quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Terceirização na Pecuária

Eu abordei a questão da gestão na segunda-feira aqui no bolg e hoje me deparei com esse pequeno comentário sobre terceirização na gestão das fazendas.

Esse é um dos serviços que a GEPECORTE executa: Consultoria pecuária em bovinocultura e todos vocês sabem disso.

Defender essa idéia não é meramente uma questão comercial para nós, mas o fato de termos a certeza que a maioria dos produtores de bovinos da Bahia não vive única e exclusivamente dessa atividade, como também essa atividade não é a sua principal fonte de renda.

Aí mora o perigo! Por não ter a expertise necessária para se tocar uma fazenda, os erros, enganos podem passar sem serem percebidos e isso diminuir absurdamente o seu faturamento, através de maiores custos, maiores desperdícios e ineficiência. Às vezes uma pequena mudança num processo, num fluxo consegue melhorar a gestão e os resultados.

Não gosto, porém de exagerar ou generalizar. Para aqueles que conhecem bem o ramo, dispõem de tempo suficiente elem de gostarem da atividade, só podemos desejar SUCESSO!

Leiam o link: http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=52114

Adriana Calmon de Brito Pedreira

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Falando um pouco de gestão...

Muito pouco se escreve fora da academia (teses, dissertações e artigos científicos) sobre a gestão da pecuária. Quando se aborda o tema, o foco é logo levado para a gestão de operações, que de fato é o coração das organizações. Quanto a isso não há o que se discutir.


Primeiro decidimos o que vamos produzir e depois organizamos os outros setores da empresa, os recursos, as pessoas, o local, as formas de comercio etc. Assim é feito um plano de negócio. Pensamos em um produto ou serviços, avaliamos o mercado e depois montamos nossa proposta econômica, financeira, administrativa e produtiva e avaliamos se o negócio é viável.

Passado essa etapa o negócio já tem 70% de chance de dar certo, mas aí surge a pergunta que não quer calar: - quantos produtores rurais fizeram um plano de negócio antes de iniciarem seus empreendimentos, quantos fazem planos de negócio para uma nova estrutura a ser implantada, um novo produto, um novo sistema produtivo, um aumento de área, um aumento de capital etc etc etc.? Quantos?

Esse é um ponto frágil na cadeia, pois como sabemos, o boi é uma commoditie. Os preços são regulados pelo mercado e o nosso produto em geral não tem diferenciação e dentro dessa realidade que o ambiente externo nos apresenta precisamos criar artifícios que nos resguardem dessa ameaça.

Se não agirmos internamente em busca de melhor qualidade de nosso produto, melhor eficiência produtiva, financeira, administrativa e das pessoas teremos resultados medíocres, frágeis, vulneráveis e principalmente insuficientes.

A organização, a empresa, é o ponto chave para a competitividade do produto no mercado. Sua capacidade de lidar com os preços altos e baixos, de reagir às pressões dos fornecedores, administrar as variações da natureza que interferem através do clima, proporcionar eficiência e motivação ao trabalhador são o seu diferencial perante o concorrente ou ainda perante a sua própria sobrevivência.

Amanhã traremos um pouco mais sobre modelos de estratégia para agir e reagir.

Bom inicio de semana a todos.
 
Adriana Calmon de Brito Pedreira

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A Produção de Gado de Corte em Pastagens

Produzir carne bovina em sistema exclusivamente de pasto é um diferencial que o Brasil ainda desfruta perante a carne bovina produzida no resto do mundo. É uma produção barata, sanitariamente mais segura, permite custos de produção mais baixos e oferece ao sistema um modelo de produção mais harmônico com o ambiente.

Todas as vantagens não se tornam um diferencial competitivo aos produtores e à cadeia produtiva como um todo, se não houver uso intensivo de tecnologia, um planejamento estratégico adequado e uma integração da cadeia produtiva como um todo.

A tecnologia se destaca para permitir melhorias no manejo, na qualidade da forragem, no forma e nos produtos usados na adubação, nas técnicas adotadas, na genética do rebanho que deve se voltar a cada dia mais produzir carne de melhor qualidade.

O planejamento estratégico com sua função primordial de orientar clientes internos, parceiros e stakeholder sobre os objetivos macro e micro, assim como entender as dificuldades organizacionais apontando as alternativas para solucionar tais ameaças.

A integração da cadeia para que objetivos comuns sejam contemplados, para que a cadeia de valor seja justa e agregue de fato valor ao produto final, para que alianças estratégicas possam ser firmadas em benefício de uma rentabilidade maior do grupo ou troca de tecnologia ou ainda para a produção de uma carne mais adequada ao publico consumidor.

Se não for dessa forma a produção de bovinos a pasto perde sua característica competitiva e se torna um modelo de produção ineficiente, desintegrado, arcaico e fadado ao prejuízo constante.

Trataremos em breve de forma mais profunda os três temas apontados, mas o produtor já deve estar atento,observando os seus pontos fracos, vulneráveis e estudando soluções.
 
Adriana Calmon de Brito Pedreira