carne – 20/04/2012




EBDA implanta campos de palma adensada em propriedades rurais

Com a estiagem prolongada na maioria das regiões da Bahia esta é uma ótima ferramenta para minimizar os efeitos da seca.

Para evitar a escassez de alimentos aos animais nos períodos de seca no semiárido, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) está implantando campos de palma adensada, em propriedades de agricultores familiares da comunidade de Belo Jardim, distrito do município de Curaçá.

O plantio diminui o espaçamento entre as mudas e utiliza um sistema de irrigação localizada, no qual a água é fornecida por gotejamento, através de emissores, próximo ao caule da planta.
"Nossa região é muito fraca de chuva e sem água não tem capim nem folhas nas árvores para os animais comerem. Desse jeito, eles emagrecem demais. Com esse sistema de produção de palma, a situação vai ser diferente", disse o agricultor e criador de caprinos e ovinos, Gregório de Araújo Neto.
Baixo custo – Segundo o técnico da EBDA, Enivaldo Coelho, o sistema de palma adensada implantado na região é de baixo custo, inclusive com grande economia de água, o que possibilita ao pequeno produtor familiar oportunidade de produzir alimentos para o rebanho durante períodos de estiagem ou com pequeno volume de chuva.
"A cactácea é rica em nutrientes necessários para a alimentação dos animais. O que faltava era palma suficiente para os períodos mais críticos", disse Coelho. O agricultor interessado em implantar, em sua propriedade, um campo de palma adensada deve procurar o escritório da empresa no município e solicitar uma visita técnica.
A chefe de escritório da EBDA em Curaçá, Terezinha Costa, afirmou que "somos uma empresa de assistência técnica e extensão rural (Ater) voltada ao agricultor familiar."
De acordo com ela, além da palma, a empresa disponibiliza inseminação artificial, visando o melhoramento genético do rebanho de caprinos e ovinos, sistemas de irrigação, produção de mudas de árvores nativas da região e construção de barragens subterrâneas para armazenamento de água. "Todas as nossas atividades são realizadas sem nenhum ônus para o produtor

Investidores lucram com o agro

Em tempos de Declaração de Imposto de Renda esta é uma boa dica.


O bom momento do agro brasileiro está abrindo oportunidades de lucro também para as pessoas físicas das cidades. Cada vez mais gente tem investido suas economias em títulos do agronegócio, como indicam os números da Cetip, integradora do mercado financeiro que registra uma boa parte desses negócios.

No ano passado, o volume de títulos do agronegócio registrados na Cetip cresceu 43% sobre 2010, totalizando R$ 21 bilhões (veja o gráfico abaixo). A maior parte desse total está concentrada em Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs). “A grande vantagem das LCAs é que elas são isentas de imposto de renda para pessoas físicas”, explica o gerente de desenvolvimento de produtos da Cetip, Ricardo Magalhães.
Os títulos do agronegócio servem para financiar as empresas do setor, em geral antecipando valores ou mercadorias que elas têm a receber. Com esses recursos, elas fortalecem os investimentos e o capital de giro. Os investidores que compram esses títulos estão, indiretamente, entregando o dinheiro para as empresas do agro. Em troca, recebem juros sobre o valor investido.
O lastro – ou garantia – dessas operações são os créditos que as empresas do agro têm a receber. No caso das LCAs, especificamente, elas são emitidas por bancos que emprestam os recursos captados ao agro; o lastro, então, são os financiamentos que o agro têm a pagar para o banco.
“Acreditamos que a demanda dos investidores hoje é até maior do que a oferta desses títulos, por isso trabalhamos para que cada vez mais operações de crédito possam servir de lastro para a emissão desses papéis”, conta Magalhães.
Uma prova de que a demanda está reprimida é que os bancos não costumam oferecer o investimento em LCAs para muitos clientes. Em algumas instituições financeiras, o investimento mínimo em LCAs é de R$ 100 mil. Há outros bancos que só emitem LCAs de R$ 1 milhão ou mais.
Embora não faça projeções para o mercado de títulos do agro, Magalhães afirma que o forte crescimento de 2012 não foi uma surpresa. “Esse mercado de títulos foi criado por uma lei de 2004, e o crescimento tem sido consistente desde 2007?, diz o executivo