O baixo índice de irregularidades nas fiscalizações contra febre aftosa mostra que finalmente a prevenção à doença se incorporou à agenda dos produtores. Por melhor que seja a estrutura de vigilância sanitária – e sabe-se que há muitas deficiências na área –, não haveria fiscais em número suficiente para impedir que algum animal ou produto potencialmente perigoso atravessasse irregularmente 200 quilômetros de fronteira com a Argentina.
A contenção da doença tem de ser obra principalmente dos produtores – com a ajuda do governo, a quem compete promover campanhas de vacinação e, claro, fiscalizar o cumprimento das regras sanitárias. É assim que se avança no combate a uma enfermidade eliminada em países desenvolvidos na primeira metade do século passado. Se cada produtor se convertesse em um fiscal de seu rebanho, a aftosa já estaria erradicada entre nós e o Estado poderia se habilitar a um upgrade no seu status sanitário.
Fonte:Zero Hora. Autor: Irineu Guarnier Filho
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